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- Por Idiana Tomazelli | Folhapress
- 29 Nov 2023
- 18:21h
Foto: Reprodução / Agência Câmara
O relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), deve rejeitar a emenda apresentada pelo líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), para travar em R$ 23 bilhões o valor máximo de contingenciamento de despesas em 2024.
A decisão já foi comunicada pelo parlamentar a membros do governo, segundo interlocutores ouvidos pela Folha de S.Paulo.
A aliados, Forte vinha demonstrando resistências em acatar o dispositivo por acreditar que "regra é regra".
Para ele, aceitar a emenda, que pretende garantir um avanço mínimo de 0,6% da despesa acima da inflação independentemente da arrecadação, poderia afetar a credibilidade do arcabouço fiscal e gerar instabilidade.
Segundo relatos, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) tem diversos contatos com o relator na tentativa de convencê-lo. Ele enviou a Forte os pareceres jurídicos da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e da AGU (Advocacia-Geral da União) sobre o tema.
No entanto, o relator entendeu que, se o governo acredita nos pareceres, tem plenas condições de bancar essa interpretação sozinho, sem precisar da emenda à LDO.
Nas contas de Haddad, o dispositivo sugerido por Randolfe limitaria a R$ 23 bilhões o tamanho do bloqueio necessário em caso de frustração de receitas -um cenário dado como certo por economistas e membros do próprio governo.
O cálculo parte da interpretação jurídica de duas regras do novo arcabouço fiscal: a que trava o contingenciamento em até 25% das despesas discricionárias (que incluem custeio e investimentos e podem ser alvo de bloqueio) e a que disciplina a expansão real do limite de despesas, com variação entre 0,6% e 2,5% ao ano acima da inflação.
Enquanto a primeira regra poderia sugerir uma trava de até R$ 53 bilhões, que assustou a ala política, a leitura da Fazenda para a segunda regra limita o risco a menos da metade do valor inicial. Segundo Haddad, em qualquer situação, a necessidade de contingenciar recursos não pode se sobrepor à garantia de expansão mínima de 0,6% acima da inflação.
A saída jurídica para limitar o contingenciamento foi decisiva para conter as pressões por uma mudança na meta de 2024 e obter o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à manutenção do alvo para o ano que vem.
No entanto, a questão é controversa até mesmo dentro do governo. Segundo relatos colhidos pela Folha, as áreas jurídicas do Ministério do Planejamento e Orçamento e da Casa Civil foram contra essa interpretação. Consultores do Senado e da Câmara dos Deputados ouvidos informalmente também mostraram divergências.
Nesta terça-feira (28), a ministra Simone Tebet (Planejamento) confirmou que a pasta possui "divergência técnica" com a Fazenda nessa discussão.
A Fazenda sustenta a posição a partir de um parecer da PGFN, área jurídica da pasta, mas a tese não convenceu os demais órgãos do Executivo.
Diante do impasse, o único consenso possível, segundo pessoas envolvidas nas discussões, foi a possibilidade de regular o tema pela LDO --o que deu origem à emenda de Randolfe.
Técnicos admitem que a ressalva na LDO daria mais segurança jurídica ao governo para efetuar um contingenciamento menor, uma vez que os próprios órgãos do Executivo não bancaram sozinhos essa posição. Aliados de Danilo Forte, porém, viram no movimento uma tentativa de jogar a responsabilidade no colo do Congresso, o que tem pesado contra a aceitação da emenda.
A interlocutores Forte tem dito que está dividido e preocupado com os riscos envolvidos, mas contaria com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para seguir sua convicção.
O relator também ficou irritado com insinuações de que ele estaria usando o impasse da emenda para barganhar acordos políticos com o governo e emitiu nota na terça-feira (28) para rebater as afirmações. "Gostaria de esclarecer que jamais firmei qualquer compromisso que pudesse colocar em risco minhas convicções", disse.
Em outro trecho da nota, o relator afirmou que se engana quem infere que suas agendas no Legislativo, como o setor de energia, podem levá-lo a "comprometer o regramento fiscal e orçamentário do país na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)".
Nos bastidores, técnicos do governo e do Congresso ficaram desconfortáveis com a tese da Fazenda por diferentes motivos. O primeiro deles é a tentativa de extrapolar as disposições da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e do novo arcabouço, duas leis complementares, por meio da LDO, uma lei ordinária --um ato legal hierarquicamente inferior.
A segunda razão é a interpretação dos próprios dispositivos das duas leis complementares. O novo arcabouço fiscal fixou o piso de 0,6% para a alta real do limite para as despesas orçadas, isto é, incluídas e programadas no Orçamento.
Já o contingenciamento é um mecanismo previsto na LRF, que deve ser acionado sempre que a meta fiscal estiver ameaçada. Seu nome técnico é "limitação de empenho e movimentação financeira". Significa que o foco da trava está na despesa realizada (não orçada).
O conflito legal foi apontado em artigo pelos economistas Marcos Lisboa e Marcos Mendes, ambos colunistas da Folha e críticos contumazes do atual governo. Mas a reportagem apurou que membros do governo fazem a mesma leitura técnica e jurídica do impasse.
Para a Casa Civil, há um problema também de mérito: com uma trava menor nos gastos, o efeito colateral será um déficit primário até maior em 2024, agravando o risco de descumprimento da meta fiscal. O estouro da meta acionaria gatilhos de contenção vigentes em 2025 e 2026 (ano eleitoral). A pasta, sob o comando de Rui Costa, defendia a flexibilização do alvo para um déficit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
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- Bahia Notícias
- 29 Nov 2023
- 16:26h
Foto: Instagram/Bahia Notícias
A apresentadora Ana Hickmann teve o pedido de divórcio com base na Lei Maria da Penha negado pela Justiça.
A ex-modelo, que entrou com a ação tendo a lei como base para agilizar o processo do fim do casamento de 25 anos com o empresário Alexandre Correa, acusado de violência doméstica, também entrou com um pedido de medida protetiva contra o ex.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o pedido foi rejeitado por se tratar de questões de alta complexidade. O Juízo da 1ª Vara Criminal e de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher redistribuiu a ação para a Vara da Família e Sucessões.
