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'Bolsonaro sabe que não se reelege e quer dar novo golpe militar', afirma senador Otto Alencar

  • Bruno Luiz
  • 22 Mar 2021
  • 16:48h

(Foto: Reprodução)

O senador Otto Alencar (PSD-BA) acredita que o presidente Jair Bolsonaro está forçando um novo golpe militar. Na avaliação do parlamentar, declarações recentes do presidente, como a de que poderia decretar estado de sítio no Brasil em resposta às medidas restritivas tomadas por governadores nos estados, são sinal de que Bolsonaro está acuado com a possibilidade de não se reeleger e quer rumar para a ruptura institucional. "O Bolsonaro, na minha opinião, não tem condições de renovar o mandato dele. Não tem por causa das mazelas, dos problemas, das crises gestadas por ele mesmo, pelos problemas que ele tem dentro da família dele. Na minha opinião, como ele tem espírito ditatorial e perverso, bem provável é que ele queira caminhar para a expectativa de um novo golpe militar", afirmou Otto, em entrevista ao Bahia Notícias. O senador ainda defendeu a instalação da CPI da Covid no Congresso, para investigar a atuação do governo federal na pandemia. Para ele, o presidente da República e o ministro da Saúde Eduardo Pazuello são os principais responsável pelo agravamento da crise sanitária e merecem ser punidos.  "O Pazuello não foi ministro da Saúde, o ministro foi o Bolsonaro. Pazuello repetiu o que o Bolsonaro dizia, foi apenas um executor de ordens. Esse desastre é culpa exclusiva de dois homens: em primeiro lugar, o presidente Bolsonaro e, em segundo, o ministro Pazuello. É evidente que esses dois nomes não podem sair impunes. O caminho para punir, hoje mais do que nunca, é a instalação da CPI Covid."

 

 

Questionado sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou condenações na Operação Lava Jato e devolveu a elegibilidade ao ex-presidente Lula (PT), o senador preferiu não comentar. "Seria desumano falar sobre política na pandemia", disse o político. Leia abaixo a entrevista completa:

A morte do senador Major Olímpio, vítima da Covid-19, gerou um sentimento no Senado de que é preciso cobrar medidas mais duras e coordenação nacional do presidente Bolsonaro, em relação à pandemia. O senhor acha que vai aumentar a pressão pela instalação de uma CPI no Senado para investigar a atuação do governo?

O Pazuello não foi ministro da Saúde, o ministro foi o Bolsonaro. Pazuello repetiu o que o Bolsonaro dizia, foi apenas um executor de ordens. Esse desastre é culpa exclusiva de dois homens: em primeiro lugar, o presidente Bolsonaro e, em segundo, o ministro Pazuello. É evidente que esses dois nomes não podem sair impunes. O caminho para punir, hoje mais do que nunca, é a instalação da CPI Covid. Tem as assinaturas, o presidente Rodrigo Pacheco está avaliando. O presidente ainda não instalou porque fazer CPI com sessões remotas é sempre um risco. Não dá para fazer oitivas, audiências públicas, convidar pessoas que, talvez, não queiram comparecer, então isso dificulta a implantação da CPI. Na CPI, tem que ser mais presencial. 

Mas os senadores vão intensificar as cobranças ao governo após a morte do senador Major Olímpio, que trouxe aos senadores o sentimento de “poderia ser eu”?

Não é só pelo senador Major Olímpio, é por todo mundo que já foi contaminado ou morreu nesta pandemia. Nós estamos trabalhando, correndo risco de vida. inclusive eu. Já fui a reuniões presenciais no Senado, em Brasília. O presidente Rodrigo Pacheco alega que é difícil abrir uma CPI nessas condições. Você tem que ter prudência, mas não pode faltar coragem. Temos que enfrentar isso. A triste conclusão é que o presidente tem muita culpa pelas mortes que estão acontecendo hoje. Ele desqualificou a vacina, disse que só ia comprar vacina se tivesse demanda, desqualificou a máscara, chamou de gripezinha e depois disse que não falou. Ele briga com a verdade. O que o Bolsonaro diz sentado não dá para garantir que ele vai confirmar de pé. Ele não tinha a maior condição de ser presidente.

Nos últimos dias, o presidente tem intensificado o discurso contra medidas restritivas e contra os governadores. Como o senhor vê essa postura?

