Piso salarial para enfermagem chega a 1 milhão de apoios

  • Agência Senado
  • 30 Ago 2021
  • 14:39h

Foto: Pixabay

O projeto de lei que prevê um piso salarial para enfermeiros e técnicos e auxiliares de enfermagem da rede pública e privada, além de parteiras, chegou à marca de 1 milhão de apoios no Portal e-Cidadania, do Senado. Até as 8h desta segunda-feira (30), 1.000.941 pessoas haviam se manifestado favoráveis ao texto (PL 2.564/2020). A expectativa dos senadores é que a proposta possa ser inserida como prioridade na pauta de votações do Plenário.

Para a relatora da matéria, senadora Zenaide Maia (Pros-RN), é fundamental o reconhecimento desses profissionais que estão na linha de frente de combate à covid-19, inclusive agilizando o processo de vacinação em todo o país.

— Lutamos muito e o nosso desejo era aprovar esse projeto ainda no primeiro semestre, mas não foi possível, pois o PL não foi pautado. Espero sinceramente que na volta dos trabalhos esse projeto seja tratado como prioridade e entre na pauta de votações pela importância do trabalho dos profissionais de enfermagem que estão salvando vidas e arriscando a própria vida no dia a dia na linha de frente do combate ao covid  — disse à Agência Senado.

O autor da proposta, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), acredita que o Congresso reúne condições para avançar em um acordo que viabilize a aprovação da matéria ainda este ano. Ele chegou a apresentar em Plenário, antes do recesso parlamentar, requerimento para votação da matéria em regime de urgência.

— Vamos entrar num consenso, da melhor forma possível, mas não vamos jogar esse PL 2.564 para as comissões. Vamos dar uma resposta altiva do Senado da República, reconhecendo o valor desses enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiros, que estão pagando com a própria vida para nos socorrerem — pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante sessão Plenária no dia 13 de julho.

Segundo Contarato, o Brasil registra cerca de 2,4 milhões de profissionais atuando nessa área, com salário em torno de R$ 1,4 mil por 40 horas de trabalho por semana. Ele ainda advertiu que, durante a pandemia, 838 enfermeiros perderam a vida em razão da covid-19 e 57 mil foram contaminados pelo vírus.

O texto — que chegou a ser incluído na pauta no primeiro semestre, mas teve a votação adiada devido à falta de acordo para a votação — institui o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras. Pelo projeto, o piso para enfermeiros seria de R$ 7.315. As demais categorias teriam piso proporcional a esse valor: 70% (R$ 5.120) para os técnicos de enfermagem e 50% (R$ 3.657) para os auxiliares de enfermagem e as parteiras. Os valores são baseados numa jornada de 30 horas semanais e são válidos para União, estados, municípios, Distrito Federal e instituições de saúde privadas.

Impacto financeiro
Um dos maiores entraves para a votação da matéria é identificar de onde virão os recursos para que estados e municípios possam bancar o aumento salarial. Sem a contrapartida do governo federal, os gestores poderiam ter dificuldade para cobrir o piso.

Na avaliação de Contarato, o governo pode estudar alternativas para suprir essa demanda. Ele identificou que a reforma tributária (em tramitação na Câmara dos Deputados), assim como a instituição de tributos sobre aeronaves e embarcações, poderiam se tornar fontes de recursos para esse fim.

— Se nós instituíssemos o IPVA sobre aeronaves e embarcações, nós já teríamos receita corrente. Se nós fizermos uma reforma tributária correta, justa, solidária, a União vai ter R$ 63,5 bilhões por ano, os estados, R$ 86,2 bilhões por ano e os municípios, R$ 56,3 bilhões — disse o senador, durante sessão plenária.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) calcula um impacto de mais de R$ 45 bilhões aos cofres dos municípios com o piso dos enfermeiros.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também integra o grupo de senadores que saiu em defesa da proposta. Em 12 de julho, ele esteve reunido em Macapá com representantes do movimento de enfermagem pela aprovação do piso salarial.

— A turma aqui já recebeu muita palma da janela, está na hora de receber o reconhecimento real. Então vamos continuar a mobilização para que a Mesa do Senado, o presidente Rodrigo Pacheco, o quanto antes, coloque esse projeto de lei. Que é um reconhecimento para tudo o que esses profissionais fizeram já nesse momento trágico que nós estamos vivendo no Brasil — disse, em vídeo publicado no Twitter após o encontro.