"Trata-se de questões de alta complexidade e especialidade, que ultrapassam os limites e parâmetros circunscritos à competência criminal ou atinente ao rito de celeridade das causas envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher. Ademais, há, ainda, questões cujo conhecimento poderiam interessar em eventual processo de guarda e visitas ao filho menor do casal e acerca das quais este Juízo é incompetente. Assim, verifico que a proteção da mulher, que se encontrava em situação de vulnerabilidade perante a lei, especialmente da Lei 11.340/06, cujos requisitos legais para efetiva proteção por este Juízo, já foram conhecidas nos autos nº 1503796-37.2023.8.26.0286 e que eventuais questões discutidas no presente são, de fato, atinentes à competência da Vara da Família e Sucessões e, portanto, não serão objeto de discussão por este Juízo.”
- Bahia Notícias
- 29 Nov 2023
- 14:35h
Foto: Lula Marques / Agência Brasil
O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), pede o indiciamento de Marco Edson Gonçalves Dias, o GDias, por golpe de Estado.
Apresentado pelo relator Hermeto (MDB) nesta quarta-feira (29), o texto diz que a “conduta inapropriada do general Gonçalves Dias, caracterizada pela falta de ação diante dos inúmeros alertas de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência, resultou na facilitação de atos” de 8 de Janeiro.
As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. O pedido de indiciamento do general, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula (PT), representa uma vitória para a direita e é motivo de irritação para os petistas. Para Hermeto, ele deve responder por abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
“Considerando os elementos de informação produzidos durante o desenrolar das investigações promovidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito, os quais foram detalhadamente documentados ao longo do relatório, entende a relatoria existir elementos de informação aptos a justificar a recomendação de indiciamento de Marco Edson Gonçalves Dias”, traz o texto.
A CPI é presidida por Chico Vigilante (PT), que ainda a retirada do nome de G. Dias, por entender que não há provas suficientes de indícios de crimes cometidos por ele relacionados ao 8 de Janeiro. A esquerda na CLDF, porém, só tem Chico e Fábio Felix (PSol) entre os titulares da CPI, com direito a voto.
- Por Folhapress
- 29 Nov 2023
- 12:24h
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu a cobrança de um imposto de importação sobre compras internacionais de até US$ 50 (cerca de R$ 245). Desde agosto, essas transações são isentas para as empresas que participam do programa Remessa Conforme.
"Próximo passo será o imposto de importação, mesmo para os com menos de US$ 50", declarou o vice-presidente de Lula (PT) e ministro do Desenvolvimento e Indústria em reunião de instalação do Fórum MDIC de Comércio e Serviço (FMCS).
O presidente em exercício defendeu volta do imposto de importação. Questionado por jornalistas sobre o tema, Alckmin confirmou que é favorável a taxar compras internacionais de até US$ 50.
Alckmin reforçou, porém, que governo ainda não tomou uma decisão. O vice-presidente acrescentou que as duas primeiras etapas - criação da plataforma do Remessa Conforme e cobrança de ICMS -já foram concluídas, faltando apenas o "próximo passo": a volta do imposto de importação. Não há um prazo para essa definição, ainda segundo Alckmin.
"O que foi feito: primeiro, a plataforma para poder formalizar todas as importações. Depois, foi aplicado o ICMS -- que antigamente só tinha dois estados que tributavam, agora praticamente todos tributam. E eu defendo o quê? Liberdade concorrencial. (...) Mas não há uma decisão tomada a esse respeito", comentou Alckmin.
COMO É HOJE
Compras de até US$ 50 são isentas de imposto de importação. A regra é válida desde 1º de agosto para produtos vendidos por empresas que aderirem voluntariamente ao Remessa Conforme. Shein, Shopee e Amazon, por exemplo, já participam do programa. Remessas acima desse valor são taxadas em 60%.
Todos os envios internacionais estão sujeitos à cobrança de ICMS. Independentemente do valor, compras feitas em sites do exterior são taxadas em 17% -alíquota referente ao ICMS, um imposto estadual. As empresas podem optar por bancar esse valor para o consumidor - como faz a Shein, por exemplo.
- Por José Marques | Folhapress
- 29 Nov 2023
- 08:30h
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O STF (Supremo Tribunal Federal) prevê retomar nesta semana um julgamento que definirá uma tese relacionada à liberdade de expressão e de imprensa no país e que tem provocado reações de entidades que defendem as duas causas.
O julgamento que está pautado para esta quarta-feira (29) decidirá em quais casos um veículo de comunicação pode ser condenado a pagar danos morais quando um entrevistado imputa, de forma falsa, a prática de um ato ilícito a alguém.
Nove entidades, incluindo a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e a ONG Repórteres Sem Fronteiras, afirmam que há risco de "verdadeira e indesejável autocensura" nos veículos de comunicação brasileiros, a depender da decisão dos ministros.
É possível que o desfecho fique para a quinta (30) ou para a próxima semana, já que os ministros devem julgar, antes, outros processos.
O caso concreto que deu origem a essa ação já foi julgado em sessão do plenário virtual (no qual os votos são publicados em um sistema eletrônico da corte) que começou em 2020 e, devido a interrupções, só se encerrou em agosto deste ano.
Esse caso concreto é um pedido de indenização contra o jornal Diário de Pernambuco por uma entrevista publicada em 1995. O STF manteve por 9 votos a 2 uma condenação do STJ (Superior Tribunal e Justiça) contra o veículo.
O processo que chegou ao Supremo trata da disputa do ex-deputado Ricardo Zarattini Filho, que já morreu, contra o Diário de Pernambuco.
O ex-parlamentar foi à Justiça contra o jornal devido a uma entrevista na qual o delegado Wandenkolk Wanderley, também já falecido, dizia que Zarattini tinha participado do atentado a bomba no Aeroporto dos Guararapes, do Recife, em 1966.
A defesa de Zarattini sustentou que a informação não é verdadeira, que ele não foi indiciado ou acusado pela sua prática e que não foi concedido espaço para que ele exercesse seu direito de resposta.
O ex-deputado foi derrotado no Tribunal de Justiça de Pernambuco, mas ganhou o processo no STJ, com indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil.
