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Foto: Guilherme Schmidt/TRE-RS
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) começa na quinta-feira (13), a preparação das urnas eletrônicas que serão usadas no 2º turno das eleições. De acordo com o TRE, a primeira etapa será a geração de mídias.
Nas 100 primeiras zonas eleitorais do estado, as mídias serão geradas nesta quinta-feira, a partir das 9h. Da 101ª Zona Eleitoral em diante, a geração deverá ocorrer na sexta-feira (14).
Ainda segundo o órgão, as novas mídias deverão ser geradas, obrigatoriamente, na sede de cada zona eleitoral na capital e no interior. Com isso, está vedada a utilização das mídias do 1º turno.
As urnas também deverão permanecer com todos os lacres, com exceção daquele destinado ao compartimento de mídia de resultado, que deverá ser rompido para inserção da nova mídia relativa ao 2º turno e, novamente, lacrado. Ainda segundo o TRE-BA, durante o processo, a verificação dos Sistemas Eleitorais é obrigatória.
- por Uirá Machado | Folhapress
- 09 Out 2022
- 10:31h
Foto: SOPA Images / LightRocket via Gett
Combate ao crime e à corrupção, defesa da democracia, temas ligados à economia e proteção do ambiente lideram a lista de fatores considerados muito importantes para a decisão de voto para presidente no segundo turno, mostra pesquisa Datafolha.
De acordo com o levantamento, que é o primeiro realizado após a votação do último domingo (2), 85% dos entrevistados afirmam que o combate ao crime é muito importante na hora de definir o candidato. O mesmo percentual se reproduz em relação ao combate à corrupção.
Em patamar parecido estão assuntos da área econômica, como defesa dos direitos trabalhistas (83% consideram muito importante), redução do desemprego (82%) e combate à inflação (81%).
A defesa da democracia aparece como muito importante para 82% dos entrevistados, e a proteção do ambiente, para 81%.
Realizada de quarta-feira (5) a sexta (7), a pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos -o que significa que todos esses temas estão praticamente empatados em importância na lista exibida pelo Datafolha.
Logo a seguir, colado no primeiro bloco, está a defesa dos direitos de minorias, como mulheres, homossexuais, negros e pessoas com deficiência, indicada como muito importante por 79% dos entrevistados.
Mais abaixo nessa lista ficam a defesa dos valores da família tradicional (muito importante para 74%), a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 (65%) e, um último lugar, a orientação de um líder religioso (54%).
O instituto ouviu 2.884 eleitores em 179 municípios, num levantamento contratado pela Folha e pela TV Globo e registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-02012/2022.
Quando os entrevistados são divididos entre pessoas que dizem ter votado em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e em Jair Bolsonaro (PL), a importância atribuída a cada um desses fatores muda de maneira expressiva em alguns casos.
Por exemplo, a defesa dos valores da família tradicional é vista como muito importante por 88% dos eleitores que dizem ter votado no atual presidente, ao passo que por apenas 66% de quem afirma ter escolhido o petista no primeiro turno.
Disparidade semelhante ocorre em relação à orientação de um líder religioso: ela é considerada muito importante por 67% dos eleitores de Bolsonaro e por 48% dos de Lula.
Nos demais temas, os percentuais de resposta têm diferenças bem menores, chegando ao empate numérico (84%) quando se trata da defesa da democracia.
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Foto: Divulgação
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia definiu nesta quinta-feira (6), a ordem de apresentação para a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão dos candidatos ao governo da Bahia no segundo turno das eleições 2022. Jerônimo Rodrigues, do PT, e ACM Neto, do União Brasil, disputam, no dia 30, quem será o novo chefe do executivo baiano.
A definição aconteceu durante audiência pública realizada na sala de sessões do TRE-BA e reuniu representantes de partidos políticos, federações, coligações, emissoras de rádio e TV e demais veículos de imprensa.
