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Ministério da Saúde libera R$ 4,8 milhões para testes rápidos de gravidez

  • 21 Mar 2016
  • 18:02h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde liberou nesta segunda-feira (21) R$ 4,8 milhões para custeio de testes rápidos de gravidez por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o pais. A autorização dos repasses, que serão pagos em parcela única aos gestores locais, foi publicada no Diário Oficial da União. De acordo com a coordenadora-geral de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Maria Esther Vilela, os testes estarão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Brasil. "O teste pode ser realizado dentro ou fora da unidade de saúde e, caso a pessoa deseje, um profissional poderá ajudar. O objetivo é respeitar o direito de autonomia e sigilo da mulher, além de fornecer a ela todas as orientações e apoio necessários antes e depois do teste", explicou. Devido aos casos de microcefalia associados ao vírus Zika, o Ministério da Saúde reforçou a importância do diagnóstico precoce de gravidez e as ações de planejamento reprodutivo com o devido acompanhamento pré-natal. "Iniciar o pré-natal no primeiro trimestre da gestação, de preferência até a 12ª semana, é fundamental para identificar os fatores de risco para favorecer as ações e intervenções adequadas que evitam complicações e protegem a saúde da mulher e da criança neste momento", destacou o Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.a

Número de mulheres que optam por mastectomia dupla triplica em dez anos

  • 20 Mar 2016
  • 20:02h

Angelina Jolie realizou procedimento em 2013 | Foto: Reprodução/ Glamurama

Apesar de ter gerado discussões em todo o mundo, a estratégia usada pela atriz Angelina Jolie em 2013 como forma de combate ao câncer de mama tem se tornado cada vez mais presente. De acordo com pesquisadores dos Estados Unidos, o número de mulheres que optaram pela mastectomia dupla triplicou em dez anos. Ainda assim, não é possível afirmar se o aumento desse tipo de cirurgia levou a um maior índice de sobrevivência entre essas mulheres, segundo o jornal O Globo. Em alguns casos, a exemplo da atriz norte-americana, as mulheres decidem pelo procedimento mesmo sem um diagnóstico de câncer, baseadas na identificação de uma maior probabilidade de desenvolvimento da doença. Durante o estudo, os pesquisadores buscaram o Instituto Nacional de Câncer dos EUA para analisar 400 mil mulheres que decidiram se submeter entre 2002 e 2012 a, pelo menos, um dos três tipos de cirurgias utilizadas para tratamento do tumor: mastectomia parcial, quando as mamas são preservadas; mastectomia unilateral, quando apenas uma mama é retirada; e dupla mastectomia. Foi descoberto que o número de duplas mastectomias aumentou de 2,9% para 12,7%, enquanto mastectomias unilaterais reduziram de 35,8% para 28,9%. Já o procedimento que preserva as mamas se manteve em 59%. O índice de sobrevivência também foi analisado, com 200 mil mulheres que se submeteram a uma cirurgia antes de 2007. As taxas são parecidas entre os três tipos de cirurgias: 91,8% entre as que conservaram as mamas, 83,8% entre as que fizeram mastectomia unilateral e 90,3% para mastectomia dupla.

Catarata atinge 7,6 mi de idosos no país; médico enumera sintomas e tratamentos

  • 20 Mar 2016
  • 16:03h

(Foto: Reprodução)

Imagine que o cristalino do seu olho perde a transparência necessária para evitar qualquer prejuízo à sua visão. Por conta disso, você perde, por exemplo, a percepção das cores e a noção de proximidade. A situação tem nome e gente preocupada em revertê-la. Essa é a realidade de mais de 7,6 milhões de brasileiros que sofrem com a catarata. O assunto foi tema do XXII Congresso Norte e Nordeste de Oftalmologia, realizado entre os dias 10 e 12 de março em Maceió(AL). O presidente dr. João Marcelo Lyra conversou com o Bahia Notícias sobre o tema, na entrevista dessa semana. “Hoje o tratamento mais moderno é a facoemulsificação, justamente dissolver o cristalino através de uma técnica ultrassônica. O equipamento mais moderno é o que você vai fazer incisão em cerca de 2mm com caneta especial, ela irriga e faz essa emulsificação do cristalino e depois injeta lente dobrável no olho, que expande automaticamente, não precisando dar ponto no olho”, afirmou, em referência ao injetor pré-carregado Acrysert, da Alcon.