O jornal recorreu ao Supremo. A defesa do Diário de Pernambuco afirmou que a decisão do STJ contraria a liberdade de imprensa e que a condenação se deu pela mera publicação da entrevista, sem qualquer juízo de valor.
Ressaltou a relevância do caso sob os pontos de vista jurídico e social e que fica em jogo a atuação dos veículos de comunicação, dado o risco de limitar o exercício constitucional da liberdade de imprensa.
Mas, no julgamento que se encerrou em agosto, nove ministros mantiveram a condenação do jornal.
Um dos ministros que votaram pela condenação, Alexandre de Moraes, destacou que os fatos citados ocorreram em 1966 e que a entrevista foi publicada em 1995.
Segundo ele, "no espaço de tempo transcorrido entre os dois eventos, não foi produzida prova cabal da inocência do ofendido", mas "os documentos e publicações tornados públicos, inclusive por outros jornais, indicavam não ter ele participação no indigitado crime". "No curso do processo, o jornal demandado também não comprovou a autoria do fato", disse.
O ministro, no entanto, não conseguiu formar uma maioria ao propor uma tese que valesse para outros casos. Com ele, votaram outros quatro ministros: Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski (agora já aposentado), Luiz Fux e Gilmar Mendes.
Moraes disse que, embora não permita censura prévia à imprensa, admite-se a possibilidade posterior de análise e responsabilização "por informações comprovadamente injuriosas, difamantes, caluniosas, mentirosas e em relação a eventuais danos materiais e morais".
Uma parcela dos ministros votou de forma diferente. Luís Roberto Barroso também manteve a condenação do jornal, mas propôs outra tese.
Para ele, "na hipótese de publicação de entrevista em que o entrevistado imputa falsamente prática de crime a terceiro, a empresa jornalística somente poderá ser responsabilizada civilmente" se à época da divulgação havia indícios concretos da falsidade da imputação e se o "veículo deixou de observar o dever de cuidado na verificação".
Ele foi seguido pela ministra Cármen Lúcia e pelo ministro Kassio Nunes Marques.
Já Edson Fachin manteve a condenação do jornal, mas sugeriu uma terceira tese. Para ele, seria somente devida indenização por dano moral a empresa jornalística quando, "sem aplicar protocolos de busca pela verdade objetiva e sem propiciar oportunidade ao direito de resposta, reproduz unilateralmente acusação contra ex-dissidente político, imputando-lhe crime praticado durante regime de exceção".
Marco Aurélio Mello e Rosa Weber (também já aposentados) se manifestaram contra a condenação do jornal.
Os dois sustentaram a tese de que a publicação "não responde civilmente quando, sem emitir opinião, veicule entrevista na qual atribuído, pelo entrevistado, ato ilícito a determinada pessoa".
É a discussão sobre qual tese deve prevalecer que deve ser julgada pelo Supremo nesta semana.
Após o fim desse julgamento de agosto, as nove entidades solicitaram ao Supremo que promovesse uma audiência pública sobre o tema antes de chegar a uma decisão, mas isso não deve acontecer.
Em manifestação ao STF, as entidades argumentaram que firmar uma tese geral a partir de um único caso é temerário e que, "com receio de ter que pagar indenizações, veículos de comunicação e jornalistas deixarão de realizar entrevistas de inequívoco interesse público". Citaram como exemplo entrevista concedida em 1992 à revista Veja por Pedro Collor, irmão do então presidente Fernando Collor, que marcou o processo de impeachment ocorrido naquele ano.
"São inúmeros e históricos os episódios em que entrevistas publicadas por meios de comunicação trouxeram à tona casos de violações de direitos fundamentais, de desvio de recursos públicos, de práticas de crimes ambientais, entre outros temas de grande relevância, permitindo respostas do Estado e da sociedade a tais ilegalidades", afirmaram.
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- Por Carine Andrade / Thiago Teixeira
- 28 Nov 2023
- 18:38h
Foto: Carine Andrade / Bahia Notícias
Em meio aos sucessivos pedidos de empréstimos feitos pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e aprovados na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), destacou a necessidade do governo estadual em equilibrar as contas.
Nesta terça-feira (28), o parlamentar pontuou que vê com tranquilidade os pedidos de empréstimo e que entende que todas as administrações recorrem à medida. O presidente ainda pontuou que o rombo nas contas do governo estadual são de quase R$ 8 bilhões somente no âmbito previdenciário.
“Sabe quanto o governo precisa, agora em dezembro, para fechar as contas só da Previdência? Quase R$ 8 bilhões têm que ser retirados de hospitais, de educação, de estrada para complementar o pagamento de aposentadorias e pensionistas”, afirmou Adolfo Menezes.
Seguindo o mesmo tom do líder do governo na AL-BA, Rosemberg Pinto (PT), quando afirmou que a Bahia é o “estado com a maior capacidade de endividamento”, Adolfo pontuou que, nesse quesito, a Bahia está no “paraíso”.
“O nível de endividamento da Bahia é muito baixo em relação às outras unidades da federação. São Paulo já comprometeu mais de 100% do orçamento. São Paulo que é o maior do estado mais rico do país. Minas Gerais, São Paulo e Rio, que são considerados os três estados mais ricos do país, em março não tem dinheiro para pagar os funcionários. Agora, em março, daqui a três meses não conseguem pagar os funcionários, quanto mais investir. Tem lá um rombo de R$ 160 bilhões. Então, a Bahia ainda está no paraíso”, declarou o Adolfo Menezes.
- Por Ana Clara Pires/Bahia Notícias
- 28 Nov 2023
- 16:34h
Foto: Reprodução / Instagram/Bahia Notícias
O fim do relacionamento de Bruna Biancardi e Neymar já era uma realidade aceita entre os internautas, mesmo o casal não tendo falado abertamente sobre o assunto. Todavia, devido às mais recentes notícias envolvendo o nome do jogador, a influencer decidiu, finalmente, falar sobre a relação dos dois.
“Este é um assunto particular, mas, como diariamente me relacionam a notícias suposições e piadas, informo que não estou em um relacionamento”, começou a influenciadora.