Conquista: Pouso do avião do presidente Jair Bolsonaro no Aeroporto Glauber Rocha desperta curiosidade

  • Redação
  • 30 Ago 2021
  • 11:57h

(Foto: Reprodução Redes Sociais)

Pousou na manhã desta segunda-feira (30) no aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, o avião presidencial utilizado por Jair Messias Bolsonaro e equipe do Governo Federal. Segundo populares, estavam no equipamento membros do cerimonial do presidente. Tudo leva a crer que Bolsonaro estará na região ainda essa semana, mais precisamente na cidade de Tanhaçu, onde irá anunciar a retomada das obras da Ferrovia Oeste-Leste.

Itiúba: Vereador 'alcoolizado' discute com médico e acompanhante em hospital; veja vídeo

  • Francis Juliano
  • 30 Ago 2021
  • 11:41h

Foto: Reprodução / Youtube / Espaço Aberto

Um vereador de Itiúba, na região sisaleira, chamou a atenção após entrar no hospital da cidade e discutir com um médico e uma acompanhante. Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra a discussão que envolveu o legislador Romenil Pinto da Silva (PCdoB) no final da noite da última sexta-feira (27). O edil aparentava estar alcoolizado.

Primeiro, ele discute com um médico plantonista que diz: “você tem que respeitar o hospital, rapaz” ao que o vereador vai ao encontro do médico e responde: “eu vou respeitar o hospital e vou lhe mostrar quem sou eu”.

O vereador caminha por um corredor da unidade de saúde, e uma senhora entra na discussão: “por que o senhor Romenil não vem aqui são?”. As imagens mostram ainda Romenil perguntando se os usuários estão sendo bem atendidos e um momento em que ele discute com a senhora que o interpelou.

Nesta segunda-feira (30), o Bahia Notícias entrou em contato com a unidade de saúde. A direção do hospital deve registrar ocorrência na delegacia da cidade ainda nesta segunda. Não há informações sobre o posicionamento do edil logo após o caso repercutir nas redes sociais.

Prazo para regularização do MEI termina nesta terça (31)

  • Marcello Casal/JrAgência Brasil
  • 30 Ago 2021
  • 10:50h

Prazo para regularização do MEI termina nesta terça (31) | Foto: Reprodução

O prazo para regularização dos MEIs (microempreendedores individuais) termina nesta terça-feira (31) em todo o Brasil. Microempreendedores que possuem dívidas com a União (INSS e outros tributos) estados (ICMS) e municípios (ISS) correm o risco de serem inscritos na dívida ativa do governo.

Caso os MEIs não regularizem seus débitos com a Receita Federal dentro do prazo, uma série de problemas impossibilitam a continuidade do trabalho, como: perder a condição de segurado do INSS, pode ter o CNPJ cancelado, é excluído dos regimes Simples Nacional e Simei pela Receita Federal, estados e municípios e passa a ter ainda mais dificuldade para conseguir financiamentos e empréstimos.

De acordo com o portal UOL, são 4,4 milhões de MEIs com impostos em atraso no momento.

A situação pode ser resolvida pelo pagamento dos débitos, utilizando o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), ou parcelamento.

Tanto a emissão do DAS como a realização do parcelamento podem ser efetuadas diretamente no Portal do Simples Nacional. O DAS também pode ser emitido pelo App MEI, disponível para celulares Android ou iOS.

Justiça Federal obriga Estado da Bahia a pagar honorários para advogados dativos

  • Claudia Cardozo
  • 30 Ago 2021
  • 10:18h

(Foto: Reprodução)

O juiz Durval Carneiro Neto, da 7ª Vara Federal da Bahia, acatou o pedido da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA) para obrigar o Estado a pagar os honorários devidos à advocacia dativa. A Ordem moveu uma ação civil pública contra o Estado da Bahia por dar calote nos advogados designados por juízes para fazer a defesa de pessoas hipossuficientes. 

Os dativos, geralmente, são designados por juízes diante da falta de defensores públicos na localidade e quando a pessoa processada não tem condições de pagar um advogado particular. A Defensoria Pública da Bahia defende há alguns anos a necessidade de nomear mais defensores públicos no Estado e justifica a medida como economia para os cofres públicos ao evitar o pagamento de honorários dativos.  A luta da OAB-BA para reconhecimento do pagamento dos honorários dativos também é antiga. 

