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Rússia reconhece Zelensky como líder da Ucrânia; conversa deve acontecer nesta quinta

  • Bahia Notícias
  • 03 Mar 2022
  • 08:01h

Ministro das Relações Exteriores da Rússia | Foto: Reprodução / YouTube

Uma nova reunião entre representantes da Ucrânia e Rússia para negociar um cessar-fogo no conflito entre os dois países deve acontecer nesta quinta-feira (3). O encontro que seria realizado na quarta (2) foi adiado de última hora (veja aqui).

 

Ainda na quarta, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta que a Rússia reconheceu o presidente Volodymyr Zelensky como líder da Ucrânia e saudou como um “passo positivo” o fato de Zelensky querer receber garantias de segurança.

 

“Nossos negociadores estão prontos para a segunda rodada de discussão dessas garantias com representantes ucranianos”, disse ele.

 

Zelensky disse em uma entrevista que a Rússia precisa interromper o bombardeio da Ucrânia antes que novas negociações possam ocorrer. Ele pediu garantias de segurança, mas da Otan e não da Rússia.

 

O oficial afirmou ainda que Moscou continua comprometida com a desmilitarização da Ucrânia e que deveria haver uma lista de armas específicas que nunca poderiam ser implantadas em território ucraniano.

 

“Tipos específicos de armas de ataque devem ser identificados que nunca serão implantados na Ucrânia e não serão criados”, disse Lavrov em entrevista à Al Jazeera, cujo texto foi publicado no site de seu ministério.

 

Com informações da CNN.

Assembleia-Geral da ONU aprova resolução contra a Rússia; Brasil vota a favor

  • por Rafael Balago | Folhapress
  • 02 Mar 2022
  • 18:17h

Foto: Reprodução / Youtube / CNN

A Assembleia-Geral da ONU aprovou nesta quarta-feira (2) uma resolução condenando a invasão da Ucrânia pela Rússia, por 141 votos a favor, 5 contra e 35 abstenções.
 

A resolução foi proposta conjuntamente por 95 dos 193 países do colegiado. O Brasil não se juntou ao grupo dos proponentes, mas votou a favor da proposta.
 

O documento condena a invasão da Ucrânia pela Rússia, reafirma que nenhuma aquisição de território por ameaça ou uso da força deve ser reconhecida como legal e expressa grave preocupação com os relatos de ataques a civis.
 

A resolução também reafirma a independência da Ucrânia e sua integridade territorial, deplora nos termos mais fortes a agressão da Rússia contra o país vizinho e demanda que Moscou retire suas forças da Ucrânia imediatamente. E deplora o envolvimento de Belarus no conflito.
 

A Assembleia-Geral, no entanto, não pode aplicar medidas, como sanções ou envio de missões de paz. Só o Conselho de Segurança tem autoridade para tal. Essa instância das Nações Unidas é formada por 15 países, cinco dos quais com assentos permanentes e com poder de veto e outros dez em vagas rotativas —o Brasil atualmente ocupa uma posição temporária. Como a Rússia é membro fixo do órgão, pode barrar medidas contra si mesma.
 

Assim, a resolução tem como principal função deixar claro como os demais países veem as ações da Rússia e mostrar seu isolamento internacional, bem maior do que em casos anteriores.
 

Em 2014, a Assembleia-Geral também aprovou uma resolução condenando a anexação da Crimeia, até então parte da Ucrânia, pela Rússia. Naquele ano, 100 países apoiaram a medida, 11 foram contra e 58 se abstiveram.
 

A resolução atual foi aprovada em uma reunião emergencial da Assembleia-Geral, a 11ª convocada desde a criação da ONU, em 1945. O encontro começou na segunda (28) e teve discursos de mais de 120 representantes.
 

Em um último apelo antes da votação, Sergei Kislitsia, representante da Ucrânia na ONU, voltou a comparar as ações da Rússia com as da Alemanha nazista. "Eles [soldados russos] vieram resolver o que chamam de 'problema ucraniano'. Há mais de 80 anos, outro ditador tentou resolver de forma final o 'problema' de outro povo. Ele falou quando o mundo respondeu de forma unida", disse Kislitsia.
 

Ao pedir voto contra a resolução, o representante russo disse que a maioria dos países sofrem pressão de potências do Ocidente para se posicionar contra a Rússia, e voltou a acusar o governo ucraniano de usar civis como escudo e de perseguir a própria população.
 

"Votar contra a resolução é votar por uma Ucrânia livre do radicalismo e do neonazismo", disse o embaixador russo Vasili Nebenzia.
 

Em discurso na segunda (28), o representante do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, condenou a invasão e criticou o envio de mais armas para a Ucrânia. "Nos últimos anos, temos visto uma deterioração progressiva da situação de segurança e do balanço de poder na Europa Oriental. O enfraquecimento dos Acordos de Minsk por todas as partes e o descrédito das preocupações com a segurança vocalizadas pela Rússia prepararam o terreno para a crise que estamos vendo. Deixe-me ser claro, no entanto: esta situação não justifica o uso da força contra o território de um Estado membro."
 