De acordo com o calendário eleitoral, a propaganda em TV e rádio começa nesta sexta-feira (7). O primeiro a aparecer será o candidato Jerônimo Rodrigues (PT), da coligação Pela Bahia, Pelo Brasil (Federação Brasil da Esperança - Fé Brasil (PT, PCdoB, PV), PSB, PSD, Avante, MDB). Em seguida será a vez de ACM Neto (União), da coligação Para Mudar a Bahia (Federação PSDB/Cidadania, Republicanos, PP, PDT, PTB, Podemos, PSC, União Brasil, Solidariedade e PROS).
Na Bahia e nos outros 11 estados em que a disputa para governador será definida no segundo turno, os candidatos poderão veicular propaganda das 7h10 às 7h20 e das 12h10 às 12h20 no rádio. Na televisão, o horário eleitoral para governador será das 13h10 às 13h20 e das 20h40 às 20h50.
Já a propaganda para presidente da República será veiculada na televisão de segunda à sábado das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40. No rádio, a propaganda para presidente vai ao ar de 7h às 7h10 e de 12h às 12h10.
A escala da programação em rede foi definida durante audiência, presidida pelo juiz da 13ª Zona Eleitoral (ZE), Antônio Mônaco Neto, com assistência da juíza eleitoral da 12ª ZE, Júnia Araújo Ribeiro Dias.
“A distribuição do tempo agora será igualitária entre os dois candidatos mais votados, onde poderão exibir suas propostas em igual período, de modo que a população possa escolher de forma consciente”, disse a juíza Júnia Araújo.
Em relação às emissoras geradoras, a ordem será a mesma estabelecida para o primeiro turno. A TV Bahia/Rádio Bahia FM e TV Bandeirantes/Rádio Bandeirantes FM transmitirão por cinco dias, assim definidos: de 07 a 11, TV Bahia; de 12 a 16, TV Bandeirantes. Já as demais farão as transmissões por quatro dias: TV Aratu/Rádio 96 FM (de 17 a 20), TV Educadora/Rádio Educadora FM (21 a 24) e TV Record/Rádio Sociedade da Bahia FM (25 a 28).
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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Sergio Moro declarou nesta terça-feira (4) apoio ao presidente Jair Bolsonaro no 2º turno por meio de uma nota publicada nas redes sociais.
Na conta do Twitter, Moro disse que Lula (PT) não é uma opção e que o governo do petista foi marcado pela corrupção.
"Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro", publicou Moro.
Em entrevista à RPC, Moro já havia afirmado que não apoiaria o candidato e ex-presidente Lula (PT).
“Nós vamos definir a nossa posição nos próximos dias. Hoje é um dia de reflexão, um dia de agradecimento, um dia de nós nos posicionarmos, mas de todo modo eu já falei anteriormente: jamais estaremos do lado do Lula e do PT”, afirmou o ex-juiz.
Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Os eleitores da Bahia elegeram, neste domingo (2), os 39 deputados federais que irão compor a bancada baiana na Câmara dos Deputados em Brasília, a partir de 2023. Da atual bancada, 36 parlamentares tentaram a reeleição, mas somente 28 tiveram sucesso. A renovação foi de quase 30%.
Além dos deputados que não conseguiram se reeleger, outros três atuais deputados federais baianos (João Roma, Cacá Leão e Ronaldo Carletto) disputaram outros cargos, mas também não foram eleitos.
No estado, 673 pessoas tiveram candidaturas aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral e disputaram as 39 vagas da Bahia na Câmara. O deputado Otto Filho, que é filho do senador Otto Alencar, foi o campão de votos no estado com mais de 200 mil votos.
Foram reeleitos: Otto Filho (PSD), Elmar Nascimento (União Brasil), Antonio Brito (PSD), Claudio Cajado (PP), Mário Negromonte Jr (PP), Paulo Azi (União Brasil), Jorge Solla (PT), Zé Neto (PT), Daniel (PC DO B), Alice Portugal (PCdoB), Adolfo Viana (PSDB), Marcio Marinho (Republicanos), Afonso Florence (PT), Sérgio Brito (PSD), Waldenor Pereira (PT), Lídice da Mata (PSB), Bacelar (PV), Arthur Maia (União Brasil), Paulo Magalhães (PSD), Alex Santana (Republicanos), Joseildo Ramos (PT), João Carlos Bacelar (PL), Valmir Assunção (PT), Leur Lomanto Jr (União Brasil), José Rocha (União Brasil) , Pastor Sargento Isidório (Avante), Felix Mendonça (PDT) e Raimundo Costa (Podemos).