A OAB, em seu pedido, afirma que os honorários advocatícios têm caráter alimentar. Ou seja, tem importância para sobrevivência do advogado e que, caso não haja dotação orçamentária para pagamento dos honorários como título de Requisição de Pequeno Valor (RPV), que seja aberto crédito suplementar para satisfação alimentar. Além disso, pede que a decisão do magistrado seja reconhecida como título direto para pagamento das verbas. De acordo com a Ordem, o Estado não paga os profissionais sob o argumento da falta de comprovação da impossibilidade de atuação da Defensoria Pública nos processos, bem como em razão da ausência de sua participação na formação dos títulos executivos. 

Em sua defesa, o Estado da Bahia impugnou o pedido sob o argumento que o pagamento de honorário em caso de divergência entre o profissional e o Estado, deve ser fixado por outro juiz e não aquele que convocou o dativo para atuar no caso, sendo o Estado parte no processo. Outro argumento é de que os juízes não têm justificado a ausência de defensores para realizar a nomeação. 

A OAB replicou que o Estado tem impugnado o pagamento de dativos em diversos processos, e diante de tais impugnações, só resta ao advogado o ajuizamento de ações para cobrar o pagamento da dívida. Por isso, a Ordem ajuizou a ação coletiva, para garantir o pagamento das verbas alimentares somente com a decisão judicial de nomeação dos dativos.

Para o magistrado, a questão é um fato “incontroverso”, pois o próprio Estado “reconhece expressamente que tem se negado a efetuar o pagamento dos honorários de advogados que atuaram como defensores dativos, seja por não reconhecer a competência do juízo da causa para arbitrar o valor de tais honorários, seja por questionar a própria forma como tem ocorrido as nomeações dos defensores dativos pelos juízes estaduais”. O juiz Durval Carneiro Neto assevera que, “ao nomear advogados privados para exercerem a função pública de defensor dativo no bojo de processos submetidos ao seu crivo, os juízes de Direito do TJ-BA atuam como órgãos e agentes do Estado da Bahia, de modo que não é dado ao Estado da Bahia esquivar-se de reconhecer suas digitais em tais atos, sob o argumento de que ‘não participou do processo’ ou ‘não teve a oportunidade de questionar o ato’”.

O magistrado frisa que os dativos são obrigados a cumprir os encargos que lhes foram atribuídos pelo juiz, “sob pena de multa e sanção disciplinar aplicável pelo órgão profissional competente”. “Configura hipótese, portanto, de verdadeira requisição administrativa de serviços, que, salvo nos casos de gratuidade explicitamente previstos em lei, comporta ulterior remuneração do prestador, sob pena de enriquecimento ilícito pelo Estado, que terá se apropriado indevidamente da sua força de trabalho”, salienta o juiz. Na decisão, o juiz Durval Carneiro Neto afirma que fica reconhecida na decisão a “força executiva à pretensão de pagamento dos honorários dos defensores dativos nomeados em processos em trâmite nas unidades judiciárias do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, assegurando aos respectivos advogados, caso não haja pagamento espontâneo nos respectivos autos, a provocação direta da via judicial estadual para a execução individual do crédito”, sem prejuízo de eventual impugnação pelo Estado da Bahia na condição de parte executada.

Animais na pista em Brumado: De quem é a culpa?

  • Brumado Urgente
  • 30 Ago 2021
  • 08:55h

É muito comum passar pelas ruas e avenidas de Brumado e se deparar com situações como essa | Foto: Reprodução Redes Sociais

Vidas já foram perdidas devido à uma situação que já deveria ter sido resolvida há tempos, mas, infelizmente, ainda é rotineira nas vias públicas e rodovias que cortam o município de Brumado, onde se é comum se deparar com animais soltos na pista. Um verdadeiro “jogo de empurra” entre os órgãos responsáveis vem fazendo com que a insegurança viária seja um desafio para os condutores que têm que arriscar as suas vidas, especialmente no período noturno, ao trafegar nestas “estradas do medo”. Neste final de semana novas ocorrências dessa natureza foram registradas e, por sorte, um dos condutores diz que teve a sua vida preservada por milagre. 

O motorista conhecido como 'Jair da Vila'' disse que contou com a sorte, o susto foi grande | Foto: Reprodução Redes Sociais

O caso ocorreu na BR-030 na altura da Vila Presidente Vargas e, segundo relato do motorista, conhecido como “Jair da Vila, “animais solto às margens das estradas continuam fazendo estragos. Hoje bati num cavalo, mas graças a Deus não teve nada comigo, estou bem só foi prejuízo material”. Num impasse histórico fica o “segura a bomba” entre DNIT, AGERBA e o Município, mas, nenhum destes faz a sua parte, então, com isso, os animais continuam “deitando e rolando”. Então fica a pergunta no ar: será que a vida humana e dos animais não têm valor para eles, já que em muitos acidentes existem vítimas fatais dos dois lados?”. Esperemos que em breve tenhamos essa tão esperada resposta, mas, há quem diga que é melhor esperar sentado.