"Convocamos os atores envolvidos para reavaliarem suas decisões em relação ao suprimento de armas, ao uso de ataques digitais e à aplicação de sanções seletivas, incluindo na importante área de segurança alimentar. Precisamos de soluções construtivas, não de ações que vão prolongar hostilidades e espalhar o conflito, com efeitos na economia e na segurança mundial", afirmou.
 

Na ocasião, Costa Filho pediu que os órgãos das Nações Unidas trabalhem conjuntamente em busca de soluções, pois a crise pode ter impacto muito mais amplo se não for contida. "Estamos sob uma rápida escalada de tensões que pode colocar toda a humanidade em risco. Mas ainda temos tempo para parar isso."
 

China liga para a Ucrânia e promete esforços para resolver guerra por meio da diplomacia

  • por Folhapress
  • 01 Mar 2022
  • 15:08h

Foto: Governo da China

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, ligou para o chanceler da Ucrânia nesta terça-feira (1º), na primeira conversa entre os dois países desde que a Rússia deu início à guerra na última semana -Pequim é aliada de Moscou e se absteve de condenar a invasão nos fóruns da ONU.
 

Em comunicado, o governo ucraniano afirmou que o chanceler Dmitro Kuleba pediu aos chineses que usem os laços com o governo russo para tentar acabar com a guerra. Kiev disse que ouviu do ministro chinês a promessa de que o país fará "todos os esforços" para resolver o conflito por meio da diplomacia.
 

Wang voltou a pedir por uma solução para a crise por meio de negociações, dizendo que apoia os esforços internacionais para que possam alcançar uma resolução política, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês em comunicado.
 

Em janeiro, o líder chinês Xi Jinping celebrou 30 anos de laços com a Ucrânia, saudando o "aprofundamento da confiança política mútua" entre eles. China e Ucrânia têm fortes laços econômicos e o país faz parte da Nova Rota da Seda.
 

Ao mesmo tempo, Pequim tem rechaçado as sanções econômicas impostas a Moscou -a Rússia aposta no comércio com a China para reduzir o impacto das medidas econômicas impostas pelo Ocidente.
 

A China começou a retirar seus cidadãos da Ucrânia, segundo o Global Times, jornal ligado ao Partido Comunista Chinês. A primeira leva de chineses retirados do país inclui 200 estudantes que vivem na capital, Kiev, e 400 em Odessa, no sul do país. Eles saíram em um ônibus escoltado em direção a Moldova. De acordo com o jornal, outros mil chineses devem ser evacuados nesta terça (1º) pelas fronteiras com a Eslováquia e a Polônia. Ao todo, 6.000 chineses se registraram na embaixada para serem retirados do país.
 

Na última semana, o dirigente chinês, Xi Jinping, telefonou ao presidente russo, Vladimir Putin, e, segundo o que foi divulgado, afirmou que "a China apoia a Rússia e a Ucrânia para que elas resolvam os problemas por meio de negociações".

Reino Unido fecha portos para navios russos

  • por Folhapress
  • 01 Mar 2022
  • 08:07h

O governo britânico determinou que navios com bandeira russa, fretados ou de propriedade de russos, serão impedidos de entrar nos portos do Reino Unido em reação à invasão da Ucrânia. O anúncio foi feito por Grant Shapps, ministro dos Transportes, nesta segunda-feira (28).

"Escrevi para todos os portos britânicos pedindo que não deem acesso a nenhum navio de bandeira russa, registrado, de propriedade, controlado, fretado ou operado", disse Shapps no Twitter, especificando que uma legislação será elaborada para formalizar a proibição.

A União Europeia havia anunciado no domingo (27) o fechamento de seu espaço aéreo para aeronaves russas, incluindo jatos particulares, para pressionar o presidente Vladimir Putin a encerrar a guerra contra a Ucrânia. Em retaliação, a Rússia proibiu voos de companhias aéreas de 36 países, incluindo Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e Canadá.

Google suspende monetização da imprensa estatal russa em suas plataformas

  • por Folhapress
  • 28 Fev 2022
  • 12:17h

Foto: Reprodução Bahia Notícias

O Google anunciou neste domingo (27) que decidiu suspender a monetização da imprensa estatal russa em suas plataformas como represália à invasão na Ucrânia. O anúncio foi feito horas depois do YouTube comunicar a mesma retaliação.
 

"Nossas equipes começaram a suspender a possibilidade de canais gerarem receita no YouTube, incluindo os da RT [Russia Today, do Kremlin]", disse um porta-voz do YouTube segundo a agência de notícias AFP. Criada em 2005, a RT é acusada pelas autoridades ocidentais de contribuir para a desinformação.
 

Na Ucrânia, o Google proibiu downloads do aplicativo da RT a pedido do governo em Kiev.
 

Decisão semelhante foi tomada pela Alemanha, que proibiu a RT em seu país no início de fevereiro, o que levou a Rússia a fechar o escritório da rede alemã Deutsche Welle em Moscou.
 

