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Israel e Hamas fecham acordo de cessar-fogo e para libertação de reféns

  • Por Edu Mota, de Brasília/Bahia Notícias
  • 22 Nov 2023
  • 11:51h

Foto: Internet divulgação/Bahia Notícias

O governo de Israel e o grupo terrorista Hamas fecharam, nesta terça-feira (21) o primeiro grande acordo desde o início do conflito, no dia 7 de outubro, para o estabelecimento de uma trégua e a libertação de dezenas de reféns. É o que informa a imprensa israelense. O acordo teve a participação decisiva do Catar, que mediou o diálogo entre as duas partes. 

A imprensa israelense disse que os primeiros reféns devem ser libertados na quinta-feira (23). De acordo com o governo, mulheres e crianças sob o poder do Hamas serão liberadas dentro de um intervalo de quatro dias. Durante este período, o conflito estará em pausa.

Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia apelado para que seus pares no poder votassem a favor de um acordo com o Hamas que permitiria a libertação de ao menos 50 das cerca de 240 pessoas sequestradas pelo grupo terrorista durante a sua brutal incursão de 7 de outubro. O premiê convocou três reuniões seguidas para tratar do assunto: uma com a cúpula de guerra, outra com nomes ligados à segurança nacional, e, por fim, uma com todo o gabinete instituído a partir do início do conflito, que tem 38 membros.

O acordo foi costurado durante semanas de conversas em Doha, no Catar, país que fez a mediação junto com diplomatas dos Estados Unidos. A resolução do cessar-fogo foi aprovada por uma “maioria significativa” do gabinete de guerra do governo, em votação que durou mais de seis horas.

O Hamas confirmou o acordo, e afirmou que 150 mulheres e crianças palestinas serão libertadas por Israel. Ainda segundo o grupo radical, o cessar-fogo permitirá que centenas de caminhões com ajuda humanitária, medicamentos e combustíveis entrem em todas as áreas de Gaza. A expectativa é que o cessar-fogo dure cinco dias.

Empresa faz primeiro teste de táxi voador com sucesso em Nova York

  • Por Folhapress
  • 17 Nov 2023
  • 07:47h

Foto: Reprodução / Joby Aviation

A startup Joby Aviation fez, no último domingo, o primeiro voo bem-sucedido com um táxi voador elétrico. O feito ocorreu em exibição no bairro de Manhattan, em Nova York. A empresa afirma que oferecerá viagens de Wall Street ao aeroporto internacional JFK em cerca de sete minutos.
 

O veículo é um eVTOL, como os fabricados pela Embraer, e lembra um helicóptero. Executivos estimam que voos com esses modelos deverão custar entre US$ 50 e US$ 100 (R$ 500) por passageiro.
 

A Joby Aviation, assim como a concorrente Archer Aviation, dizem que colocará os primeiros táxis voadores no mercado em 2025: primeiro, nos Estados Unidos, e depois, nos Emirados Árabes Unidos e na Índia.
 

"O que considerávamos como ficção científica se tornou, hoje, uma realidade", disse o diretor de segurança da Archer Aviation, Billy Nolen, à AFP no Salão Aeronático de Dubai.
 

"Está acontecendo, é real, e vocês vão ver isso no mercado em 2025", acrescentou.
 

A Administração Federal de Aviação dos EUA deve aprovar em 2025 o Midnight, da Archer Aviation, um avião elétrico para quatro passageiros com decolagem e pouso verticais.
 

Isto levará a uma certificação "quase simultânea" nos Emirados, segundo Nikhil Goel, diretor comercial da Archer, que tem, entre seus principais investidores, o Mubadala, um fundo soberano dos Emirados. Os voos nos Emirados devem começar em 2026.
 

"Esperamos que a demanda seja forte", acrescentou Goel.
 

Ao mesmo tempo, começarão os voos em Nova Délhi, Mumbai e Bangalore, disse o diretor comercial, que descreveu a Índia como "um mercado muito, muito importante para nós".
 

No momento, estão sendo realizados voos de teste do Midnight na na Califórnia.
 

Os voos custariam, inicialmente, entre 4 e 5 dólares por passageiro por quilômetro, antes de serem reduzidos para metade em dois ou três anos, detalhou Goel, insistindo em sua aparência "sustentável e amiga do meio ambiente" e silenciosa.

Israel diz que invadiu o maior hospital de Gaza e faz ultimato ao Hamas

  • Por Igor Gielow | Folhapress
  • 15 Nov 2023
  • 13:25h

Imagem ilustrativa | Foto: Reprodução / YouTube

As Forças Armadas de Israel anunciaram ter invadido uma parte do maior hospital da Faixa de Gaza, o Al-Shifa, na madrugada desta quarta (15, noite de terça, 14, no Brasil). Os militares dizem estar combatendo terroristas do Hamas e fizeram um ultimato para que o grupo palestino entregue suas armas no local.
 

É uma das mais delicadas ações do Estado judeu desde que iniciou a guerra para destruir o Hamas, que promoveu no dia 7 de outubro o maior ataque terrorista dos 75 anos de história israelense, matando ao menos 1.200 pessoas e tomando 240 reféns.
 

A retaliação tem sido brutal, com sua proporção sendo condenada pela ONU e colocada em dúvida até por setores do governo americano, maior aliado de Tel Aviv. Os palestinos pararam de contar os mortos nesta terça, devido a falhas de comunicação, quando falavam em 11,2 mil vítimas.
 

"A operação é baseada em inteligência e necessidade operacional. A ação não quer machucar paciente, pessoal médico ou os cidadãos que estão no hospital", afirmou no X (ex-Twitter) Daniel Hagari, o porta-voz militar das IDF (Forças de Defesa de Israel).
 

Pouco antes, às 2h (21h no Brasil), as forças afirmaram na mesma rede social que estavam "fazendo uma operação precisa e focada numa área específica do hospital Al-Shifa". Nos últimos dias, Hagari e outros oficiais sustentavam que a unidade tinha terroristas do Hamas em suas dependências, além de abrigar centro de comando militar do grupo palestino que comanda Gaza desde 2007.
 