Entre os 11 novos nomes da bancada baiana na Câmara estão velhos conhecidos da política estadual, como o vice-governador João Leão (PP). Além disso, cinco herdeiros políticos surgem como novidade. Diogo Coronel (PSD) é filho do senador Ângelo Coronel, Neto Carletto (PP) é sobrinho do deputado federal Ronaldo Carletto. Roberta Roma (PL) é esposa do deputado federal João Roma, derrotado nas eleições para governador.
Já Gabriel Nunes (PSD) é filho do deputado licenciado e atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, José Nunes, enquanto Ivoneide Caetano (PT) é esposa do ex-deputado federal e ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano.
Os demais novatos são os ex-deputados estaduais Léo Prates (PDT), Deputado Dal (União) e Capitão Alden (PL), além de Ricardo Maia (MDB) e a ex-vereadora de Salvador Rogéria Santos (Republicanos).
Os deputados quem tentavam a reeleição e perderam o mandato foram: Marcelo Nilo (Republicanos), Professora Dayane Pimentel (União), Tito (Avante), Uldurico Junior (MDB), Charles Fernandes (PSD), Igor Kannário (União), Joceval Rodrigues (Cidadania) e Josias Gomes (PT).
Veja a relação dos deputados federais eleitos na Bahia por ordem de votação (em negrito os reeleitos)
- Otto Filho - PSD: 200.909
- Elmar Nascimento - UNIÃO BRASIL: 175.439
- Diego Coronel - PSD: 171.684
- Antonio Brito - PSD: 165.386
- Neto Carletto - PROGRESSISTAS: 164.655
- Roberta Roma - PL: 160.731
- Claudio Cajado - PROGRESSISTAS: 154.098
- Mário Negromonte Jr - PROGRESSISTAS : 147.711
- Léo Prates - PDT: 143.763
- Deputado Dal - UNIÃO: 140.435
- Gabriel Nunes - PSD: 138.448
- Paulo Azi - UNIÃO BRASIL: 137.383
- Ricardo Maia - MDB: 136.834
- Jorge Solla - PT: 128.968
- Zé Neto - PT: 128.439
- Daniel - PCdoB: 125.374
- Alice Portugal - PCdoB: 124.358
- Adolfo Viana - PSDB: 123.199
- Marcio Marinho - REPUBLICANOS: 118.904
- Afonso Florence - PT: 118.021
- Sérgio Brito - PSD: 116.960
- Waldenor Pereira - PT: 113.110
- Lídice Da Mata - PSB: 112.385
- Bacelar - PV: 110.787
- Arthur Maia - UNIÃO BRASIL: 108.672
- Paulo Magalhães - PSD: 107.093
- Alex Santana - REPUBLICANOS: 106.940
- Ivoneide Caetano - PT: 105.885
- Joseildo Ramos - PT: 104.228
- João Leão - PROGRESSISTAS: 102.376
- Capitão Alden - PL: 95.151
- João Carlos Bacelar - PL: 90.229
- Valmir Assunção - PT: 90.148
- Rogéria Santos - REPUBLICANOS: 82.012
- Leur Lomanto Jr - UNIÃO BRASIL: 82.004
- José Rocha - UNIÃO BRASIL: 78.833
- Pastor Sargento Isidório - AVANTE: 77.164
- Felix Mendonça - PDT: 71.774
- Raimundo Costa - PODEMOS: 53.486
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- Bahia Notícias
- 03 Out 2022
- 15:25h
Foto: Bahia Notícias
O número de abstenção de eleitores na Bahia aumentou no primeiro turno das eleições deste ano. Neste domingo (2), dos 11,2 milhões de eleitores aptos a votarem, 2,4 milhões não compareceram às urnas. No total, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) contabilizou 8,8 milhões de pessoas, que votaram em uma das 34.424 urnas eletrônicas espalhadas pelo estado.