Neste domingo, a Roskomnadzor, agência reguladora de comunicações de Putin, informou que escreveu para o Google solicitando a restauração do acesso aos canais da mídia russa na Ucrânia.
 

Na sexta, o Facebook informou que restringirá atividades da mídia estatal russa, que também não poderá fazer publicidade, nem gerar receita em sua plataforma. Moscou acusa a plataforma de censura.

Mais de 5 mil manifestantes contra a guerra já foram detidos na Rússia; país proíbe atos

  • Bahia Notícias
  • 28 Fev 2022
  • 08:03h

Foto: Reprodução / Youtube

Uma grande quantidade de manifestantes contrários à invasão militar da Ucrânia pela Rússia voltaram às ruas em várias cidades russas, hoje (28), para protestar contra a ação coordenada pelo presidente russo Vladimir Putin. No país, as manifestações são proibidas. 

De acordo com a organização não-governamental OVD-Info, as forças policiais russas voltaram a reprimir os atos, “detendo cidadãos de forma arbitrária”. De acordo com a entidade, já passa de 5.000 o número de pessoas detidas em toda a Rússia, desde quinta-feira (24), por protestar contra a guerra.

Conforme divulgou a Agência Brasil, até às 14 horas deste domingo (27), a  OVD-Info ainda não tinha concluído seu balanço das prisões efetuadas neste domingo, mas já contabilizava cerca de 900 detenções. A ONG vem divulgando, diariamente, em seu site, relações com os nomes dos manifestantes detidos por protestar contra a invasão da Ucrânia.

Na última quinta-feira (25), quando Putin declarou guerra à Ucrânia e as forças militares russas iniciaram o ataque ao país vizinho, o Ministério de Assuntos Internos da Rússia divulgou um comunicado informando que havia recebido informações sobre a realização de “eventos públicos não autorizados” em várias partes do país.

“O Ministério de Assuntos Internos da Rússia declara que quaisquer ações provocativas, agressões contra policiais, descumprimento de seus requisitos legais serão imediatamente suprimidas. As pessoas que cometerem tais crimes serão detidas e processadas”, disse o ministério, pedindo que os cidadãos russos se abstivessem de participar dos protestos. “Não sucumba a pedidos de ações ilegais, avise seus parentes e amigos menores de idade contra a participação em eventos não autorizados e não comprometa sua segurança".

Brasileiros enfrentam frio e horas a pé para fugir da Ucrânia

  • por Flávia Mantovani | Folhapress
  • 27 Fev 2022
  • 12:33h

Foto: Umit Bektas / Reuters

"Estamos há 15 quilômetros caminhando, faltam mais 15 para chegar até a fronteira", diz a brasileira Vitória Magalhães, que se reveza com o marido e um amigo para levar no colo o filho de três anos, Benjamin, e as bagagens.
 

Casada com Juninho Reis, jogador de futebol do time ucraniano Zorya Luhansk, ela postou nas redes sociais neste sábado (26) vídeos de sua tentativa de fuga do país em guerra. "Ainda faltam quatro horas de caminhada. A gente achava que eram 30 km, mas são mais. Não tem onde parar, não tem abrigo, não tem ajuda. O frio está bem intenso, se parar é pior, a gente não tem coberta. Vamos continuar."
 

Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, na quinta-feira (24), Juninho e outros jogadores publicaram um vídeo que viralizou, pedindo ajuda para sair da cidade de Zaporizhzhya, onde moravam.
 

A última notícia que eles publicaram, no sábado à tarde no Brasil (noite na Ucrânia), foi de um café onde pararam para descansar, que fecharia às 22h. "Não temos para onde ir ainda, faltam três horas de caminhada, o frio está intenso, meu filho chora de frio, não sabemos o que fazer. Eu imploro por ajuda", escreveu Vitória.

Em outro vídeo postado nas redes sociais, o atacante Lucas Rangel, do Vorskla Poltava, também pediu ajuda neste sábado, na fronteira com a Polônia. "Paramos para comer alguma coisa. É a nossa primeira refeição do dia e aqui já são 17h15, depois de uma longa caminhada. Estamos com uma dificuldade muito grande para passar para o outro lado", disse Rangel. "Hoje de manhã fez menos 11ºC e não temos onde nos abrigar."
 

Surpreendidos pelos ataques russos por terra, mar e ar a várias regiões da Ucrânia e pelo confronto armado inclusive nas ruas da capital, Kiev, dezenas de milhares de civis deixaram suas casas às pressas e se deslocaram em direção às fronteiras, buscando segurança em outros países -especialmente a Polônia e a Romênia, membros tanto da União Europeia e da Otan, a aliança militar Ocidental.
 

Segundo a ONU e a Comissão Europeia, entre 100 mil e 120 mil pessoas se deslocaram na Ucrânia somente no primeiro dia da guerra, e ao menos 50 mil fugiram do país. Dependendo de como evoluir o conflito, estima-se que o êxodo possa chegar a 5 milhões.
 