Eu vi hoje o Bolsonaro dizendo que pode decretar estado de sítio. O Bolsonaro, na minha opinião, não tem condições de renovar o mandato dele. Não tem por causa das mazelas, dos problemas, das crises gestadas por ele mesmo, pelos problemas que ele tem dentro da família dele. Na minha opinião, como ele tem espírito ditatorial e perverso, bem provável é que ele queira caminhar para a expectativa de um novo golpe militar. O que eu não sei é se as Forças Armadas vão ou não dar respaldo a ele.

O senhor teme essa guinada dele?

Não tenho nenhum temor dele. Não estou falando em temor, tenho coragem para enfrentar qualquer situação. Estou fazendo uma avaliação. Com a declaração anterior de que deve declarar estado de sítio, ele vai querer criar essa dificuldade para criar confronto entre quem defende isolamento, distanciamento, lockdown e aqueles que não querem, que, como ele, querem transformar a pandemia em uma guerra, em uma catástrofe nacional, como já está acontecendo, com milhares de pessoas morrendo na porta dos hospitais.

O presidente Jair Bolsonaro ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal para suspender decretos de toque de recolher na Bahia, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Como o senhor avalia essa medida?

Ele faz esse confronto com os governadores para colocar uma cortina de fumaça nos problemas. O que está acontecendo no Brasil é culpa do próprio Palácio do Planalto e do presidente. Essas coisas todas que estão acontecendo camuflaram coisas graves que ocorreram no país, gestados pelo próprio presidente.

Com a decisão do STF que devolveu a elegibilidade ao ex-presidente Lula, o senhor acha que o presidente Jair Bolsonaro, que estava surfando sem oposição, ganha um oponente à altura, que traz para ele o perigo de perder a reeleição? E, nesse sentido, como uma possível candidatura de Lula pode interferir nas eleições para o governo da Bahia em 2022?

É desumano falar em política na pandemia. Tratar disso é desumano, quando diz respeito a dor do povo baiano. Não tratarei desse assunto enquanto estivermos na pandemia, de uma doença que mata, deixa sequelas graves. É não ter espírito público, não ter caridade e espírito humanitário.

 

O senhor é membro de uma comissão especial no Senado para monitorar a situação da Covid-19 no Brasil. Quais ações o colegiado tem tomado neste momento em que a pandemia atingiu um nível de gravidade como nunca no país?

Nós já fizemos algumas sessões desta comissão. A última, na quinta (18), foi sobre o suprimento de oxigênio, ouvimos os principais fornecedores. Nós ficamos preocupados com a situação do suprimento de oxigênio. Todos eles disseram do aumento da demanda por oxigênio, do industrial e medicinal. A demanda aumentou muito e estão fazendo um esforço muito grande para atender os hospitais todos, públicos e privados. O grande problema é a falta de cilindros de oxigênio para atender os hospitais menores. Os estados de Rondônia, Amapá e Acre tem hospitais, por exemplo, com suprimento de oxigênio via cilindro. Levamos a situação ao conhecimento do Ministério da Saúde. Existe ameaça de falta de insumos, tais como medicamentos para intubar o paciente, pode ter dificuldade também de suprimentos individuais, equipamentos. Você veja a gravidade a que chegou ao país, por falta de previsibilidade do Ministério da Saúde.

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Maioria vê Lula culpado e acha que Fachin errou em anular condenações, diz Datafolha

  • Redação
  • 22 Mar 2021
  • 09:23h

57% dos entrevistados acreditam que sentença foi justa para o ex-presidente e 51% criticam ministro por decisão; outros 51% não querem petista candidato | Foto: Reprodução

A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no caso do tríplex de Guarujá, foi justa, para 57% dos entrevistados de uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha. O levantamento também apontou que 51% dos brasileiros criticam o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter agido mal ao anular esta e outras sentenças contra o petista, tornando o ex-presidente elegível. De acordo com a Folha de São Paulo, o Datafolha ouviu 2.023 pessoas nos dias 15 e 16 de março. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou menos. Segundo a pesquisa, para 57%, a condenação dada pelo então juiz Sergio Moro a Lula, na Operação Lava Jato, foi justa. Apenas 38% dos entrevistados acham que a decisão foi injusta e 5% não souberam opinar. Segundo a publicação, em abril de 2018, o Datafolha havia feito a mesma questão, com resultados semelhantes: 54% viram justiça, 40%, injustiça, e 6% disseram não saber. Sobre Fachin, 51% dos ouvidos pelo Datafolha acham que o ministor agil mal em anular as condenações, enquanto 42% acreditam que ele fez o certo. 6% não souberam responder. Com Lula elegível, houve divisão entre os entrevistados, onde 51% apontaram que não querem que ele concorra as eleições em 2022, enquanto 47% querem.