Em seguida, ela explicou qual seu vínculo com o jogador. “Somos pais da Mavie, e essa é a razão do nosso vínculo”, explicou. E finalizou revelando o desejo de que parem de relacionar seu nome com as frequentes notícias envolvendo o nome de Neymar.
A polêmica mais recente envolvendo o nome do esportista foram alguns prints de conversas que foram divulgados por uma criadora de conteúdo adulto. O jogador ao descobrir que a mulher tinha um canal de fotos íntimas, resolveu pedir para vê-las.
A influenciadora tenta ensinar Neymar a se inscrever na plataforma dela, e na conversa, o atacante parece ter conseguido acesso ao conteúdo. Após expor a situação, a blogueira dá uma lição nas seguidoras: “As mina que mandam de graça: Que isso mulherada, pra ver tem que pagar, empreendedorismo sempre. To fazendo meu corre”.
- Por João Gabriel | Folhapress
- 28 Nov 2023
- 10:10h
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil
Após ser poupado da proposta que impõe a poluidores o dever de reduzir emissões que contribuem para o efeito estufa, o agronegócio tem sobre a mesa uma nova proposta para cumprir obrigações no mercado de carbono. A ideia é assegurar ao setor um período de transição, além da possibilidade de vender créditos por evitar o desmatamento ilegal em propriedades rurais.
O novo rascunho do texto que regulamenta o mercado foi entregue à bancada ruralista. As possíveis modificações foram sugeridas pelo relator, o deputado Aliel Machado (PV-PR), e são analisadas por nomes como a senadora Tereza Cristina (PP-MS) e o deputado Pedro Lupion (PP-PR).
Pela sugestão, o agronegócio teria condicionantes especiais para entrar no mercado de carbono e poderia emitir créditos por manter de pé florestas quando a derrubada fosse ilegal.
A intenção de Machado é convencer a bancada ruralista a colocar o setor dentro do mercado regulado, sob o argumento de que o mecanismo tende a crescer mundialmente e o Brasil pode ser uma das maiores potências na área.
Inicialmente, o agronegócio estava previsto dentro do escopo dos créditos de carbono, mas durante a tramitação do projeto no Senado, a bancada conseguiu modificar o texto para que seu setor primário ficasse apenas como voluntário deste mercado --ou seja, a criação de gado ou plantação de cana, por exemplo, poderiam ou não aderir a ele e se submeter às suas leis.
O argumento é de que atualmente não existem métricas consistentes de mensuração da emissão de gases de efeito estufa para a atividade agropecuária.
O mercado de crédito de carbono é uma forma de tentar reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, com balizas para a diminuição e a possibilidade de venda de cotas pela preservação da floresta.
Metodologias e, principalmente, metas de redução de emissão ainda estão em discussão. Usando um exemplo fictício, o mercado funcionaria assim: uma empresa produz 40 mil toneladas de gás carbônico. Ela, hipoteticamente, teria que reduzir este patamar para 38 mil em um ano.
Se, em 12 meses, a emissão aumentar para 50 mil, a companhia teria que compensar a diferença de 12 mil comprando cotas de uma ou mais empresas que tenham reduzido suas emissões.
E existiriam dois mercados: o regulado, composto por setores da indústria obrigados a cumprir as diretrizes de redução das emissões; e o voluntário, no qual é opcional passar a negociar créditos de carbono e, consequentemente, cumprir com as obrigações da lei.
A entrada do agro no mercado regulado é um dos entraves do projeto, que é uma das prioridades do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a transição energética e também passou a ser impulsionado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A intenção, tanto do governo, quanto de Lira, é aprová-lo antes da COP 28, a conferência mundial do clima da ONU (Organização das Nações Unidas), que já começa na próxima quinta-feira (30). Lula e Lira estão confirmados no evento.
Para tentar aprovar não só essa proposta, mas outras voltadas à transição energética, o deputado convocou um esforço concentrado nesta semana na Câmara.
Lira, ligado à bancada ruralista, passou a defender publicamente e com mais ênfase a agenda ecológica nas últimas semanas, com a proximidade da COP.
Na visão de parlamentares e membros do governo, a aprovação do pacote de propostas antes do evento é difícil, mas possível. Para tentar destravar a entrada do agro no mercado, Aliel Machado propôs uma condicionante que visa contornar justamente a falta de métricas para as emissões do setor.
O texto diz que a agropecuária só precisaria participar do mercado regulado caso seja garantida "a existência de metodologias de mensuração, relato e verificação aderentes às melhores práticas internacionais e adaptadas às condições específicas da produção nacional".
O setor ainda reclama que, na maioria dos países com um mercado de carbono regulado, o agronegócio é classificado como voluntário. Por outro lado, diferentemente de vários outros territórios, o setor é campeão das emissões no Brasil caso computado o desmatamento em decorrência da atividade.
Por isso, a proposta de Machado diz ainda que o agro só seria regulado caso seja verificada "a implantação bem-sucedida de precificação explícita de carbono no mercado consumidor internacional".
O texto também diz que a participação do agronegócio no mercado é obrigatória em 2028, e com mais três anos de condições especiais a partir da entrada --o prazo visa fazer com que, em 2030, ano da revisão do Acordo de Paris, todo o setor esteja plenamente inserido no mecanismo.
Atualmente, por lei, toda propriedade rural precisa manter pelo menos uma parcela de sua área com floresta nativa. No caso da Amazônia, é obrigatório preservar 80% da mata, sendo nos outros 20% permitida a derrubada para a agropecuária.
Pelo texto aprovado no Senado, só seria permitida a emissão de créditos de carbono por recomposição da floresta. Ou seja, por mata preservada nestes 20%, no caso da Amazônia.
A proposta de Machado diz, no entanto, que seria autorizada também a emissão de créditos com relação a áreas de preservação obrigatórias -os 80%.
Ou seja, se antes só seriam emitidos créditos por reflorestamento ou por preservação de áreas além do exigido por lei, pela sugestão feita ao agro também seria possível a venda de cotas de carbono com base em desmatamento ilegal evitado.
É semelhante ao que já aconteceria, por exemplo, com o governo federal em APPs (Áreas de Preservação Permanente), que pode usar essas áreas para o mercado.