Com o espaço aéreo fechado, a saída por terra é a única possibilidade. Mas no cenário de guerra, encontrar transporte é um desafio: faltam veículos, combustível, o toque de recolher dificulta o acesso aos trens e ônibus. Há relatos de que empresas de transporte privilegiam os ucranianos e se recusam a levar estrangeiros, e há quem precise percorrer longos trechos a pé.
 

Ao chegar à fronteira, começa outro périplo. Vídeos mostram filas quilométricas de carros e milhares de pessoas aglomeradas em frente a portões. Uma tabela compartilhada em grupos de ajuda a refugiados aponta uma espera de até 75 horas em alguns checkpoints da Polônia.
 

Com isso, a embaixada do Brasil na Ucrânia orientou os brasileiros que estiverem próximos à fronteira a procurarem abrigos temporários enquanto a situação nos postos de passagem se estabiliza.
 

"Há inúmeros relatos de enormes aglomerações, atrasos que chegam a durar dias, comportamento agressivo, falta de hospedagem e necessidades básicas", diz o comunicado, que também diz que os diplomatas estão "fazendo o possível para contatar as autoridades ucranianas", mas que o conflito dificulta a operação.
 

Governo brasileiro diz que enviará aviões O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste sábado que a embaixada já embarcou cerca de 40 brasileiros de trem para a cidade de Chernivtsi, próxima à fronteira com a Romênia. Segundo ele, o governo providenciará meios de transporte, como aviões comerciais ou da FAB, para o retorno ao Brasil.
 

Com tropas russas atacando Kiev, a cidade decretou toque de recolher até as 8h de segunda-feira. Os brasileiros que estão na capital são orientados pelo Itamaraty a se manterem abrigados em estações de metrô ou bunkers no subsolo e a não saírem às ruas em nenhuma hipótese. Eles receberam comunicados como este: "IMPORTANTE! As autoridades de Kiev alertam para ataques aéreos e pedem para as pessoas se abrigarem e atentarem para as sirenes".
 

Desde a sexta-feira, a embaixada tem informado sobre a saída de alguns trens até cidades próximas à fronteira, mas deixa claro que a avaliação de riscos cabe a cada um, já que a situação de segurança é instável.
 

Hospedados em um hotel na capital com suas famílias, um grupo de jogadores brasileiros da primeira divisão ucraniana partiu neste sábado (26) em um comboio de carros, identificados com bandeiras do Brasil, para embarcar em um trem para a Romênia.
 

Parte do deslocamento foi gravado e postado ao vivo por Maria Souza, mulher do zagueiro Marlon, jogador do Shakhtar Donetsk. Chorando, ela descreveu a situação como muito assustadora.
 

"Vai dar tudo certo. Agora estamos com três crianças e vou ter que desligar. Orem bastante pela gente. Nos vemos no Brasil, se Deus quiser", disse.
 

Aparentemente o grupo embarcou, pois o meio-campista Marcos Antônio, também do Shakhtar, publicou foto dentro de um trem ao lado de outros jogadores.
 

Grupo de jogadores brasileiros em trem que liga Kiev à fronteira com a Romênia Reprodução/Facebook **** A embaixada do Brasil na Romênia anunciou que levaria um ônibus até a fronteira para levar os brasileiros vindos da Ucrânia para Bucareste.
 

Na Polônia, o governo anunciou pontos de acolhimento para os refugiados, com estrutura para que os refugiados possam dormir, comer e receber assistência médica -um acolhimento que contrasta com o que foi dispensado a fluxos migratórios anteriores, formados por refugiados do Oriente Médio e do Afeganistão. "Quem estiver fugindo de bombas, das armas russas, pode contar com o apoio do governo polonês", declarou Mariusz Kaminski, ministro do Interior.
 

Segundo a descrição do jornal The New York Times, policiais poloneses distribuíam frutas, donuts e sanduíches aos ucranianos recém-chegados.
 

Brasileiros na Europa oferecem carona e hospedagem a refugiados No lado polonês da fronteira, centenas de voluntários levam doações e oferecem carona aos refugiados. Entre eles, a empresária brasileira Clara Magalhães, 31, que foi de carro da Alemanha, onde mora, até a cidade de Medyka.
 

Ela criou a Frente BrazUcra, grupo no Telegram para ajudar brasileiros e outros latino-americanos que querem deixar a Ucrânia com informações, ofertas de hospedagem gratuita e outros auxílios.
 

O ritmo das postagens é frenético. São mensagens como estas: "Fronteira com a Romênia, alguém? Tem brasileiros no trem com crianças, estão a caminho"; "Precisamos de ajuda. Meus sogros estão em Lviv e não falam nem inglês nem ucraniano"; "A mãe da minha namorada está morrendo de frio. Preciso de ajuda, por favor"; "Cinco pessoas vão descer do trem e não sabem como vão chegar à fronteira. Estão com um bebê".
 

Um documento compartilhado traz listas de trens que saem de Kiev, checkpoints na fronteira e pontos de ataques recentes, além de rotas seguras e aquelas a serem evitadas. O grupo criou uma vaquinha online para ajudar nos gastos.
 