Lula aglomera e sai da Bahia com costuras regionais boas para ele e para Wagner

  • Fernando Duarte
  • 30 Ago 2021
  • 08:11h

Foto: João Ramos/ Divulgação

A passagem por Salvador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o lançamento informal da candidatura do senador Jaques Wagner ao governo da Bahia em 2022. Ainda que os petistas tenham negado qualquer interesse eleitoral na passagem de Lula por aqui, ficou claro que as alianças para figurar nas urnas eram algo prioritário nas conversas. Em especial com o esforço para manter composições regionais ainda que nacionalmente os partidos estejam em lados opostos - leia-se PP e PSD.

Publicamente, apenas o senador Otto Alencar, do PSD, figurou ao lado de Lula. Aliado do PT na Bahia desde 2010, Otto também exaltou o ex-presidente quando foi instado a falar. O tom mostra que, no plano federal, ele estará entre aqueles que defendem a coalizão entre PT e PSD, mesmo que os socialdemocratas – via Gilberto Kassab – invistam na virtual candidatura de Rodrigo Pacheco (que sequer deixou o DEM). A única hecatombe possível para essa relação seria uma reivindicação da cadeira de senador, pela qual Otto deverá ser candidato à reeleição, algo improvável ainda que o atual governador Rui Costa queira requisitar a vaga.

Mais discreto, o vice-governador João Leão esteve com Lula, posou para fotos publicadas nas redes sociais, porém não participou de nenhum dos atos políticos (eleitorais, ainda que neguem) em que o ex-presidente esteve. Em meio à pandemia, até consideraria evitar aglomeração como uma justificativa plausível para a ausência de Leão dos eventos. Porém, se essa foi a razão para a discrição, não veio a público. De um jeito ou de outro, o flerte e a aproximação com o cacique progressista na Bahia se mantiveram, ainda que no plano nacional seja o PP o partido mais próximo ao presidente Jair Bolsonaro, principal adversário de Lula na corrida para 2022.

Em resumo: se depender do ex-presidente, o tripé formado por PT, PSD e PP será mantido na Bahia, com direito a endosso e articulações próprias. Isso serve para consolidar o nome de Wagner, que pelo recall eleitoral e pela musculatura política já estaria colocado como uma figura forte para retornar ao Palácio de Ondina. Outros fatores, como o desgaste natural do ciclo de 16 anos do PT na Bahia e a existência de uma candidatura competitiva como a do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, são calos a serem considerados na construção da campanha de 2022.

Enquanto o entorno petista celebrava a vinda de Lula - com direito a hipocrisia de criticar a realização de eventos ao tempo em que aglomerava sem cumprir protocolos -, o lado adversário percorria o Extremo Sul e colocava dedos em duas feridas para a era do PT na Bahia: educação e segurança pública. Para conter a onda vermelha em 2022, ACM Neto terá que expor com ainda mais frequência esses problemas. E torcer para que Lula não embale Wagner como no passado.

La Niña pode reduzir chuvas em até 30% e prejudicar ainda mais hidrelétricas

  • Redação
  • 30 Ago 2021
  • 07:07h

(Foto: Globo Rural)

Os técnicos do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) contam com a volta no fim de setembro das chuvas ao centro-sul do país, onde a estiagem neste ano colocou em alerta os reservatórios de usinas hidrelétricas.

Já entraram no radar, no entanto, os possíveis efeitos do fenômeno climático La Niña, a partir de outubro, que poderiam reduzir o volume de chuvas de 10% a 30% na região.

O fenômeno causa uma alteração periódica na temperatura das águas do oceano Pacífico, o que tende a reduzir as chuvas no centro-sul do Brasil, agravando a seca na bacia do rio Paraná.

O temor é isso ocorrer novamente logo no início do período chuvoso deste ano, o que prejudicaria ainda mais a recuperação da capacidade dos reservatórios da região.

De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), os reservatórios das usinas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estão operando em patamares críticos há meses, e a crise do sistema elétrico nacional preocupa analistas.

Dados do Inmet mostram que os estados de São Paulo e Paraná tiveram chuvas abaixo da média desde janeiro. Durante todos os meses deste ano até julho, a maioria dos estados teve um volume menor de chuvas do que no mesmo período do ano passado.