A intenção, segundo pessoas envolvidas nas negociações sobre o texto, é que existam diferentes valores para cada uma dessas categorias. O crédito de carbono emitido por reflorestamento ou manutenção de mata nativa além do obrigado por lei seria mais valioso do que aquele criado apenas por evitar o desmatamento ilegal.
De acordo com o Seeg (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa), braço do Observatório do Clima, a agropecuária é responsável por 25% dos gases de efeito estufa do país.
Essa proporção, contudo, pode ser ainda maior, já que a principal causa de emissões no país é o desmatamento (mudança no uso da terra), que também está ligada ao agro. Juntas, as duas atividades são responsáveis por 74% das emissões brasileiras.
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- Bahia Notícias
- 28 Nov 2023
- 08:12h
Foto: Raul Spinassé
Foi publicado nesta segunda-feira (27), no Diário Oficial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o novo provimento que define as regras do estágio profissional de advocacia. Sob a relatoria do conselheiro federal baiano Luiz Coutinho, o texto aperfeiçoa a regulamentação do estágio, que é realizado durante a graduação e pode ser estendido até um ano após a colação de grau. O novo provimento foi aprovado, por unanimidade, em sessão do Conselho Pleno da OAB em maio deste ano.
Luiz Coutinho ressalta a relevância do tema e a necessidade de uma avaliação cuidadosa para que se busquem soluções efetivas para a realidade da advocacia no Brasil. Ele defende que as regras sejam atualizadas conforme os contextos sociais. “O estágio é um passo importante na preparação de futuros advogados e advogadas. É o momento de vivenciarem a prática da profissão ainda durante o processo de formação. Por isso, precisamos de regras bem definidas, para que esse estudante seja bem preparado e possa iniciar sua trajetória profissional de maneira qualificada. Importante também estarmos sempre atualizados em relação aos contextos sociais”.
Coutinho destaca que o Brasil tem hoje um número estimado entre 1,5 milhão e 3 milhões de bacharéis em Direito, sendo que 1.314.443 são advogados e 13.910 estagiários devidamente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil. Essa é a maior população de bacharéis em Direito do mundo.
O estágio profissional na advocacia está previsto no Estatuto da OAB, e é a forma encontrada pela lei para que o acadêmico de Direito participe de atividades práticas próprias da profissão, sob a supervisão de um advogado ou de uma advogada devidamente inscrita na Ordem. “Vale lembrar que sua conduta deve ser pautada nas diretrizes do Estatuto da Advocacia e do Código de Ética e Disciplina, que rege a profissão”, acrescenta Coutinho.
O provimento indica a possibilidade de oferta de estágio na modalidade híbrida ou remota, com apresentação de relatório por um advogado que exerce a função de coordenador.
Conforme aponta o provimento, em caso de estágio em regime de teletrabalho ou híbrido, as visitas 'in locu' por parte das seccionais da OAB para averiguação da regularidade poderá ser substituída por relatório a ser firmado pelo coordenador do estágio e responsável pelo conteúdo.
O provimento determina ainda que os Conselhos Seccionais poderão proceder à desqualificação da unidade conveniada de estágio em caso de descumprimento das disposições elencadas no documento. O descumprimento das regras implica na rescisão do convênio.
O texto também proíbe que advogados, departamentos jurídicos e serviços de assistência judiciária cobrem pela inclusão de estagiários no quadro de auxiliares ou pela orientação profissional ministrada. Outro ponto destacado pelo provimento é a proibição de captação de clientela por parte das unidades concedentes de estágio. As entidades não podem também cobrar remuneração pelo serviço prestado em decorrência do convênio.
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- Por Anderson Ramos / Victor Hernandes
- 27 Nov 2023
- 17:09h
Foto: Anderson Ramos / Bahia Notícias
As especulações e informações sobre a adoção da vacina contra a dengue no Brasil ganhou uma nova atualização. A ministra da saúde, Nísia Trindade, anunciou que uma reunião no próximo dia 7 de dezembro deve tratar e definir acerca da chegada do imunizante no próximo ano no Brasil.
A chefe da Saúde comentou inicialmente que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) realiza os estudos da adoção do imunizante e que a pasta realizou questionamentos para a empresa responsável por produzir a vacina.
“A Conitec, que é a comissão que faz análise de toda incorporação de medicamentos, de vacinas, de novos tratamentos, está funcionando a todo vapor. Uma incorporação de vacina, como é o caso da dengue, passa por esse estudo. Nesse momento, fizemos vários questionamentos à empresa produtora, de maneira que qualquer adoção que eu não posso afirmar, pois passa por esse comitê especial, para acontecer tem que ser em benefício da população [...]”, explicou.
Questionada pelo Bahia Notícias sobre a perspectiva da chegada da vacina no país, Nísia disse que o imunizante precisa ser discutido após a análise de diferentes critérios.
“Temos que discutir em todas as questões de segurança que faixas as etárias vão ser atendidas, são esses os mecanismos que nós usamos para todos os medicamentos. Lembrando que nós temos aprovado medicamentos fundamentais para doenças como fibrose cística, melhorando o tratamento de malária, de tuberculose e vários outros problemas de saúde. Então essa é a meta. Vamos ter agora em dezembro, no dia sete, uma reunião onde o assunto vai ser apreciado”, revelou a ministra durante a entrega de ambulâncias em Salvador, nesta segunda-feira (27).
Em julho deste ano, o Ministério da Saúde iniciou acompanhamento das pesquisas e avanços tecnológicos relacionados à vacina contra a dengue. Porém, mesmo após aprovação pela Anvisa, a empresa responsável pela produção do imunizante não apresentou pedido nem documentos para análise da sua inclusão na rede pública. Mesmo assim, meses depois, o ministério iniciou diálogo aberto com o laboratório.
- Por Júlia Moura | Folhapress
- 27 Nov 2023
- 15:04h
Foto: Divulgação Americanas / Reprodução CNN
A Americanas anunciou nesta segunda-feira (27) que conseguiu de parte de seus credores apoio vinculante para a aprovação do plano de recuperação judicial da companhia, além de crédito deste grupo de R$ 1,5 bilhão.