Esse centro fica, dizem as IDF, em túneis abaixo do prédio, com ligação direta ao hospital. Na terça, a Casa Branca disse ter confirmado o relato israelense. O Hamas e o hospital, que é gerido pelo grupo, negam.
 

É fato notório que o grupo se imiscui entre civis e suas estruturas como forma de se proteger dos bombardeios mais pesados de Israel, que por sua vez o acusa de usar escudos humanos. Mas uma explosão atribuída por Tel Aviv aos palestinos junto ao prédio foi apontada como sendo israelense em uma investigação do jornal The New York Times.
 

O Al-Shifa começou a ser cercado no final da semana passada por tanques e há registro de combates junto a seus portões. Boa parte de seus estimados 2.000 pacientes deixou o local rumo ao sul da Faixa de Gaza, área em que há bombardeios, mas não ainda uma operação terrestre como a que isolou o norte do território.
 

Segundo Hagari, sem especificar detalhes, na sequência da operação Israel irá transferir material médico, comida e incubadoras para bebês. Segundo afirmou à rede americana NBC um dos médicos do local, Ahmed El Mokhatallali, 3 de 39 prematuros que estavam sob cuidados intensivos já morreram desde que o cerco o ao local começou.
 

"A ocupação [Israel] nos informou que iria atacar em minutos", disse à rede qatari Al Jazeera o porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas, Ashraf al-Qidra. Depois, o grupo afirmou no Telegram que "culpava a ocupação e o presidente [americano Joe] Biden" pela ação no hospital, antevendo "um massacre".
 

Houve já combates e cerco a outras unidades hospitalares de Gaza. A Organização Munidal da Saúde diz que 20 dos 36 principais centros de saúde do território estão inoperantes, incluindo o Al-Shifa (A Cura, em árabe). Há milhares de refugiados que procuraram abrigo no hospital, que nesta terça anunciou ter aberto uma vala comum para enterrar mortos em seu terreno, já que seu morgue está lotado.
 

A crise humanitária é o maior calcanhar de Aquiles político de Israel, mas, diferentemente de outras duas grandes operações em Gaza (2009 e 2014), desta vez tudo indica que Tel Aviv está disposta a repetir a reação ao ataque da Guerra do Yom Kippur, em 1973, e ir até o fim de seu objetivo declarado.
 

Como há 50 anos, quando Síria e Egito lideraram uma não antevista invasão dupla do país, houve uma falha brutal de inteligência de Israel ao não prever o ataque do Hamas.
 

O Al-Shifa é a cereja do bolo para os militares israelenses, que já tomaram prédios governamentais como o Parlamento de Gaza e diversas unidades do chamado "distrito da segurança", que concentrava centros de operação do Hamas na capital homônima da faixa.

Israel vai fazer pausas de quatro horas em bombardeios em Gaza, diz Casa Branca

  • Por Fernanda Perrin | Folhapress
  • 10 Nov 2023
  • 11:30h

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Após a crescente pressão internacional sobre Israel diante do desastre humanitário na Faixa de Gaza, Tel Aviv vai começar a fazer pausas diárias de quatro horas em suas operações militares ao norte da região.
 

O anúncio foi feito pelo coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, nesta quinta-feira (9). Principal aliado internacional de Tel Aviv, o governo americano também sofre com críticas internas e externas ao seu apoio à ofensiva militar contra o grupo terrorista Hamas, que, segundo autoridades palestinas, já deixaram mais de 10 mil mortos e outros milhares de feridos e deslocados.
 

O objetivo da pausa é dar tempo para que civis se desloquem para o sul, permitir a chegada de ajuda humanitária e a saída de reféns capturados pelo grupo terrorista. Segundo Kirby, a população será avisada com três horas de antecedência sobre o horário dessas janelas.
 

Questionado sobre como será esse aviso, o americano afirmou que detalhes devem ser fornecidos pelas forças israelenses. Tel Aviv ainda não se manifestou sobre a medida, mas, de acordo com a Casa Branca, haverá um pronunciamento sobre o horário da primeira pausa ainda nesta quinta. Nenhum representante de Israel participou do anúncio feito pelo governo americano.
 

 

Kirby afirmou ainda que uma segunda passagem, além de Rafah, será aberta para permitir a entrada de mais ajuda humanitária na região, e que o governo americano vem insistindo com Israel para que "minimize a morte de civis e faça tudo que eles possam fazer para reduzir esses números".
 

Inicialmente, Washington se opôs a qualquer possibilidade de frear as operações militares israelenses, sob a justificativa que Tel Aviv teria o direito e o dever de se defender, e que uma pausa na ofensiva ajudaria o Hamas a reaglutinar suas forças.
 

A referência a "pausas humanitárias" na resolução proposta pelo Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas teria sido, inclusive, o real motivo de veto ao texto pelos americanos. Com a paralisia do órgão, a Assembleia-Geral aprovou uma resolução exigindo "tréguas humanitárias" —o instrumento, porém, tem caráter apenas recomendatório.
 

A posição americana começou a mudar em resposta ao aumento de críticas tanto internas a Israel, quanto externas, vinda de líderes mundiais, que cobram de Tel Aviv o respeito ao direito internacional. Muitos acusam o país de graves violações de direitos humanos em Gaza e, no último sábado, milhares de pessoas participaram de uma manifestação em Washington em que Joe Biden foi chamado de genocida.
 

A postura do democrata vem sendo atacada por sua própria diplomacia. Na última semana, o site Politico obteve um memorando interno do Departamento de Estado recomendando que a Casa Branca passe a apoiar um cessar-fogo e criticar publicamente Israel. Do contrário, o país será percebido regionalmente como um ator "desonesto e enviesado".
 

Biden enfrenta ainda resistência dentro de seu partido por seu apoio ao aliado no Oriente Médio —alas mais à esquerda dos democratas são contrárias a essa aliança, o que pode custar votos ao presidente na acirrada disputa pela reeleição no próximo ano.
 

Assim, as negociações entre americanos e israelenses em torno de uma pausa se intensificaram nos últimos dias, com a visita do secretário de Estado, Antony Blinken, à região, e uma ligação entre o presidente Joe Biden e o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu na última segunda-feira (6).
 