O percentual de abstenção chegou à 21,35%. Em 2018, o número de abstenção era de 20,74%, com ausência de 2,1 milhões de eleitores. Entretanto, naquela época, a Bahia tinha pouco mais de 10 milhões de votantes.
NULOS E BRANCOS
Cerca de 499,8 mil eleitores anularam o voto para governador do estado, o que representa 5,64% dos eleitores. Já 236.750 eleitores votaram em branco, correspondendo a 2,67% dos eleitores. Para senador, foram 1,09 milhão de votos nulos, correspondente à 12,39% e 533 mil votos em branco, totalizando 6,01% do eleitorado no estado.
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Foto: Tiago Ghizoni/NSC
Os eleitores baianos que não votaram no primeiro turno das eleições, no domingo (2), devem justificar a ausência. A justificativa pode ser feita através do aplicativo e-Título, no site do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) ou presencialmente, na sede do órgão.
O prazo para fazer a justificativa é de até 60 dias. No entanto, mesmo sem justificar, o eleitor pode votar no segundo turno, que ocorrerá no dia 30 de outubro.
Caso o eleitor não justifique a ausência dentro do prazo, ele terá que pagar uma multa de cerca de R$ 50. O pagamento pode ser feito presencialmente, no Banco do Brasil, através do PIX ou do cartão de crédito através do PagTesouro, plataforma digital de recolhimento de valores junto à "Conta Única" do Tesouro Nacional.
Já quem optar pelo pagamento com o cartão de crédito, será redirecionado para o aplicativo do Mercado Pago ou PicPay. Após o pagamento da multa, é necessário aguardar a identificação pela Justiça Eleitoral e o registro da quitação do débito pela zona eleitoral. A situação do eleitor ficará regular após o débito ser registrado no cadastro eleitoral.
Caso haja urgência para regularizar a situação, o eleitor pode entrar em contato com a zona eleitoral em que está inscrito para pedir orientações sobre o registro da quitação da multa no sistema.
De acordo com o analista judiciário Jaime Ribeiro, se o eleitor não votar, nem justificar a ausência por três vezes seguidas, o título será cancelado. Além disso, o eleitor será proibido de se matricular em escolas e universidades públicas, bem como obter passaporte e solicitar empréstimos em bancos públicos.
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Pouco mais de cinco mil urnas eletrônicas deixaram o Centro de Apoio Técnico do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), na BR-324, na manhã deste sábado (1º), com destino a 19 zonas eleitorais na capital baiana e na Região Metropolitana de Salvador.
A escolta das urnas foi feita pela Polícia Militar. A ação, coordenada pelo Comando de Operações Policiais Militares (COPPM), contou com a participação 150 policiais militares e 76 viaturas para o transporte dos equipamentos para escolas, entre outros locais de votação.
"Essa é uma das etapas do pleito eleitoral no nosso país. Acompanharemos as vans que estão sendo preparadas pelo TRE até os locais de votação. As nossas equipes também ficarão responsáveis pelo recolhimento das urnas, que acontecerá amanhã [domingo], após encerramento do pleito", explicou a major Gisele Dantas do COPPM, coordenadora da Operação de Escolta das Urnas Eletrônicas.
- por Uirá Machado / Folhapress
- 01 Out 2022
- 12:07h
Foto: Divulgação
Pesquisadores brasileiros submeteram as eleições de 2018 a cinco diferentes testes matemáticos para tentar identificar indícios de fraude. Conclusão: não encontraram nenhuma evidência de irregularidade.
