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Trump e Melania vão ao funeral do papa em Roma

  • Por Julia Chaib | Folhapress
  • 22 Abr 2025
  • 13:39h

Foto: Reprodução / silviobm

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania Trump, vão a Roma para o funeral do papa Francisco nesta semana. "Estamos ansiosos por comparecer", afirmou Trump em post na sua rede social Truth Social.

Será a primeira viagem internacional do republicano desde que tomou posse, em 20 de janeiro.

Trump esteve com o papa em visita ao Vaticano em 2017, no seu primeiro mandato. O presidente americano tinha divergências com o pontífice, sobretudo em relação às políticas de imigração.

Francisco será o primeiro papa em 122 anos enterrado fora do Vaticano

  • Por José Henrique Mariante | Folhapress
  • 21 Abr 2025
  • 18:18h

Foto: Vatican Media

O corpo do papa Francisco será enterrado na basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. Isto fará do pontífice argentino o primeiro em 122 anos a ser sepultado fora das grutas do Vaticano, no subsolo da Basílica de São Pedro. No ano passado, Jorge Bergoglio afirmou em entrevista que havia escolhido sua igreja favorita em Roma, próxima à estação central.

Francisco, que no último dia 12, véspera do Domingo de Ramos, fez uma visita surpresa à catedral, será o terceiro papa a restar no local, que já abriga Pio 5° (1566 a 1572) e Sisto 5° (1585 a 1590). O último líder católico a ser enterrado fora do Vaticano foi Leão 13, em 1903. Seu túmulo está na basílica de São João de Latrão, em Roma, sede da diocese de Roma.

Morre aos 88 anos o Papa Francisco

  • Brumado Urgente
  • 21 Abr 2025
  • 06:47h

Foto: Reprodução

Morreu hoje (21), as 04:47h da manhã, horário de Brasília, Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco.

Com a saúde debilitada há alguns anos, sobretudo, por problemas relacionados à parte respiratória, o Papa Francisco foi o primeiro Papa Latino-americano a assumi o posto maior da igreja católica.

 

O nome papal escolhido por Jorge Mario Bergoglio faz alusão a São Francisco de Assis, que teve sua vida voltada para os pobres, e assim o queria o Papa Francisco, uma igreja voltada para os mais humildes.

Todos os rituais fúnebres determinados pelo papa ainda em vida serão cumpridos rigorosamente, asseverou, o representante da Santa Sé em depoimento às redes de TV.

Apesar de trégua feita com Putin, Zelensky declara estar recebendo ataques russos

  • Bahia Notícias
  • 20 Abr 2025
  • 09:08h

Foto: Reprodução/Redes sociais

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, declarou, neste sábado (19), que continua recebendo ataques russos no país. A Rússia e Ucrânia estão vivendo uma trégua temporária de Páscoa anunciada pelo presidente russo, Vladimir Putin. 


“Até agora, de acordo com relatórios do comandante-chefe, as operações de ataque russo continuam em vários setores da frente e o fogo da artilharia russa não diminuiu”, escreveu ele no X, antigo Twitter. 


Governador de uma região sul na Ucrânia, Oleksandr Prokudin, declarou que um bombardeio feito por drones russos causou incêndio em um prédio. 


O presidente ucraniano havia dito que o cessar-fogo seria respeitado, se a Rússia também fizesse o mesmo.


“Se a Rússia de repente estiver pronta para realmente se envolver (…) a Ucrânia agirá de acordo, espelhando as ações da Rússia”, escreveu ele. 

Harvard diz que não cumprirá exigências de Trump, e governo congela US$ 2,2 bilhões em verbas

  • Por Julia Chaib | Folhapress
  • 16 Abr 2025
  • 14:59h

Foto: Reprodução / Harvard University

A Universidade Harvard, uma das mais prestigiosas dos Estados Unidos, tem se recusado a ceder às investidas de Donald Trump para adequar suas políticas a um discurso determinado pelo governo, sob pena de perder financiamento. Nesta segunda-feira (14), a universidade rejeitou demandas da gestão republicana para manter o financiamento à instituição.
 

Algumas horas depois a Casa Branca anunciou o congelamento de US$ 2,2 bilhões em verbas, além de US$ 60 milhões em contratos com a instituição.
 

Trata-se da primeira universidade de elite no país a rechaçar a ofensiva do republicano.
 