Após o anúncio desta quinta, o presidente americano afirmou que a negociação sobre as pausas "demorou mais do que ele esperava", ao ser questionado por repórteres se ele estava frustrado com Netanyahu. Ele disse ainda que havia pedido por uma pausa mais longa do que três dias. Biden negou, no entanto, qualquer possibilidade de apoio a um cessar-fogo.
 

O governo israelense vinha rejeitando qualquer possibilidade de freio em suas operações —nesta quinta, o comandante Moshe Tetro disse não haver crise humanitária no território palestino. Assim, o anúncio das pausas, antecipado pela Casa Branca, indica que a mudança de postura de Tel Aviv decorre da pressão americana.
 

Com base em pessoas familiarizadas com o assunto, o jornal britânico The Guardian publicou nesta quinta que o premiê israelense rejeitou um acordo de cessar-fogo com grupos palestinos que suspenderia o conflito por cinco dias em troca da libertação de alguns dos reféns sequestrados nos ataques do dia 7 de outubro.
 

De acordo com o jornal, Netanyahu havia descartado a proposta logo após os atentados terroristas que mataram cerca de 1.400 pessoas, mas as negociações foram retomadas diante da ofensiva terrestre em Gaza, no fim de outubro.
 

Segundo as pessoas consultadas pelo Guardian, o premiê se manteve resistente a flexibilizar as propostas. Ele enfrenta, no entanto, pressão crescente para priorizar a libertação dos sequestrados, que estão sendo mantidos presos pelo Hamas em Gaza há mais de um mês. Calcula-se que haja mais de 200 reféns.

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Fome na América Latina atinge mais de 43 milhões de pessoas, aponta ONU

  • Bahia Notícias
  • 09 Nov 2023
  • 19:20h

Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

Os países da América Latina e Caribe conseguiram avançar no combate à fome e à insegurança alimentar nos últimos anos, sobretudo em decorrência da melhora nos índices da América do Sul. 

 

 

Nas duas regiões, o índice de fome passou de 7% em 2021 para 6,5% em 2022, o que representa, em números absolutos, que 43,2 milhões de pessoas se encontravam nessa situação.

 

Apesar do recuo, a taxa ainda ficou 0,9% acima da registrada em 2019, ano imediatamente anterior à pandemia de covid-19. Entre a população mundial, a taxa se manteve estável em 9,2%. As informações são da Agência Brasil.

 

Os dados fazem parte do Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição na América Latina e no Caribe 2023, elaborado por cinco agências do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU). 

 

 

O documento foi divulgado nesta quinta-feira (9) e detalha como fatores geopolíticos, a exemplo da guerra da Ucrânia, a crise sanitária da covid-19 e a crise climática afetam os números.

 

A evolução dos índices na região sul-americana foi constatada entre 2021 e 2022, embora, ao mesmo tempo, na mesoamérica – que inclui Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá, além de porções do México –, a proporção da população que ainda convive com a fome ou insegurança alimentar em estágio moderado ou grave aumentou.

 

No ano passado, 247,8 milhões de pessoas da região constituíam a parcela com insegurança alimentar moderada ou grave, total reduzido em 16,5 milhões, na comparação com o registrado em 2021. A projeção para 2022 indica que, do grupo que vive nessa condição, 159 milhões de pessoas são da América do Sul, 61,9 milhões da América Central e 26,9 milhões do Caribe.

 

"As persistentes desigualdades da região têm um impacto significativo na segurança alimentar dos mais vulneráveis. A prevalência da insegurança alimentar moderada ou grave continua afetando mais as mulheres do que os homens", ressaltam as agências da ONU no relatório.

 

BRASIL

Segundo os especialistas que compilaram os dados e elaboraram o documento, a proporção da população com experiência de subalimentação caiu em uma década tanto no Brasil, como na América Latina e no mundo, porém em ritmos distintos.

 

Na América Latina e Caribe o percentual passou de 10,7% no período de 2000 a 2002, para 6,7%, de 2020 a 2022. No Brasil, a variação foi de 10,7% para 4,7%, no mesmo período. Já em termos globais, o índice caiu de 12,9% para 9,2%. O cálculo dos dados de 2020-2022 são projeções da ONU.


 

Em relação à caracterização da parcela com insegurança alimentar grave, os primeiros dados da análise datam de 2014 a 2016. Nesse caso, no mundo, o que se verificou foi um aumento no percentual: de 7,8% no biênio mais antigo, para 11,3% em 2020-2022. Na América Latina e Caribe, a variação foi de 7,9% para 13%, enquanto, no Brasil, passou de 1,9% para 9,9%.

 

Outro dado relevante que consta do relatório diz respeito ao impacto da falta de acesso à alimentação adequada na vida de crianças. Em todos os recortes geográficos, houve redução no índice de atraso no crescimento de crianças menores de 5 anos de idade, quando se comparam dados de 2000 e 2022.

 

No mundo, a porcentagem caiu de 33% e para 22,3%. Na América Latina e Caribe, passou de 17,8% em 2000 para 11,5% em 2022. Já no Brasil, o percentual passou de 9,8% para 7,2%, na mesma base de comparação.

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Egito mantém saída de Gaza fechada para estrangeiros

  • Por Igor Gielow | Folhapress
  • 06 Nov 2023
  • 16:21h

Foto: Google Maps

Pelo segundo dia seguido, o Egito manteve sem atualização a lista com autorizações para a saída de estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade da Faixa de Gaza de seu território para o país árabe nesta segunda (6).
 

Com isso, o grupo coordenado pelo Itamaraty deverá tem mais um dia de angustiante espera nas cidades de Rafah em Khan Yunis. 
 

Como a Folha de S.Paulo mostrou, no domingo (5) as autoridades do Cairo suspenderam a emissão de novas listas e mantiveram os portões do posto de Rafah fechados. O motivo, que não foi alegado oficialmente, foi o ataque de Israel a ambulâncias com feridos rumo ao Egito.
 

Tel Aviv disse que a ação, na sexta (3), visava veículos com terroristas escondidos. O Hamas, grupo palestino que comanda Gaza e está em guerra com Israel desde que promoveu o mortífero ataque terrorista de 7 de outubro, sustenta que civis foram mortos.
 

