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Ruínas encontradas na Turquia podem ser a Arca de Noé, apontam arqueólogos

  • Bahia Notícias
  • 31 Out 2023
  • 07:15h

Foto: Reprodução/Noah’s Ark Scans

A Arca de Noé pode ser real. É o que estão investigando arqueólogos que encontraram ruínas na Turquia que podem representar destroços da embarcação bíblica. De acordo com o portal Terra, escavações comprovaram que o interior desse “barco” tem material de 5 mil anos atrás - a mesma época que teria acontecido o grande dilúvio citado na Bíblia. 

 

Segundo informações do jornal The New York Post, a possível arca está localizada a menos de 3 km da fronteira entre o Irã e a Turquia, no distrito de Do?ubayaz?t, em A?r?. O local também é simbólico por ficar 29 km ao sul do cume do Grande Monte Ararat, que o livro de Gênesis afirma ser o local onde a arca descansou alguns dias.

“Talvez o mais convincente seja o fato de que o comprimento da formação Durupinar se alinha perfeitamente com as dimensões da arca descritas em Gênesis 6:15 da Bíblia”, diz o projeto Noah’s Ark Scans, responsável pela pesquisa, em texto divulgado em seu site.

 

Os estudos da “Equipe de Pesquisa do Monte Ararat e da Arca de Noé” começaram em 2021 em colaboração entre uma equipe científica turca e meios de comunicação norte-americanos. 

 

Agora, em nova fase da pesquisa divulgada neste mês, cerca de 30 amostras de rochas e do solo da área recolhidas foram analisadas na Universidade Técnica de Istambul. Nas amostras foram encontrados “materiais argilosos, materiais marinhos e frutos do mar” que estavam presentes na área entre 5.500 e 3.000 anos antes de Cristo. 

 

A formação foi descoberta por um fazendeiro curdo em 1948, antes que o exército turco identificasse o local em 1951 ao sobrevoar a área durante uma missão de mapeamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), afirma o grupo de pesquisa.

Gaza volta a ter internet e telefone de forma parcial; Israel estende ação por terra

  • Por Folhapress
  • 30 Out 2023
  • 06:52h

Foto: Reprodução /Bahia Notícias

Os bombardeios e a expansão das ações terrestres de Israel em Gaza continuaram neste domingo (29), mas os cerca de 2,3 milhões de moradores do território palestino tiveram um pequeno alívio com o fim do blecaute total nas comunicações. Por volta das 4h locais (22h de sábado em Brasília), a conectividade começou a voltar espontaneamente, disse Abdulmajeed Melhem, diretor-executivo da Paltel, a principal empresa palestina de telefonia.
 

A retomada do sinal de internet e das linhas telefônicas, ainda que parcial, encerrou um período de cerca de 34 horas, desde a noite de sexta-feira (27), em que Gaza ficou sem nenhuma conexão interna e com o exterior, após uma série de ataques israelenses. Era impossível pedir ajuda a serviços de emergência, e equipes de paramédicos saíam com suas ambulâncias na direção de onde ouviam explosões, em uma tentativa às cegas de encontrar feridos.
 

Várias organizações internacionais, como o Crescente Vermelho e agências da ONU, também afirmaram que haviam perdido contato com o seu pessoal na região.
 

 

A Paltel informou que não fez nenhum reparo em sua estrutura e não tinha como explicar de que forma a internet foi reativada. Para o diretor Melhem, Tel Aviv foi responsável tanto pelo corte quanto pela reativação do serviço. Funcionários do governo israelense procurados pelo The New York Times não quiseram comentar a acusação. Representantes dos EUA teriam cobrado Israel a fazer o possível para restaurar as comunicações em Gaza o quanto antes.
 

O fornecimento de água também foi restaurado de forma parcial. Israel anunciou que reabriu o segundo dos três dutos que abastecem Gaza --o primeiro havia sido reaberto na semana passada, mas com volume reduzido. Cerca de 28,5 milhões de litros voltarão a estar disponíveis no território palestino. Segundo as autoridades israelenses, a quantia é suficiente para atender às necessidades humanitárias de Gaza. Antes do início da guerra, eram fornecidos 49 milhões de litros para o território.
 

Em outra frente, 47 caminhões foram autorizados a entrar pela passagem de Rafah com água, comida e medicamentos. Foi o maior comboio em um só dia desde que Israel e Egito chegaram a um acordo para liberar o ingresso de ajuda humanitária, no dia 21, mas o volume ainda é insuficiente ante a demanda da população, segundo organizações.
 

As medidas tomadas neste domingo indicam uma flexibilização, ainda que tímida, do cerco prometido pelo governo israelense dias após o Hamas conduzir a série de atentados terroristas em solo vizinho. No dia 12, o ministro da Energia, Israel Katz, escreveu no X, antigo Twitter: "Ajuda humanitária para Gaza? Nenhum interruptor será ligado, nenhuma bomba d'água funcionará e nenhum caminhão com combustível entrará até que os reféns israelenses voltem para casa."
 

Apesar da leve melhora, o cenário de privação ainda é evidente. Neste domingo (29), milhares invadiram depósitos da ONU em busca de comida e de itens básicos. Diretor do escritório da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos em Gaza, Thomas White afirmou que os saques são um sinal preocupante de que a "ordem civil está começando a colapsar". Em visita ao Nepal, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que a situação é desesperadora. Ele renovou seu pedido por um cessar-fogo, que tem sido ignorado por Israel -a diplomacia de Tel Aviv chegou a pedir a renúncia de Guterres após este apontar possíveis violações de direitos humanos em Gaza.
 

Numa visita não anunciada, o procurador do Tribunal Penal Internacional Karim Khan foi à passagem de Rafah neste domingo (29) e declarou que não obteve autorização para entrar em Gaza. Ele disse que ainda espera visitar o território e Israel enquanto estiver na região.
 

O TPI tem investigado episódios nos territórios palestinos desde 2021, buscando possíveis crimes de guerra e contra a humanidade. Israel, que não é signatário da corte, rejeitou anteriormente a jurisdição do tribunal e não se envolve formalmente nas suas apurações.
 

Ainda neste domingo (29), o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou por telefone com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, e reforçou o direito de Tel Aviv de se defender. Afirmou, porém, que isso deve ser feito "de uma maneira consistente com o direito humanitário internacional que prioriza a proteção de civis".
 