Membros do PSB no Nordeste ensaiam aliança com PT após elegibilidade de Lula

  • Redação
  • 19 Mar 2021
  • 14:33h

Governador de Pernambuco já teria iniciado aproximação com petistas | Foto: Reprodução

Embora oficialmente se mostrando em busca de uma terceira via nas eleições de 2022, uma parte do Partido Socialista Brasileiro (PSB) já busca uma reaproximação com o PT após a volta da elegibilidade de Lula. De acordo com a coluna Radar, da Veja, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, já estaria iniciando movimentação para buscar apoio dos petistas. No plano nacional, o presidente da sigla, Carlos Siqueira, mantém conversas com aliados como Flávio Dino (PCdoB) e outros nomes do empresariado de todo o país. O ex-presidente, já avisou que vai percorrer o país para resgatar antigas alianças e construir seu projeto de retorno ao Planalto.

Rejeição a Bolsonaro na gestão da pandemia atinge recorde de 54%, diz Datafolha

  • Redação
  • 17 Mar 2021
  • 14:40h

Para 43%, presidente é maior culpado pela crise da Covid; avaliação geral negativa está no pior nível |

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (16) aponta que 54% dos brasileiros avaliam como ruim ou péssima o trabalho do governo Bolsonaro (sem partido) na gestão da pandemia de Covid-19. Trata-se do maior nível de rejeição desde que a crise sanitária começou, há um ano. O índice também é verificado na mesma semana em que foi apresentado o quarto ministro da Saúde de seu governo — o cardiologista Marcelo Queiroga.

No levantamento anterior, realizada em 20 e 21 de janeiro, 48% reprovavam a gestão de Bolsonaro na pandemia.

Na rodada atual do Datafolha, o índice daqueles que acham sua gestão da crise ótima ou boa passou de 26% para 22%, enquanto quem a vê como regular foi de 25% para 24%. Não opinaram 1%.

O instituto ouviu por telefone 2.023 pessoas nos dias 15 e 16 de março. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Consideram o presidente o principal culpado pela fase aguda da pandemia, que já matou mais de 280 mil no país e vê um colapso nacional do sistema de saúde devido ao pico de infecções, 43% dos ouvidos.

Já os governadores de estado, que em grande parte têm se batido com o governo federal por defenderem medidas mais rígidas de isolamento social, são vistos como culpados por 17%. Prefeitos ficam com 9% das menções.

Efeito Lula?: Jair Bolsonaro decide se vacinar e entrará na fila, diz coluna

  • Redação
  • 16 Mar 2021
  • 07:51h

Presidente tem 65 anos | Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro decidiu se vacinar e entrará na fila para receber a imunização de acordo com a sua idade — ele tem 65 anos e completa 66 no próximo dia 21. A informaão é da coluna de Guilherme Amado, da revista Época. O presidente, portanto, é do grupo de risco por idade e será vacinado, segundo disse na segunda-feira (15) o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, até maio. A XP Investimentos previu que o cenário mais provável é no mês de junho.

Lula desiste de morar na Bahia após se tornar elegível

  • Redação
  • 15 Mar 2021
  • 06:40h

Ex-presidente planejava morar em Lauro de Freitas | Foto: Reprodução

O ex-presidente Lula (PT) adiou os planos de passar sua aposentadoria na Bahia após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que o tornou novamente elegível. Ele pretendia se instalar em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, o petista está focado nas eleições de 2022 e deve se mudar com a esposa Janja do atual apartamento em São Bernardo do Campo para um novo imóvel em São Paulo. A permanência no estado é tida como estratégica para as pretensões de Lula e do PT no pleito do ano que vem.

Ciro e Marina firmam aliança e tentam isolar Lula para se consolidarem como terceira via

  • Redação
  • 12 Mar 2021
  • 17:22h

Pedetista acredita ter mais chances de derrotar Bolsonaro no segundo turno |

Buscando se isolar do PT e fazer oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a ex-senadora Marina Silva (Rede) faz sinalizações de apoio ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT) que deve disputar à Presidência no próximo ano. Esse é o primeiro apoio que o pedetista recebe no campo da esquerda. De acordo com interlocutores, Ciro e Marina estão estreitando as relações desde 2020 para as eleições municipais. Agora, o ex-ministro tenta aproximar de novos partidos como PSB, PV e Cidadania para ser o nome da esquerda em 2022 e diminuir as possibilidades do PT chegar ao segundo turno.