 

Seja como for, o Egito pausou a operação, que depende de um sistema de autorizações que se sobrepõem: a do Cairo, a de Tel Aviv para evitar fuga de terroristas, e a dupla de Washington e Doha, mediadores do arranjo que começou a ser implementado na quarta passada.
 

De lá até sábado, cerca de 2.700 pessoas haviam sido autorizadas a sair, mas a inconstância do fluxo de pessoas no posto de Rafah impede uma conta exata de quem de fato deixou Gaza. Ainda não se sabe se, ao longo desta segunda, ao menos as pessoas já autorizadas poderão entrar em algum momento.
 

"Mais um dia se lista", disse o embaixador brasileiro na Cisjordânia, Alessandro Candeas, que coordena o esforço local com os refugiados.
 

Com tudo isso, os 34 integrantes do grupo do Itamaraty seguem esperando, e se queixando dos critérios adotados pelos envolvidos para definir quem sai. Ainda que a maioria até aqui tenha sido do principal aliado dos EUA, Israel, a presença de indonésios nas levas já despachadas dificulta a leitura de favorecimento: o país asiático nem tem relações com o Estado judeu, por exemplo.
 

O Brasil tem insistido em todos os lados, com conversas do chanceler Mauro Vieira com seus pares nos EUA, Egito, Israel, Autoridade Nacional Palestina, Qatar e até Irã, o mentor do Hamas e de outros grupos anti-Israel da região.
 

Seja como for, nada disso muda a disposição dos brasileiros e dos palestinos agregados ao grupo do Itamaraty. Eles buscam sair de Gaza há um mês, com a maioria deles sendo levada pelo ministério das suas casas na capital homônima da faixa para refúgio em uma escola católica, e de lá para casas alugadas em Rafah.
 

Outra metade aproximada do contingente já morava em Khan Yunis, cidade que, a exemplo de Rafah, segue sob o impacto de bombas israelenses em ritmo diário.
 

As condições para acesso à compra de água e comida são duras, e a comunicação voltou a ser cortada no domingo, segundo a principal operadora de celulares e internet da região.

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Israel declara alerta máximo no norte do país

  • Por Igor Gielow | Folhapress
  • 03 Nov 2023
  • 17:27h

Foto: Reprodução / Globo News

As Forças de Defesa de Israel declararam alerta máximo na fronteira norte do país com o Líbano. O motivo é o aguardado discurso televisionado do líder do Hezbollah, xeque Sayyed Hassan Nasrallah, o primeiro desde que o Hamas atacou Israel e iniciou a atual guerra, em 7 de outubro.
 

O Hezbollah é aliado do Hamas, e ambos são bancados pelo Irã. A diferença é que o grupo libanês é muito mais forte militarmente, e sua entrada com força total na guerra mudaria drasticamente o cenário para Tel Aviv, centrada nos ataques a Gaza, administrada pelos terroristas palestinos.
 

Desde que o conflito eclodiu, houve uma intensificação da violência já comum na fronteira, com Israel deslocando dezenas de tanques e peças de artilharia para responder a ataque pontuais do Hezbollah. Tudo agora depende do tom de Nasrallah.

Diretor de 'Friends' diz que morte de Matthew Perry deixou atrizes destruídas

  • Por Folhapress
  • 03 Nov 2023
  • 09:28h

Foto: IMDB

James Burrows, um dos diretores da série "Friends", disse que as atrizes Jennifer Aniston, Courteney Cox e Lisa Kudrow estão devastadas após a morte de Matthew Perry, ator do seriado com quem elas dividiram as cenas por dez temporadas.
 

"Elas estão destruídas. É um irmão morrendo", disse Burrows, que entrou em contato com as atrizes assim que soube da morte do ator. "Matthew tinha uma certa maneira de mudar de rumo. Ele fazia parte de uma família e foi o primeiro a não fazer mais parte dela".
 

Na segunda (30), o elenco do seriado se manifestou em relação à morte de Perry, em um comunicado publicado na revista People.
 

"Estamos todos totalmente arrasados com a perda de Matthew. Éramos mais do que apenas colegas de elenco. Somos uma família", diz a nota, assinada por Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow, Matt LeBlanc e David Schwimmer.
 

"Há muito a dizer, mas agora vamos reservar um momento para lamentar e processar esta perda insondável. Com o tempo diremos mais, como e quando pudermos. Por enquanto, nossos pensamentos e nosso amor estão com a família de Matty, seus amigos e todos que o amavam ao redor do mundo."
 

Perry morreu no sábado (28), aos 54 anos, em sua casa em Los Angeles. Durante dez anos, ele interpretou Chandler Bing, em uma performance em "Friends" que lhe rendeu uma indicação ao Emmy em 2002.

Israel faz novo ataque ao maior campo de refugiados de Gaza

  • Por Igor Gielow | Folhapress
  • 02 Nov 2023
  • 11:21h

Foto: Reprodução / AP Photo

Um dia após um ataque de Israel matar 50 pessoas, as forças de Tel Aviv voltaram a alvejar nesta quarta-feira (1º) Jabalia, o maior campo de refugiados da Faixa de Gaza.
 

Como na véspera, as IDF (Forças de Defesa de Israel) disseram ter usado caças para atacar uma importante unidade militar do Hamas, o grupo terrorista palestino que comanda o território e que disparou a atual guerra com a mega-ação do dia 7 de outubro.
 

Em comunicado, os militares afirmaram ter matado o comandante da força de mísseis antitanque do Hamas, Muhammad Asar. Essas armas foram responsáveis por 11 das 16 mortes de soldados israelenses em Gaza na terça (31), quando um blindado de Tel Aviv foi alvejado.
 

As IDF novamente acusaram o Hamas de usar a população civil como escudo humano, centrando suas células militares entre prédios residenciais. O grupo terrorista disse ter ocorrido "um massacre", mas afirmou que ainda não tinha um levantamento de vítimas.
 

 

Acerca do ataque da véspera, o Hamas havia contou a mesma cifra de vítimas divulgada por Israel, mas se referiu a elas apenas como "mártires", jargão para quem morre lutando contra os adversários no islamismo.
 

O grupo também afirmou, nesta quarta, que a ação matou sete reféns sequestrados na ação que detonou a atual guerra, o mega-ataque terrorista dos palestinos em 7 de outubro, que deixou mais de 1.300 mortos. O Hamas diz que chegou a ter 250 pessoas em suas mãos, mas já falou na morte de 57 delas. Israel conta hoje 240 desaparecidos.
 