Recomendações à parte, a expansão da ofensiva israelense continuou em ações por terra. Tanques foram vistos mais uma vez ao norte de Gaza, em movimentação que ocorre já há quatro dias. Depois de anunciar no sábado (28) que a resposta militar entrava em uma "nova fase", Tel Aviv tem enfrentado embates pontuais com combatentes do Hamas. Em Erez, comunidade quase na fronteira com Gaza, houve relatos de que atiradores palestinos saíram de um túnel em solo israelense e trocaram tiros com tropas israelenses.
 

Não se sabe o número exato de soldados já operando em território palestino, mas o Exército afirma que o aumento do contingente tem sido gradual.

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Suspeito de matar ao menos 18 pessoas nos EUA é encontrado morto

  • Por Folhapress
  • 28 Out 2023
  • 08:33h

Foto: Reprodução/Gabinete do Xerife do Condado de Androscoggin

O suspeito de matar ao menos 18 pessoas em ataque a tiros nos Estados Unidos foi encontrado morto nesta sexta-feira (27). A informação foi confirmada por autoridades do governo à imprensa americana.
 

Robert R. Card, 40, teria sido encontrado com um ferimento na cabeça. A suspeita é que ele tenha cometido suicídio, segundo informações das emissoras de televisão norte-americanas.
 

Mais cedo, a polícia local divulgou que encontrou um bilhete que pode ter sido escrito pelo suspeito. As buscas estavam sendo realizadas nas proximidades do rio onde o carro dele foi localizado. O secretário de segurança do estado, Mike Sauschuck, disse que ainda não pode compartilhar o conteúdo da nota.
 

O telefone dele também teria sido encontrado, segundo a CNN.
 

A força-tarefa para localizá-lo foi realizada em terra, pelo ar e na água, com drones e mergulhadores.
 

O CASO
 

O homem de 40 anos abriu fogo em uma pista de boliche e em um restaurante. Ao menos 18 pessoas morreram e 13 ficaram feridas, no ataque a tiros mais mortal dos EUA desde maio de 2022.
 

O atirador foi identificado como Robert Card, reservista do Exército norte-americano e instrutor de tiro. Ele tem histórico de transtorno mental e passou duas semanas em uma instituição psiquiátrica neste ano, segundo informações da Reuters.
 

A polícia supõe que o atirador tenha dirigido até Lisbon, cidade vizinha, onde abandonou o veículo e tomou um barco para continuar a fuga.

Assembleia Geral da ONU aprova resolução que pede cessar-fogo humanitário na guerra entre Israel e Hamas

  • Bahia Notícias
  • 27 Out 2023
  • 19:05h

Foto: Manuel Elías/ONU

A Assembleia Geral da ONU aprovou resolução que pede cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas para apoio humanitário, que entram no 21º dia de ataques nesta sexta-feira (27). O texto, aprovado nesta tarde por 120 votos favoráveis, 14 contrários e 45 abstenções, é a primeira proposta diplomática para pôr fim ao conflito aprovada nas Nações Unidas desde o começo dos ataques, depois de uma série de impasses em votações no Conselho de Segurança. A resolução é de caráter recomendatório, ou seja, os agentes envolvidos não têm a obrigação de atender aos pontos definidos no colegiado, de acordo com O Globo

 

O documento aprovado pelo colegiado da ONU, composto por 193 países, pede um cessar-fogo imediato para apoio humanitário, garantindo a entrada de suprimentos de alimentação e serviços aos civis em Gaza e de representantes de órgãos das Nações Unidas e outras organizações humanitárias na região. Ainda pede a suspensão de determinação de Israel para que palestinos evacuarem a região norte de Gaza e a garantia de uma forma de proteção da população palestina na região. A resolução ainda destaca a importância de conter uma escalada do conflito para uma guerra que envolve outros atores regionais. 

 

Por maioria, os países-membros rejeitaram uma emenda que condena o ataque terrorista do Hamas no último dia 7 e a tomada de reféns. Segundo o texto, elaborado pela delegação do Canadá e subscrita por outras nações, demanda a soltura dos cidadãos reféns e "a segurança, o bem estar e o tratamento humano dos reféns de acordo com a legislação internacional". O trecho, porém, foi criticado por países árabes presentes por não incluir ainda uma condenação aos ataques feitos por Israel em Gaza. 

ONU sugere crimes de guerra cometidos por Israel na Faixa de Gaza

  • Por Folhapress
  • 27 Out 2023
  • 14:19h

Foto: Reprodução /Bahia Notícias

Após 20 dias de bombardeios diários na Faixa de Gaza, a ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou nesta sexta (27) que Israel pode estar cometendo crimes de guerra contra civis no território palestino.
 

"Estamos preocupados que crimes de guerra estejam ocorrendo. Estamos preocupados com a punição coletiva dos habitantes de Gaza em resposta aos ataques atrozes do Hamas, que também equivaleram a crimes de guerra", afirmou a porta-voz do Gabinete dos Direitos Humanos da ONU, Ravina Shamdasani.
 

A organização já havia informado que investiga possíveis crimes desde que o conflito entre Israel e Hamas começou, em 7 de outubro. Investigadores disseram estar coletando provas de eventuais irregularidades de ambos os lados da guerra, e afirmaram estar comprometidos com a responsabilização dos envolvidos, tanto dos diretamente ligados a agressões quanto daqueles em posições de comando.
 

 

Os ataques terroristas cometidos por integrantes do Hamas mataram mais de 1.400 pessoas em solo israelense. A retaliação de Tel Aviv, por sua vez, matou 7.326 pessoas, incluindo 3.038 crianças, até a manhã desta sexta, segundo o Ministério da Saúde em Gaza.
 

Quase três semanas após a explosão do conflito, os números não param de aumentar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que recebeu informações sobre aproximadamente 1.000 corpos soterrados nos escombros em Gaza. O número não consta no total de baixas. A informação foi divulgada pelo porta-voz Richard Peeperkor, que não especificou a fonte da estimativa.
 

As forças israelenses entraram em Gaza pelo segundo dia consecutivo nesta sexta, em incursão descrita como pontual e vista como um preparativo para a invasão terrestre de larga escala ao território palestino.
 