"A universidade não renunciará a sua independência nem abrirá mão de seus direitos constitucionais. As demandas do governo vão além do poder da gestão federal", afirmou o reitor da universidade, Alan Garber.
 

Em março, o governo afirmou que estava avaliando o financiamento de cerca de US$ 256 milhões para Harvard, além de um adicional de US$ 8,7 bilhões, sugerindo que a universidade não havia feito o suficiente para coibir o antissemitismo no campus.
 

"Fica claro que a intenção não é trabalhar conosco para abordar o antissemitismo de maneira cooperativa e construtiva", afirma o reitor. "Embora algumas das exigências delineadas pelo governo visem combater o antissemitismo, a maioria representa uma regulamentação governamental direta das ‘condições intelectuais’ em Harvard."
 

Segundo Garber, Trump propôs "controlar a comunidade de Harvard", ao exigir requisitos com o objetivo de fiscalizar os pontos de vista do corpo discente e docente, e para "reduzir o poder" de estudantes, professores e gestores "visados devido a suas visões ideológicas".
 

A proteção assegurada pela instituição, porém, não é suficiente para poupar os alunos estrangeiros da universidade de ações recentes da gestão republicana que miram estudantes.
 

As ações e o clima de perseguição posto em prática pela gestão Trump já afeta os corredores. A Folha de S.Paulo conversou com alunos brasileiros da universidade nos últimos dias —todos com status migratório regular nos EUA. Os relatos são de receio de ter o visto revogado, a despeito da postura institucional de Harvard.
 

Os estudantes não querem se expor e por isso evitam críticas públicas às demandas de Trump. A conduta tem sido a mesma de integrantes de outras instituições, como a Folha de S.Paulo mostrou: ficar atento às redes sociais, apagar posts que podem ser considerados polêmicos e adotar discrição.
 

O escritório internacional de Harvard relatou que três alunos de graduação da universidade tiveram seus vistos revogados. Por questões de privacidade, a faculdade não divulgou quem são, mas os encaminhou para assistência legal.
 

"Não estamos cientes dos detalhes das revogações ou das razões para elas, mas entendemos que números comparáveis de estudantes e acadêmicos em instituições por todo o país experimentaram mudanças de status semelhantes em aproximadamente o mesmo período de tempo", escreveu a universidade em comunicado.
 

Na mesma nota, o escritório afirma que valoriza profundamente os estudantes e acadêmicos que lá atuam. Diz que eles agregam com talento e criam relações positivas e discursos que "expandem os horizontes das pessoas em toda a nossa comunidade". "Estamos comprometidos em continuar a apoiá-los."
 

Estudantes que participaram no último final de semana da Brazil Conference, evento organizado pela comunidade brasileira de Harvard e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), não souberam dizer se há brasileiros entre aqueles com vistos revogados. Mas citaram exemplos de dificuldade para conseguir vistos de pesquisadores para viajar aos EUA como um fator que assusta.
 

Uma pesquisadora que foi convidada a participar da conferência e que, portanto, teve o visto patrocinado por um convite de Harvard e pago pelo evento, foi recusada duas vezes antes de conseguir autorização para viajar. Um dos participantes disse que a pessoa precisou ir a consulados de estados diferentes para conseguir a aprovação.
 

Outro caso mencionado é o do pesquisador brasileiro Rodrigo Nogueira, convidado a participar de um evento no MIT que começa na próxima semana e discutirá o desenvolvimento de inteligência artificial no Brasil, mas não obteve autorização.
 

À Folha de S.Paulo, Nogueira afirmou que passou pela entrevista para renovação do visto no dia 27 de fevereiro no consulado dos EUA em São Paulo e obteve a aprovação. No entanto, no dia seguinte, foi informado de que seu visto estava temporariamente bloqueado para análise pelas autoridades americanas.
 

Harvard tem promovido diversas reuniões para instruir os alunos sobre suas prerrogativas, em sessões conhecidas como "saiba seus direitos". Ainda colocou à disposição dos alunos e pesquisadores internacionais a Iniciativa de Representação de Harvard (HRI), uma clínica jurídica que oferece serviços gratuitos.
 

A universidade está localizada no estado de Massachusetts, que tem alto número de imigrantes, entre eles muitos brasileiros, e adota uma postura de cooperação com os estrangeiros. Cambridge, cidade onde fica a instituição, e sua vizinha, Boston, são consideradas cidades-santuário (municipalidades que adotam políticas mais favoráveis a migrantes).

