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Aquecimento global afeta crescimento e regeneração da floresta Amazônica, diz estudo

  • 08 Nov 2018
  • 20:16h

Foto: Adriane Esquivel Muelbert, University of Leeds

Uma equipe de mais de 100 cientistas avaliou o impacto do aquecimento global em milhares de espécies de árvores em toda a Amazônia para descobrir os vencedores e perdedores de 30 anos de mudança climática. Sua análise descobriu que os efeitos das mudanças climáticas estão alterando a composição das espécies arbóreas da floresta tropical, mas não o suficiente para acompanhar o ambiente em mudança. A equipe, liderada pela Universidade de Leeds em colaboração com mais de 30 instituições em todo o mundo, usou registros de longo prazo de mais de cem parcelas como parte da Rede de Inventário da Floresta Amazônica (RAINFOR) para rastrear as vidas de árvores individuais em a região amazônica. Seus resultados mostraram que, desde a década de 1980, os efeitos das mudanças ambientais globais - secas mais fortes, aumento da temperatura e níveis mais altos de dióxido de carbono na atmosfera - afetaram lentamente o crescimento e a mortalidade de espécies específicas. Em particular, o estudo descobriu que as espécies de árvores que preferem a umidade estão morrendo mais freqüentemente do que outras espécies e aquelas adequadas para climas mais secos não foram capazes de substituí-las. A autora do estudo, Adriane Esquivel Muelbert, da Escola de Geografia de Leeds, disse: "A resposta do ecossistema está atrasada em relação à taxa de mudança climática. Os dados nos mostraram que as secas que atingiram a bacia amazônica nas últimas décadas tiveram sérias consequências a composição da floresta, com maior mortalidade em espécies arbóreas mais vulneráveis ??a secas e crescimento compensatório insuficiente em espécies melhor equipadas para sobreviver a condições mais secas." A equipe também descobriu que árvores maiores - predominantemente espécies de dossel nos níveis superiores das florestas - estão competindo com plantas menores. As observações da equipe confirmam a crença de que as espécies do dossel florestal seriam "vencedores" da mudança climática, pois se beneficiam do aumento do dióxido de carbono, o que pode permitir que cresçam mais rapidamente. Isso sugere ainda que concentrações mais altas de dióxido de carbono também têm um impacto direto na composição da floresta tropical e na dinâmica da floresta - a forma como as florestas crescem, morrem e mudam. Além disso, o estudo mostra que as árvores pioneiras - árvores que brotam rapidamente e crescem em clareiras deixadas para trás quando as árvores morrem - estão se beneficiando da aceleração da dinâmica da floresta. O coautor do estudo, Oliver Phillips, professor de Ecologia Tropical em Leeds e fundador da rede RAINFOR, disse: "O aumento em algumas árvores pioneiras, como a cecropia de crescimento extremamente rápido, é consistente com as mudanças observadas na dinâmica da floresta, que também pode em última análise, ser impulsionado pelo aumento dos níveis de dióxido de carbono". O co-autor Dr. Kyle Dexter, da Universidade de Edimburgo, disse: "O impacto das alterações climáticas nas comunidades florestais tem importantes consequências para a biodiversidade das florestas tropicais. As espécies mais vulneráveis ??às secas estão duplamente em risco, pois são tipicamente as mais restritas para menos locais no coração da Amazônia, o que os torna mais propensos a serem extintos se esse processo continuar". "Nossas descobertas destacam a necessidade de medidas rigorosas para proteger as florestas intactas existentes. O desmatamento para agricultura e pecuária é conhecido por intensificar as secas nesta região, o que está exacerbando os efeitos já causados ??pela mudança climática global", disse Dexter.