A psicanalista Mary de Jesus, que mora na Polônia, é responsável por conectar refugiados que precisam de ajuda com as que têm algo para oferecer no país. Ela diz que uma das dificuldades é que as informações sobre a fronteira mudam o tempo todo.
 

"Tem hora que só deixam entrar pessoas a pé se tiverem alguém esperando-as do outro lado para dar carona, por exemplo. Por isso, temos uns cinco ou seis voluntários dirigindo até cada um dos pontos de entrada", relata.
 

O Itamaraty respondeu à Folha que "presta toda a assistência cabível" aos cidadãos na Ucrânia e que cerca de 250 brasileiros se cadastraram até agora no formulário de registro da embaixada.
 

Segundo a nota, as embaixadas em Kiev e em Bucareste coordenam a operação de retirada dos brasileiros via Romênia e têm contato direto com o chefe da estação central de trens de Kiev, com autoridades locais em Chernivtsi e autoridades migratórias romenas. O ministério não informou se auxilia na saída pela Polônia.

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Embaixada do Brasil em Kiev mobiliza trem para retirada de brasileiros

  • Bahia Notícias
  • 26 Fev 2022
  • 12:29h

Foto: Redes Sociais / Embaixada Brasileira em Kiev

A Embaixada do Brasil na Ucrânia anunciou, na tarde desta sexta-feira (25), que foi disponibilizado um trem para que os brasileiros que permaneceram em Kiev pudessem deixar o país através da fronteira com a Romênia.

 

Esta é a primeira opção viabilizada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) para a retirada de compatriotas do território ucraniano, que está sendo atacado por tropas russas desde a madrugada desta quinta-feira (24).

 

"Caso considerem que a situação de segurança em suas localidades o permita, cidadãos brasileiros e latino-americanos registrados junto à Embaixada poderão dirigir-se à estação. Não é necessário comprar bilhetes. A chefia da estação está avisada do assunto, e buscará atender os cidadãos brasileiros e latino-americanos. Sugere-se que os interessados cheguem com antecedência", informou o serviço consular brasileiro, em uma publicação no Facebook. 

 

Segundo a representação em Kiev, não era possível garantir a partida ou lugares suficientes, devido a instabilidade na segurança e na disponibilidade de transporte. A prioridade de embarque foi para mulheres, crianças e idosos. 

 

"Os cidadãos que decidirem escolher essa viagem o farão por conta e risco próprio. A embaixada terá condições mínimas de prestar ajuda durante o trajeto até a fronteira com a Romênia, embora esteja sendo negociada a possibilidade de que o Conselho Regional de Chernivtsi ofereça transporte até a fronteira", alertou a embaixada", alertou um trecho do comunicado que anunciou o trem. 

 

Os passageiros do trem que partiu de Kiev foram orientados a levarem apenas o essencial. A estimativa do Itamaraty é de que 500 pessoas façam parte da comunidade brasileira na Ucrânia. 

 

As autoridades romenas foram infrormadas sobre os nomes e números de documento de todos aqueles que embarcaram no trem, para que os trâmites de ingresso no país fossem acelerados. As informações são da Agência Brasil.

'Quem interferir levará a consequências nunca antes experimentadas', diz Putin

  • Bahia Notícias
  • 24 Fev 2022
  • 14:48h

Foto: Reprodução / TV Globo

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um pronunciamento ao anunciar o início da operação no leste da Ucrânia na noite desta quarta-feira (23) (leia mais aqui). O gestor disse que "todas as decisões já foram tomadas e que os russos precisam se preparar para mudanças nos próximos dias".

 

O presidente também alertou para que nenhum outro país interfira na ação russa na região separatista da Ucrânia. “Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, disse.

 

Há relatos de explosões em várias cidades. Equipes da TV CNN as ouviram ao longe na capital Kiev e em Kharkiv, importante centro no leste do país. Sirenes antiaéreas começaram a soar na capital às 7h06 locais (2h06 em Brasília). Segundo disse por telefone um morador de Rostov-do-Don à Folha, Mariupol está sob fogo também.

China diz que EUA 'colocam lenha na fogueira' da crise entre Rússia e Ucrânia

  • por Folhapress
  • 23 Fev 2022
  • 16:29h

Foto: Agência de Imprensa do Kremlin / Agência Anadolu

Protagonista de uma aliança cada vez mais estreita com os russos, a China criticou nesta quarta-feira (23) os Estados Unidos pelo que descreveu como um comportamento de "jogar lenha na fogueira" da crise acesa no Leste Europeu, em torno das fronteiras ucranianas.
 

O comentário, feito por uma porta-voz da chancelaria chinesa, vem um dia após o governo de Joe Biden anunciar novas sanções contra Moscou devido ao reconhecimento de duas autoproclamadas repúblicas separatistas russas do leste da Ucrânia. Há mais de um mês, Washington alardeia que uma invasão do país seria iminente.
 