O trabalho é mais um a contrariar afirmações do presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito das urnas eletrônicas. Sem apresentar provas, ele questiona o sistema e diz que deveria ter vencido em primeiro turno no pleito realizado há quatro anos, hipótese rechaçada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Os testes aplicados nessa nova pesquisa não miraram a integridade das urnas eletrônicas ou a transmissão das informações. Em vez disso, verificaram se o total de votos atribuídos a cada candidato seguia padrões normais ou se havia alguma coisa estranha nesses números.
Ou seja, não analisaram o processo, mas o próprio resultado da votação em cada uma das seções eleitorais. Esse procedimento pode parecer confuso à primeira vista, mas faz bastante sentido.
Imagine que uma pessoa acerte a Mega-Sena dez vezes seguidas. Mesmo sem analisar as casas lotéricas ou os bilhetes, é razoável desconfiar que houve fraude apenas pela maré de sorte bastante incomum.
Nesse exemplo, o resultado (ganhar dez vezes seguidas na Mega-Sena) é visto como indício de algo errado no processo (casas lotéricas ou bilhetes). Órgãos de controle como o TCU (Tribunal de Contas da União) utilizam esse tipo de procedimento para supervisionar planilhas de execução orçamentária, por exemplo. Se a matemática aponta a existência de algo fora da curva nas planilhas, o passo seguinte é investigar a fundo o que aconteceu, para comprovar ou descartar a fraude.
Foi o que fizeram os pesquisadores em relação à eleição de 2018. Eles aplicaram em conjunto de cinco testes diferentes e não encontraram nenhuma anomalia nos resultados das votações.
"É como ir a cinco médicos e sair de todos eles com o mesmo diagnóstico", afirma Dalson Figueiredo Filho, um dos autores do estudo. "Aumenta muito a chance de estar diante de um diagnóstico correto."
Professor de ciência política da Universidade Federal de Pernambuco, ele conduziu a pesquisa com seu colega Ernani Carvalho e com Lucas Silva, do Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas. O trabalho passou por revisão dos pares e foi publicado neste mês na revista Forensic Science International: Synergy. Além disso, para aumentar a transparência, os autores publicaram todos os dados utilizados para quem quiser conferir os achados.
Pela conclusão deles, a única maneira de ter havido fraude em 2018 seria por meio de uma conspiração muito ampla, que tivesse o envolvimento de muitas pessoas em diferentes etapas do processo.
"Teria que ter um conhecimento absurdo tanto de matemática como computacional", diz Carvalho. "E teria que ter a conivência de um número elevado de pessoas, para que isso ocorresse num espaço de tempo tão pequeno, porque a nossa apuração é muito rápida."
O problema, diz ele, é que uma conspiração tão ampla dificilmente teria permanecido em segredo. "Somos seres humanos, né? Com uma organização dessa, haveria possibilidade de vazamento. E, obviamente, com toda essa pressão, isso já teria ocorrido."
Driblar os testes que eles aplicaram exigiria muito esforço porque cada um deles examina um aspecto diferente do resultado. Um deles avalia quantas vezes o último dígito do número de votos destinados a cada candidato em cada uma das seções eleitorais é 0 e 5. Por exemplo, se Bolsonaro recebeu 123 votos em uma seção e 55 em outra, o algarismo 5 apareceu uma vez como último dígito.
Considerando todas as seções, e sabendo que existem dez algarismos, é esperado que a frequência dos dígitos 0 e 5 some 20%. Se fugir desse padrão, o indício de fraude é grande. Em 2018, no primeiro turno, a frequência para Bolsonaro foi de 20,2%; para Fernando Haddad (PT), 20%; para Ciro Gomes (PDT), 19,8%. No segundo turno, a frequência para Bolsonaro foi de 19,9%, e para Haddad, 20%.
Num segundo teste dos dígitos, foi examinada a média do último algarismo. Se os números não tiverem sido manipulados, a média esperada é 4,5 (grosso modo, porque 0+1+2+3+4+5+6+7+8+9=45; 45 dividido por 10=4,5). Na eleição realizada há quatro anos, a média do último dígito para Bolsonaro foi de 4,52 no primeiro turno e 4,43 no segundo. Para Haddad, 4,49 e 4,48. Ciro teve 4,49.