Morre Ted Kotcheff, diretor de 'Rambo' e produtor de 'Lei e Ordem', aos 94 anos

  • Por Folhapress
  • 12 Abr 2025
  • 12:22h

Foto: Reprodução / Redes Sociais

O cineasta Ted Kotcheff, diretor do primeiro filme "Rambo", morreu na última quinta-feira (10), aos 94 anos. Segundo disse seu filho, Thomas Kotcheff, ao TMZ, o canadense morreu cercado da família em um hospital no México. A causa da morte não foi divulgada.

Nascido em Toronto, em 1931, Kotcheff começou a carreira no Canadá, trabalhando na TV, e passou um período em Londres antes de despontar no cinema. Seu primeiro filme de sucesso foi "Pelos Caminhos do Inferno", um suspense ambientado na Austrália, de 1971.

Com "O Grande Vigarista", de 1974, ele chamou a atenção de Hollywood. Estrelado por Richard Dreyfuss, o longa saiu vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim e angariou uma indicação ao Oscar —de melhor roteiro adaptado.

Nos Estados Unidos, Kotcheff fez sucesso com "Adivinhe Quem Vem para Roubar", de 1977, antes de trabalhar em seu projeto mais conhecido. O cineasta dirigiu o primeiro longa da série "Rambo", chamado "Programado Para Matar", baseado no romance "First Blood", de 1972, escrito por David Morrell. O filme apresentou ao mundo o soldado ex-combatente da Guerra do Vietnã interpretado por Sylvester Stallone.

O canadense ainda dirigiu títulos como "Troca de Maridos", de 1988, "Um Homem à Beira de um Ataque de Nervos", de 1992, e "À Queima Roupas", de 1995, e fez sucesso com "Um Morto Muito Louco", de 1989, mas a partir da década de 1990 passou a se dedicar mais à TV do que ao cinema. Foi produtor executivo da série "Lei & Ordem: Unidade de Vítimas Especiais", da NBC, por mais de dez temporadas, e dirigiu alguns episódios da produção.

Em meio à tensão comercial, China emite alerta de risco para viagens aos EUA

  • Bahia Notícias
  • 10 Abr 2025
  • 12:31h

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministério da Cultura e Turismo da China emitiu, nesta quarta-feira (9), um alerta a seus cidadãos de potenciais riscos ao fazer viagens aos Estados Unidos. Em mensagem enviada, o governo recomenda que "avaliem completamente os riscos" e sigam para o outro país "com cautela".

“Recentemente, devido à deterioração das relações econômicas e comerciais entre China e EUA e à situação de segurança interna nos Estados Unidos, o Ministério da Cultura e Turismo lembra aos turistas chineses que avaliem completamente os riscos de viajar para os Estados Unidos e viajem com cautela”, diz mensagem. 

A mensagem foi publicada após maior tensão comercial entre os dois países. Nesta quarta-feira (9), a última ação foi tomada pelo presidente Donald Trump, que aumentou as tarifas sobre produtos chineses de 104% para 125%.

Justiça autoriza governo Trump a usar lei do século 18 para expulsões em massa

  • Por Folhapress
  • 08 Abr 2025
  • 14:22h

Foto: Shealah Craighead / Casa Branca

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira (7) que o governo de Donald Trump pode utilizar uma controversa lei do século 18 para determinar expulsões em massa. Trata-se de nova vitória judicial do republicano, desta vez numa área considerada cara à atual gestão: a da migração.

O tribunal aceitou recurso apresentado pelo governo contra uma ordem emitida pelo juiz James Boasberg, em 15 de março, que havia bloqueado de forma temporária as deportações justificadas sob a lei.

A legislação em questão é chamada Lei dos Inimigos Estrangeiros (Alien Enemies Act, em inglês). Criada em 1798, permite que as autoridades detenham e deportem imigrantes em períodos de guerra contra outras nações -Trump afirma que seu país está em conflito com facções estrangeiras que teriam invadido os EUA.

Ao invocar a lei do século 18, Trump acelerou os processos de deportação e ainda desafiou a Justiça -as expulsões ocorreram a despeito de a ordem ter sido bloqueada de forma temporária por um juiz.

Até 2025, a Lei dos Inimigos Estrangeiros só tinha sido acionada em três ocasiões: a guerra Anglo-Americana (1812-1815), a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Durante a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, a norma foi usada para enviar descendentes de japoneses, alemães e italianos para campos de detenção nos EUA.