"Os Estados Unidos não deixaram de vender armas para a Ucrânia, aumentando a tensão e criando pânico", disse Hua Chunying a repórteres locais. "Alguém que joga lenha na fogueira e acusa os outros assume uma postura imoral e irresponsável."
 

Questionada sobre a possibilidade de a China impor sanções aos russos como retaliação ao avanço pelo território ucraniano, assim como o fizeram não apenas os EUA, mas também países europeus, Japão e Austrália, descartou quaisquer chances. "[Sanções] nunca foram uma forma eficaz de resolução de conflitos", declarou.
 

As falas sobem um pouco o tom da diplomacia chinesa em relação ao conflito. Pequim havia emitido um comunicado discreto pedindo contenção a todos os envolvidos na confusão. Quando o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu na última segunda (21), a representação chinesa limitou-se a dizer que Pequim acolhe e encoraja todos os esforços para uma solução diplomática da crise.
 

Já nesta terça (22), durante entrevista coletiva, outro porta-voz da chancelaria disse que a China estava monitorando de perto a evolução da situação na Ucrânia e que a posição do país é de respeito às preocupações de segurança de qualquer nação. "A situação na Ucrânia está piorando, e a China, mais uma vez, pede a todas as partes que exerçam a moderação e resolvam as diferenças com diálogo."
 

Wang Wenbin, o porta-voz da ocasião, disse ainda que o conflito na região está diretamente relacionado ao atraso para a implementação efetiva do acordo de Minsk 2, de 2015, que apresentou uma fórmula projetada para reintegrar à Ucrânia as regiões separatistas apoiadas pela Rússia.

Presidente da Macedônia do Norte leva à escola menina com Down vítima de bullying

  • Bahia Notícias
  • 14 Fev 2022
  • 09:27h

Foto: Divulgação / Presidência da Macedônia do Norte

O presidente da Macedônia do Norte, Stevo Pendarovski, acompanhou à escola uma menina de 11 anos chamada Embla Ademi, que tem síndrome de Down e foi vítima de bullying de colegas. Pais de alunos chegaram a organizar um boicote para que a garota não estudasse mais no local. As informações são do portal G1.

"O preconceito não deve ser um obstáculo para criar uma sociedade igualitária e justa para todos. Empatia é nossa obrigação moral", disse Pendarovski em uma rede social.

Na postagem, que acompanhou fotos do líder macedônio acompanhando a garota de volta às aulas, ele disse que o comportamento dos que colocam em risco os direitos das crianças "é inaceitável".

“Não só essas crianças devem usufruir de todos os seus direitos, como devem sentir-se iguais e bem-vindas nas salas de aula e nos recreios", afirmou o presidente.

Por causa do bullying e da pressão dos outros pais da escola, Ademi chegou a ser colocada em uma sala separada dos demais alunos, deixando de frequentar as aulas regulares.

"Essa é a nossa obrigação, enquanto Estado mas também enquanto indivíduos, e a empatia é o elemento-chave desta missão comum”, reforçou o mandatário.

Em um comunicado, o gabinete da Presidência afirmou que Pendarovski também conversou com os pais de Ademi "sobre os desafios que ela e a família enfrentam diariamente".

A síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição inerente à pessoa, causada pela presença de 3 cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo.

Caso da cocaína adulterada expõe agravamento do narcotráfico na Argentina

  • por Sylvia Colombo | Folhapress
  • 13 Fev 2022
  • 11:04h

Foto: Secretaria de Segurança de Buenos Aires

Quando se ouve falar de assassinos de aluguel matando juízes e promotores no meio da rua, chefões do narcotráfico que vivem como reis cercados de seguranças e cartéis disputando rotas por meio de massacres e tiroteios que, por vezes, vitimam inocentes, em geral associa-se essas imagens à Colômbia, ao México e mesmo ao Brasil.
 

Mas um trágico exemplo deixou evidente que o narcotráfico também se misturou com força na sociedade da Argentina. Trata-se do episódio em que a venda de cocaína adulterada na periferia de Buenos Aires, no começo do mês, matou 24 pessoas e provocou ao menos uma centena de internações.
 

Estudos revelaram que a droga vendida em um "bunker" --assim são chamados os pontos de venda nos bairros mais pobres que cercam a capital-- estava contaminada com carfentanil, um tipo de opioide 10 mil vezes mais potente que a morfina usado como sedativo veterinário em animais de grande porte, como elefantes e rinocerontes.

Vendidas a preços baixos em um "bunker" em Hurlingham, cidade na região metropolitana de Buenos Aires, as doses de cocaína adulterada foram o gatilho de uma crise que levou as autoridades locais a pedir, em tom de urgência, que quem tivesse comprado a droga a descartasse imediatamente.
 

A polícia trabalha com algumas teorias na investigação do caso. Uma delas é a de que o episódio foi uma espécie de demarcação de território por meio de um envenenamento proposital --com as mortes servindo de alerta de um cartel a outro para mostrar a quem "pertence" aquela região.
 