Bradesco, BTG Pactual, BV (Banco Votorantim), Itaú e Santander assinaram o acordo. Eles detém cerca de 35% da dívida da varejista, que precisa do apoio da maioria simples dos seus credores para aprovar o plano de RJ. Banco do Brasil e Safra completam a lista de maiores credores da companhia.
Segundo a Americanas, há outros interessados em diálogo com a empresa, o que pode elevar o apoio de maneira vinculante para mais de 50%.
A assembleia de credores da Americanas para aprovação do plano de recuperação judicial está marcada para 19 de dezembro. O plano inclui o aumento de capital da companhia via emissões de novas ações. Serão R$ 12 bilhões para os acionistas controladores (3G Capital) e até R$ 12 bilhões para os bancos, totalizando uma injeção de R$ 24 bilhões na companhia.
A empresa afirmou que os credores que manifestaram apoio concordaram em "dar suporte" e a votarem favoravelmente ao plano de recuperação.
"Este acordo é um marco importante de nosso processo de recuperação judicial e um significativo progresso da Americanas no caminho para a nossa meta de emergir como uma empresa mais forte", disse Leonardo Coelho, presidente-executivo da Americanas, em comunicado à imprensa.
A companhia afirmou que conseguiu assegurar na negociação com os credores apoiadores a garantia-firme para uma linha de fianças bancárias ou seguros-garantia num volume de R$ 1,5 bilhão, disponível por dois anos da conclusão das etapas de reestruturação aplicáveis aos credores que assegurarem a concessão de linhas de fianças bancárias ou seguros-garantia, ou até o encerramento da recuperação judicial, o que ocorrer primeiro.
Plano da empresa inclui aumento de capital de R$ 12 bilhões pelo trio de bilionários que são "acionistas de referência" da Americans —Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles— e outros R$ 12 bilhões pelos próprios credores, mediante conversão de dívidas em ações.
A Americanas também prevê no plano um previsão para as ações a a serem emitidas. A cada três novos papéis emitidos, haverá um bônus de subscrição, cujo preço de exercício será de R$ 0,01.
A companhia, que tem dívida estimada em cerca de R$ 50 bilhões, também prevê no plano R$ 2 bilhões para pagamento de credores financeiros por meio de mecanismo de leilão reverso e R$ 6,7 bilhões para aqueles que optarem por receber antecipadamente, mas com forte desconto.
Ao final do processo, a Americanas sustenta que sua dívida bruta será de R$ 1,875 bilhão.
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- Bahia Notícias
- 26 Nov 2023
- 12:32h
Foto: Reprodução / Instagram
A polícia esteve na casa de Alexandre Correa, marido de Ana Hickmann, para cumprir um mandado de busca e apreensão por porte ilegal de arma, após a apresentadora entrar com pedido de medida protetiva, depois de ser agredida.
De acordo com o Fofocalizando, a empresária ficou com medo depois de descobrir que Correa estaria andando armado ilegalmente. Por conta disso, a Justiça de São Paulo decidiu deferir a medida em caráter de urgência.
A medida protetiva foi pedida duas semanas depois dela ter registrado um boletim de ocorrência por lesão corporal e violência doméstica contra o empresário. A defesa de Alexandre contou, a Folha de S. Paulo, que Correa se prontificou a abrir seu imóvel para as investigações. Eles também aproveitaram para afirmar que Correa pediu o divórcio
- Por Patrick Fuentes | Folhapress
- 26 Nov 2023
- 10:28h
Foto: Agência Brasil
A demora na entrega de produtos está no topo das reclamações do Reclame Aqui durante a Black Friday desta sexta-feira (24).
Segundo dados parciais divulgados pela plataforma, o atraso na entrega é o problema mais recorrente, com cerca de 17% das reclamações desde esta quarta-feira (22). No total, há 34,5% de aumento em reclamações na comparação com o ano passado.
No ranking do Reclame Aqui, site que é usado como referência para checar a reputação de empresas, o problema mais comum nesta Black Friday é demora na entrega lidera, com 17,3%, seguida por propaganda enganosa, com 15,56% dos comentários.
PRINCIPAIS PROBLEMAS, SEGUNDO O RECLAME AQUI
Demora na entrega - 17,30%
Propaganda enganosa - 15,56%
Produto não recebido - 15,38%
Estorno do valor pago - 9,68%
Problemas ao finalizar a compra - 4,10%
O levantamento foi feito entre 12h desta quarta-feira (22) e 6h desta sexta. Desde o início do monitoramento, foram registradas 7.328 reclamações, aumento de 34,5% em relação ao mesmo recorte feito no ano passado.
O Reclame Aqui também consultou os usuários da plataforma sobre adesão à data: 61,5% dos consumidores que ainda não compraram dizem que pretendem ir às compras. Consumidores que já compraram afirmam que pretendem fazer mais.
Se esperar as compras chegarem faz a ansiedade vir à tona, quem aguarda o desconto perfeito pode se decepcionar ainda mais com as ofertas disponíveis. No X —antigo Twitter— usuários reclamam que as promoções da data estão "fracas" e falam de maquiagem de desconto para enganar o consumidor.
No X, usuários comentam os baixos descontos oferecidos pelas principais plataformas de venda online e criticam o uso da tática de "maquiar desconto", que consiste em alterar minimamente o preço e promover como se a oferta fosse algo extraordinário.