Primavera começa nesta sexta-feira (22) com calor e tempo seco

  • 22 Set 2017
  • 14:02h

(Foto: Reprodução)

A primavera começa às 17h02 nesta sexta-feira (22) e deve trazer temperaturas mais altas. O tempo seco característico do inverno, no entanto, deve continuar até próximo ao final da estação, quando um pouco mais de chuva traz um pouco mais de umidade. De acordo com estimativa do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe), a primavera será de calor e com temperaturas acima da média histórica, que normalmente fica em torno de 28°C. Também o período de chuvas mais regulares, que usualmente começa no meio de outubro, pode demorar a chegar neste ano. Segundo o Climatempo, para a primavera de 2017, não há expectativa de massas polares fortes e não devemos ter eventos de frio atípico como no meio da primavera de 2016. A primavera deste ano também deve terminar com o fenômeno da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que proporciona chuva volumosa para várias regiões do país, informa o Climatempo. Em geral, o aumento do calor e da umidade da estação provocam as costumeiras pancadas de chuva no final da tarde ou da noite nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. A estação também traz poucas alterações nos totais mensais de chuva na região Sul. Já nas regiões Norte e Nordeste, costuma haver pouca variação de temperatura.

Polícia Civil de Ibicoara prende homens em flagrante por prática de crime ambiental

  • Informe Barra
  • 09 Jul 2017
  • 16:09h

Foto: Reprodução/Informe Barra

A Polícia Civil de Ibicoara prendeu em flagrante na quarta – feira (05), três pessoas, por estarem fazendo derrubada de madeiras em uma área de preservação ambiental. Ao realizar diligências depois de ter recebido denúncia anônima, a Polícia Civil chegou até uma localidade conhecida como Fazenda São Jorge, onde várias árvores haviam sido derrubadas pelos homens que estavam de posse de uma Motosserra, grande quantidade de madeira já haviam sido prancheadas e estavam prontas para serem retiradas do local ilegalmente. Os homens receberam voz de prisão e foram encaminhados para a delegacia, onde os procedimentos cabíveis foram tomados. Vale ressaltar que cortar árvores em floresta considerada de preservação, sem permissão da autoridade competente, pode resultar em pena, com detenção de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Qual futuro queremos? 5 de maio, dia Mundial do Meio Ambiente

  • Danillo Assunção
  • 05 Jun 2017
  • 14:00h

Foto: Ilustração

A preocupação com os limites ambientais é fundamental para a preservação e continuidade dos ecossistemas do planeta. Mas para que isso aconteça é preciso que as pessoas compreendam as consequências que há para a humanidade quando extraem os recursos naturais sob o risco de ultrapassar o seu limite.  A superexploração continuada é um fenômeno presente em diversas regiões do mundo, acabando com reservas naturais de água, florestas, minerais. As consequências disso são imensuráveis e tendem a gerar um prejuízo irreparável para a população, principalmente por se tratar de recursos finitos e que cada vez mais estão ficando escassos. Exemplos de tendências inexoráveis incluem as mudanças climáticas, a destruição do ozônio atmosférico, a acidificação oceânica, interferências no ciclo do fósforo e do nitrogênio, perda da biodiversidade, impossibilidades para o uso do solo e da água e a poluição química. Tudo isso com efeito direto e constante sobre a qualidade de vida da população. O crescimento do consumo energético ao longo da evolução estrutural das comunidades urbanas trouxe à tona o debate sobre as considerações significativas acerca da capacidade adaptativa da atmosfera e sobre o suprimento das demandas individuais e de cada país.  Pois durante muito tempo houve uma preocupação apenas com a produção econômica, sem os devidos cuidados e atenção com a preservação ou resiliência dos recursos naturais. Além disso, o desenvolvimento econômico também não foi reflexo de progresso social, ou seja, os benefícios do crescimento econômico, em sua grande parte, não foram compartilhados com os mais pobres. Por isso é preciso haver uma combinação entre os limites máximos planetários e os limites mínimos sociais, ou seja, um teto ambiental e um piso social.

Hoje em dia, o conceito de desenvolvimento econômico deve ser concebido a partir do bem-estar humano sustentável, mas o que acontece é justamente o contrário. Os países ricos são os que consomem a maior quantidade da energia mundial e não estão preocupados em assegurar a resiliência desses recursos energéticos finitos. Quanto ao consumo populacional, a minoria rica mundial se apropria de quase 80% dos recursos naturais utilizados no planeta. Sendo assim, é necessário um reequilíbrio na demanda para que haja um equilíbrio na disponibilidade produtiva e um desenvolvimento econômico preocupado com o declínio ecológico e a disparidade social. Os países precisam investir em energias renováveis, na implementação de tecnologias que otimizem o uso da água, do solo e do ar, na aplicação de leis ambientais mais rígidas e na fiscalização do seu cumprimento e realização de campanhas de conscientização da população para o uso dos recursos naturais. Está cada vez mais caro e difícil o acesso aos recursos não renováveis. Portanto, ou há uma grande mobilização mundial para que essa realidade comece a ser modificada ou as populações futuras sofrerão as consequências da nossa atual superexploração.  O debate sobre essas questões traz o empoderamento das pessoas para que cobrem alternativas possíveis dos formuladores de políticas públicas, fornecendo e disponibilizando um painel de controle mais amplo para que possamos prosperar num espaço social seguro e justo.   