Apuração independente dos fatos é muito difícil, até porque a Faixa de Gaza, onde fica Jabalia, está com blecaute parcial de telefonia e internet devido a ataques à rede das operadoras Jawwal e Paltel.
 

A rede qatari Al Jazeera, cujo noticiário tem viés pró-palestino, foi das poucas com acesso a imagens do local. O chefe da sucursal da TV em Gaza, Wael Dahdouh, relatou ter visto vários prédios em uma região residencial irem ao chão. O jornalista, que perdeu sua família em um bombardeio na semana passada, afirmou que foram empregadas bombas e mísseis.
 

A retaliação israelense ao ataque virou uma guerra para destruir o Hamas, nas palavras do premiê Binyamin Netanyahu. Após quase três semanas de bombardeios, a ação passou para uma fase terrestre gradual, com incursão de colunas blindadas e de infantaria pelo norte e sul da área norte da Faixa de Gaza, que inclui a capital homônima.
 

Israel já perdeu 16 soldados desde a sexta (27), quando passou a entrar por terra. Não há números fechados por parte do Hamas, mas estima-se que as mortes estejam na casa das centenas de seus talvez 25 mil integrantes. O grupo só divulga números gerais, e afirma que 8.796 palestinos já morreram na ação em Gaza.
 

Jabalia é 1 dos 8 campos de refugiados na região, e tinha antes da guerra 116 mil moradores, diz a ONU. A definição do local é algo imprecisa, por ser decorrente da origem das primeiras famílias que o habitaram. Gaza fazia parte da antiga Palestina britânica, e foi ocupada de 1948 a 1967 pelo Egito, sendo então tomada por Israel.
 

Nessas guerras em torno da discordância sobre a partilha proposta pela ONU do território entre judeus e árabes, milhares de palestinos foram expulsos de suas terras —acabando em campos de refugiados clássicos, com tendas. No caso de Jabalia e outros, o fato de a situação ter se eternizado transformou a ocupação em bairros e cidades urbanizadas, ainda que de forma bastante precária em termos de infraestrutura.
 

A Autoridade Nacional Palestina, que controla parcialmente a Cisjordânia e foi expulsa de Gaza pelo Hamas em 2007, calcula que 60% dos 2,3 milhões de moradores da faixa sejam de famílias de refugiados.
 

ISRAEL REFORÇA MAR VERMELHO
 

Também nesta quarta, Israel enviou um navio-patrulha equipado com mísseis para a costa de Eilat, no sul do país. Na véspera, a região havia sido alvo do terceiro ataque promovido por rebeldes houthis do Iêmen, que lançaram um míssil balístico e dois drones contra o balneário.
 

Os houthis são apoiados pelo Irã, que banca o Hamas e o Hezbollah libanês, além de outros grupos contrários a Israel e a Síria, todos dentro do que Teerã chama de Eixo da Resistência. Nesta quarta, o grupo afirmou ter lançado drones contra o Estado judeu, algo sem confirmação ainda por Israel, e prometeu apoiar os palestinos.
 

Na terça, o sistema de defesa de longa distância israelense Arrow (flecha) foi usado pela primeira vez nesta guerra, interceptando o míssil. Já os drones foram derrubados por caças. Segundo as IDF (Forças de Defesa de Israel), houve um quarto incidente aéreo nesta noite, mas não foi detalhado o que ocorreu.
 

O mar Vermelho se une ao norte de Israel como frente secundária da guerra em Gaza. A região tem dois destróieres americanos, integrantes do grupo de porta-aviões liderado pelo maior navio de guerra do mundo, o USS Gerald Ford, que está no Mediterrâneo.
 

Um deles, o USS Carney, abateu há duas semanas uma salva de mísseis e drones lançadas pelos houthis a partir da costa que dominam no norte do Iêmen, país em guerra civil desde 2014. Ruma para a região um segundo grupo de porta-aviões, esse encabeçado pelo USS Dwight Eisenhower.
 

Todo esse poder de fogo, aliado ao reforço em bases americanas na região, visa dissuadir o Irã seus aliados regionais a escalarem a guerra. Tem dado relativamente certo: no norte de Israel, o Hezbollah tem intensificado suas ações contra as IDF, mas nada parecido com uma entrada total no conflito.
 

Isso se dá por considerações domésticas também, dado que o Líbano passa por uma grave crise econômica, e uma nova guerra, como a de 2006, poderia ser fatal para o prestígio político do Hezbollah, que é também um partido. Mas a ameaça fica no ar, e o grupo é bem mais forte que o Hamas em termos militares.
 

Enquanto isso, o Irã segue pedindo que o mundo islâmico reaja aos ataques de Israel a Gaza, tendo sugerido nesta quarta um boicote a produtos do Estado judeu.

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Ruínas encontradas na Turquia podem ser a Arca de Noé, apontam arqueólogos

  • Bahia Notícias
  • 31 Out 2023
  • 07:15h

Foto: Reprodução/Noah’s Ark Scans

A Arca de Noé pode ser real. É o que estão investigando arqueólogos que encontraram ruínas na Turquia que podem representar destroços da embarcação bíblica. De acordo com o portal Terra, escavações comprovaram que o interior desse “barco” tem material de 5 mil anos atrás - a mesma época que teria acontecido o grande dilúvio citado na Bíblia. 

 

Segundo informações do jornal The New York Post, a possível arca está localizada a menos de 3 km da fronteira entre o Irã e a Turquia, no distrito de Do?ubayaz?t, em A?r?. O local também é simbólico por ficar 29 km ao sul do cume do Grande Monte Ararat, que o livro de Gênesis afirma ser o local onde a arca descansou alguns dias.

“Talvez o mais convincente seja o fato de que o comprimento da formação Durupinar se alinha perfeitamente com as dimensões da arca descritas em Gênesis 6:15 da Bíblia”, diz o projeto Noah’s Ark Scans, responsável pela pesquisa, em texto divulgado em seu site.

 

Os estudos da “Equipe de Pesquisa do Monte Ararat e da Arca de Noé” começaram em 2021 em colaboração entre uma equipe científica turca e meios de comunicação norte-americanos. 