A ação ocorreu nos arredores do bairro de Shejaiya, na cidade de Gaza, parte norte da faixa homônima, e foi realizada por militares da infantaria e forças blindadas, segundo o jornal Times of Israel. Drones e helicópteros da Força Aérea israelense forneceram apoio aéreo.
 

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que os militares destruíram locais usados pela facção Hamas, incluindo plataformas de lançamento de mísseis guiados antitanque e centros de comando. Vários integrantes do grupo terrorista foram atingidos na incursão, acrescentou Tel Aviv.
 

Os militares voltaram para Israel horas após a incursão e, segundo autoridades, não há relatos de israelenses feridos. O Exército não divulgou mais detalhes da ação.
 

A ofensiva ocorreu um dia após a maior incursão ao território palestino desde o começo da guerra, no último dia 7. Nesta quinta (26), tanques e escavadeiras de Israel romperam barreiras e avançaram também no norte de Gaza. Um vídeo divulgado pelo Exército de Israel mostra os blindados disparando. Assim como nesta sexta, as forças israelenses deixaram Gaza horas após a incursão.
 

Bombardeios foram registrados também no sul do território palestino, e Israel disse ter matado mais um comandante do Hamas na região. Madhat Mubasher, chefe do Batalhão Oeste de Khan Yunis, teria sido atingido por um ataque aéreo.
 

Segundo as IDF, mencionada pelo The Times of Israel, Mubasher participou de "ataques com franco-atiradores e foi responsável por explosivos [usados] contra as forças e cidades israelenses".
 

Desde que a guerra começou, Tel Aviv anunciou ter matado várias lideranças do Hamas. Nesta quinta, quatro chefes do batalhão Darj Tafah, do grupo terrorista, teriam sido mortos também em bombardeios.
 

Em viagem a Moscou, o oficial do Hamas Abu Hamid disse à imprensa local que a libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza só ocorrerá se for estabelecido um cessar-fogo. O grupo palestino que comanda o território desde 2007 afirmava ter 250 pessoas em seu poder, enquanto Tel Aviv contabiliza 229.
 

Mas, ao menos por ora, não há sinais de apaziguamento. Ao menos três pessoas ficaram feridas nesta sexta após um foguete atingir um prédio residencial em Tel Aviv. Segundo o Times of Israel, dois homens ficaram levemente feridos. Um terceiro, de 20 anos, sofreu lesões moderadas.
 

O ataque faz parte de uma barragem de foguetes lançados contra Tel Aviv, cuja autoria foi reivindicada pelas Brigadas Al-Qasam, braço militar do Hamas. Segundo a polícia, o artefato atingiu um apartamento no último andar. As autoridades pediram que curiosos se afastassem do local.
 

Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o momento em que o foguete atinge o prédio. As imagens não puderam ser verificadas de forma independente. O prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, compareceu ao local atingido. Segundo ele, apenas escolas próximas de abrigo vão abrir na cidade.

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Exército israelense faz incursão terrestre em Gaza; 250 alvos são atacados

  • Por Folhapress
  • 26 Out 2023
  • 17:29h

Foto: Forças de Defesa de Israel

No 20º dia da guerra entre Israel e Hamas, as forças armadas israelenses confirmaram que realizam uma incursão terrestre na Faixa de Gaza, nesta quinta-feira (26), para atacar instalações do grupo extremista. A ação é considerada "relativamente grande", segundo a agência de notícias Reuters. Novos bombardeios de Israel atingem 250 locais do Hamas.
 

O Exército de Israel disse que tanques e infantaria entraram no norte da Faixa de Gaza matando "muitos" combatentes do Hamas e destruindo infraestruturas militares e posições antitanques. O comunicado foi feito no X (antigo Twitter).
 

A operação decorreu sob o controle da Brigada Givati, uma das cinco unidades de infantaria do exército do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi feita em preparação para as "próximas fases de combate", se referindo a uma ofensiva terrestre total.
 

 

Os militares afirmaram também que a incursão tinham como alvo postos antitanque criados pelo grupo extremista. O comunicado israelense ressalta que as suas forças saíram de Gaza no final do ataque.
 

Houve um telefonema entre Netanyahu e Biden nesta quinta-feira (25). O líder dos EUA quer que primeiro-ministro de Israel garanta a segurança dos mantidos em cativeiro e tente garantir a sua libertação antes do início de uma guerra terrestre.
 

Netanyahu mencionou que os preparativos estariam na fase final e que o gabinete de guerra israelense tomará uma decisão unânime sobre quando proceder.
 

O primeiro-ministro disse que a população de Gaza "não envolvida" com o Hamas deve deixar as áreas a serem invadidas por Israel. A saída de cidadãos da Faixa de Gaza pelas fronteiras com Israel é proibida pelo país comandado por Netanyahu. A passagem de Rafah, que divide Gaza com o Egito, também está fechada.
 

Ele também afirmou que "nenhuma conciliação política" será feita com o Hamas e que o objetivo de Israel é "conduzir o país para uma vitória esmagadora". O dia e a hora da invasão terrestre não será informado ao público para "garantir a segurança" dos membros do Exército.
 

Vamos começar uma operação terrestre. Quero dizer para vocês que o momento do Exército é definido pelo gabinete de guerra e pelo chefe do Estado Maior. Estamos atuando para ter as melhores condições. Quando entrarmos em Gaza, quando começar a guerra, não haverá nada que nos detenha até alcançar o objetivo. Só temos uma coisa para o Hamas: o fogo
 

Benjamin Netanyahu
 


 

NOVOS BOMBARDEIOS DE ISRAEL ATINGEM 250 LOCAIS DO HAMAS
 

As Forças de Defesa de Israel declararam que aviões militares atacaram mais de 250 locais pertencentes ao Hamas na Faixa de Gaza.
 

Os locais incluíam centros de comando, túneis e lançadores de foguetes que foram "colocados no coração de áreas civis que dispararam contra o território israelense durante a guerra", de acordo com as IDF (na sigla em inglês).
 

A Marinha israelense afirmou ter atacado um posto de lançamento de mísseis terra-ar do Hamas na cidade de Khan Younis.
 

O Exército de Netanyahu afirmou que o local de lançamento de mísseis estava "localizado ao lado de uma mesquita e de um jardim de infância, o que é mais uma prova de que o Hamas utiliza deliberadamente civis".
 