Brasileiros vivem pânico em universidades nos EUA diante de decisões de Trump

  • Por Folhapress
  • 31 Mar 2025
  • 07:18h

Foto: Reprodução / YouTube

No terceiro ano do doutorado na Universidade Michigan, Pedro deveria estar se preparando para a qualificação de sua tese e para o trabalho de campo. Em vez disso, esse brasileiro de 30 anos está se precavendo contra a possibilidade de ser detido e deportado pelo governo americano.

Pedro, que por essa mesma razão prefere não dizer seu nome verdadeiro, está no país de maneira legal, com visto de estudante. Não cometeu nenhum crime. Esteve envolvido, porém, nos protestos pró-Palestina no seu campus -algo que hoje é o suficiente para ter problemas.

No começo de março, autoridades americanas detiveram o estudante palestino Mahmoud Khalil, da Universidade Columbia. Semanas depois, foi a vez do indiano Badar Khan Suri, da Universidade Georgetown.

Já na terça-feira (25), agentes prenderam a estudante de doutorado turca Rumeysa Ozturk. Ela foi abordada pelo serviço de imigração perto da sua casa. A cena, registrada por câmeras locais, é geralmente reservada a operações contra criminosos.

Ela não era uma líder do movimento pró-Palestina, mas havia escrito no jornal da Universidade Tufts sobre esse assunto. O governo do republicano Donald Trump agora tenta deportá-los, a despeito de todos terem vistos regulares para permanecer nos Estados Unidos.

No meio-tempo, Trump tem pressionado universidades de elite no país para que abafem os protestos pró-Palestina, enquadrando toda crítica a Israel como antissemitismo. Retirou US$ 400 milhões de financiamento de Columbia, por exemplo, até que se adeque às medidas.

Na universidade, palco dos maiores protestos pró-Palestina no ano passado, o brasileiro Rafael, 29, descreve um clima de pânico. Ele foi colega de classe de mestrado do aluno detido Khalil, um dos rostos da ofensiva de Trump. Como Pedro, prefere não dizer seu nome verdadeiro.

Rafael tenta adotar a discrição, sobretudo porque tem uma série de mensagens trocadas com Khalil e teme ficar em evidência. Lamenta não poder falar com o amigo. "O fato de que simplesmente sumiram com uma pessoa é assustador", diz. "Estão atribuindo falas de pessoas que estavam no movimento como falas dele, quando ele nunca disse nenhum absurdo."

Ele relata à reportagem que o receio em Columbia não se resume aos alunos estrangeiros, mas atinge também cidadãos americanos e professores. A conduta geral tem sido apagar as redes, deixar os perfis de aplicativos de conversa sem foto e censurar as próprias declarações.

Conta ainda que as equipes da universidade acreditam estarem sendo monitoradas e têm medo de serem pegas por agentes da imigração as ouvindo falar sobre temas ligados à diversidade. O governo suspendeu o financiamento e mandou as instituições acabarem com seus programas de inclusão.

Rafael recebeu na semana passada ligação de uma pessoa que se identificava como sendo do ICE (serviço de imigração americana) dizendo que haviam rastreado um pacote com material ilegal do México sendo encaminhado para ele. O estudante acredita que se tratava de um trote. Mas diversos colegas dele têm recebido ligações do tipo, o que faz parte do clima que ele acreditam estar sendo criado pelo governo.

A reportagem esteve em contato com mais de uma dezena de brasileiros que, como Pedro e Rafael, dizem se sentir em risco nos Estados Unidos. Conversam por meio de aplicativos de mensagem e trocam sugestões de como se proteger -por exemplo, apagando todas as suas redes sociais.

Diante desse cenário, universidades de elite têm enviado mensagens aos seus alunos estrangeiros para que adiem qualquer viagem para o exterior, dado que existe um risco real de que sejam impedidos de voltar ao país. A reportagem teve acesso a diversos desses emails.

Universidades, assim como professores de maneira individual, têm circulado panfletos com instruções para o que fazer em casos de detenção e deportação. Pedro chegou a consultar uma advogada especializada em imigração para poder já traçar um plano concreto.

Entre quatro paredes, dentro dos campi, discute-se até a necessidade de os alunos que são pais concederem a guarda de seus filhos a uma pessoa de confiança para o caso de serem detidos -o que diversos imigrantes brasileiros têm feito, como já mostrou a Folha de S.Paulo. A instrução é preparar o terreno para o pior dos cenários.