 

Agora, em nova fase da pesquisa divulgada neste mês, cerca de 30 amostras de rochas e do solo da área recolhidas foram analisadas na Universidade Técnica de Istambul. Nas amostras foram encontrados “materiais argilosos, materiais marinhos e frutos do mar” que estavam presentes na área entre 5.500 e 3.000 anos antes de Cristo. 

 

A formação foi descoberta por um fazendeiro curdo em 1948, antes que o exército turco identificasse o local em 1951 ao sobrevoar a área durante uma missão de mapeamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), afirma o grupo de pesquisa.

Gaza volta a ter internet e telefone de forma parcial; Israel estende ação por terra

  • Por Folhapress
  • 30 Out 2023
  • 06:52h

Foto: Reprodução /Bahia Notícias

Os bombardeios e a expansão das ações terrestres de Israel em Gaza continuaram neste domingo (29), mas os cerca de 2,3 milhões de moradores do território palestino tiveram um pequeno alívio com o fim do blecaute total nas comunicações. Por volta das 4h locais (22h de sábado em Brasília), a conectividade começou a voltar espontaneamente, disse Abdulmajeed Melhem, diretor-executivo da Paltel, a principal empresa palestina de telefonia.
 

A retomada do sinal de internet e das linhas telefônicas, ainda que parcial, encerrou um período de cerca de 34 horas, desde a noite de sexta-feira (27), em que Gaza ficou sem nenhuma conexão interna e com o exterior, após uma série de ataques israelenses. Era impossível pedir ajuda a serviços de emergência, e equipes de paramédicos saíam com suas ambulâncias na direção de onde ouviam explosões, em uma tentativa às cegas de encontrar feridos.
 

Várias organizações internacionais, como o Crescente Vermelho e agências da ONU, também afirmaram que haviam perdido contato com o seu pessoal na região.
 

 

A Paltel informou que não fez nenhum reparo em sua estrutura e não tinha como explicar de que forma a internet foi reativada. Para o diretor Melhem, Tel Aviv foi responsável tanto pelo corte quanto pela reativação do serviço. Funcionários do governo israelense procurados pelo The New York Times não quiseram comentar a acusação. Representantes dos EUA teriam cobrado Israel a fazer o possível para restaurar as comunicações em Gaza o quanto antes.
 

O fornecimento de água também foi restaurado de forma parcial. Israel anunciou que reabriu o segundo dos três dutos que abastecem Gaza --o primeiro havia sido reaberto na semana passada, mas com volume reduzido. Cerca de 28,5 milhões de litros voltarão a estar disponíveis no território palestino. Segundo as autoridades israelenses, a quantia é suficiente para atender às necessidades humanitárias de Gaza. Antes do início da guerra, eram fornecidos 49 milhões de litros para o território.
 

Em outra frente, 47 caminhões foram autorizados a entrar pela passagem de Rafah com água, comida e medicamentos. Foi o maior comboio em um só dia desde que Israel e Egito chegaram a um acordo para liberar o ingresso de ajuda humanitária, no dia 21, mas o volume ainda é insuficiente ante a demanda da população, segundo organizações.
 

As medidas tomadas neste domingo indicam uma flexibilização, ainda que tímida, do cerco prometido pelo governo israelense dias após o Hamas conduzir a série de atentados terroristas em solo vizinho. No dia 12, o ministro da Energia, Israel Katz, escreveu no X, antigo Twitter: "Ajuda humanitária para Gaza? Nenhum interruptor será ligado, nenhuma bomba d'água funcionará e nenhum caminhão com combustível entrará até que os reféns israelenses voltem para casa."
 

Apesar da leve melhora, o cenário de privação ainda é evidente. Neste domingo (29), milhares invadiram depósitos da ONU em busca de comida e de itens básicos. Diretor do escritório da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos em Gaza, Thomas White afirmou que os saques são um sinal preocupante de que a "ordem civil está começando a colapsar". Em visita ao Nepal, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que a situação é desesperadora. Ele renovou seu pedido por um cessar-fogo, que tem sido ignorado por Israel -a diplomacia de Tel Aviv chegou a pedir a renúncia de Guterres após este apontar possíveis violações de direitos humanos em Gaza.
 

Numa visita não anunciada, o procurador do Tribunal Penal Internacional Karim Khan foi à passagem de Rafah neste domingo (29) e declarou que não obteve autorização para entrar em Gaza. Ele disse que ainda espera visitar o território e Israel enquanto estiver na região.
 

O TPI tem investigado episódios nos territórios palestinos desde 2021, buscando possíveis crimes de guerra e contra a humanidade. Israel, que não é signatário da corte, rejeitou anteriormente a jurisdição do tribunal e não se envolve formalmente nas suas apurações.
 

Ainda neste domingo (29), o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou por telefone com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, e reforçou o direito de Tel Aviv de se defender. Afirmou, porém, que isso deve ser feito "de uma maneira consistente com o direito humanitário internacional que prioriza a proteção de civis".
 

Recomendações à parte, a expansão da ofensiva israelense continuou em ações por terra. Tanques foram vistos mais uma vez ao norte de Gaza, em movimentação que ocorre já há quatro dias. Depois de anunciar no sábado (28) que a resposta militar entrava em uma "nova fase", Tel Aviv tem enfrentado embates pontuais com combatentes do Hamas. Em Erez, comunidade quase na fronteira com Gaza, houve relatos de que atiradores palestinos saíram de um túnel em solo israelense e trocaram tiros com tropas israelenses.
 

Não se sabe o número exato de soldados já operando em território palestino, mas o Exército afirma que o aumento do contingente tem sido gradual.

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Suspeito de matar ao menos 18 pessoas nos EUA é encontrado morto

  • Por Folhapress
  • 28 Out 2023
  • 08:33h

Foto: Reprodução/Gabinete do Xerife do Condado de Androscoggin

O suspeito de matar ao menos 18 pessoas em ataque a tiros nos Estados Unidos foi encontrado morto nesta sexta-feira (27). A informação foi confirmada por autoridades do governo à imprensa americana.
 