VEJA 10 DICAS DE SEGURANÇA PARA ESTA BLACK FRIDAY
Dar preferência aos sites conhecidos para as compras e verificar a reputação de sites não conhecidos em páginas de reclamações
Ter muito cuidado com emails de promoções que tenham links. Ao receber um email não solicitado, verificar se realmente se trata de uma empresa idônea. Acessar o site digitando os dados no navegador e não clicando em links
Sempre desconfiar de empresas que pedem pagamentos antecipados e prometem entregas em prazos longos
Verificar com atenção as formas de pagamento oferecidas pelo ecommerce e desconfiar quando existem poucas opções
Desconfiar das promoções cujos preços sejam muito menores que o valor real do produto
Verificar se a página tem selo de autenticação e número de seguidores compatíveis. Desconfiar de páginas recém-criadas
Dar preferência para o uso de cartão virtual nas compras online
Se for fazer uma compra presencial com cartão, sempre conferir o valor antes de digitar a sua senha
Em caso de compras presenciais, inserir você mesmo o cartão na maquininha. Caso tenha entregado o cartão ao vendedor, sempre verificar se o cartão devolvido é realmente o seu
Se for pagar com Pix, sempre fazer o pagamento dentro do ambiente da loja virtual. Quando o varejista fornecer o código QR Code, conferir com atenção todos os dados do pagamento e se a loja escolhida é realmente a que irá receber o dinheiro. Só fazer a transferência após essa checagem detalhada. A mesma dica vale para pagamentos com boletos
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- Bahia Notícias
- 26 Nov 2023
- 08:20h
Foto: Lula Marques / Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta sexta-feira (24) o veto ao projeto de lei que estenderia até 2027 a desoneração da folha de pagamentos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente a proposta aprovada pelo Congresso Nacional que reduzia os tributos pagos por empresas de 17 setores econômicos e pequenos municípios.
Segundo o ministro, a medida é inconstitucional e provoca distorções no sistema tributário, sem trazer ganhos efetivos à economia, como a geração de empregos. As informações são da Agência Brasil.
“O legislador fez constar na reforma da Previdência um dispositivo que não permitia mais benefícios fiscais para as empresas, justamente para combater o déficit da Previdência”, destacou o ministro ao argumentar porque a lei vetada contraria a Constituição.
Essa tese está, de acordo com Haddad, respaldada em parecer feito pela Advocacia Geral da União. A mudança nas regras das aposentadorias foi incorporada à Constituição em 2019.
A ideia do projeto de lei, aprovado pelo Congresso no mês passado, era manter a contribuição para a Previdência Social de setores intensivos em mão de obra entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta.
A política beneficia principalmente o setor de serviços. Até 2011, a contribuição correspondia a 20% da folha de pagamento. Esse cálculo voltará a ser aplicado em janeiro.
“Há outro dispositivo constitucional que determina a revisão de todos os benefícios fiscais em oito anos”, acrescentou Haddad, defendendo ainda a necessidade de vetar o projeto de desoneração da folha de pagamento.
De acordo com o ministro, as medidas que concedem benefícios fiscais a alguns setores econômicos reduziram, ao longo dos últimos anos, a arrecadação do governo em o equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto [conjunto das riquezas geradas pelo país].
“É um conjunto enorme de leis, abrindo mão de receita. E, agora, estamos com um desafio de fechar esse déficit, combatendo o gasto tributário, seguindo a determinação constitucional”, enfatizou.
Essa diminuição de arrecadação também afeta, segundo Haddad, estados e municípios, que recebem repasses do governo federal.
PRÓXIMOS PASSOS
A respeito do impacto do fim da desoneração nas empresas, o ministro disse que vai propor ações para reduzir os efeitos sobre os setores após a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP), que acontece nos Emirados Árabes a partir da semana que vem. “Nós vamos apresentar ao presidente Lula um conjunto de medidas que podem ser tomadas no fim do ano para equacionar esse problema”.
Haddad disse não acreditar, entretanto, que o fim dos incentivos provoque uma onda de demissões. “Falaram em contratações quando houve a desoneração, e também não houve”, comparou. Para o ministro, a política de benefícios fiscais, adotada há dez anos, “não está trazendo nenhum benefício para a economia brasileira”.
Antes de enviar novas propostas ao Congresso, o ministro afirmou que vai aguardar a tramitação de projetos que já estão na Casa, como a reforma tributária e a Medida Provisória 1.185. Essa última regulamenta a subvenção a investimentos e tem potencial de aumentar a arrecadação em R$ 40 bilhões.
“É uma falha que está sendo corrigida, por conta de uma interpretação equivocada, que já foi derrubada pelo Superior Tribunal de Justiça, declarou ilegal a subvenção a custeio”, explicou.
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- Por Jéssica Maes | Folhapress
- 25 Nov 2023
- 08:21h
Céu de Manaus em época de queimadas | Foto: Raphael Alves/Fotos
O Brasil emitiu 2,3 bilhões de toneladas brutas de gases de efeito estufa (GtCO2e) em 2022 —queda de 8% em relação a 2021, quando foram lançados na atmosfera 2,5 bilhões de toneladas de carbono.
Mesmo assim, a taxa registrada no último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL) ainda é a terceira maior desde 2005, ficando abaixo apenas de 2019 e 2021, também durante o mandato do ex-presidente.
Os dados são da nova coleção do Seeg (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), elaborada pelo Observatório do Clima e lançado nestaquinta-feira (23), em Brasília.
A redução nos números do ano passado foi puxada pela queda na taxa de desmatamento na amazônia e por chuvas abundantes que encheram as reservas de hidrelétricas e causaram uma diminuição recorde no acionamento de termelétricas a carvão e gás.
Considerando as emissões líquidas -ou seja, descontando do total de emissões as remoções de carbono feitas por florestas regeneradas, unidades de conservação e terras indígenas- a queda é de 11%: de 1,9 GtCO2e para 1,7 GtCO2e no mesmo período.
Essa medida é a usada pelo governo federal na meta assumida no Acordo de Paris, conhecida como NDC. O compromisso brasileiro é de 1,3 GtCO2e de emissões líquidas em 2025 e de 1,2 GtCO2e em 2030
DESMATAMENTO E AGROPECUÁRIA LIDERAM EMISSÕES
Apesar de uma queda de 15% entre 2021 e 2022, o principal culpado pelas emissões brutas brasileiras continua sendo o setor de mudança de uso da terra (que considera, basicamente, o desmatamento): ele representou 48% do total em 2022, ou 1,12 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente.
A maioria (75%) desse total, 837 milhões de toneladas, veio do desmate na amazônia -que, na comparação com outros biomas, tem áreas maiores devastadas e libera mais carbono devido ao tipo de formação florestal.