As Forças de Defesa de Israel atacaram várias áreas de Tal al-Hawa, no centro de Gaza, com ataques aéreos, causando o início de um enorme incêndio. A informação foi divulgada pelo canal de TV Al Jazeera.
 


 

NOVO PRAZO PARA EVACUAÇÃO DE GAZA
 

O Ministério da Defesa de Israel propõe prolongar a evacuação das comunidades que vivem ao longo da cerca de Gaza e da sua fronteira norte com o Líbano até ao final de dezembro, informou a emissora pública israelense.
 

Na semana passada, o governo israelense comunicou à ONU sobre a ordem dada para os palestinos migrarem do norte para o sul da Faixa de Gaza. Cerca de 1,1 milhão de pessoas vivem no norte tornando "impossível tal movimento", segundo o porta-voz das Nações Unidas.
 

O chefe do escritório político e de relações internacionais do Hamas, Basem Naim, disse à Al Jazeera que os palestinos em Gaza não deixariam sua terra natal. "Temos duas opções: derrotar essa ocupação ou morrer em nossas casas", disse.

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Suspeito de matar 22 pessoas nos Estados Unidos é instrutor de tiro

  • Bahia Notícias
  • 26 Out 2023
  • 13:19h

Foto: Reprodução / Redes sociais/Bahia Notícias

O homem suspeito pelo tiroteio que matou 22 pessoas e feriu outras dezenas na cidade de Lewiston, no Maine, nos Estados Unidos, é instrutor de armas de fogo treinado na reserva do Exército. O caso aconteceu na noite desta quarta-feira (25).

De acordo com boletim da polícia de Lewiston, Robert Card tem 40 anos e é da cidade de Bowdoin. Ele teria entrado em um restaurante e em um boliche, em Lewiston, e disparado um rifle. As autoridades preferiram não oficializar o número de mortos e feridos, mas diversos sites norte-americanos falam entre 15 e 22 mortes. O homem continua foragido.

Conforme divulgado, Robert Card relatou problemas de saúde mental. Ele dizia ouvir vozes e chegou a ameaçar “atirar” em uma instalação militar na cidade de Saco. O homem acabou internado em um centro por duas semanas, entre julho e agosto.

Atirador mata ao menos 22 pessoas no Maine, nos EUA; polícia identificou e procura suspeito

  • Por Guilherme Botacini | Folhapress
  • 26 Out 2023
  • 07:15h

Foto: Reprodução/Gabinete do Xerife do Condado de Androscoggin

Ao menos 22 pessoas foram mortas por atirador na cidade de Lewiston, a segunda mais populosa do estado do Maine, com cerca de 38 mil pessoas (cerca de 800 km a nordeste de Washington), na noite desta quarta-feira (25), segundo a polícia do município afirmou à imprensa local.
 

O número total de mortos e quantos estão feridos ainda não está claro. As comunicações públicas das polícias e autoridades da região falam em "múltiplas ocorrências" atendidas, que se iniciaram às 20h, no horário local.
 

Segundo a polícia local, as forças de segurança estavam lidando com uma ocorrência em um restaurante e em uma pista de boliche. A polícia do condado de Androscoggin, onde fica Lewiston, publicou uma foto de um homem branco segurando o que parece ser um rifle de longo alcance, não incomum em massacres recentes nos Estados Unidos.
 

 

A polícia de Lewiston publicou imagem do suspeito, Robert Card, 40, segundo as forças de segurança locais. Ele ainda está à solta, e ainda não há qualquer informação sobre a motivação para o ataque.
 

O hospital Central Maine Medical Center afirmou que sua equipe estava "reagindo a um episódio de atirador em massa com múltiplas vítimas" e estava em contato e coordenação com outros hospitais da região para receber os pacientes.
 

De acordo com a CNN americana, citando fontes na polícia local, de 50 a 60 pessoas estão feridas nos incidentes, embora ainda não esteja claro quantas delas foram atingidas por tiros. "Por favor, evitem as estradas para permitir o acesso dos socorristas aos hospitais", disse a polícia.
 

Justin Juray, proprietário da pista de boliche onde as autoridades disseram que ocorreu o ataque, afirma que havia cerca de 100 a 150 pessoas, incluindo 20 crianças, na pista de boliche no momento em que o agressor entrou atirando com um rifle.
 

Dezenas de estudantes se abrigam no último andar da biblioteca do Bates College, uma faculdade privada local, mantendo-se abaixados entre as estantes de livros enquanto procuram atualizações sobre o caso pelas redes sociais.
 

O presidente americano, Joe Biden, foi informado sobre o caso, ligou para a governadora democrata do estado, Janet Mills, e ofereceu "auxílio federal completo" para lidar com o ataque, de acordo com a Casa Branca.
 

"Estou ciente e fui informada sobre a situação em Lewiston. Insto todas as pessoas na área a seguir as instruções das autoridades estaduais e locais. Continuarei monitorando a situação e mantendo contato próximo com os responsáveis pela segurança pública", afirmou a governadora.
 

O procurador-geral, Merrick Garland, foi informado sobre o ataque e funcionários do FBI, a polícia federal americana, estão no Maine auxiliando as autoridades locais.
 

A população do pequeno estado do Maine é pouco acostumado a ver muitos homicídios. Segundo dados do CDC, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o estado registrou uma taxa de homicídios de 1,7 para cada 100 mil habitantes em 2021, o que fez do Maine a terceira menor taxa entre os 50 estados.
 

Com 22 mortes, o episódio de hoje já soma mais óbitos do que em todo o ano de 2021 (20) e o total de mortes registradas em 2020 (21).
 

Os Estados Unidos convivem com ataques de atiradores com múltiplas mortes nos últimos anos, algo que tem instigado discussões sobre o acesso a armas no país e a mudanças na estratégia de abordagem das forças policiais.
 

Casos como o massacre de Uvalde, no Texas, em maio de 2022, que deixou 19 crianças e 2 adultos, gerou indignação entre defensores de maior controle armas. Na ocasião, Biden questionou em entrevista coletiva quando o país iria "enfrentar o lobby das armas".
 

Além disso, relatório posterior sobre a atuação da polícia apontou "erros sistêmicos" da abordagem e falta de liderança adequada, que colaboraram para o alto número de mortes.