Um terceiro teste, menos intuitivo, utilizou a Lei de Benford para analisar o padrão do segundo dígito dos votos destinados a cada candidato em cada uma das seções eleitorais. Por exemplo, se Bolsonaro recebeu 123 votos em uma seção, o segundo dígito, nesse caso, é 2. A Lei de Benford estabelece uma frequência padrão para o primeiro dígito de um número, para o segundo, para o terceiro etc.
Nem os matemáticos compreendem muito bem por que, mas o fato é que a lei se aplica a conjuntos de dados como tamanho de populações, área de rios e distância entre cidades, para ficar em alguns casos.
Em todos eles, há uma frequência padrão esperada. Algarismos menores, como 1, 2 e 3, são mais frequentes do que algarismos maiores, como 7, 8 e 9. E o que aconteceu em 2018? Os resultados estiveram em conformidade com a Lei de Benford.
Os outros dois testes analisaram aspectos um pouco diferentes. Um deles investigou se havia uma correlação entre taxa de participação e percentual de votos obtido pelo candidato vencedor.
Na Rússia e em Uganda, por exemplo, havia uma correlação clara entre seções eleitorais com alta taxa de participação e alto percentual de votos para o vencedor, um indício forte de que votos dos perdedores e abstenções foram convertidos artificialmente em votos para um determinado candidato.
No Brasil de 2018, não há nenhuma correlação que sugira esse tipo de manobra fraudulenta.
O último teste examinou com que frequência apareceram percentuais arredondados entre os votos válidos das seções eleitorais. Por exemplo, 65% é arredondado, ao passo que 65,22% não é. O resultado é que, na disputa de 2018, essa frequência ficou dentro dos padrões esperados, sem nenhum sinal de anomalia.
Daí por que os pesquisadores concluem: "Não encontramos evidência de irregularidades na eleição presidencial de 2018 no Brasil. Todos os parâmetros observados estão de acordo com a expectativa teórica de uma contagem justa de votos".
Manipular os números a ponto de passar incólume nesses cinco testes é mais ou menos como ganhar dez vezes seguidas na Mega-Sena: não é impossível, mas quem acredita que pode acontecer?
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Foto: Divulgação/TSE
Termina às 23h59 deste sábado (1°) o prazo para baixar o aplicativo e-Título e usá-lo no primeiro turno das Eleições 2022. O documento eletrônico, que substitui o tradicional título de eleitor em papel, não será emitido no dia da votação.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no domingo (2), dia do pleito, o sistema estará indisponível para validação dos dados dos eleitores e volta a ser liberado na segunda-feira (3).
O app tem várias funcionalidades, como consultar o local de votação e apresentar uma justificativa para a ausência.
É preciso que o eleitor já tenha um registro na Justiça Eleitoral para liberar o título online, que pode ser acessado a qualquer momento.
O uso do documento digital não é obrigatório e o eleitor poderá apresentar um documento oficial.
- Bahia Notícias
- 30 Set 2022
- 20:06h
Foto: Divulgação / TRE-BA
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia realizou, na manhã desta sexta (30), a audiência de verificação de integridade e autenticidade dos sistemas Transportador e JE Connect. Na cerimônia, serão auditados os programas de transmissão dos Boletins de Urna (BUs) para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.Todo o procedimento tem como previsão legal o artigo 43 da Resolução TSE nº 23. 673/2021.
Ao longo desta semana, todas as zonas eleitorais geraram e testaram os kits do JE Connect, inseminando dois pendrives com o programa de transmissão de dados da Justiça Eleitoral e a mídia chave para acessá-lo. No dia da eleição, após encerramento da votação, os técnicos de transmissão acessam esses sistemas nos computadores das seções, que serão reiniciados para rodar no JE Connect. Em seguida, as mídias de resultados das urnas serão inseridas nas máquinas, já com os sistemas eleitorais.