Estudo conclui que largar o cigarro de uma vez é mais eficaz que gradualmente

  • 20 Mar 2016
  • 10:02h

(Foto: Reprodução)

Apesar de ser a estratégia mais comumente usada entre fumantes que querem largar o cigarro, reduzir gradualmente o uso do produto pode não ser a melhor forma de se livrar do vício. Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, descobriram que marcar uma data e deixar de fumar de forma abrupta é a melhor abordagem. Durante a análise, foram recrutados 697 fumantes com o desejo de largar o hábito. Eles foram divididos, segundo o jornal O Globo, em dois grupos: de "cessação abrupta" e de "cessação gradual". Além disso, eles passaram por aconselhamento e terapias de substituição de nicotina, como adesivos, chicletes e sprays bucais. Após a data determinada para que todos os participantes parassem de fumar, os pesquisadores avaliaram o desempenho dos grupos nas quatro semanas seguintes. Ao fim do período, 39% do grupo de cessação gradual conseguiram se manter longe do tabaco, enquanto 49% do grupo que deixou o vício abruptamente mantiveram a distância. "A diferença nas tentativas de parar parece ter surgido porque as pessoas sofreram para reduzir o consumo", afirmou Nicola Lindson-Hawley, líder do experimento. "Mas se a pessoa de fato tentou parar, a taxa de sucesso foi igual nos dois grupos. Também observamos que mais pessoas preferiram a ideia de abandonar gradualmente, mas independentemente do que pensavam, elas eram mais propensas a para no grupo da cessação abrupta", completou. A pesquisadora destacou, no entanto, que o estudo foi realizado com pessoas que queriam parar de fumar logo e, por isso, buscaram aconselhamento e usaram métodos de substituição de nicotina.

Meditar antes de correr melhora em até 40% sintomas de depressão

  • 20 Mar 2016
  • 08:02h

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Uma pesquisa realizada na Universidade de Rutgers, nos EUA, apontou que meditar antes de correr pode levar à redução de 40% dos sintomas de depressão. Foram recrutados, segundo o jornal O Globo, 52 jovens adultos, dos quais 22 tinham diagnóstico de depressão. Durante oito semanas, os participantes meditaram por 30 minutos e, em seguida, corriam por mais de 30 minutos em uma esteira. A atividade foi repetida duas vezes por semana. Após cada sessão, o estado emocional das pessoas era avaliado. Ao final do período, todos os participantes mostraram melhores condições de humor e ansiedade, além de menor atenção a situações negativas. "Ficamos especialmente surpresos porque o treinamento reduziu as ruminações sobre o passado", afirmou uma das autoras da pesquisa, a psicóloga Tracey Shors. "Esses padrões de comportamento são difíceis de alterar". Entre os voluntários diagnosticados com depressão, foi percebida uma redução de até 40% na intensidade dos sintomas.