Segundo o meteorologista Cleber Souza, do instituto, há sinais positivos de chuvas recentes na região Sul. Embora não se espere um volume de precipitações acima da média para os próximos meses, a volta da chuva no Sudeste e Centro-Oeste na segunda metade de setembro traria um alívio tanto para os agricultores quanto para o sistema elétrico.

"É difícil prever com exatidão qual seria o impacto exato do La Niña nas chuvas deste ano, mas é um fenômeno que tornas as frentes frias mais fracas e, sem dúvida, é uma fonte de preocupação", diz Souza.

O cenário de risco energético também preocupa os economistas, que começam a antever os efeitos da falta de água na recuperação da economia.

O Brasil pode entrar em um quadro de estagflação (estagnação econômica com inflação), caso as chuvas não voltem no quarto trimestre, segundo Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da RPS Capital.

Para ele, houve uma mudança de postura por parte do governo, que agora reconhece que a situação do setor elétrico é dramática. "O que preocupa é, além do quadro hídrico, o futuro aumento da bandeira tarifária mais cara por parte da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)", diz.

Segundo Barros, para não desorganizar o setor elétrico e ampliar o déficit no custeio das térmicas, o novo valor da bandeira será importante para definir o impacto do preço da energia também na inflação do próximo ano.

Na avaliação de Roberto Wagner Pereira, especialista em energia da CNI (Confederação Nacional da Indústria), as medidas possíveis para diminuir o impacto da falta de chuvas no setor já estão na mesa, como contratar mais térmicas e promover um programa voluntário de redução de uso.

"Temos de torcer para que elas funcionem e para que passemos por isso de forma confortável. Não vejo um risco de apagão hoje, mas existe um risco óbvio de racionamento e a gente espera que isso seja suficiente", diz.

O volume menor de chuvas também preocupa produtores rurais e investidores em commodities agrícolas, avalia o consultor econômico Nicola Tingas, da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento).

Há um ambiente de deterioração das condições econômicas, afetando desde a produção de manufaturados até a agricultura, que também deve ter quebras de safra, afirma. Segundo ele, com problemas de oferta, pode haver mais um aumento da inflação.

"O conjunto diminui a motivação para investir e há uma desaceleração no ritmo de retomada da economia, com riscos que inibem uma maior taxa de investimento."

Ele também avalia que o governo poderia ter sido mais veloz nas medidas tomadas para resolver a crise. "O ideal era que algumas ações tivessem sido antecipadas -e o problema agora pode ser maior do que a gente gostaria", diz.

Nesse cenário, o PIB (Produto Interno Bruto) da agropecuária deve crescer menos neste ano, indica o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que cortou a estimativa de alta para o indicador em 2021, de 2,6% para 1,7%.

"O pior é a ausência de um planejamento estruturado a médio e longo prazo, já que a as mudanças climáticas tendem a fazer deste um problema frequente", afirma Rafael Cagnin, do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).

Ele avalia que o recurso das termelétricas é razoável para contornar o desafio imediato, mas não serve de resposta definitiva, dado que é mais caro, mais sujeito as variações cambiais e sobretudo incompatível com o meio ambiente.

"Esta crise hídrica não é um desafio só para 2021, mas como vamos lidar com ela indica nossa compreensão ou não da emergência ambiental", diz o economista.

BA recebe carregamento com mais 198 mil doses de vacina nesta segunda (30

  • Redação
  • 30 Ago 2021
  • 06:44h

Carga vai contar com 112.250 doses da AstraZeneca e 89.580 da Pfizer | Foto: Reprodução

A Bahia vai receber um carregamento com 198.830 doses de vacinas contra a Covid-19, nesta segunda-feira (30). A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do estado (Sesab).

A carga vai contar com 112.250 doses da AstraZeneca e 89.580 da Pfizer. O último lote de vacinas que desembarcou no estado chegou na noite de quinta-feira (26), trazendo pouco mais de 500 mil doses da Pfizer e da Coronavac.

Até o momento, a Bahia recebeu o total de 15.397.538 doses de vacinas, sendo 5.428.838 da Sinovac/Coronavac; 6.567.830 da Oxford/AstraZeneca; 3.139.770 da Pfizer e 261.100 da Janssen.