Lula dispara e já aparece empatado com Bolsonaro em pesquisa

  • Redação
  • 12 Mar 2021
  • 15:16h

(Foto: Reprodução)

A pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta sexta-feira mostra que o ex-presidente Lula (PT) subiu consideravelmente nas intenções de voto para as eleições de 2022, após a decisão judicial que garantiu sua elegibilidade. Segundo o levantamento, o petista passou de 17% em meados do ano passado, para 25%, empatado tecnicamente com Jair Bolsonaro (sem partido), que aparece com 27%. Em seguida, vem Sérgio Moro (10%), Ciro Gomes (9%) e Luciano Huck (6%). Em simulação de segundo turno, Bolsonaro aparece com 41% e Lula com 40%. O atual presidente também lidera contra Ciro Gomes (39% a 37%), Fernando Haddad (40% a 36%), Luciano Huck (37% a 32%), Guilherme Boulos (40% a 30%) e João Doria (39% a 29%). O único que aparece vencendo Bolsonaro no segundo turno é Moro que te 34% contra 31% do presidente.

Com Lula e Wagner, candidatura de ACM Neto ‘não vira nem a esquina’, diz petista

  • Matheus Morais
  • 12 Mar 2021
  • 09:23h

"O discurso que Lula fez no ABC não foi só de candidato, foi de um estadista, um homem que conhece seu país", ressalta | Foto: Manu Dias/GOVBA

Um petista histórico, que prefere manter anonimato, está empolgado com a possibilidade de uma nova dobradinha na eleição de 2022 com Lula candidato a presidente e Jaques Wagner disputando o governo do estado. “Tudo mudou depois da decisão de Fachin que anulou as sentenças de Lula na Lava Jato. Acho que Lula renasceu”, salienta. Ao bahia.ba, o político diz ainda que se o nome de Wagner “já era forte” com o apoio e participação de Lula fica “praticamente imbatível”. “Eu sou muito racional, por isso tenho a consciência que se houver essa dobradinha de novo, essa dobradinha Lula e Wagner, a candidatura de ACM Neto ao governo não vira nem a esquina, não vai para lugar nenhum. Temos que ter cautela, mas sabemos que se isso acontecer, nós já saímos com uma vantagem grande”, analisa o petista. “O discurso que Lula fez no ABC não foi só de candidato, foi de um estadista, um homem que conhece seu país. Veja que após as palavras de Lula, Bolsonaro logo mudou de postura, logo disse que era o pai da vacina e apareceu de máscara, coisa que raramente fazia. É o efeito Lula”, completou. Já o senador Jaques Wagner, que admitiu ser candidato ao Palácio de Ondina em 2022, afirmou recentemente que o ex-presidente “parece mais focado em ser absolvido na Justiça Federal do Distrito Federal, do que em ser candidato”.

Após quase derrota para o PT em dia de Lula, Bolsonaro corre para tentar agradar policiais

  • Redação
  • 11 Mar 2021
  • 07:09h

Ele havia se convencido de que intervir seria sinal negativo para o mercado, mas mudou de ideia ao ouvir fala do petista | Foto: Twitter/Jair Bolsonaro

 Depois da repercussão do pronunciamento do ex-presidente Lula (PT) na quarta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu uma guinada em suas decisões, motivado por razões eleitorais visando 2022. De última hora, o atual presidente se viu obrigado a entrar de fato na articulação da PEC Emergencial e negociar com sua principal base eleitoral, os policiais. A categoria já pressionava e ameaçava Bolsonaro, que havia sido convencido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a manter o texto. Apesar de policiais terem passado o fim de semana tentando conversar Bolsonaro a fazer mudanças e retirar a categoria das proibições impostas na proposta, que impedem reajuste salarial, promoção e progressão de carreira, Lira o convenceu de que mudar seria um sinal ruim para o mercado porque faria a PEC voltar ao Senado e retardaria o auxílio emergencial e os ajustes fiscais. Contudo, com Lula acenando para policiais em pronunciamento, Bolsonaro mudou de estratégia, segundo informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo. Ele foi avisado de que a pressão tinha aumentado e que seria um destaque do PT que garantiria a vitória das forças de segurança. Ou seja, uma derrota para agora e para 2022. O ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) foi para o Congresso, então, conversar com a base e costurar um acordo. Progressão e promoção estão salvos da PEC, por ora, mas o reajuste segue proibido quando acionado o gatilho. Policiais federais continuam irritados e falando em paralisação.