Ministério da Saúde autoriza 1.370 novas bolsas de residência médica no Brasil

  • 20 Mar 2016
  • 07:01h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde autorizou nesta terça-feira (15) 1.370 novas vagas de residência médica em 262 programas de 145 entidades, entre hospitais filantrópicos, órgãos públicos e instituições de ensino superior em todo país. Entre as oportunidades de especialização, 870 (64%) são para Medicina Geral de Família e Comunidade (MGFC), área prioritária para o fortalecimento da Atenção Básica. Para o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Hêider Pinto, a Medicina de Família e Comunidade deve ser prioridade na expansão da residência. "O Programa Mais Médicos tem entre os desafios garantir, com qualidade, especialistas nos locais nos quais eles são necessários. O planejamento da expansão das residências tem essa finalidade. Além disso, é prioridade máxima formar um profissional preparado para resolver 80% dos casos que chegarem à unidade básica de saúde, ou seja, o médico de família", afirmou em nota. Além da MGFC, as especialidades com maior número de vagas aprovadas foram cardiologia (73), pediatria (55) e ginecologia e obstetrícia (58), áreas prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, serão custeadas bolsas em 22 especialidades médicas. As vagas estão distribuídas em 23 estados e abrangem as cinco regiões do país.

Amamentação salva vidas de mães e crianças de todas as rendas, demonstra estudo

  • 19 Mar 2016
  • 20:02h

(Foto: Reprodução)

Mamar no peito é coisa séria: não faltam pesquisas comprovando os benefícios do leite materno para a saúde da mãe e do bebê. A mais recente foi publicada na última sexta-feira, 29, na revista The Lancet e faz parte de uma série de estudos do respeitado periódico científico sobre o tema. Liderado por especialistas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, o trabalho é o maior e mais detalhado já realizado sobre o assunto e se baseou em uma extensa revisão de artigos científicos. Confira a seguir os principais achados da investigação.

 

 

Menos mortes de crianças e mulheres

Segundo o estudo, aumentar as taxas de aleitamento materno poderia prevenir que 800 mil crianças venham a óbito a cada ano - o equivalente a 13% de todas as mortes de meninos e meninas menores de 2 anos de idade. E mais: após revisar 28 trabalhos científicos, os pesquisadores concluíram que, em países ricos, a amamentação é capaz de diminuir em um terço a probabilidade de morte súbita na infância; já nas nações de baixa renda, um terço dos episódios de infecções respiratórias e metade dos casos de diarreia poderiam ser evitados se os pequenos mamassem mais no peito. Também há evidências de que o leite da mãe traz benefícios futuros para o filhote, como maior inteligência e menor propensão a diabetes e obesidade.  Mas não é só a meninada que sai ganhando: anualmente, 20 mil mulheres deixariam de morrer pelo câncer de mama se amamentassem mais. Os casos de tumores malignos nos ovários também poderiam ser reduzidos. "Há uma ideia disseminada por aí de que os benefícios do leite materno só valem para países pobres. Nada poderia estar mais longe da verdade", lamenta Cesar Victora, professor da UFPel e principal autor da pesquisa.

Vantagem econômica

Incentivar o aleitamento também é uma forma de economizar, segundo os estudiosos. Durante a investigação, eles perceberam que os prejuízos decorrentes dos baixos índices de amamentação foram responsáveis pela perda de 302 bilhões de dólares em 2012. Considerando só os países ricos, as despesas somaram 231,4 bilhões de dólares. Os pesquisadores também calcularam que, se os índices de amamentação até o 6 meses de vida chegassem a 90% nos Estados Unidos (EUA), na China e no Brasil e a 45% no Reino Unido, os gastos com o tratamento de enfermidades como pneumonia, diarreia e asma diminuiriam. E não para por aí: os sistemas de saúde economizariam 2,45 bilhões de dólares nos EUA, 29,5 milhões de dólares no Reino Unido, 223,6 milhões de dólares na China e 6 milhões de dólares no Brasil.