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Os termômetros em Conquista registram mais um dia com baixas temperaturas

  • Brumado Urgente
  • 05 Mai 2017
  • 18:33h

Foto: Reprodução

O frio de na cidade de Vitória da Conquista, pelo segundo dia consecutivo, foi intenso. o município registrou as menores temperaturas de toda a região Nordeste. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) a menor temperatura ficou em 15,6 graus. Ontem, quando a cidade também registrou a mais baixa temperatura de todo o Nordeste foi ainda mais frio, com 15,2 graus. Para amanhã o frio continua com 16 graus, mas ao longo do dia o Sol aparece e esquenta um pouco, podendo registrar máxima de 27 graus. 

2016 pode se transformar no ano mais quente da história, diz agência

  • 16 Set 2016
  • 17:16h

(Foto: Reprodução)

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) advertiu nesta sexta-feira (16) que 2016 está no caminho de se transformar no ano mais quente já registrado na história, com temperaturas extremamente altas. "Fomos testemunhas de um prolongado período de extraordinário calor e tudo indica que isto se transformará na nova norma", sustentou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, ao apontar que foram observados níveis excepcionalmente altos de concentração de dióxido de carbono e que recordes de temperatura foram quebrados. Esta situação e o aquecimento dos oceanos acelerou o braqueamento dos recifes de corais, lembrou. 

"A temporada excepcionalmente longa de aquecimento global continuou em agosto, que foi o mais quente em registros tanto na superfície terrestre como nos oceanos", acrescentou a porta-voz da OMM, Claire Nullis, baseando-se em dados da Nasa e do Centro Europeu para as Previsões Meteorológicas a Médio Prazo. Além disso, segundo os últimos dados, a superfície de gelo no Ártico no verão do hemisfério norte deste ano foi a segunda mais reduzida dos últimos 37 anos, quando começaram os registros por satélite. A extensão de gelo no Ártico no verão deste ano foi de 4,14 milhões de quilômetros quadrados e acredita-se que a principal razão para que a situação não tenha sido mais dramática tenha a ver com o fato de que o verão nessa parte do mundo foi fresco, nublado e com tempestades regulares. "Historicamente, essas condições meteorológicas desaceleram a perda de gelo durante o verão, mas no essencial estaremos só um degrau abaixo do recorde", indicou Nullis. A menor superfície de gelo ártico é de 17 de setembro de 2012, quando diminuiu até chegar a 3,39 milhões de quilômetros quadrados.

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Confira dicas de defensora do consumo consciente para gerar menos lixo

  • 30 Mar 2016
  • 20:02h

(Foto: Reprodução)

Não adianta só separar papel, plástico e metal. "Reduzir a quantidade de lixo é tão importante quanto reciclar", diz Gabriela Yamaguchi, porta­voz do Instituto Akatu, ONG que defende o consumo consciente. A seguir, ela ensina como gerar menos lixo. 

Menos embalagens

Evite alimentos que venham em bandejas de isopor e que possuem excesso de embalagem. Comprar a granel é uma solução. Mesmo se usar o saquinho do supermercado, o volume de resíduo gerado será menor.

Planeje compras

Antes de comprar alimentos ou qualquer objeto, veja se já não possui um em casa e compre apenas a quantidade que vai consumir. Isso evita o descarte desnecessário de produtos.

Fuja das sacolas

Sacolas de plástico de mercados, feiras e as sacolas de lojas de roupa, decoração e eletrodomésticos costumam ficar acumuladas nas residências e aumentam a produção de lixo. Carregue sempre uma sacola durável na bolsa e use­a quando for comprar algo.