Agricultor recolhe sucatas e cria minitrator e arado motorizado no interior da BA: ‘Ganha tempo e economiza muito dinheiro’

  • Informações do G1/BA
  • 29 Ago 2021
  • 15:14h

Genilson Cruz criou minitrator com sucatas na cidade de Biritinga, interior da Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia

Um agricultor no povoado de Boa Vista, em Biritinga, cidade a cerca de 200 km de Salvador, criou um minitrator com sucatas e peças de um carro sem uso e conseguiu transformar as latarias em um equipamento útil para o cultivo da roça. Além disso, com a velharia, ele conseguiu desenvolver um arado motorizado e outros equipamentos para acelerar a produção e economizar dinheiro na lavoura.

Genilson Cruz conta que todo o material utilizado para fazer o maquinário foi reciclado e consegue agora desenvolver o trabalho em tempo mais ágil e diminuir os custos da mão-de-obra.

“Eu vi na oportunidade de ter sucatas, pedaços de lata velha e carro velho, e vi a oportunidade de fazer um equipamento que está me ajudando na manutenção da roça. E uma forma e baratear e fazer com que as coisas aconteçam. Foi usado todo material reciclado. Todo de sucata e coisa descartada e a gente colocou para funcionar e servir para a agricultura familiar”, disse o lavrador-inventor.

De acordo com Genilson, com o cultivador motorizado desenvolvido por ele, é possível fazer no período de uma hora o que um homem sozinho com uma enxada não consegue fazer durante um dia inteiro de trabalho. O equipamento serve para limpar o espaço entre as linhas de plantio.

“A gente fez essa forma aqui de baratear também o custo e a mão-de-obra, onde um cidadão trabalhando com a enxada o dia inteiro não dará a produção de uma hora usando esse equipamento aqui. Ganha tempo, economiza muito dinheiro e pode plantar uma área maior”, afirmou.

Enquanto ele desenvolvia seu “laboratório” na garagem de casa, pessoas próximas duvidavam que o monte de sucata um dia teria utilidade. O frentista Wagner Cerqueira é amigo do agricultor e admitiu que desacreditou das invenções. Agora confessa ter sido “vencido” por Genilson e elogiou o esforço pelas produções.

“Duvidei. Chamei até de louco. Ele me desafiou, eu desafiei ele, mas não teve jeito: o homem é inteligente e está aprovado o trabalho dele”, declarou.

Mulher é proibida de entrar em zoológico na Bélgica após ter ‘caso’ com chimpanzé

  • Redação
  • 29 Ago 2021
  • 13:47h

Nos últimos quatro anos, ela tem visitado o animal toda semana | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Um zoológico na Bélgica proibiu um mulher de visitar a exibição de chimpanzés do parque devido a um “caso” vivido por ela com um chimpanzé que chegou ao local há 30 anos. Nos últimos quatro anos, Adie Timmermans visitou o animal todas as semanas, desenvolvendo um vínculo com o primata. As informações foram divulgadas pela revista People.

“Eu amo aquele animal e ele me ama. Não tenho mais nada. Por que eles querem tirar isso?”, questionou Timmermans em entrevista ao Newsweek. “Direi apenas que estamos tendo um caso”.

O “caso” mencionado por Adie seria ela acenando e mandando beijos um para o outro de lados opostos do vidro. De acordo com o zoológico, a situação tem expressado preocupação porque o animal tem tido problemas de relacionamento com os outros chimpanzés do local.

Cientistas dizem que piora da pandemia no Rio de Janeiro serve de alerta para todo o Brasil

  • Redação
  • 29 Ago 2021
  • 11:22h

Estado fluminense tem aumento na taxa de hospitalizações e dados revelam que a variante delta já é predominante | Foto: Reprodução

O estado do Rio de Janeiro vive uma situação exclusiva desde o início da pandemia. Isto porque, mesmo com o otimismo da população com o avanço da vacinação e muitas cidades já tendo aplicado a primeira dose contra a Covid-19 em praticamente todos os adultos, há uma apreensão com a chegada e o rápido espalhamento da variante delta do coronavírus e, consequentemente, o crescimento do número de internações por infecções respiratórias, o que liga o sinal de alerta das autoridades e ameaça os planos de reabertura.

De acordo com reportagem publicada pelo G1, o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), Leonardo Bastos, avaliou a situação no estado. “Os dados mostram um aumento recente das hospitalizações entre os grupos mais velhos. Isso está acontecendo em outros lugares, mas, no Rio de Janeiro, a situação está pior“.

Segundo ele, “as últimas estatísticas sugerem que algo diferente está acontecendo no estado, mas ainda não sabemos exatamente o que é”, completa.