A auditoria dos sistemas serve para garantir que tudo o que será processado no dia 2 de outubro esteja íntegro e seja autêntico, explica a chefe de cartório da 2ª ZE, Janiere Paes. De acordo com a servidora, os arquivos disponíveis para teste serão inseridos nos computadores com o JE Connect.
O teste foi feito por meio de dois programas , o VAD – Verificador de Assinatura Digital – e o VAP – Verificador de Autenticação de Programas. Por meio desses sistemas, é possível detectar se o Transportador e o JE Connect estão íntegros e sem defeitos. Tudo é feito com a presença do juiz eleitoral, que gera uma ata, disponibilizada ao público.
A auditoria é aberta para a fiscalização de partidos políticos, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público e de uma série de outras instituições, incluindo as Forças Armadas e universidades credenciadas junto ao TSE.
“Essa verificação é muito importante porque mostra que não há nenhuma manipulação de dados e que os sistemas são seguros”, afirma Janiere. Para a chefe da 2ª ZE, a auditoria também atesta a transparência do sistema eleitoral, aberto a ser fiscalizado inclusive a partir de instrumentos dos próprios fiscais. “Se os partidos políticos quiserem trazer seus programas para o teste, a Justiça Eleitoral está aberta. Fazemos tudo de forma pública e íntegra”.
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- Bahia Notícias
- 29 Set 2022
- 18:23h
Fotos: Ricardo Stuckert; Alan Santos/PR; Renato Pizzutto/Band; Reprodução
A eleição presidencial de 2022 pode ser decidida ainda em primeiro turno, com uma vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com a nova pesquisa do instituto Datafolha, publicada no início da noite desta quinta-feira (29).
Considerando apenas os votos válidos, Lula tem 50% da preferência do eleitorado, contra 36% do segundo colocado, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em terceiro lugar, está o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 6% das intenções de voto, empatado tecnicamente com a senadora Simone Tebet (MDB), que tem 5% da preferência.
Ciro tem sido alvo de uma campanha liderada por políticos e artistas para a destinação de um “voto útil” ao ex-presidente Lula, visando uma vitória ainda no primeiro turno da oposição a Jair Bolsonaro.
A divulgação considerando apenas votos válidos descarta eleitores indecisos e aqueles que responderam "branco" ou "nulo", se alinhando assim à contagem oficial realizada pela Justiça Eleitoral.
Segundo o Datafolha, se as eleições fossem hoje, Lula venceria no primeiro turno, pois suas intenções de voto (49%) superam a soma de seus adversários (43%).
O Datafolha entrevistou 6.800 eleitores em 332 municípios brasileiros entre os dias 28 e 29 de setembro. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-09479/2022.
- Bahia Notícias
- 29 Set 2022
- 13:03h
(Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE)
As eleições deste ano ficam marcadas por polêmicas envolvendo a declaração racial de candidatos para, supostamente, usufruir da política de cotas do fundo eleitoral. Na Bahia, os postulantes que se autodeclaram negros receberam mais de R$ 137,78 milhões de recursos do fundão, correspondendo 42,9% dos R$ 243,06 milhões distribuídos para os candidatos baianos neste ano. Os dados foram colhidos da Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais e organizados pelo Bahia Notícias. Para o enquadramento, foi estabelecido o conceito da Lei 12.990, que considera pretos e pardos como negros. Além disso, o recorte leva em consideração apenas os 10 maiores partidos do país.
A sigla com a maior doação para candidatos considerados negros foi, de forma isolada, o União Brasil. O partido distribuiu R$ 58,06 milhões para os nomes que disputam cargos no pleito eleitoral deste ano. O nome que mais recebeu recursos foi ACM Neto (União), postulante ao Palácio de Ondina, obtendo R$ 16,307 milhões do fundão.
A declaração de racial do ex-prefeito de Salvador, que se considera pardo, causou grande polêmica nas eleições baianas. Os rivais na corrida pelo Palácio de Ondina o acusam de “má fé”, afirmando que a autodeclaração do candidato foi para usufruir da política de cotas do fundo eleitoral.