Ricos X Pobres

Nos países desenvolvidos, apenas 1 em cada 5 crianças consome leite materno até completar o primeiro aniversário; já nas nações de baixa renda, 1 em cada 3 bebês é amamentado de forma exclusiva até os 6 meses de vida. Os pesquisadores brasileiros notaram que, no Reino Unido, por exemplo, a taxa de crianças que mamam no peito com 1 ano de idade é menor do que 1%. Na Irlanda e na Dinamarca, essa porcentagem é de 2% e 3%, respectivamente. "A amamentação é um dos poucos comportamentos positivos que é mais comum em países pobres do que ricos. E, mesmo nas nações pobres, é mais frequente em mães de baixa renda", analisa Victora. Brasil e Bangladesh são exemplos De acordo com os autores do trabalho recém-publicado no Lancet, a saída para aumentar os índices de amamentação é investir, entre outras coisas, em políticas públicas e programas de incentivo a essa prática. E o Brasil é um exemplo disso: em 1974 e 1975, os recém-nascidos mamavam só até os 2 meses e meio de vida; no período de 2006 a 2007, os pequenos consumiam leite materno até os 14 meses. Essa melhora, segundo os estudiosos, é resultado de uma combinação de ações na saúde pública, na sociedade civil e na mídia. Bangladesh é outro país que conquistou grandes feitos quando o assunto é aleitamento materno - eles aumentaram em 13% a taxa de amamentação exclusiva até o 6 meses de vida. Isso porque apostaram na extensão da licença-maternidade, no treinamento de profissionais da saúde, em campanhas midiáticas e na mobilização da comunidade.

Fórmulas infantis

Desde 1981, quando foi instituído o Código Internacional de Marketing para os Substitutos do Leite Materno (BMS, na sigla em inglês), empresas investem massivamente no mercado de fórmulas infantis. Embora esses produtos sejam, de fato, uma maneira de alimentar bebês que não podem receber o leite da mãe, os autores da pesquisa propõem uma regulamentação. "Muitas pessoas pensam que o leite materno pode ser substituído por produtos artificiais sem prejuízo algum. As evidências da pesquisa, das quais participaram alguns dos maiores experts no assunto, não deixa dúvidas de que a decisão de não amamentar tem efeitos negativos na saúde, na nutrição e no desenvolvimento da criança e no bem-estar da mulher", conclui Cesar Victora.

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Estudo aponta que risco de microcefalia associada ao Zika no Brasil é de 14%

  • 19 Mar 2016
  • 13:09h

(Foto: Reprodução)

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Tóquio, no Japão, descobriu que mulheres infectadas pelo vírus Zika no Brasil durante a gravidez têm chance aproximadamente 14% maior de ter um filho com microcefalia. O número significa que uma em cada sete gestantes brasileiras infectadas corre o risco de ter um bebê com a malformação. Ainda de acordo com o estudo, uma em cada 100 mulheres infectadas durante o primeiro trimestre corre o risco de que seu feto desenvolva microcefalia. Segundo informações do site Terra, os pesquisadores sugerem que a proporção é significativamente maior no Brasil. Para chegar às conclusões, os cientistas analisaram dados do surto do Zika no nordeste brasileiro. Também foram considerados os casos de pacientes diagnosticados inicialmente com dengue, mas com resultado positivo posterior para zika.

Portaria torna obrigatório alerta a gestantes sobre riscos do parto cesariano

  • 18 Mar 2016
  • 14:34h

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A Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde aprovou nesta sexta-feira (18) as Diretrizes de Atenção à Gestante relacionadas à operação cesariana. A portaria, publicada no Diário Oficial da União, torna obrigatório que a gestante, ou seu responsável legal, seja informada dos potenciais riscos relacionados à cirurgia ou uso de medicamentos necessários. Ainda segundo o texto, gestores estaduais, distritais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o país são responsáveis por estruturar a rede assistencial, definir os serviços referenciais e estabelecer os fluxos para atendimento das gestantes em todo o país de acordo com as diretrizes aprovadas.