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15 dias de guerra mataram mais crianças e adolescentes palestinos do que em 20 anos

  • Por Paula Soprana, Cristiano Martins e Nicholas Pretto | Folhapress
  • 22 Out 2023
  • 13:35h

Foto: Reprodução /Bahia Notícias

Quase metade das mortes de crianças e adolescentes palestinas registradas neste século em conflitos na Faixa de Gaza ocorreu nas duas últimas semanas, durante a guerra entre Israel e Hamas. Foram mortos ao menos 1.524 menores na região no atual confronto, ou 46,7% do total de 3.265 jovens vítimas desde o ano 2000.
 

O número óbitos de pessoas com menos de 18 anos em 15 dias de guerra é quase três vezes o total de menores mortos no ano com mais vítimas até então. Em 2014, 548 crianças e adolescentes foram vítimas de uma ofensiva de Israel para destruir foguetes e túneis em Gaza.
 

A reportagem cruzou dados de mortes de menores de 18 anos na Faixa de Gaza, registrados pela B'Tselem, organização israelense de direitos humanos, com as informações de mortes recentes divulgadas pela Ocha, agência das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, que considera estimativas do Ministério da Saúde de Gaza e faz esse mesmo recorte etário.
 

 

As duas organizações têm bases historicamente semelhantes e contabilizam vítimas consequentes do confronto bélico na região, mortas por explosões ou armas de fogo.
 

O boletim da ONU que inclui informações sobre menores, de quinta-feira (19), só traz atualização sobre crianças e jovens palestinos. Das mortes em Gaza, cerca de 40% das vítimas desde o dia 7 de outubro são menores de idade.
 

Do lado de Israel, autoridades locais estimam que 20 dos 705 mortos que tiveram os nomes identificados sejam crianças. A maioria morreu na ofensiva do Hamas a Israel há 15 dias.
 

Ao todo, o confronto tirou a vida de aproximadamente 5.800 pessoas, sendo 1.400 israelenses, e 4.449 palestinos, de acordo com autoridades locais.
 

A proporção de mortes palestinas é historicamente maior do que a de israelenses no confronto entre as duas partes. De 2000 até o início da atual guerra, foram 145 crianças e adolescentes israelenses mortos, sendo 90 em Israel, 51 na Cisjordânia e 4 em Gaza, de acordo com a B'Tselem.
 

No mesmo período, são 2.290 menores palestinos mortos, sendo 1.741 em Gaza, 537 na Cisjordânia e 12 em Israel.
 

Dados anteriores ao atual conflito indicam que foram 765 crianças de 0 a 12 anos e 976 adolescentes de 13 a 17 anos. No geral, 415 meninas e 1.326 meninos palestinos.
 

A morte de crianças foi uma das preocupações expressas na resolução proposta pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Com 12 votos favoráveis de 15 possíveis, o texto só não passou porque recebeu veto dos Estados Unidos, que destacaram o direito de Israel se defender.
 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a mencionar as mortes de menores na sexta, em pronunciamento por vídeo, quando também classificou o ataque de Hamas de terrorista pela primeira vez.
 

"Hoje quando o programa [Bolsa Família] completa 20 anos, fico lembrando que 1.500 crianças já morreram na Faixa de Gaza. Que não pediram para o Hamas fazer ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel, mas também não pediram que Israel reagisse de forma insana e as matasse. Exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra, que só querem viver, brincar, que não tiveram direito de ser crianças", disse no vídeo.
 

Desde o início da guerra, cerca de 1 milhão de pessoas se deslocaram em Gaza: mais de 527 mil estão nas 147 estruturas emergenciais de abrigo montadas pelas Nações Unidas, a maioria na região central ou sul de Gaza.
 

Com o cerco à região, a crise humanitária se acentuou diante da escassez de água, alimentos, combustíveis e medicamentos.
 

Vinte caminhões de ajuda internacional conseguiram autorização para cruzar a fronteira do Egito e entraram na região neste sábado (21) para fornecer mantimentos aos civis. Cerca de 200 caminhões ainda aguardam o sinal verde para a passagem.
 

Ao menos 210 pessoas ainda seguem reféns do Hamas, incluindo israelenses e estrangeiros, de acordo com as forças do país. O grupo liberou duas reféns americanas na sexta.

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Navio de guerra dos EUA abate mísseis de aliados do Irã

  • Por Igor Gielow | Folhapress
  • 20 Out 2023
  • 11:15h

Foto: Ilustração / Sarah Myers / Marinha dos EUA

Um navio de guerra americano interceptou mísseis lançados pelo que a Marinha dos EUA acredita ser rebeldes houthis do Iêmen, uma facção xiita apoiada pelo Irã que disputa o poder no país ao sul da península Arábica.
 

Segundo o Pentágono, os mísseis eram provavelmente direcionados a Israel, ao norte. Os EUA prometeram apoiar o Estado judeu em sua guerra contra o Hamas, grupo terrorista palestino que matou 1.300 israelenses em um ataque devastador no dia 7 passado.
 

Segundo relatos à imprensa americana, CNN à frente, o destróier lançador de mísseis guiados USS Carney abateu de dois a três mísseis vindos da costa de uma região dominada pelos houthis. A Marinha dos EUA faz patrulhas constantes em toda a região, como no mar da Arábia em que o incidente ocorreu nesta quinta (19). O problema é o momento.
 

O governo de Joe Biden enviou para o Mediterrâneo oriental, junto à costa israelense, um grupo de porta-aviões, com um segundo a caminho. O motivo alegado é dissuadir o Irã de se envolver na guerra que Israel trava contra o Hamas, que é apoiado por Teerã.
 

 

Como fiador do Hamas e do Hizbullah, ainda mais poderoso grupo anti-Israel baseado no sul do Líbano, o Irã foi alertado de que o poder de fogo naval americano poderia atingir seus prepostos -ou mesmo o país persa, embora essa seja uma hipótese escalatória por ora apenas na lista de temores.
 

Com efeito, o Hizbullah está promovendo ataques seguidos no norte de Israel desde que a situação regional se agravou, visando estabelecer limites de lado a lado, o que pode dar errado e disparar um conflito maior. Nesta quinta, houve nova e intensa troca de fogo, com os libaneses enviando cerca de 20 foguetes contra posições de Israel, a maior barragem na crise atual.