A impossibilidade de deixar o país afeta a carreira acadêmica desses alunos, já que é esperado de muitos deles que passem um período longo no exterior consultando arquivos públicos ou realizando o trabalho de campo.

Nesta semana, o secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou o cancelamento dos vistos de aproximadamente 300 manifestantes, os quais chamou de lunáticos. A justificativa do governo é que pode deportar quem apoia organizações terroristas, como definem o Hamas, por serem um risco aos EUA, mesmo sem provas da ligação dos alunos com a facção.

Esse cenário é ainda mais preocupante para quem vem do mundo de fala árabe ou pesquisa a região. A MESA (associação de estudos de Oriente Médio, na sigla em inglês) já alertou seus membros da incerteza sobre seu congresso anual, celebrado em novembro em Washington.

O congresso da MESA é o mais importante do campo de estudos árabes, onde circulam os grandes nomes. Não está claro, porém, se pesquisadores vão conseguir entrar no país. Diversos deles foram impedidos, nas últimas semanas. Tampouco se sabe se isso será seguro.

Os alunos brasileiros e imigrantes em geral lidam, agora, com a dúvida sobre como agir nessa situação. Alguns dizem que sabem que precisam abaixar a cabeça, enquanto outros falam que querem lutar. Os protestos nos campi seguem, apesar de que, às vezes, com máscaras cobrindo os rostos.

Guerra mostrou que Hamas usa o povo, diz ativista de Gaza

  • Por Igor Gielow | Folhapress
  • 30 Mar 2025
  • 09:04h

Foto: Reprodução / TV Globo

Os recentes protestos de moradores da Faixa de Gaza contra o governo do Hamas mostram que a população cansou do regime da agremiação terrorista, que se aproveitava dela em nome da luta contra Israel.
 

A opinião é de um dos pioneiros dos atos contra o Hamas, Hamza Abu Howidy. "Estávamos esperando por isso há muito tempo. Não é fácil pedir ao povo de Gaza para protestar quando há uma arma apontada para sua cabeça. Seria como pedir aos reféns israelenses para protestar contra seus captores", disse.
 

Ele sabe do que fala. Hoje com 28 anos, integrou os primeiros protestos de 2019 e ajudou a organizar uma segunda rodada, em 2023. Nas duas ocasiões, amargou três semanas de cadeia e tortura nas mãos do Hamas, sendo obrigado a fugir de Gaza.
 

Após uma temporada "de pesadelo" em campos de refugiados na Grécia, ele conseguiu asilo na Alemanha, morando ao norte de Berlim há cerca de um ano. De lá, falou com a Folha por vídeo na sexta-feira (28).
 

Em um dos campos gregos, ele certa vez postou um vídeo crítico ao Hamas. "Um cara veio ao meu quarto e disse que se eu fizesse isso de novo, ele iria me decapitar", afirma ele, figura conhecida na mídia alemã. A vida agora está melhor, mas longe de ideal: "Recebo ameaças de morte todos os dias".
 

O motivo é sua oposição ao Hamas, que não se confunde com condescendência ante a campanha do Estado judeu contra Gaza desde o mega-ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas. "Eu não reconheço mais as ruas da minha cidade, não há uma família que não tenha perdido alguém", disse.
 

Nas contas do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, 50 mil palestinos já morreram no território, que voltou a ser objeto de ataques quando Tel Aviv rompeu o cessar-fogo vigente desde o fim de janeiro para forçar a libertação dos 24 reféns vivos remanescentes.
 

A volta da violência levou aos atos contra o Hamas. "Quando eu deixei Gaza, o Hamas tinha apoio da maioria. Mesmo que as pessoas não gostassem do Hamas, elas acreditavam nessa narrativa de resistência armada. Mas agora, depois da guerra, elas viram as consequências disso", disse.
 

"Viram como o Hamas estava apenas usando-as. Os cidadãos estavam famintos, mas o Hamas não. Sim, [resistir] é um direito legítimo para aqueles sob ocupação, mas nós, palestinos, deveríamos ter aprendido que, ao longo de 80 anos de resistência armada, isso não está funcionando", afirma.
 

Ele não é muito otimista ante o futuro. "Precisamos de uma alternativa. O governo [do premiê israelense] Binyamin Netanyahu diz que a ANP [Autoridade Nacional Palestina] não serve. Então nos diga o que serve", diz Howidy, que deixou Gaza pouco antes do 7 de Outubro, após sua família pagar US$ 3.000 para tirá-lo da cadeia.
 