Robert R. Card, 40, teria sido encontrado com um ferimento na cabeça. A suspeita é que ele tenha cometido suicídio, segundo informações das emissoras de televisão norte-americanas.
 

Mais cedo, a polícia local divulgou que encontrou um bilhete que pode ter sido escrito pelo suspeito. As buscas estavam sendo realizadas nas proximidades do rio onde o carro dele foi localizado. O secretário de segurança do estado, Mike Sauschuck, disse que ainda não pode compartilhar o conteúdo da nota.
 

O telefone dele também teria sido encontrado, segundo a CNN.
 

A força-tarefa para localizá-lo foi realizada em terra, pelo ar e na água, com drones e mergulhadores.
 

O CASO
 

O homem de 40 anos abriu fogo em uma pista de boliche e em um restaurante. Ao menos 18 pessoas morreram e 13 ficaram feridas, no ataque a tiros mais mortal dos EUA desde maio de 2022.
 

O atirador foi identificado como Robert Card, reservista do Exército norte-americano e instrutor de tiro. Ele tem histórico de transtorno mental e passou duas semanas em uma instituição psiquiátrica neste ano, segundo informações da Reuters.
 

A polícia supõe que o atirador tenha dirigido até Lisbon, cidade vizinha, onde abandonou o veículo e tomou um barco para continuar a fuga.

Assembleia Geral da ONU aprova resolução que pede cessar-fogo humanitário na guerra entre Israel e Hamas

  • Bahia Notícias
  • 27 Out 2023
  • 19:05h

Foto: Manuel Elías/ONU

A Assembleia Geral da ONU aprovou resolução que pede cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas para apoio humanitário, que entram no 21º dia de ataques nesta sexta-feira (27). O texto, aprovado nesta tarde por 120 votos favoráveis, 14 contrários e 45 abstenções, é a primeira proposta diplomática para pôr fim ao conflito aprovada nas Nações Unidas desde o começo dos ataques, depois de uma série de impasses em votações no Conselho de Segurança. A resolução é de caráter recomendatório, ou seja, os agentes envolvidos não têm a obrigação de atender aos pontos definidos no colegiado, de acordo com O Globo

 

O documento aprovado pelo colegiado da ONU, composto por 193 países, pede um cessar-fogo imediato para apoio humanitário, garantindo a entrada de suprimentos de alimentação e serviços aos civis em Gaza e de representantes de órgãos das Nações Unidas e outras organizações humanitárias na região. Ainda pede a suspensão de determinação de Israel para que palestinos evacuarem a região norte de Gaza e a garantia de uma forma de proteção da população palestina na região. A resolução ainda destaca a importância de conter uma escalada do conflito para uma guerra que envolve outros atores regionais. 

 

Por maioria, os países-membros rejeitaram uma emenda que condena o ataque terrorista do Hamas no último dia 7 e a tomada de reféns. Segundo o texto, elaborado pela delegação do Canadá e subscrita por outras nações, demanda a soltura dos cidadãos reféns e "a segurança, o bem estar e o tratamento humano dos reféns de acordo com a legislação internacional". O trecho, porém, foi criticado por países árabes presentes por não incluir ainda uma condenação aos ataques feitos por Israel em Gaza. 

ONU sugere crimes de guerra cometidos por Israel na Faixa de Gaza

  • Por Folhapress
  • 27 Out 2023
  • 14:19h

Foto: Reprodução /Bahia Notícias

Após 20 dias de bombardeios diários na Faixa de Gaza, a ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou nesta sexta (27) que Israel pode estar cometendo crimes de guerra contra civis no território palestino.
 

"Estamos preocupados que crimes de guerra estejam ocorrendo. Estamos preocupados com a punição coletiva dos habitantes de Gaza em resposta aos ataques atrozes do Hamas, que também equivaleram a crimes de guerra", afirmou a porta-voz do Gabinete dos Direitos Humanos da ONU, Ravina Shamdasani.
 

A organização já havia informado que investiga possíveis crimes desde que o conflito entre Israel e Hamas começou, em 7 de outubro. Investigadores disseram estar coletando provas de eventuais irregularidades de ambos os lados da guerra, e afirmaram estar comprometidos com a responsabilização dos envolvidos, tanto dos diretamente ligados a agressões quanto daqueles em posições de comando.
 

 

Os ataques terroristas cometidos por integrantes do Hamas mataram mais de 1.400 pessoas em solo israelense. A retaliação de Tel Aviv, por sua vez, matou 7.326 pessoas, incluindo 3.038 crianças, até a manhã desta sexta, segundo o Ministério da Saúde em Gaza.
 

Quase três semanas após a explosão do conflito, os números não param de aumentar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que recebeu informações sobre aproximadamente 1.000 corpos soterrados nos escombros em Gaza. O número não consta no total de baixas. A informação foi divulgada pelo porta-voz Richard Peeperkor, que não especificou a fonte da estimativa.
 

As forças israelenses entraram em Gaza pelo segundo dia consecutivo nesta sexta, em incursão descrita como pontual e vista como um preparativo para a invasão terrestre de larga escala ao território palestino.
 

A ação ocorreu nos arredores do bairro de Shejaiya, na cidade de Gaza, parte norte da faixa homônima, e foi realizada por militares da infantaria e forças blindadas, segundo o jornal Times of Israel. Drones e helicópteros da Força Aérea israelense forneceram apoio aéreo.
 

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que os militares destruíram locais usados pela facção Hamas, incluindo plataformas de lançamento de mísseis guiados antitanque e centros de comando. Vários integrantes do grupo terrorista foram atingidos na incursão, acrescentou Tel Aviv.
 

Os militares voltaram para Israel horas após a incursão e, segundo autoridades, não há relatos de israelenses feridos. O Exército não divulgou mais detalhes da ação.
 

A ofensiva ocorreu um dia após a maior incursão ao território palestino desde o começo da guerra, no último dia 7. Nesta quinta (26), tanques e escavadeiras de Israel romperam barreiras e avançaram também no norte de Gaza. Um vídeo divulgado pelo Exército de Israel mostra os blindados disparando. Assim como nesta sexta, as forças israelenses deixaram Gaza horas após a incursão.
 

Bombardeios foram registrados também no sul do território palestino, e Israel disse ter matado mais um comandante do Hamas na região. Madhat Mubasher, chefe do Batalhão Oeste de Khan Yunis, teria sido atingido por um ataque aéreo.
 