Memória perdida por Alzheimer pode ser recuperada, diz estudo

  • 17 Mar 2016
  • 20:03h

(Foto: Reprodução)

Pessoas que sofrem do mal de Alzheimer podem não ter "perdido" a memória e ter apenas dificuldade para recuperá-la. É o que sugerem pesquisadores que nesta quarta-feira (16) revelaram a possibilidade de um tratamento que pode algum dia curar os estragos da demência. O prêmio Nobel Susumu Tonegawa afirmou que estudos realizados em ratos mostram que estimulando áreas específicas do cérebro com luz azul, os cientistas podem conseguir que os animais lembrem experiências às quais não conseguiam ter acesso antes. Os resultados fornecem algumas das primeiras evidências de que a doença de Alzheimer não destrói memórias específicas, mas as torna inacessíveis. "Como seres humanos e camundongos tendem a ter princípios comuns em termos de memória, nossos resultados sugerem que os pacientes com a doença de Alzheimer, pelo menos em seus estágios iniciais, podem preservar a memória em seus cérebros, o que indica que eles têm chances de cura", afirmou Tonegawa à AFP.

 

Experimento
A equipe de Tonegawa usou camundongos geneticamente modificados para mostrar sintomas semelhantes aos dos seres humanos que sofrem de Alzheimer, uma doença degenerativa do cérebro que afeta milhões de adultos em todo o mundo. Os animais foram colocados em caixas por cuja superfície inferior passa um baixo nível de corrente elétrica, causando uma descarga desagradável, mas não perigosa em seus membros. Um rato que não tem Alzheimer que é devolvido para o mesmo recipiente 24 horas depois tem um comportamento medroso, antecipando, assim, a sensação desagradável. Camundongos com Alzheimer não reagem da mesma forma, indicando que não guardam nenhuma memória da experiência. Mas quando os pesquisadores estimulam áreas específicas do cérebro dos animais - as chamadas "células de engramas" relacionadas à memória - usando uma luz azul, lembram da sensação desagradável. O mesmo resultado foi observado inclusive quando se colocavam os animais num recipiente diferente durante o estímulo, o que sugere que a memória teria sido retida e se ativou.

Conexões sinápticas
Ao analisar a estrutura física do cérebro dos camundongos, os pesquisadores mostraram que os animais afetados com a doença de Alzheimer tinham menos "espinhas dendríticas", através das quais as conexões sinápticas são formadas. Com a repetição dos estímulos de luz, os animais podem incrementar o número de espinhas dendríticas atingindo o nível de ratos normais, então voltando a mostrar um comportamento de medo no recipiente de origem. "A memória de ratos foi recuperada através de um sinal natural", disse Tonegawa, referindo-se ao recipiente que causava o comportamento de medo. "Isto significa que os sintomas da doença de Alzheimer em camundongos foram curados, pelo menos em seus estágios iniciais", disse. A pesquisa, patrocinada pelo Centro RIKEN-MIT para Genética de Circuitos Neurais, é a primeira a mostrar que o problema não é a memória, mas sua recuperação, disse o centro com sede no Japão.

Boa notícia para pacientes de Alzheimer
"É uma boa notícia para os pacientes de Alzheimer", disse Tonegawa por telefone à AFP desde seu escritório em Massachusetts. Tonegawa obteve em 1987 o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina. O estímulo ótico das células cerebrais - técnica chamada "optogenética" - implica inserir um gene especial nos neurônios para fazê-las sensíveis à luz azul, e depois estimulam partes específicas do cérebro. A optogenética foi usada anteriormente em tratamentos psicoterapêuticos para doenças mentais, como depressão mental e transtorno de estresse pós-traumático (PTSD). Tonegawa disse que a pesquisa em ratos dá esperança para o tratamento futuro do mal de Alzheimer que afeta 70% das 4,7 milhões de pessoas no mundo sofrem de demência, um número que deve aumentar à medida que nos países desenvolvidos como o Japão as pessoas vivem cada vez mais tempo. Mas adverte que muito trabalho ainda é necessário. "Os níveis iniciais de Alzheimer poderiam ser curados, no futuro, se conseguirmos uma tecnologia com ética e segurança para o tratamento de condições humanas", acrescentou. A pesquisa foi publicada na revista "Nature".