Os houthis do Iêmen vivem uma guerra civil com o regime autoritário local desde 2014. No ano seguinte, a Arábia Saudita, rival do Irã, interveio em favor da ditadura acossada do país árabe. Segundo a ONU, talvez 80% dos 4,5 milhões de iemenitas foram deslocados de suas casas pela guerra, que matou algo como 350 mil pessoas.

Desde que a China promoveu a reaproximação entre Riad e Teerã, algo consumado no restabelecimento de relações diplomáticas neste ano, o esforço para pôr fim ao conflito foi intensificado -uma delegação houthi foi recebida na Arábia Saudita no mês passado.

Agora, a guerra em Israel jogou areia em todo o processo, ainda que haja uma linha aberta entre iranianos e sauditas, os verdadeiros poderes por trás dos beligerantes. O episódio com o navio gera apreensão, caso sejam confirmadas a autoria e a intenção, devido ao clima geral no Oriente Médio, onde os EUA têm cerca de 30 mil militares estacionados.

Na véspera, o presidente russo, Vladimir Putin, havia jogado com essa preocupação ao dizer que caças armados com mísseis hipersônicos passariam a patrulhar uma área do mar Negro, 1.300 km ao norte, com capacidade de monitorar e alvejar os navios americanos no Mediterrâneo oriental -notadamente, o mais novo e maior porta-aviões dos EUA, o USS Gerald Ford.

O navio do incidente desta quinta, o USS Carney, havia entrado no mar Vermelho na quarta vindo do canal de Suez (Egito), segundo a Marinha americana para "ajudar a estabilidade do Oriente Médio". Os mísseis que interceptou vieram da costa do antigo Iêmen do Norte, dominada pelos houthis.

O incidente eleva o temor de que a guerra em Israel se transforme num sangrento conflito regional. Os sauditas vinham se aproximando de Tel Aviv, a quem não reconhecem, na esteira dos acordos do Estado judeu com países como os Emirados Árabes Unidos, em 2020.

A ação do Hamas teve o condão de colocar em risco todo o plano, dado que país árabe algum pode ser visto como muito amigo de Israel neste momento em que civis palestinos morrem sob bombas na Faixa de Gaza, hipocrisia de todos os lados à parte.

O incidente no Iêmen traz ecos do ataque terrorista com um bote suicida contra o USS Cole, um destróier da mesma classe do USS Carney. Em 2000, um ano antes do 11/9, a rede terrorista Al Qaeda de Osama bin Laden (1957-2011) conseguiu matar 37 marinheiros no navio com uma explosão, que danificou seu casco, enquanto o Cole abastecia em Aden, porto no Iêmen.

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Britney Spears revela que Justin Timberlake terminou com ela enquanto estava em coma

  • Bahia Notícias
  • 20 Out 2023
  • 09:08h

Foto: Reprodução /Bahia Notícias

Novas informações sobre a biografia de Britney Spears têm sido divulgadas nos últimos dias. Além de revelar que havia feito um aborto porque Justin Timberlake não queria “ser pai”, a cantora deu mais detalhes sobre seu relacionamento com o artista.

Desta vez, ela contou que o término do relacionamento de ambos foi traumático. De acordo com Spears, Timberlake a deixou “devastada” e pensando em abandonar a carreira quando decidiu terminar o namoro por mensagens de texto.

Em outra parte do livro, Britney conta que a mídia a tratou como uma "prostituta que partiu o coração do menino de ouro da América", enquanto, na verdade, ela "estava em coma na Louisiana enquanto ele corria feliz por Hollywood".

Até o momento, Justin não se pronunciou sobre nenhuma das acusações feitas pela ex-companheira.

Guerra entre Israel e Hamas deve prejudicar avanços climáticos na COP28

  • Por Jéssica Maes | Folhapress
  • 18 Out 2023
  • 13:19h

Foto: Reprodução / Youtube

Faltando pouco mais de seis semanas para a COP28, a conferência do clima da ONU, especialistas apontam que a guerra entre Israel e o Hamas deve prejudicar avanços nas negociações. O maior evento climático do mundo ocorre a partir de 30 de novembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos —país do Oriente Médio, região do conflito.
 

A previsão é de que haja um impacto negativo na priorização das pautas climáticas, assim como aconteceu em 2022, diante da invasão da Ucrânia pela Rússia.
 

Além de ter dividido as atenções da diplomacia mundial, o conflito no Leste Europeu resultou no aumento do consumo de carvão (que é extremamente poluente) por países europeus que dependiam dos russos para o fornecimento de gás (combustível fóssil menos sujo do que o carvão).
 

Para o diplomata Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente, esse fenômeno vai se repetir na COP deste ano. "[A guerra vai] reduzir ainda mais a prioridade do tema ambiental e tornar mais difícil do que já era chegar a um consenso mínimo para avançar nas negociações", avalia.
 

 

"No caso do Oriente Médio, [o conflito] torna pouco provável qualquer pressão sobre os produtores de petróleo para reduzir a produção. Ao contrário, fará com que americanos e europeus gestionem em favor do aumento da produção para evitar aumento inflacionário de preços."
 

Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, rede que reúne mais de 90 organizações socioambientais, aponta que o ambiente já não era o mais favorável, considerando que a própria COP tem batalhas internas de negociação.
 

Entre elas, estão a falta de financiamento dos países ricos para reparar os danos causados por eventos climáticos extremos nos países pobres e a ausência de metas mais ambiciosas para frear a crise do clima.
 

"A COP é um espaço que precisa ter acordos e boa vontade para avançar. Com duas guerras acontecendo, fica bem mais difícil coordenar esse desejo coletivo", afirma.
 

Eduardo Viola, professor de relações internacionais do Instituto de Estudos Avançados da USP e da Fundação Getulio Vargas, avalia que a guerra Israel-Hamas "cria mais um fator de erosão da cooperação global" e se reflete no tipo de ação adotada pelos países.
 

"Até a invasão russa da Ucrânia, por exemplo, o mantra do mundo democrático, particularmente no Ocidente, era a transição energética. Desde a Guerra da Ucrânia, o que domina o mundo é a segurança energética. E atingir a segurança energética, em princípio e no curto prazo, é mais fácil retomando o uso do carbono e aumentando a exploração de petróleo. É isso que está acontecendo no mundo", diz.
 

Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente e copresidente do Painel Internacional de Recursos Naturais da ONU, aponta, no entanto, que a agenda da COP já foi definida e que não será possível fugir da discussão dos pontos centrais do evento.
 