Segundo as IDF, mencionada pelo The Times of Israel, Mubasher participou de "ataques com franco-atiradores e foi responsável por explosivos [usados] contra as forças e cidades israelenses".
 

Desde que a guerra começou, Tel Aviv anunciou ter matado várias lideranças do Hamas. Nesta quinta, quatro chefes do batalhão Darj Tafah, do grupo terrorista, teriam sido mortos também em bombardeios.
 

Em viagem a Moscou, o oficial do Hamas Abu Hamid disse à imprensa local que a libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza só ocorrerá se for estabelecido um cessar-fogo. O grupo palestino que comanda o território desde 2007 afirmava ter 250 pessoas em seu poder, enquanto Tel Aviv contabiliza 229.
 

Mas, ao menos por ora, não há sinais de apaziguamento. Ao menos três pessoas ficaram feridas nesta sexta após um foguete atingir um prédio residencial em Tel Aviv. Segundo o Times of Israel, dois homens ficaram levemente feridos. Um terceiro, de 20 anos, sofreu lesões moderadas.
 

O ataque faz parte de uma barragem de foguetes lançados contra Tel Aviv, cuja autoria foi reivindicada pelas Brigadas Al-Qasam, braço militar do Hamas. Segundo a polícia, o artefato atingiu um apartamento no último andar. As autoridades pediram que curiosos se afastassem do local.
 

Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o momento em que o foguete atinge o prédio. As imagens não puderam ser verificadas de forma independente. O prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, compareceu ao local atingido. Segundo ele, apenas escolas próximas de abrigo vão abrir na cidade.

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Exército israelense faz incursão terrestre em Gaza; 250 alvos são atacados

  • Por Folhapress
  • 26 Out 2023
  • 17:29h

Foto: Forças de Defesa de Israel

No 20º dia da guerra entre Israel e Hamas, as forças armadas israelenses confirmaram que realizam uma incursão terrestre na Faixa de Gaza, nesta quinta-feira (26), para atacar instalações do grupo extremista. A ação é considerada "relativamente grande", segundo a agência de notícias Reuters. Novos bombardeios de Israel atingem 250 locais do Hamas.
 

O Exército de Israel disse que tanques e infantaria entraram no norte da Faixa de Gaza matando "muitos" combatentes do Hamas e destruindo infraestruturas militares e posições antitanques. O comunicado foi feito no X (antigo Twitter).
 

A operação decorreu sob o controle da Brigada Givati, uma das cinco unidades de infantaria do exército do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi feita em preparação para as "próximas fases de combate", se referindo a uma ofensiva terrestre total.
 

 

Os militares afirmaram também que a incursão tinham como alvo postos antitanque criados pelo grupo extremista. O comunicado israelense ressalta que as suas forças saíram de Gaza no final do ataque.
 

Houve um telefonema entre Netanyahu e Biden nesta quinta-feira (25). O líder dos EUA quer que primeiro-ministro de Israel garanta a segurança dos mantidos em cativeiro e tente garantir a sua libertação antes do início de uma guerra terrestre.
 

Netanyahu mencionou que os preparativos estariam na fase final e que o gabinete de guerra israelense tomará uma decisão unânime sobre quando proceder.
 

O primeiro-ministro disse que a população de Gaza "não envolvida" com o Hamas deve deixar as áreas a serem invadidas por Israel. A saída de cidadãos da Faixa de Gaza pelas fronteiras com Israel é proibida pelo país comandado por Netanyahu. A passagem de Rafah, que divide Gaza com o Egito, também está fechada.
 

Ele também afirmou que "nenhuma conciliação política" será feita com o Hamas e que o objetivo de Israel é "conduzir o país para uma vitória esmagadora". O dia e a hora da invasão terrestre não será informado ao público para "garantir a segurança" dos membros do Exército.
 

Vamos começar uma operação terrestre. Quero dizer para vocês que o momento do Exército é definido pelo gabinete de guerra e pelo chefe do Estado Maior. Estamos atuando para ter as melhores condições. Quando entrarmos em Gaza, quando começar a guerra, não haverá nada que nos detenha até alcançar o objetivo. Só temos uma coisa para o Hamas: o fogo
 

Benjamin Netanyahu
 


 

NOVOS BOMBARDEIOS DE ISRAEL ATINGEM 250 LOCAIS DO HAMAS
 

As Forças de Defesa de Israel declararam que aviões militares atacaram mais de 250 locais pertencentes ao Hamas na Faixa de Gaza.
 

Os locais incluíam centros de comando, túneis e lançadores de foguetes que foram "colocados no coração de áreas civis que dispararam contra o território israelense durante a guerra", de acordo com as IDF (na sigla em inglês).
 

A Marinha israelense afirmou ter atacado um posto de lançamento de mísseis terra-ar do Hamas na cidade de Khan Younis.
 

O Exército de Netanyahu afirmou que o local de lançamento de mísseis estava "localizado ao lado de uma mesquita e de um jardim de infância, o que é mais uma prova de que o Hamas utiliza deliberadamente civis".
 

As Forças de Defesa de Israel atacaram várias áreas de Tal al-Hawa, no centro de Gaza, com ataques aéreos, causando o início de um enorme incêndio. A informação foi divulgada pelo canal de TV Al Jazeera.
 


 

NOVO PRAZO PARA EVACUAÇÃO DE GAZA
 

O Ministério da Defesa de Israel propõe prolongar a evacuação das comunidades que vivem ao longo da cerca de Gaza e da sua fronteira norte com o Líbano até ao final de dezembro, informou a emissora pública israelense.
 

Na semana passada, o governo israelense comunicou à ONU sobre a ordem dada para os palestinos migrarem do norte para o sul da Faixa de Gaza. Cerca de 1,1 milhão de pessoas vivem no norte tornando "impossível tal movimento", segundo o porta-voz das Nações Unidas.
 

O chefe do escritório político e de relações internacionais do Hamas, Basem Naim, disse à Al Jazeera que os palestinos em Gaza não deixariam sua terra natal. "Temos duas opções: derrotar essa ocupação ou morrer em nossas casas", disse.

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