Reutilize

Roupas de tecido sintético, como o nylon, demoram centenas de ano para se decomporem no meio ambiente. Se não for possível doar a peça que você não usa mais, use­a como pano de limpeza. Esse tipo de tecido funciona muito bem na hora da faxina.

Use garrafas e copos duráveis

Evite comprar garrafas de água ou outras bebidas em embalagens pequenas. O melhor é ter uma garrafa ou copo durável e enchê­la em casa ou no trabalho.

Procure refis

Muitos produtos de limpeza e higiene pessoal são comercializados em embalagens refil, que têm de 30% a 40% menos plástico na composição.Opte por elas sempre que possível.

Use a internet

Dispense catálogos e publicações que não te interessam mais e peça versões digitais de contas e extratos bancários. 

Compacte

Amassar embalagens tipo longa vida, caixas e garrafas pet ajuda a poupar espaço nas lixeiras e no caminhão de lixo, o que economiza recursos. É um hábito simples e que ajuda a diminuir o volume descartado

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No Mundo Temperatura média global de novembro de 2015 é a mais alta para o mês em, ao menos, 136 anos

  • 30 Dez 2015
  • 12:34h

Dados da Nooa indicam que 2015 deve ser o mês mais quente desde o início das medições, em 1880

A média global de temperatura na superfície do planeta para novembro de 2015 foi a mais alta para o mês desde o início dos registros do tipo, que datam de 1880. A média de novembro ficou 0,97°C acima da média verificada em todo o século XX. O novo recorde ultrapassou por 0,15°C a média global de novembro de 2013 e registrou a impressionante sequência de sete meses seguidos em que médias inéditas foram aferidas. A média de temperatura registrada em toda a superfície do planeta até o momento, em 2015 (de janeiro a novembro), ficou 0,87°C acima da média do século XX, o que se configurou na média mais alta desde 1880. A média de temperatura de dezembro teria que ser pelo menos 0,81°C inferior à média dos onze primeiros meses do ano (ou 0,24°C mais baixa que o recorde negativo, datado de 1916) para que 2015 não se torne o mês mais quente do ano em 136 anos de medição da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (Noaa). A extensão média do gelo do mar Ártico para novembro 2015 ficou 8,3% abaixo da média para o período de 1981 a 2010. É a sexta menor medida para o mês desde que os registros começaram, em 1979, de acordo com dados da NOAA e da NASA.

Região turística, Chapada Diamantina resiste ao fogo e ocupação hoteleira cai até 50%

  • 12 Dez 2015
  • 08:18h

Maioria dos atrativos funciona, mas as marcas de queimadas são visíveis. ‘Está de cortar o coração’, comenta gerente de hotel da cidade de Lençóis. (Foto: Reprodução)

Considerada o coração da Bahia, a Chapada Diamantina, um destino de turismo de aventura mundialmente conhecido, sofre há meses com incêndios que comprometem a biodiversidade do Parque Nacional. Desde novembro, quando as chamas ganharam força, ao menos 50 mil hectares foram queimados, de acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) – um dos pontos mais devastados é o entorno do Morro do Pai Inácio, perto de Lençóis. Apesar da proximidade das festas de fim do ano, como o réveillon, a farta rede de hospedaria sente a redução do número de visitantes. A reportagem procurou alguns dos principais hotéis e pousadas, e parte teve baixa de até 50% nas reservas. “Estamos bem próximo ao réveillon e temos somente metade das acomodações vendidas. Normalmente, nesse período, já estamos fechando as últimas reservas. Faço relação direta com os incêndios. É uma pena, mas é verdade. Tudo isso gera insegurança, porque o turista é cauteloso”, disse Ney Paulo, gerente do hotel Canto das Águas, em Lençóis.