Rui volta a defender união da esquerda contra Bolsonaro: ‘Brasil está à deriva’

  • Paloma Teixeira
  • 10 Mar 2021
  • 06:45h

Para o petista, 'governo [federal] está desmoralizado no exterior' | Foto: Daniel Simurro

O governador Rui Costa (PT) voltou a defender a união dos partidos de esquerda para derrotar o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022. Durante o ‘Papo Correria’ na noite desta terça-feira (9), o mandatário afirmou que “o máximo de união nós precisamos ter”. Para o petista, “o Brasil esta à deriva” e o “governo [federal] está desmoralizado no exterior”. “Não adianta brincar com o governo, colocando pessoas que não sabem o que fazer. Infelizmente vai ser esse desastre aí até o final do governo”, afirmou. Em fevereiro deste ano, o governador defendeu a união entre o PT e outros partidos para que fosse aberto um debate sobre a “reconstrução” do Brasil. Para ele, Fernando Haddad, indicado inicialmente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como possível candidato à presidente pelo PT, seria responsável por iniciar este debate. “O que eu entendi, e que é colocado publicamente pelo Lula, é que precisa começar esse debate e ele colocou aquele que foi candidato em 2018 a iniciar esse debate e que tem todos os méritos para isso, que é Haddad. Então, na expressão dele, resolveu ‘colocar o bloco na rua’ para iniciar o debate”, pontuou na ocasião.

Otto: decisão de Fachin sobre Lula faz ‘cair máscara de Sergio Moro’

  • Matheus Morais
  • 09 Mar 2021
  • 10:59h

Senador diz ao bahia.ba que possível candidatura de Lula a presidente em 2022 mexe com o cenário político do país | Foto: Divulgação

O presidente do PSD na Bahia, senador Otto Alencar, afirmou ao bahia.ba nesta terça-feira (9) que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de anular todas as condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no âmbito da Operação Lava-Jato, foi “correta” e fez “cair a máscara” do ex-juiz Sergio Moro.

O parlamentar ressaltou ainda que o entedimento de Fachin expõe a insegurança jurídica que o Brasil vive até nas cortes superiores. “Também ficou clara, mais uma vez, a interferência política no processo contra o ex-presidente Lula. Interferência do ex-juiz Sergio Moro, que deixou de ser juiz para ser ministro do presidente Jair Bolsonaro. Foram sentenças frágeis, sem provas, eles não tinham provas. Caiu a máscara dele, caiu a máscara do Sergio Moro. Agora, o ex-presidente Lula será julgado sem os vícios e sem a interferência política nas decisões. Será julgado de maneira certa”, salientou.

Sobre uma possível candidatura de Lula a presidente em 2022, Otto diz acreditar que poderá mexer com o cenário político do país. “O Lula foi um bom presidente, um presidente extremamente popular. Tem força política”.

“A política brasileira vive de espamos, de movimentos. Se o ex-presidente Lula decidir ser candidato em 2022 vai movimentar e mexer a política. Nossa política vive em crises depois da Ditadura, o governo Collor, depois Itamar, FHC, tranquilidade nos governos Lula, depois o impeachment de Dilma, o péssimo governo de Michel Temer, do ponto de vista político, moral mesmo. Agora o governo Bolsonaro, que vive em uma eterna crise, muitas dessas crises criadas e alimentadas pelo próprio presidente. No meio disso tudo, a pandemia, a falta de ação do Ministério da Saúde, do próprio presidente. Parafraseando e adaptando a música de Caetano Veloso: ‘Brasil, quão dessemelhante”, analisou o senador

‘Figurinha repetida não completa álbum’, diz Huck sobre Lula

  • Redação
  • 08 Mar 2021
  • 19:24h

Apresentador comentou a decisão de Edson Fachin em anular todas as condenações contra o petista | Fotos: reprodução/TV Globo | Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O apresentador Luciano Huck ironizou a possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançar candidatura às eleições em 2022. Em publicação no Twitter nesta segunda-feira (08), o global comentou a decisão do ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de anular todas as condenações contra o petista, o tornando elegível novamente. “No Brasil, o futuro é duvidoso e o passado é incerto. Na democracia, a Corte Suprema tem a última palavra na Justiça. É respeitar a decisão do STF e refletir com equilíbrio sobre o momento e o que vem pela frente. Mas uma coisa é fato: figurinha repetida não completa álbum”, afirmou. A decisão de Fachin foi tomada nesta segunda e anunciada pelo gabinete de imprensa do ministro. Agora, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, que irá indicar se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.