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CFM recomenda que médicos peçam testes de HIV, hepatite e sífilis em consultas

  • 16 Mar 2016
  • 18:03h

(Foto: Divulgação)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) recomendou, nesta terça-feira (15), que todos os médicos incluam testagens para HIV, sífilis e hepatites B e C nos pedidos de exames de sangue convencionais. De acordo com o órgão, que espera ampla adesão da classe, a medida tem como objetivo derrubar o tabu que cerca essas doenças e antecipar o diagnóstico dessas infecções. "O pedido só será feito, inclusive, após um esclarecimento e um consentimento do paciente, mas o médico deve, na sua entrevista, fazer referência à importância dessa exame para a prevenção e o cuidado do paciente", afirmou o presidente do CFM, Carlos Vital, em entrevista ao portal G1. A frequência desse tipo de exame também deverá ser avaliada pelo profissional de saúde, com base nas informações de cada paciente. No caso das hepatites, os médicos serão orientados a verificar se a vacinação foi realizada e a recomendar a aplicação das doses, se necessário. A indicação poderá ser feita por médicos de qualquer especialidade, mesmo em consultas que não estejam relacionadas aos órgãos genitais ou à prática sexual. Os testes de sorologia para HIV, sífilis e hepatites B e C são oferecidos na rede pública de saúde.

Para apressar teste de microcefalia, governo prevê repasses de R$ 10,9 milhões

  • 15 Mar 2016
  • 18:04h

(Foto: Reprodução)

Diante do atraso na confirmação de casos de microcefalia e da demora na concessão de benefício de um salário mínimo para crianças com a má-formação nascidas em famílias de baixa renda, o governo federal lança nesta terça-feira, 15, plano para reduzir a espera. Ele prevê repasses de R$ 10,9 milhões aos Estados. Os recursos extras serão usados num plano que prevê identificar e localizar bebês com suspeita da doença, levá-los a centros de diagnóstico e, se necessário, achar hospedagem até que todos os exames sejam feitos. Os recursos serão destinados segundo o número de casos suspeitos. Assim, Pernambuco, o Estado com maior número de casos em investigação (1.455), vai receber a maior fatia: R$ 3,2 milhões. A confirmação dos casos é o primeiro passo para que o benefício, previsto em lei, seja concedido para as crianças. Simultaneamente, o Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS) inicia uma força-tarefa para tentar dar vazão ao acúmulo de pedidos do Benefício de Prestação Continuada já feitos. A estimativa é de que tenham sido agendados pelo menos 2 mil pedidos do benefício para crianças de até um ano. Não há como saber quanto desse total foi feito por representantes de crianças com microcefalia, muito menos quantos casos têm relação com zika.

Mês da mulher: Laboratório lança campanha de alerta para a endometriose

  • 14 Mar 2016
  • 18:02h

(Foto: Reprodução)

O laboratório Labchecap realiza durante o mês de março uma campanha de alerta à endometriose. As pacientes atendidas nas unidades recebem um informativo sobre a doença, que atinge mais de 7 milhões de brasileiras, e um batom, para estimulá-las a viverem normalmente, independentemente do diagnóstico. A endometriose é encarada como doença ligada ao estilo da mulher moderna, que carrega o estresse em grande parte das funções a serem exercidas. Entre os sintomas estão cólicas fortes e incapacitantes, dor durante a relação sexual e desconforto intestinal. "O diagnóstico pode ser feito com exame de ressonância magnética da região pélvica, que tem a capacidade de detecção a doença num estágio anterior ao aparecimento das complicações", explicou o doutor Luís Maia, especialista em ressonância magnética da pélvis, do laboratório. A campanha é em alusão ao Dia Internacional da Mulher e segue até o dia 31 de março.

Pesquisa comprova eficácia de óleos de orégano e de cravo contra o Aedes

  • 14 Mar 2016
  • 12:32h

(Foto: Reprodução)

Uma pesquisa da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais e da Fundação Ezequiel Dias (Funed) atestou a eficiência do uso dos óleos de orégano e de cravo para matar as larvas do mosquito Aedes aegypti. O próximo passo do estudo será desenvolver a fórmula para um larvicida, que será colocado à disposição do mercado. Em contato com o criadouro, os óleos matam as larvas em até 24 horas. A pesquisadora Alzira Batista Cecílio espera que até o meio do ano a formulação já esteja pronta para ser apresentada à indústria. "Produto natural não pode ser patenteado. Então, só após a formulação do larvicida, poderemos patentear e iniciar as negociações com as empresas", afirma.