De Aracatu para o Mundo: Foto da Fazenda Bezerro Gordo é escolhida para representar a caatinga brasileira na COP21

  • Daniel Simurro | Brumado Urgente
  • 11 Dez 2015
  • 17:10h

A foto foi escolhida por representar de forma muito intensa a atual realidade da caatinga brasileira (Foto: Ronaldo Maia Filho | PNUD)

A Fazenda Bezerro Gordo, na zona rural de Aracatu, acabou se tornando um símbolo da Caantiga do Brasil, tendo uma foto fazendo parte do portfólio da COP21, a 21ª Conferência do Clima que foi realizada neste mês de dezembro em Paris, e que teve como principal objetivo costurar um novo acordo entre os países para uma nova ordenação climática no mundo. A foto foi de autoria de Ronaldo Maia Filho, que trabalha no braço brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que é o organismo internacional, ou seja, a entidade das Nações Unidas que tem por mandato promover o desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo. Ele é filho do suplente a vereador, Ronaldo Maia, que é o proprietário da Fazenda Bezerro Gordo, que, como todas da região, vem sendo castigada pelas altas temperaturas e pela falta de precipitações pluviométricas. A foto é emblemática e representa com muita intensidade os reflexos das mudanças climáticas que vêm acontecendo no Brasil, revelando a forte estiagem que vem atingindo o sertão nordestino. Espera-se que os líderes mundiais cumpram os protocolos para o bem do meio ambiente, já que, se isso não feito a desertificação da caatinga poderá ser uma realidade daqui algumas décadas, já que as fortes secas apontam para isso.  

Ministra diz que recuperação da Bacia do Rio Doce levará pelo menos dez anos

  • 18 Nov 2015
  • 13:58h

(Foto: Reprodução)

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta terça-feira (17) que o projeto de recuperação da Bacia do Rio Doce será de longo prazo. “Quando falo de longo prazo, é um projeto de pelo menos uma década”, explicou. A ministra participou da reunião com a presidenta Dilma Rousseff e integrantes do comitê de gestão e avaliação de respostas ao desastre causado pelo rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, na região de Mariana, em Minas Gerais. Teixeira falou também sobre o plano de recuperação da Bacia do Rio Doce anunciado, após a reunião, pela presidenta Dilma Rousseff. Segundo a Agência Brasil, a ministra acredita que haverá muito trabalho pela frente a ser feito. O objetivo agora é chamar todas as partes envolvidas para convergir em uma proposta única. “O desastre é enorme, é uma catástrofe, o pior desastre ambiental do país, e temos que tomar medidas inovadoras para resolver. A gente sabe que a parte de peixes, a fauna intocada, répteis, isso foi perdido. Os especialistas terão que dizer quanto tempo leva [a revitalização]. Além da recuperação de nascentes e uma série de situações estruturantes para a restauração da qualidade ambiental na bacia”, detalhou Izabella.

Incêndio atinge cerca de 30 km em Mucugê, na Chapada Diamantina

  • 18 Nov 2015
  • 07:57h

Dois aviões e um helicóptero da FAB chegaram a Lençóis na tarde desta terça-feira para ajudar no combate ao fogo. (Foto: Reprodução)

Um incêndio florestal de grandes proporções atingiu o município de Mucugê, na região da Chapada Diamantina. Apesar das chamas terem iniciado ainda na segunda-feira (16), foi nesta terça que elas ganharam maiores proporções, segundo informou a Secretaria do Meio Ambiente do município. Conforme a secretária do Meio Ambiente de Mucugê, Meirilan Aline Santos Machado, o incêndio é estimado em uma extensão de 30 km seguidos. “O vento aqui está muito forte, o sol quente e a vegetação bastante seca, o que facilita a expansão do fogo”, explica a secretária. Ainda segundo Machado, o fogo começa nas proximidades do Projeto Sempre Viva e já está chegando na Cachoeira das Andorinhas, localizada no Parque Natural Municipal de Mucugê. Parte do Parque Nacional da Chapada Diamantina também foi atingido pelas chamas no município.

Rio do Antônio: Vereador faz grave denúncia contra o chefe de gabinete municipal por suposto crime ambiental

  • Brumado Urgente
  • 10 Nov 2015
  • 18:34h

O carro de propriedade do chefe de gabinete municipal transportando a madeira para a sua fazenda (Foto: Brumado Urgente)