Com efeito, o Hamas ainda conta com apoio de 35% dos gazenses, ante 21% da ANP, segundo a mais recente pesquisa do Centro Palestino de Pesquisa e Política, de setembro.
 

O caminho de Howidy ao papel de jurado de morte pelo Hamas não foi rápido. Nascido na capital homônima de Gaza, ele tinha dez anos quando o grupo tomou o poder, numa briga fraticida com a ANP.
 

O Hamas imiscuiu-se em todo o tecido social gazense desde então. O ativista conta que foi ensinado na escola que os judeus eram porcos a ser abatidos, e que Israel deveria ser jogado ao mar. "Era uma formação antissemita aberta", diz. Hospitais e colégios eram frequentados por homens armados.
 

"Mas meu pai foi professor em Birmingham [Reino Unido], e tinha experiência com movimentos islamistas. Não engolíamos propaganda. Comecei a ler autores israelenses e outros anti-islâmicos como o germano-egípcio Hamed Abdel-Samad", disse.
 

Em 2015, chegou a hora da faculdade de engenharia. "Só havia três universidade, e mais calma, sem brigas, era a do Hamas. Apesar de ateu, fui para a Universidade Islâmica de Gaza, estudar a sharia [lei islâmica]. Mantive a cabeça baixa por dois anos", disse.
 

"O problema é que não estávamos estudando para construir prédios, e sim literalmente como fazer foguetes", disse. "Não ia conseguir", disse. Mudou de faculdade e estudou contabilidade.
 

O fato de não ser membro do Hamas o impediu de entrar no serviço público --destino da maior parte dos jovens como ele. "Fiquei furioso. O Hamas dividiu Gaza entre uma elite rica de apoiadores e nós. Quem se juntava a eles tinha carros, família, e eu, nada."
 

Em 2019, relutou em participar de atos contra o grupo por melhoria de vida. "Eu tinha medo que fôssemos uma minoria e seríamos alvos fáceis. Mas quando percebi que eram milhares em Jabalia, fui", disse. E parou pela primeira vez na cadeia.
 

Nos quatro anos seguintes, buscou acomodação e emprego no setor privado. Entrou pela primeira vez em contato com israelenses, ativistas pela paz, online. "Vi que eram pessoas, uma sociedade", disse. Em julho de 2023, começou a organizar novos protestos contra o Hamas, foi preso pela repressão e levado ao exílio.
 

O 7 de Outubro logo veio. "Nós conhecíamos a brutalidade do Hamas, mas nada como aquilo. Eles mataram judeus, muçulmanos, sem separação. Eu, que estava no exterior, tratei de tirar minha família de lá", diz, revelando apenas o ponto de saída, a passagem entre Rafah e o Egito.
 

Howidy se exaspera com apoio ao Hamas entre os simpatizantes da causa palestina, algo corrente na esquerda do Brasil aos EUA, passando pela Europa. "O Hamas é o terror", diz.
 

Ele afirma que o ataque inviabilizou a paz na região, devido à radicalização mais generalizada da sociedade israelense decorrente do episódio. "Nós vimos uma senhora que levava nossa gente de graça a hospitais em Israel ser sequestrada e morta. O Hamas celebrava isso na rua", disse.

Donald Trump declara que vai tomar posse da Groenlândia

  • Bahia Notícias
  • 27 Mar 2025
  • 14:23h

Foto: Reprodução/Redes sociais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, nesta quarta-feira (26), que vai tomar a Groenlândia. A fala ocorreu durante uma entrevista, ocorrida um dia antes da ida de uma comitiva americana ao local.

"Precisamos da Groenlândia para a segurança internacional. Precisamos dela. Devemos tê-la", disse ele.

"Odeio dizer isso assim, mas vamos ter que tomar posse deste imenso território ártico", declarou ele ao entrevistador do podcast.

Na sexta-feira (28), o vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, declara-se animado para acompanhar a delegação de altos funcionários do governo americano em viagem para o território, que atualmente é administrado pela Dinamarca.

"Ansioso para visitar a Groenlândia", escreveu ele, em sua conta no X, antigo Twitter. Em postagem, ele também coloca um vídeo onde declara: "infelizmente, líderes tanto nos Estados Unidos quanto na Dinamarca, eu acho, ignoraram a Groenlândia por tempo demais".