"Vai se viabilizar um debate sobre os recursos de financiamento climático, os famosos US$ 100 bilhões [que os países ricos prometeram a países pobres para investir em ações climáticas, mas ainda não pagaram], a discussão da estruturação do fundo de perdas e danos [criado na COP27], que segue como prioridade", enumera.
 

Ela destaca, ainda, o principal item na pauta: a elaboração do texto final do primeiro Global Stocktake, um inventário mundial das ações contra a crise climática.
 

"[Há] uma ambição que está aquém da discussão climática do mundo. Isso é uma coisa importante, porque as negociações agora estão acontecendo com os eventos climáticos acontecendo. Então, não é mais um debate em teoria, é um debate real", diz.
 

As tensões no Oriente Médio se somam a uma prévia baixa expectativa de ambientalistas a respeito dos resultados desta conferência.
 

O país sede é uma potência petroleira que produz, em média. 3,2 milhões de barris por dia. Os combustíveis fósseis representam boa parte da riqueza dos Emirados Árabes: 30% do Produto Interno Bruto e 13% das exportações vêm diretamente da indústria do petróleo e gás. Os dados são do Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
 

Além disso, a presidência da COP28 está nas mãos de Sultan al-Jaber —que é chefe da Adnoc, a companhia estatal de petróleo do país. A escolha foi duramente criticada por especialistas, que veem conflito de interesses na posição.
 

Jaber será o responsável por conduzir as negociações na cúpula, que terá participação ímpar da indústria petroleira: neste ano, pela primeira vez, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) terá um estande na COP.

 

QUESTÕES DE SEGURANÇA

A organização da COP28 espera receber mais de 70 mil participantes, incluindo chefes de Estado, autoridades governamentais e diferentes membros da sociedade civil, como representantes de setores privados, acadêmicos e jovens ativistas.
 

Dúvidas sobre a segurança da realização de um evento desta dimensão —e onde é esperada a presença de diversos líderes mundiais— surgem naturalmente com a relativa proximidade ao conflito. Apesar disso, a organização não admite ter preocupações a respeito disso e nem tratar, por exemplo, de um possível adiamento da conferência.
 

Um porta-voz da chefia da COP28 disse que os organizadores estão focados "na concretização de ações climáticas tangíveis e ambiciosas". Disse, ainda, que a presidência "está ansiosa para realizar uma COP segura e inclusiva a partir do final de novembro".
 

Os especialistas ouvidos pela reportagem concordam que é difícil que qualquer mudança drástica seja implementada por causa da guerra Israel-Hamas. "Acho muito improvável o adiamento ou suspensão da COP pois até agora os combates estão limitados a Faixa de Gaza, bastante afastada da zona do Golfo", avalia Ricupero.
 

Teixeira lembra que a cúpula de 2015, quando foi firmado o Acordo de Paris, aconteceu duas semanas depois dos atentados terroristas na casa de shows Bataclan e nos arredores do estádio Stade de France.
 

"Pode acontecer como em Paris, com medidas de segurança adicionais", diz. "A COP aconteceu no antigo aeroporto de Paris, o Le Bourget [nos arredores da capital francesa], com um sistema de segurança extremamente restritivo de acesso a pessoas não credenciadas."
 

A ex-ministra afirma, porém, que ainda é cedo para fazer uma avaliação mais incisiva. "Temos que aguardar os reflexos [da guerra] nos próximos dias, no próximo mês. A COP só começa dia 30 de novembro. A pré-COP agora e ela está mantida", aponta, referindo-se ao evento ministerial que acontece em 30 e 31 de outubro na capital dos Emirados Árabes, Abu Dhabi.
 

Astrini pontua que a existência do conflito na mesma região da COP28 pode fazer com que alguns presidentes desistam de comparecer, mas não acredita que o evento possa ser um alvo. "Os Emirados não estão diretamente envolvidos na guerra, então um ataque à COP seria um atentado contra o planeta todo", afirma.

 

COP29 JÁ É IMPACTADA POR CONFLITOS

Ainda que o conflito Israel-Hamas se resolva rapidamente, o tópico da segurança não deve deixar de influenciar as discussões climáticas. Isso porque, enquanto já é quase certo que a COP30, em 2025, vai acontecer no Brasil, a edição de 2024 do evento ainda não tem uma sede definida.
 

De acordo com o rodízio regional adotado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), a COP29 deveria acontecer no Leste Europeu.
 

Para isso, os 23 países que compõem o bloco regional na COP devem concordar unanimemente com o país-anfitrião –e, após o início da Guerra da Ucrânia, a Rússia se opôs a qualquer membro da União Europeia como sede.
 

Com isso, Armênia e Azerbaijão eram os principais candidatos, mas a tomada de Baku do enclave de Nagorno-Karabakh aumentou as tensões entre os dois países e com a Rússia.
 

A Alemanha, como sede da UNFCCC, é a opção padrão caso os países não cheguem a um acordo. E, neste caso, os Emirados Árabes permaneceriam como detentores da presidência.
 

Porém, de acordo com o jornal Financial Times, os Emirados só aceitariam permanecer na chefia se também puderem sediar o evento. Existe, portanto, a possibilidade de que o país petroleiro receba a cúpula por dois anos seguidos, em um período crucial para os esforços para deter as mudanças climáticas.

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Lula conversa com presidentes do Irã e da Turquia sobre guerra Israel-Hamas

  • Por Folhapress
  • 17 Out 2023
  • 17:29h

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sugeriu, nesta terça-feira (17), ao seu homólogo iraniano, Ebrahim Raisi, que uma eventual liberação de reféns pelo Hamas poderia servir de moeda de troca para encerrar os bombardeios de Israel à Faixa de Gaza. De acordo com a Presidência da República, o mandatário recebeu um telefonema do iraniano, cujo país financia a organização terrorista palestina.

Na conversa, Raisi teria defendido o fim dos bombardeios e do cerco à Faixa de Gaza. A região tem sido alvo de intensos ataques pelo Exército de Israel desde que o Hamas se infiltrou em território israelense em um ataque surpresa em 7 de outubro que deixou pelo menos 1.400 cidadãos do Estado judeu mortos. A reação de Tel Aviv, por sua vez, já levou cerca de 3.000 mortes de palestinos.