A prática de atos nocivos e hostis ao meio ambiente cada vez mais é repudiada, já que a mudança de mentalidade da sociedade do século XXI mostra uma grande consciência ambiental. As leis vêm sendo cada vez mais rígidas contra os que praticam os crimes ambientais, inclusive com prisões mais severas e multas bem mais altas. Dentro desta nova lógica de fatores, as denúncias também vêm aumentando de forma considerável, principalmente pelos ativistas ambientais que vêm sendo implacáveis com os “inimigos da natureza”. Foi justamente essa postura de implacabilidade que foi adotada pelo vereador do município de Rio do Antônio, André Berkovitz (PT), o qual veio à redação do Brumado Urgente no final da manhã desta terça-feira (10) para comunicar uma grave denúncia apresentada por ele contra o chefe de gabinete municipal, Paulo César Oliveira Prates, o qual estaria praticando um crime ambiental que seria configurado pela retirada de várias toras de algaroba da Lagoa do Cunha para serem levadas para cercar a sua fazenda particular. “O que ele está fazendo é um atentado ao meio ambiente, pois há alguns anos os jovens fizeram uma grande campanha de reflorestamento da Lagoa do Cunha e agora o chefe de gabinete vem, de forma criminosa, arrancar os pés de algaroba para cercar a sua fazenda particular. Isso é um absurdo e precisa ser rigorosamente punido pelas autoridades”, relatou o parlamentar que ainda continuou falando que “por isso apresentei uma queixa-crime contra ele na Polícia Civil, sendo que ele já será ouvido na próxima quinta-feira. Também estou indo até o Ibama em Vitória da Conquista para fazer a denúncia, pois, como já disse, o fato é grave e precisa ser devidamente apurado”. O chefe de gabinete foi procurado pela nossa equipe, mas não houve retorno das ligações. Veja o vídeo feito pelo vereador, onde está registrada a a denúncia de crime ambiental: 

ONU considera propostas de redução de emissão de gases poluentes

  • 30 Out 2015
  • 19:32h

ONU considera propostas de redução de emissão de gases poluentes

A ONU considerou nesta sexta-feira (30) que as reduções de emissão de gases poluentes que os países se comprometeram voluntariamente a cumprir são "insuficientes" para evitar a alta da temperatura global a valores inferiores a dois graus Celsius. O aviso veio da secretária-geral da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC, da sigla em inglês), Christiana Figueres, ao apresentar, em Berlim, o resumo dos planos nacionais, de 146 países, para combater o aquecimento global.Citada pela agência EFE, Christiana explicou que, se a comunidade internacional não agir em conjunto e determinadamente, as temperaturas médias globais poderão subir entre quatro a cinco graus Celsius até 2100, tendo por base as estimativas feitas recentemente pela Agência Internacional da Energia (AIE).

A responsável da UNFCCC salientou que, mesmo que os 146 países implementem totalmente as medidas que aprovaram, a elevação das temperaturas atingirá os 2,7 graus, o que significa que os cortes propostos são "insuficientes". "É uma boa notícia, um passo muito bom e notável na direção correta para travar a alta das temperaturas e trazê-la para a linha de defesa dos dois graus, mas ainda é insuficiente", alertou. Ela destacou, no entanto, destacou o "compromisso verdadeiramente sem precedentes" da comunidade internacional, já que todos os países industrializados, "sem exceção", bem como 75% dos emergentes, apresentaram planos para a redução de emissões de gases com efeito estufa, o que classificou como um "feito histórico". O relatório síntese sobre o efeito conjunto das contribuições, apresentado por Christiana, surge a cerca de um mês do início da Conferência sobre o Clima, que ocorrerá em Paris, e onde se pretende alcançar um acordo global e vinculativo para o combate às alterações climáticas.

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Temperatura na Terra deve subir 2º e intensificar extremos de chuva e seca

  • 26 Set 2015
  • 09:03h

(Foto: Correio 24h)

Salvador teve, entre os meses de abril e junho deste ano, as chuvas mais fortes dos últimos 20 anos, segundo órgãos responsáveis. Do outro lado, já em 2012, a Bahia passou pela maior seca dos últimos 60 anos - e sobreviveu aos tropeços à estiagem que persiste. Pois, o futuro não é muito animador. Diante de um cenário de altas emissões de gases que provocam o efeito estufa, as mudanças climáticas previstas por especialistas devem incluir que esses extremos  - muita  chuva e muita seca - sejam mais comuns. “A gente sabe que os eventos extremos serão mais frequentes e duradouros, com maior intensidade. E esses eventos vão estar relacionados à água. Porque a água é aquela coisa que o ideal é nem tanto nem tão pouco”, diz o coordenador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais, Marcos Freitas, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Até 2100, a temperatura do mundo vai aumentar - quanto a isso, não dá mais para voltar atrás. Agora, a questão é como fazer com que ela não aumente demais. A meta da comunidade internacional é manter esse crescimento de temperatura em até 2°C. Mas, se o mundo continuar produzindo em excesso gases do efeito estufa, o número pode dobrar - há quem acredite que chegaria até a 7°C. 