Em defesa, Neto reforça que se autodeclara como pardo desde o pleito de 2016, quando ainda não havia cotas na distribuição do fundão. Além disso, o candidato afirma que deve ocorrer uma revisão nos conceitos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pois o órgão coloca pretos e pardos dentro de uma mesma categoria.
Proporcionalmente, o partido que mais destinou recursos para candidatos negros foi o PDT. Dos R$ 7,01 milhões doados na Bahia, 76,76% foram distribuídos para nomes que se autodeclaram como pretos ou pardos, chegando em um valor de R$ 5,38 milhões. Em segundo, aparece o União Brasil, com a destinação de 69,34% da verba para candidatos que se consideram negros.
O partido com a menor distribuição proporcional para pretos ou pardos é o PL. Dos R$ 14,87 milhões doados pela sigla a candidatos na Bahia, apenas R$ 2,81 milhões (18,90%) dos recursos foram distribuídos aos nomes que se autodeclararam negros.
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- Folhapress
- 26 Set 2022
- 20:10h
Foto: Lucas Figueiredo / CBF
No domingo (2), 156 milhões de eleitores têm o direito de ir às urnas escolher o próximo presidente do país, além de governadores, deputados e senadores. Na seleção brasileira, que faz nesta terça-feira (27) seu último amistoso antes da Copa do Mundo, porém, a eleição parece não existir.
Jogadores e comissão técnica evitam manifestações públicas de cunho político. Mesmo em ambiente privado, é raro alguém tocar no tema. A situação eleitoral entre os jogadores da seleção repercute isso: a maioria não deve ir às urnas em 2 de outubro.
O UOL apurou que, dos 26 convocados por Tite para a data Fifa atual, 21 têm títulos em domicílios fora da cidade onde vivem ou estão com o documento cancelado. O número equivale a 80% dos atletas.
Não há uma orientação oficial da CBF aos jogadores quando o assunto é política, mas os próprios atletas criaram uma espécie de pacto silencioso. A ideia é criar uma bolha para evitar possíveis divergências na reta final de preparação para o Mundial do Catar. O torneio começa em 20 de novembro; o Brasil estreia no dia 24, contra a Sérvia.
O atacante Raphinha, disse, durante a semana de treinamentos em Le Havre, antes da vitória por 3 a 0 sobre Gana, que, "assim como religião, no assunto política cada um tem a sua opinião". "A gente opta por não falar desses assuntos para não ter opiniões diferentes. Por mais que um respeite a opinião do outro, religião e política são assuntos que não têm que ser debatidos", disse.
O lateral Alex Telles vai na mesma direção. "Comigo, pelo menos, não teve nenhum assunto de política. Obviamente é um assunto importante, mas o nosso assunto principal aqui é a Copa do Mundo. A gente tem que deixar isso [política] de fora e focar no nosso trabalho, porque a Copa está aí, e todo mundo quer estar lá".
Antes da viagem para os amistosos contra Gana e Tunísia, o atacante Richarlison deu uma declaração que foi criticada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. "Hoje em dia o pessoal leva muito para o lado político. Isso faz a gente perder a identidade da camisa amarela e da bandeira", disse.
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- ASCOM: 90ª ZONA ELEITORAL BRUMADO
- 26 Set 2022
- 11:15h
Foto: Divulgação
Durante esta semana, os eleitores que desejarem treinar a votação na Urna Eletrônica, poderão utilizar a votação simulada em um equipamento que estará disponível no Fórum Eleitoral de Brumado. A votação será realizada nos dias 28 e 30/09, no horário das 8 às 12 e 14 às 18 horas. Na oportunidade, o jovem eleitor e o eleitorado em geral que tenha dúvidas sobre o procedimento de votação será orientado por um técnico da Justiça Eleitoral.
Como este ano a eleição envolve a votação para 5 cargos (deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente), a Justiça Eleitoral recomenda que os eleitores elaborem com antecedência sua “cola”, com o número dos candidatos na ordem correta, para agilizar a votação no dia 2 de outubro.