 O estudo é um desdobramento de outra pesquisa mais ampla, que testa o uso de produtos naturais para combater diversos tipos de vírus. "Nesse cenário preocupante em relação ao vírus da dengue, nós decidimos começar a estudar também plantas que pudessem eliminar o vetor", acrescenta Alzira. Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus Zika e da febre chikungunya. O orégano e o cravo foram selecionados após análise de mais de 20 plantas. O óleo é extraído com o uso de equipamentos específicos. Por essa razão, não adianta por exemplo colocar folhas de orégano ou cravo nos vasos das plantas. Neste momento, está sendo feito o estudo fitoquímico, para detalhar a composição química dos óleos. Futuramente, está previsto também o teste desses óleos no combate a outras fases da vida do mosquito, o que pode levar ao desenvolvimento de um inseticida aerosol ou um repelente. A pesquisadora alerta, porém, que esses produtos são apenas ferramentas auxiliares para combater o Aedes. "Eliminar os criadouros continua sendo o ponto chave", reitera.

Larvicida degradável

Segundo Alzira Cecílio, o objetivo é desenvolver um produto que não contamine o meio ambiente, já que a maioria dos criadouros de larvas está espalhada. Elas podem ter contato com animais e até água voltada para o consumo humano, como por exemplo nas caixas d'água. "Queremos um larvicida que seja degradado rapidamente e não contamine a água, ao mesmo tempo em que tenha boa eficácia. A maioria dos larvicidas usados hoje exige algum cuidado na aplicação e deixa a água com alguma toxicidade", explica. No mês passado, uma nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) gerou polêmica ao criticar os larvicidas usados atualmente. O governo do Rio Grande do Sul chegou a suspender o uso do Pyriproxifen, ao considerar que o produto poderia estar relacionado à ocorrência de microcefalia em bebês. A própria Abrasco negou que tenha colocado essa possibilidade em questão. Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do grupo de saúde e ambiente da Abrasco, Marclo Firpo, explicou que foi um mal-entendido, mas reafirmou que a entidade é contra o uso de agentes químicos na água potável e que danos à saúde decorrentes desses produtos não estão descartados. "Consideramos um contrassenso sanitário, um absurdo a colocação de veneno larvicida na água potável", disse.

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Excesso de carboidratos aumenta risco de câncer de pulmão, aponta estudo

  • 13 Mar 2016
  • 20:03h

(Foto: Reprodução)

O consumo de carboidratos em excesso pode aumentar em 49% o risco de câncer de pulmão. Um estudo publicado na revista Cancer Epidemiology, Biomakers & Prevention aponta que alto índice glicêmico - ou seja, a velocidade com que avançam os níveis de açúcar no sangue após uma refeição - é potencializador dos riscos de desenvolver a doença. De acordo com O Globo, dados de 4,4 mil pessoas foram avaliados ao longo da pesquisa, divulgada nesta terça-feira (8). A professora Stephanie Melkonian, da Universidade do Textas, explicou que foi observada ocorrência maior de câncer de pulmão entre os pacientes que consome mais alimentos com alto índice glicêmico, por exemplo, pão e arroz branco. "Isto, por sua vez, leva a um crescimento dos fatores semelhantes à insulina (IGF, na sigla em inglês). Pesquisas anteriores já mostraram que o aumento nos IGFs está ligado ao aumento do risco de câncer de pulmão", acrescentou a especialista. O cientista Xifeng Wu, pesquisador sênior do estudo, esclarece que a combinação sugere "qualidade média e não a quantidade de carboidratos consumidos que podem alterar o risco de câncer de pulmão".