O presidente americano já disse que usará forças para seus objetivos, caso for necessário.

Papa Francisco faz 1ª aparição pública antes de receber alta do hospital

  • Por Folhapress
  • 23 Mar 2025
  • 09:28h

Foto: Angelo Carconi/Ansa/Agência Lusa

 O papa Francisco apareceu neste domingo (23) ao público pela primeira vez desde que foi internado no hospital Agostino Gemelli, em Roma, há 37 dias. Por volta das 12h (8h de Brasília), ele foi a uma varanda do quinto andar da estrutura.
 

O pontífice deixará o hospital ainda hoje, segundo sua equipe médica anunciou no sábado (22).
 

Pouco antes de o papa aparecer, havia sido divulgado o texto do Angelus, a oração que costuma fazer aos domingos, da janela do Palácio Apostólico, para os fiéis reunidos na praça São Pedro. Foi o sexto domingo que o Angelus foi anunciado por escrito.
 

Desde as primeiras horas desta manhã, pessoas começaram a se aglomerar na entrada do hospital, sob a varanda, em torno da estátua do papa João Paulo 2º, morto em 2005, que foi internado diversas vezes ali. Por semanas, fiéis deixaram velas, flores, rosários e outros objetos em homenagem a Francisco, além de rezarem por sua recuperação.
 

Aos 88 anos, o pontífice está curado da pneumonia bilateral e superou ao menos quatro crises respiratórias graves. Segundo a equipe médica, em dois desses momentos ele correu risco de morrer.
 

O tratamento para eliminar totalmente a infecção polimicrobiana continuará na Casa Santa Marta, sua residência oficial no Vaticano, onde o papa deverá ficar em convalescença por ao menos mais dois meses, além de passar por reabilitação motora e respiratória.
 

No período, os médicos recomendam que ele não encontre grandes grupos nem se esforce demais. Ainda é incerto como ele vai participar, daqui a quatro semanas, das celebrações da Páscoa, o momento mais importante do calendário para o cristianismo.
 

A alta foi decidida pelos médicos depois de constatada a estabilidade de seu quadro clínico, nas duas semanas anteriores. Nos últimos dias, estava em diminuição o uso de oxigênio artificial, por meio de ventilação mecânica não invasiva e cateter nasal. O papa jamais foi intubado, disseram os médicos.
 

Mesmo internado, segundo o Vaticano, o papa manteve parcialmente seu trabalho, despachando documentos e nomeações com colaboradores próximos, como o cardeal Pietro Parolin. No entanto, precisou declinar de participar de celebrações ligadas ao Jubileu da Igreja, que ocorre a cada 25 anos, além de deixar de recitar o Angelus.
 

No domingo dia 16 tinha sido divulgada a primeira foto do pontífice desde que entrou no hospital. Ele apareceu quase de costas, olhando para o altar da capela que faz parte de sua suíte no décimo andar, e com a mão direita inchada, devido à falta de mobilidade.
 

Dez dias antes, havia ocorrido a primeira manifestação sem ser por escrito. Na noite do dia 6, o Vaticano divulgou um áudio gravado pelo papa em que ele agradecia os fiéis da praça São Pedro pelas orações. A voz ofegante confirmava a fragilidade de seu estado de saúde.
 

Francisco foi internado em 14 de fevereiro para tratar sintomas de uma bronquite. Realizados os primeiros exames, recebeu o diagnóstico de infecção polimicrobiana nas vias respiratórias, causada por fungos, bactérias e vírus. Em seguida, uma tomografia revelou que o papa também sofria de pneumonia nos dois pulmões. Além da idade, o quadro foi considerado complexo pelos médicos devido a doenças respiratórias crônicas e à mobilidade restrita.

Trump declara que não quer guerra com a China, mas diz estar preparado caso aconteça

  • Bahia Notícias
  • 22 Mar 2025
  • 10:10h

Foto: Reprodução/Redes sociais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou, nesta sexta-feira (21), que esteja procurando uma guerra com a China. Entretanto, disse estar preparado para o caso de acontecer. A declaração do presidente foi feita na Casa Branca.

“Nós não queremos uma guerra potencial com a China”, iniciou o líder norte-americano. “Mas, se quiséssemos, estaríamos bem equipados para lidar com isso”, completou ele. 