Outra tese, defendida pelo ministro de Segurança de Buenos Aires, Sergio Berni, é a de que os responsáveis pela contaminação estariam tentando fabricar uma droga ainda mais potente, mas que "perderam a mão" durante o processo.
 

O fato de que várias das pessoas que foram hospitalizadas após consumirem cocaína com carfentanil tenham voltado a usar a mesma droga dá a dimensão do problema da dependência química nas periferias argentinas.
 

"O que ocorreu em Hurlingham oferece várias interpretações. Em primeiro lugar, não podemos ficar com a ideia de que isso está ocorrendo apenas em bairros vulneráveis. A tragédia aconteceu aí porque é o ponto fraco da cadeia, onde se fazem experimentos, onde há brigas de cartéis e onde há um grande mercado de pessoas pobres e vulneráveis que acabam sendo as primeiras vítimas", avalia Carlos Damín, diretor da seção de toxicologia da faculdade de medicina da Universidade de Buenos Aires.
 

Em entrevista à reportagem, o especialista afirma que uma análise estatística do cenário argentino permite inferir que está havendo uma mudança nos hábitos de consumo, caracterizada principalmente pela diminuição da média de idade dos que consomem álcool e outras drogas.
 

Segundo o Observatório Argentino de Drogas, de 2010 a 2017, houve diminuição do consumo de crack --chamado localmente de "paco"-- e aumento do uso de cocaína, anfetamina e ecstasy. "A Argentina não é um grande produtor dessas drogas. Daqui se usam as rotas e os portos, e há estabelecimentos clandestinos para finalizar a produção de muitas delas. Mas, sim, somos um grande país consumidor", observa Damín.
 

A Argentina é o terceiro país que mais consome cocaína nas Américas, atrás apenas de Estados Unidos e Brasil, segundo levantamento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês).
 

Para o professor, a chegada dos opioides à Argentina, evidenciada no caso de Hurlingham, é motivo de alerta. "Não éramos um país consumidor de opioides. Será um problema muito sério se passamos a ser e não existirem políticas [públicas] que acompanhem [essa tendência]", diz.
 

Gustavo Zbuczynski, da Associação de Redução de Danos da Argentina, aponta que a falha da resposta do país às drogas começa em questões orçamentárias. "Mais de 90% dos recursos para esse tema vão para armamento e combate bélico ao problema, e só 10% para prevenção e contenção de danos. O que se gasta com estratégias como a 'guerra ao narcotráfico' dos EUA e do México, que faliram, é um absurdo."
 

Já que o lugar é de trânsito e de consumo, mais do que de produção, o controle das rotas do narcotráfico tem sido a preocupação de diferentes governos. Os resultados estão aquém do esperado quando se observa, por exemplo, o caso de Rosário, principal porto de saída das drogas ilícitas.
 

As substâncias chegam à cidade a partir de origens diversas, mas, principalmente, da Bolívia e do Paraguai. Cruzam rotas pelo interior da Argentina até desembocarem nessa que sempre foi uma bela e pacata cidade portuária, construída no século 17, às margens do rio Paraná.
 

Conhecida por ser a terra natal de Ernesto Che Guevara e Lionel Messi, Rosário vive hoje um pesadelo. A cidade é palco de atuação do principal cartel de drogas da Argentina, conhecido como Los Monos. O grupo tem ramificações dentro das torcidas organizadas dos principais clubes locais de futebol, como o Rosario Central e o Newell's Old Boys.
 

Nas periferias da capital da província de Santa Fé, existem "bunkers" que vendem drogas à população local, mas a principal atividade do tráfico está relacionada ao embarque clandestino da droga por meio de vários pontos de acesso ao porto.
 

A cidade tem colecionado histórias de horror, como a de uma cerimônia de casamento entre dois fugitivos da Justiça por envolvimento com o tráfico de drogas. Durante a festa, em uma igreja famosa, assassinos de aluguel, possivelmente contratados por facções rivais, mataram três pessoas, entre elas um bebê de um ano.
 

A capital de Santa Fé vive, ainda, tiroteios diários --só neste ano foram mais de 50--, o que faz com que boa parte da população viva uma espécie de toque de recolher e deixe de sair de casa à noite. Enquanto a média nacional de homicídios da Argentina é de 5,3 para cada 100 mil habitantes, em Rosário o índice é de 16,4. No ano passado, ao menos 231 assassinatos estavam relacionados ao narcotráfico.
 

Para especialistas, há um problema de política sanitária e de segurança com relação ao tráfico de drogas na Argentina. "Temos de entender que precisamos de um sistema de saúde preparado para atender consumidores e deixar de ver de modo estigmatizado o consumo", afirma o neurologista Facundo Manes, deputado pelo partido União Cívica Radical. "Claro que se faz necessário redobrar esforços para conter o trânsito nas rotas e a venda da droga, mas isso precisa fazer parte de uma reforma integral."
 

Para a promotora Mónica Cuñarro, especializada em combate ao narcotráfico, ainda falta vontade política na Argentina para pensar em uma solução de longo prazo. Segundo ela, destruir ou fechar um ou uma centena de pontos de venda é uma solução temporária.
 