 

Desequilíbrio
Agora, você pensa: por que dois graus a mais ou a menos fariam tanta diferença? Por que um dia com 30°C  seria um pior do que outro cuja máxima registrada foi de 28°C? De fato, como o ser humano tem facilidade de adaptação, talvez nem dê para notar que houve alguma diferença.  “O que vai dar para perceber mesmo é a variação nos extremos. O problema, do ponto de vista do conforto térmico, vai ser um desequilíbrio na fauna e na flora. Poderá causar extinções enormes de organismos em algumas regiões”, alerta o coordenador de monitoramento do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) do Estado, Eduardo Topázio.  No entanto, desequilíbrio na biodiversidade não significa só que bichinhos e plantinhas podem desaparecer. Mesmo com a facilidade para se adaptar, a qualidade de vida dos humanos vai piorar. A partir disso, podem vir desde falta de alimentos, maior vulnerabilidade a desastres naturais, epidemias e até deslizamentos de terra. As chuvas no Nordeste também vão diminuir, apontam especialistas.

Efeito dominó
A situação se agrava quando percebemos que, desde a seca de 2012, a produção de energia a partir de usinas termelétricas no Brasil tem crescido, enquanto as fontes hídricas têm diminuído. “Em 1988, 85% de nossa capacidade instalada era de hidrelétricas. Hoje, é de 75%. Apesar 
de ter entrado a eólica, o maior crescimento é das termelétricas, que são à base de diesel,  de óleo combustível, gás natural e carvão. O setor de energia está mais carbonizado do que no passado”, afirma Marcos Freitas. Só que uma coisa puxa a outra. Quanto mais se consome energia mais gases são produzidos. Mais carros na rua, mesma coisa. Mais calor significa mais ar-condicionado. Resultado? Mais consumo de energia, mais gases. “Em São Paulo, quase 50% das emissões vêm do transporte. A saída é investir no transporte público, na bicicleta...”, exemplifica André Nahur. Em Salvador, o inventário dos gases do efeito estufa, divulgado com exclusividade pelo CORREIO, mostra que transportes são responsáveis por 74% das emissões na capital baiana. “Além disso, devemos repensar ambientes climatizados e encontrar solução para reduzir a sensação térmica onde você estiver”, lembra André Nahur.  No caso de Salvador, há outro problema: trata-se de uma cidade litorânea. Como o planeta está mais aquecido, geleiras estão derretendo. Assim, o mar passa a ter mais água e, com isso, seu nível sobe. “A gente não tem noção  de como vai acontecer, mas algumas áreas já sofrem inundações. Eu não compraria uma casa à beira-mar”, pondera Marcos Freitas.

1- Aumento do nível do mar Como o planeta está mais quente, as geleiras começam a derreter - o que significa mais água no mar. Cidades litorâneas - como Salvador - podem sofrer inundações e até desaparecer. 

2 - Epidemias de doenças   Se a ocorrência de algumas doenças tropicais estava restrita a uma região, a coisa mudou. É o caso da dengue, que agora está presente até em zonas temperadas, como a Europa. 

3 - Desequilíbrio ecológico Espécies da fauna e da flora podem desaparecer por completo. Na prática, para os humanos, pode significar desde a falta de alguns alimentos até problemas de saúde. 

4 - Extremos duradouros  Não apenas é possível ter mais chuvas fortes e secas mais prolongadas, como furacões e tornados podem se tornar mais comuns no Sul do Brasil. 

5 - Falta de energia  A maior parte da energia no Brasil ainda é proveniente de usinas hidrelétricas. Porém, como o nível dos reservatórios está baixo (no Nordeste, na última semana, era de 14% da capacidade), as termelétricas entram em cena: só que elas produzem mais gases estufa, os principais responsáveis pelas mudanças climáticas. 

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