Na última quinta-feira (20), houve rumores sendo ventilados entre uma possível guerra entre os dois países após reportagem do The New York Times que divulgava um possível plano ultrassecreto dos EUA entregue pelo Pentágono. Além disso, também foi publicado que Elon Musk iria ter acesso a esses arquivos nesta sexta-feira (20)

Em plano, tinham detalhes de possíveis planos de retaliações dos EUA caso fossem atacados pela Chian, além de possíveis alvos no território chinês. 

O dono do X e da Tesla, após visitar o Pentágono, negou ter recebido quaisquer informações de uma possível guerra com o país chinês. 

Trump invoca lei do século 18 para deportação em massa e é barrado pela Justiça

  • Por Folhapress
  • 16 Mar 2025
  • 10:06h

Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invocou neste sábado (15) uma lei do século 18 para determinar deportações em massa com o argumento de que o território americano está sendo invadido por integrantes do Tren de Arágua, grupo criminoso venezuelano que ao longo dos últimos anos vem se espalhando por outros países. Horas depois, a medida foi suspensa de forma temporária pela Justiça.
 

A chamada Lei dos Inimigos Estrangeiros (Alien Enemies Act, em inglês), criada em 1798, permite que as autoridades americanas detenham e deportem imigrantes em períodos de guerra declarada contra outras nações.
 

A lei prevê deportações durante "qualquer invasão ou incursão predatória perpetrada, tentada ou ameaçada contra o território dos Estados Unidos por qualquer nação ou governo estrangeiro".
 

Em comunicado divulgado pela Casa Branca, Trump afirmou que membros do Tren de Arágua estariam "conduzindo uma guerra irregular e tomando ações hostis contra os Estados Unidos" com o objetivo de desestabilizar o país.
 

No mês passado, o governo americano classificou a gangue venezuelana e outros grupos ligados ao narcotráfico de organizações terroristas.
 

A medida anunciada neste sábado mira cidadãos venezuelanos a partir dos 14 anos que supostamente tenham decidido integrar o Tren de Arágua, estejam nos Estados Unidos e não sejam naturalizados ou portadores de residência permanente.
 

Segundo o comunicado da Casa Branca, esses imigrantes estão "sujeitos a serem apreendidos, contidos, segurados e removidos como inimigos estrangeiros".
 

Mais tarde, o juiz federal James Boasberg emitiu uma decisão suspendendo a deportação de cinco imigrantes venezuelanos e restringindo, por ao menos 14 dias, a aplicação da medida anunciada por Trump.
 

O magistrado afirmou que a Lei dos Inimigos Estrangeiros "não oferece base para a declaração do presidente tendo em vista que os termos invasão e incursão predatória na realidade têm relação com atos hostis perpetrados por qualquer nação e que sejam equivalentes a uma guerra".
 

Caso a suspensão seja revertida na Justiça, a medida anunciada por Trump permitiria, em tese, que o Executivo federal ordenasse a deportação de imigrantes sem precisar obter permissão de um juiz especializado no tema.
 

Antes do anúncio de Trump, a Lei dos Inimigos Estrangeiros havia sido acionada somente em três períodos históricos: a guerra Anglo-Americana (1812-1815), a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
 

Durante a Segunda Guerra Mundial, essa lei foi usada para justificar o envio de descendentes de japoneses, americanos e italianos para campos de detenção em solo americano.

Veja como está a saúde do papa Francisco, internado há 1 mês

  • Bahia Notícias
  • 14 Mar 2025
  • 17:57h

Foto: Angelo Carconi/Ansa/Agência Lusa

O papa Francisco, de 88 anos, segue internado no hospital Gemelli, em Roma, para tratar um quadro de pneumonia bilateral. De acordo com a Sala de Imprensa da Santa Sé, o pontífice “passou uma noite tranquila”, conforme nota divulgada nesta sexta-feira (14).

Na quinta-feira (13), médicos do hospital levaram um bolo com velas ao quarto do papa para celebrar os 12 anos de seu pontificado à frente da Igreja Católica. Além disso, Francisco recebeu centenas de mensagens enviadas por crianças e jovens de escolas, associações e institutos religiosos.

Durante a tarde, ele participou dos exercícios espirituais da Cúria Romana por videoconferência, conectando-se com a Sala Paulo VI. Após a atividade, retomou a terapia respiratória.

O papa segue alternando ventilação mecânica não invasiva com oxigenação por cânulas nasais durante o dia. Segundo o boletim, seu quadro clínico permanece estável, mas ainda complexo.

Um novo informe médico está previsto para o início da noite desta sexta-feira.