Comunicado do Planalto afirma que, Lula, por sua vez, fez um apelo para que o Irã convença o Hamas a libertar todos os reféns como uma espécie de gesto simbólico para persuadir Israel a interromper os bombardeios. O petista também teria reforçado a importância de um consenso entre a comunidade internacional para a criação de um corredor humanitário.

Raisi não foi o único líder do Oriente Médio a falar com Lula nesta terça. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também participou de uma ligação com o brasileiro. Também segundo nota da Presidência, os líderes concordaram que os ataques a civis que vêm ocorrendo na região são inaceitáveis.

Lula teria pedido ainda ajuda com o resgate dos brasileiros presos em Gaza, ao que Erdogan teria se disposto a ajudar no que fosse preciso.

Faixa de Gaza vai sofrer 'catástrofe' em 24h se não receber ajuda, diz OMS

  • Por Folhapress
  • 17 Out 2023
  • 07:29h

Foto:Reprodução CNN/Bahia Notícias

A OMS (Organização Mundial da Saúde) disse nesta segunda-feira (16) que a Faixa de Gaza vai sofrer uma "catástrofe" em 24 horas se não receber ajuda humanitária imediata.

Território está bloqueado devido à ausência de um acordo entre Israel e o Egito. O chefe regional da OMS, Ahmed Al Mandhari, disse que "restam 24 horas de água, eletricidade e combustível" em Gaza e classificou o que está por vir como uma "verdadeira catástrofe".

A Faixa de Gaza tem sido bombardeada de forma incessante por Israel desde que o grupo extremista Hamas atacou o território israelense em 7 de outubro. Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, pelo 2.700 pessoas morreram em Gaza desde então.

Dois dias após o ataque do Hamas, Israel ordenou um "cerco total" à Faixa de Gaza. Medida fez com que o abastecimento de água, energia, combustível e comida fosse cortado no território.

GAZA DIZ NÃO RECEBER ÁGUA HÁ 10 DIAS

O Ministério do Interior da Palestina afirmou nesta segunda que a Faixa de Gaza não recebe um litro de água potável há 10 dias. Neste domingo (15), o governo de Israel anunciou ter retomado o abastecimento de água a uma parte do território.

Decisão de retomar abastecimento foi aprovada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Joe Biden, publicou o ministro de Energia israelense, Israel Katz.

"Essa ação vai resultar no deslocamento da população civil para o sul da Faixa de Gaza e vai permitir reforçar o cerco geral, tornando mais fácil para as Forças de Defesa de Israel operarem e destruírem a infraestrutura do Hamas", escreveu Katz nas redes sociais.

ONU alertou neste domingo que 2 milhões de pessoas estavam sem água potável na região. "As pessoas agora são forçadas a usar água suja de poços, aumentando os riscos de doenças transmitidas pela água. Gaza também está sob um apagão de eletricidade desde 11 de outubro, o que afeta o abastecimento", disse a entidade em comunicado.

Biden diz que Hamas precisa ser eliminado, mas Israel ocupar Gaza é 'erro'

  • UOL
  • 16 Out 2023
  • 11:41h

Imagem: REUTERS/7.out.2023-Elizabeth Frantz/UOL

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a eventual ocupação da Faixa de Gaza por Israel seria um "grande erro" e defendeu a criação de um Estado Palestino. Ele também afirmou que o Hamas, autor dos ataques a Israel, deve ser extinto. O embaixador de Israel na ONU respondeu Biden.

O que Biden disse

Biden disse estar confiante de que Israel agirá conforme as "regras de guerra" e que não privará os palestinos de mantimentos essenciais à vida, como água e medicamentos. As declarações foram em entrevista ao programa 60 Minutes, da TV CBS.

"Estou confiante de que os inocentes de Gaza poderão ter acesso a medicamentos, alimentos e água."

  • O democrata culpou o Hamas pela situação crítica de Gaza e afirmou que o grupo extremista precisa ser "totalmente eliminado" pelo exército de Israel. Entretanto, ponderou que a ocupação de Gaza pelas forças israelenses seria um "erro".

 

"Veja, o que aconteceu em Gaza, na minha opinião, é de responsabilidade do Hamas. Os elementos extremistas não representam a totalidade do povo palestino. E penso que seria um erro que Israel ocupasse Gaza novamente."

  • Joe Biden também defendeu a necessidade de "haver um caminho para a formação de um Estado Palestino".

 

  • O presidente norte-americano acusou o governo do Irã de financiar grupos extremistas como o Hamas e o Hezbollah, mas ressaltou que ainda não tem "nenhuma evidência" de que o regime iraniano "tinha conhecimento dos ataques" perpetrados pelo Hamas em Israel no último dia 7. 

 

  • Desde a deflagração da guerra na semana passada, os Estados Unidos se posicionaram em defesa do Estado israelense e prometeram dar suporte ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyah.

Além de enviar dois porta-aviões de guerra para a costa israelense, os EUA também enviaram armas e munições para Israel, além de reforçarem sua presença militar naquele país, embora a Casa Branca tenha afirmado que não pretende enviar seus soldados para o combate.

Embaixador de Israel na ONU responde EUA

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, respondeu ao aviso do presidente dos EUA, Joe Biden, de que ocupar Gaza depois de destruir o Hamas seria um "grande erro", dizendo que Israel "não tem interesse" em governar os palestinos.

Erdan também agradeceu a Biden por compreender a necessidade de Israel de destruir o grupo extremista Hamas.

"Obrigado, presidente Biden, por reconhecer o que Israel tem dito desde que ocorreu o bárbaro massacre do Hamas: o objetivo de Israel é a eliminação total das capacidades do Hamas."

Gilad Erdan, embaixador de Israel na ONU

Mortos na guerra entre Israel e Hamas

  • O conflito entre Israel e Hamas já deixou mais de 4 mil mortos, segundo as informações oficiais divulgadas por autoridades dos dois lados.

 

  • O número de mortos em Gaza não para de subir com os bombardeios israelenses. O Ministério da Saúde da Palestina fala em 2.670 mortos até a manhã deste domingo.

 

  • Israel contabiliza mais de 1.400 mortos nos ataques terroristas do Hamas da semana passada. Pelo menos 126 pessoas foram feitas reféns pelo Hamas, mas este número pode ser maior.

 

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