Ainda conforme a reportagem, a mudança de cenário acontece na prática, como ressalta o infectologista Alberto Chebabo, diretor médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

“Recentemente, houve um aumento na demanda por internação por Covid-19, especialmente entre idosos e profissionais da saúde. Isso era uma coisa que não víamos com essa frequência havia um bom tempo”, relata o especialista, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, afirmam que não é possível destacar um único fator por trás do repique de casos e internações em território fluminense. No entanto, apontam a chegada da variante delta como principal fator.

“É preciso considerar a chegada da variante delta do coronavírus, o relaxamento da população e das medidas restritivas e até uma eventual perda de efetividade das vacinas com o passar do tempo. O coronavírus está se modificando constantemente para continuar circulando entre nós”, declarou o pesquisador Leo Bastos.

Bastos diz ainda que o Rio de Janeiro de hoje pode ser o Brasil de amanhã, pois a situação local deveria representar, sim, uma preocupação. “O Rio de Janeiro é um ponto de confluência e tem uma grande conexão com outras regiões brasileiras, especialmente com São Paulo. E sabemos que, quando a piora chega em São Paulo, ela se espalha mais facilmente para outros lugares”, conclui.

Colégio da PM suspende aulas presenciais nos ensinos médio e fundamental II após casos positivos de Covid-19

  • Informações do G1/BA
  • 29 Ago 2021
  • 10:34h

(Foto: Correio)

A unidade do Colégio da Polícia Militar (PM) que fica na Avenida Dendezeiros, em Salvador, teve as aulas presenciais suspensas nos ensinos médio e fundamental II, após estudantes testarem positivos para a Covid-19.

De acordo com a instituição, as duas alunas estão assintomáticas. A suspensão será por 14 dias, contando a partir da sexta-feira (27). Nesse período, as aulas voltarão à modalidade remota.

As aulas presenciais do ensino fundamental I seguem normalmente. Segundo o CPM, as atividades foram mantidas porque esses estudantes não tiveram contato com as alunas infectadas.

Se a Moda Pega: Vestido de 'capeta' prefeito de Jacobina inaugura unidade de saúde no município

  • Redação
  • 29 Ago 2021
  • 09:30h

Foto: Reprodução/Jacobina Notícias

O prefeito da cidade de Jacobina, no território Piemonte da Diamantina, Tiago Dias (PCdoB) escolheu um traje peculiar para inaugurar uma unidade de saúde no distrito Caatinga do Moura, naquela cidade. 

Ele utilizou pintura facial semelhante a utilizada pelo “Cãos”, tradicional grupo popular que participa da micareta local desde 1940. A entrega do equipamento ocorreu na noite de sexta-feira (27).

As caracterizações do prefeito já são conhecidas. Em outra inauguração semelhante, o gestor optou por uma traje de médico. Já na ocasião de sua posse, em janeiro deste 2021, ele apareceu montado em um boi e vestido com gibão de couro.

'Não desejo provocar rupturas, mas tudo tem limite', diz Bolsonaro em nova ameaça

  • Mateus Vargas e Larissa Garcia | Folhapress
  • 29 Ago 2021
  • 09:20h

(Foto: Reprodução)

Em novo episódio da crise institucional provocada por ele mesmo, o presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (28), durante um culto em Goiânia, que não deseja dar golpe ou causar ruptura, mas que "tudo tem limite".

"Temos um presidente que não deseja nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossa vida. Não podemos continuar convivendo com isso", disse o presidente durante evento na Assembleia de Deus.

Bolsonaro ainda projetou três alternativas para seu futuro: "Estar preso, ser morto ou a vitória". O presidente estimulou que lideranças evangélicas participem de atos pró-governo marcados para o feriado de 7 de Setembro.

Antes, ele criticava ações do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que atingiram bolsonaristas.

"Sei que a grande, grande maioria dos líderes evangélicos vão participar desse movimento de 7 de Setembro. E assim tem de fazê-lo. Está garantido em nossa Constituição. Espero que não queiram tomar medidas para conter esse movimento", disse Bolsonaro.

O presidente tem feito declarações golpistas e sugerido que as eleições de 2022 podem não ocorrer caso seja mantido o sistema de votação com as urnas eletrônicas --a PEC do voto impresso foi derrotada na Câmara.

Bolsonaro também disse aos apoiadores, no culto, que não há chance de ser preso. "Nenhum homem aqui na terra vai me amedrontar". "Vivo? Dependo de Deus. Uma vitória, ao lado de vocês", afirmou.

Em outro trecho de seu discurso, o presidente disse que não quer dar um golpe. "Eu já sou presidente. Vou querer dar um golpe em mim mesmo?"