A questão traz ainda um recorte social. Nos "bunkers", estão consumidores e vendedores que formam a base da pirâmide do tráfico. Acima deles, e consequentemente menos acessíveis, estão grandes empresários, construtores e financiadores, diz Cuñarro.
 

"Se queremos atacar o narcotráfico, devemos de deixar de tratar tudo de forma midiática, eleitoreira, e enfrentar a questão de frente, seguir a rota do dinheiro. É muito fácil levar à cadeia um líder do tráfico de um bairro humilde, mas, por trás disso, sabemos que estão policiais, e até alguns juízes e promotores."

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Cocaína envenenada deixa pelo menos 20 mortos em Buenos Aires

  • Bahia Notícias
  • 04 Fev 2022
  • 12:24h

Foto: Secretaria de Saúde de Buenos Aires

O consumo de cocaína adulterada provocou a morte de pelo menos 20 pessoas e deixou 74 hospitalizadas na província de Buenos Aires, na Argentina, segundo autoridades locais.

Segundo o Metrópoles, os afetados vieram dos distritos de Hurlingham, Tres de Febrero e San Martín e foram levados para 10 hospitais diferentes. Em San Martín, a polícia identificou quatro das vítimas como Hernán Castro, de 45 anos, Martín López, 36, Dino Melgarejo, 33, e Fernando Yacante, que não teve a idade divulgada.

A mídia local reportou o ataque a um carro policial vazio na frente de um hospital em Hurlingham por pessoas relacionadas a uma das vítimas.

Investigações apontam que a droga foi misturada com algum tipo de veneno ou outra substância que impulsionou as mortes. Os usuários infectados compraram a substância na mesma área ocupada. Nove prisões já foram feitas, mas os agentes aguardam o resultado da autópsia para comparar as drogas apreendidas no local com as consumidas pelas vítimas.

O ministro da segurança regional disse, em comunicado, para que todos que tivessem comprado cocaína nas últimas 24h jogassem fora por risco de envenenamento.

Pandemia fez um novo bilionário a cada 26 horas, diz Oxfam

  • Bahia Notícias
  • 18 Jan 2022
  • 13:47h

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Enquanto a pandemia colocou na pobreza mais de 160 milhões de pessoas, um novo bilionário surgiu a cada 26 horas desde o início da crise humanitária, afirma a Oxfam Brasil, entidade que trabalha na busca de soluções para o problema da pobreza, desigualdade e injustiça.

A pesquisa apontou que os 10 homens mais ricos do mundo mais que dobraram suas fortunas, passando de US$ 700 bilhões para US$ 1,5 trilhão – a uma taxa de US$ 15 mil por segundo ou US$ 1,3 bilhão por dia – durante os dois primeiros anos da pandemia. Por outro lado, a renda de 99% da humanidade caiu e mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza, segundo a Agência Brasil. 

A diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia, afirmou que, se os 10 homens mais ricos do mundo perdessem 99,99% de sua riqueza, eles continuariam mais ricos do que 99% de todas as pessoas do planeta. “Eles têm hoje seis vezes mais riqueza do que os 3,1 bilhões mais pobres do mundo”, completou.

Segundo a entidade, no Brasil, há 55 bilionários com riqueza total de US$ 176 bilhões. Desde março de 2020, quando a pandemia foi declarada, o país ganhou 10 novos bilionários. O aumento da riqueza entre eles durante a pandemia foi de 30% (US$ 39,6 bilhões), enquanto 90% da população teve uma redução de renda de 0,2% entre 2019 e 2021. Os 20 maiores bilionários do país têm mais riqueza (US$ 121 bilhões) do que 128 milhões de brasileiros (60% da população).

Para Kátia, é inadmissível que alguns poucos brasileiros tenham lucrado tanto durante a pandemia, quando a esmagadora maioria da população ficou mais pobre. “Milhões de brasileiros sofreram com a perda de emprego e renda, enfrentando uma grave crise sanitária e econômica”.

Príncipe Andrew abre mão de cargos honorários após acusação de agressão sexual

  • Bahia Notícias
  • 14 Jan 2022
  • 09:28h

Palácio de Buckingham | Foto: Pixabay

O príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, renunciou aos seus títulos militares e abriu mão de seus cargos honorários nesta quinta-feira (13), de acordo com um comunicado da família real britânica.

“Com a aprovação e a concordância da Coroa, as afiliações militares e patrocínios reais do duque de York [príncipe Andrew] foram devolvidos à rainha”, diz o comunicado, publicado nas redes sociais do Palácio de Buckingham.

A renúncia aos títulos ocorre no momento em que Andrew está enfrentando uma acusação de agressão sexual nos Estados Unidos. Virginia Giuffre afirma que foi abusada sexualmente pelo duque de York em 2001, quando tinha apenas 17 anos de idade. O príncipe britânico nega.

“O duque de York continuará sem assumir quaisquer funções públicas e se defenderá neste caso como um cidadão comum”, finalizou o comunicado da família real britânica.