Apesar da elevada taxa de desmatamento na amazônia, que ficou em 11,5 mil km² no ano passado, o relatório destaca que a perda da vegetação nativa no cerrado ocorre num ritmo três vezes maior. As emissões no bioma representaram 14% do total do setor, sobretudo devido à alta no desmatamento na região do Matopiba, formada pelos estados Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
"O desmatamento na amazônia, infelizmente, ainda é o botão de volume das emissões de gases de efeito estufa do Brasil", diz Bárbara Zimbres, pesquisadora do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e uma das autoras do relatório.
"O novo governo tem agido para reduzir esse volume, o que tem surtido efeito na amazônia, mas vai ser preciso continuar esse esforço de comando e controle e políticas de incentivo à economia sustentável para levá-lo a zero, como prometeu o presidente, assim como incluir outros biomas nessa tendência", afirma.
O segundo setor com maior participação nas emissões brasileiras é o da agropecuária, que respondeu por 27% do total do último ano, com 617,2 milhões de toneladas de gases de efeito estufa (MtCO2e) -alta de 3% em relação a 2021. O número é o maior da série histórica do Seeg, iniciada em 1990.
Esse aumento, o maior para o segmento desde 2003, foi puxado pelo aumento do rebanho bovino, que chegou a 234,4 milhões de cabeças no ano passado, segundo o IBGE (alta de 4,3% em relação ao ano anterior).
Do total de emissões do setor, a pecuária representou 80% (496 MtCO2e) e a agricultura, 20% (121,2 MtCO2e). Desde 1970, segundo o levantamento, as emissões da agropecuária saltaram 191%.
"Somando as emissões por desmatamento e outras mudanças de uso da terra com as do setor agropecuário, conclui-se que a atividade agropecuária responde por 75% de toda a poluição climática brasileira", destaca o relatório.
De acordo com um estudo de 2022, publicado na revista Science, de 90% a 99% do desmatamento tropical são impulsionados pela agropecuária, mesmo que nem toda a área desmatada seja colocada em produção.
QUEDA EM ENERGIAS FÓSSEIS E AUMENTO DE RENOVÁVEIS
Já o setor de energia teve uma queda de 5%, chegando a 412 MtCO2e. A redução foi causada pela queda recorde na geração termelétrica (-49%) devido ao excesso de chuvas. Por sua vez, a geração hidrelétrica cresceu 18%, e a de outras fontes renováveis, como eólica e solar, aumentou 15%.
"Somente essas condições climáticas fizeram com que o Brasil reduzisse o equivalente a 36 milhões de toneladas, ou um Uruguai, na geração de eletricidade. Isso compensou em parte o aumento das emissões dos transportes, que são o maior consumidor de combustíveis fósseis da matriz brasileira", diz Felipe Barcellos e Silva, pesquisador do Instituto de Energia e Meio Ambiente, organização responsável pelas contas do setor.
Os setores de resíduos (91 MtCO2e, oscilação de 1% para baixo) e processos industriais (78 MtCO2e, queda de 6%) representaram, respectivamente, 4% e 3% do total de emissões do país em 2022.
A ROTA PARA CUMPRIR PROMESSAS CLIMÁTICAS
As emissões de carbono são a medida usada globalmente para monitorar o avanço do aquecimento global e o cumprimento das NDCs (contribuições nacionalmente determinadas, na sigla em inglês), os compromissos dos países no Acordo de Paris.
Neste ano, o governo federal corrigiu a "pedalada" climática da NDC instituída durante o governo Bolsonaro, que mudava a base de cálculo e permitia um aumento nas emissões brasileiras. Agora, o Brasil voltou a assumir os parâmetros da sua primeira NDC, de 2015.
Para a equipe do Seeg, os objetivos -de 1,3 GtCO2e de emissões líquidas em 2025 e 1,2 GtCO2e em 2030- são alcançáveis. Assumindo que as emissões dos outros setores permaneçam estáveis, a meta de 2025 seria atingida, avaliam, com uma redução de 33% na taxa de desmatamento na amazônia nos próximos dois anos.
No último ciclo avaliado pelo programa Prodes, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de agosto de 2022 a julho de 2023, houve redução de 22,3% no desmate da amazônia na comparação com o período anterior.
"[A projeção para 2025] é desafiadora, mas factível, dado que boa parte dessa redução pode ser realizada através do corte do desmatamento a patamares já alcançados no Brasil no passado, particularmente entre 2009 e 2012", afirma David Tsai, coordenador do Seeg.
Já a meta de 2030 "poderia ser excedida em muito, caso o governo cumpra a promessa de Lula de zerar o desmatamento", escreve o grupo responsável pelo Seeg.
Logo em sua primeira viagem internacional após a eleição de 2022, para a COP27, a cúpula do clima da ONU, no Egito, Lula afirmou que não mediria esforços para alcançar o desmatamento zero em todos os biomas do país até o final da década. O mandato atual vai até o final de 2026.
Se o desmatamento realmente acabar até 2030, os pesquisadores projetam que as emissões líquidas naquele ano serão de 685 milhões de toneladas -número 43% menor do que a meta atual.
"Se o governo estiver falando sério sobre ser o grande defensor da meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima da média pré-industrial, terá de aumentar a ambição da NDC atual já para 2030, como todos os grandes emissores precisam fazer", diz Tsai.
O Brasil é o sexto maior poluidor climático, com 3% do total global, ficando atrás de China (26%), EUA (11%), Índia (7%), Rússia (3,8%) e Indonésia (3%). Se a União Europeia (6%) for tratada como um país, o Brasil se torna o sétimo maior emissor.
Ao longo deste ano, o desmate tem caído na floresta amazônica, mas bate recordes no cerrado, segundo dados do Inpe. Além disso, o governo petista vem incentivando o aumento da exploração de combustíveis fósseis, como petróleo e gás.
Sobre isso, Tsai explica que, como esse aumento na produção seria para exportação e a maior parte das emissões destes fósseis acontece durante a queima, não na produção, esse montante entraria para a conta dos países que estão comprando e usando esses combustíveis.
"O que vai acontecer é que o Brasil vai estar exportando emissões", afirma ele. "Claro que isso não quer dizer que o Brasil está livre para produzir petróleo, porque isso acaba sendo uma incoerência lógica do ponto de vista de contribuir com uma economia global descarbonizada."
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