A escalada do discurso autoritário provocou desgaste institucional e ocorre também em meio às crises sanitária da Covid-19 (que, apesar da redução de mortes e casos, ainda preocupa especialistas devido ao avanço da variante delta) e econômica (com temor de crescimento medíocre e inflação em alta).

O presidente ainda tem convocado a população para atos pró-governo no feriado de 7 de Setembro. Ele chegou a citar no último dia 4 a hipótese de "antídoto" fora das "quatro linhas da Constituição".

Nesta sexta-feira (27), Bolsonaro estimulou a população a se armar e fez comparação entre compra do fuzil e do feijão, no momento em que o governo federal é criticado pela alta dos preços de alimentos. "Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado", disse a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

"Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz 'ah, tem que comprar feijão'. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar."

Mais cedo neste sábado, Bolsonaro respondeu comentários em rede social afirmando que fuzil garante liberdade para trabalhar e se alimentar.

"Garante a sua liberdade para você trabalhar e se alimentar. Sem ela, você poderá depender de migalhas do Estado", escreveu a um internauta que postou uma foto de um fuzil no prato com a frase "não alimenta".

Bolsonaro também rebateu um perfil que tem a hashtag #fiqueemcasa na foto de capa. "No mais, fique em casa que a economia a gente vê depois. Dessa forma, quem vai plantar feijão para você comer?", disse em comentário.

Outro internauta reclamou da inflação e pediu a demissão do ministro da Economia, Paulo Guedes. O presidente replicou com "fica em casa que a Economia a gente vê depois".

A agenda de Bolsonaro em Goiânia começou nesta sexta. Ele participou de evento militar e, em horário de expediente, de nova motociata.

Os principais alvos das críticas de Bolsonaro são os ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

As Forças Armadas estão no centro da crise institucional. Bolsonaro promoveu no último dia 10 um desfile de blindados em frente ao Palácio do Planalto horas antes de a Câmara rejeitar proposta de voto impresso, ato lido como tentativa de intimidar o Congresso.

Além disso, o ministro da Defesa, Braga Netto, defendeu a discussão sobre a mudança no sistema de votação, ampliando a crise.

Não é de hoje que o presidente flerta com o golpismo ou faz declarações contrárias à democracia. Como governante, ele mantém este tipo de discurso.

"Alguns acham que eu posso fazer tudo. Se tudo tivesse que depender de mim, não seria este o regime que nós estaríamos vivendo. E apesar de tudo eu represento a democracia no Brasil", afirmou em uma formatura de cadetes em fevereiro deste ano.

Em 2020, Bolsonaro participou de manifestações que defendiam a intervenção militar. No passado, em uma entrevista em 1999 quando ainda era deputado, Bolsonaro disse expressamente que, se fosse presidente, fecharia o Congresso.

Hoje, por um lado, há incerteza quanto a se Bolsonaro teria ou não apoio suficiente para ser bem-sucedido em eventual tentativa de se manter no poder ao arrepio da lei.

Por outro lado, torna-se cada vez mais próxima da unanimidade a avaliação de que é preciso levar a sério o risco de que, em um cenário desfavorável, ele saia da retórica e chegue às vias de fato.

O presidente usa e abusa de retórica golpista como forma de manter o fantasma vivo, e se apresenta como um corpo único com os militares. A realidade é bem mais complexa.

Não há pilares para um golpe clássico, como alinhamento entre as três Forças e parte significativa da sociedade civil, seja para tirar Bolsonaro, seja para transformá-lo num ditador. Há uma compreensão clara de que isso não seria digerido pelas elites, pela população e no exterior.Bolsonaro claramente sonha com isso, e um roteiro de ruptura foi desenhado por seu ídolo Donald Trump, que viu hordas de apoiadores invadirem o Congresso para tentar impedir a validação da eleição de Joe Biden em 6 de janeiro.

Toda a defesa de que eleição sem voto impresso é fraude busca criar um arcabouço para, na visão dos mais pessimistas, forçar uma situação de conflito nas ruas caso Bolsonaro derreta de vez e seja derrotado nas urnas em 2022.

Isso levaria a impasses, como a decretação de uso de força federal ou mesmo estado de defesa em alguns locais. Há dúvidas se Bolsonaro iria atender a pedidos de ajuda de governadores opositores, por exemplo, o que levaria a crise para o Judiciário.

Comandantes são unânimes em dizer, durante conversas reservadas, que não há espaço para golpismos, mas o fato é que não houve nenhum teste de realidade sobre isso para atestar tal comprometimento.