BUSCA PELA CATEGORIA "Meio Ambiente"

Bolsonaro foi segunda personalidade da Cúpula do Clima mais buscada no mundo

  • Redação
  • 23 Abr 2021
  • 08:16h

(Foto: VEJA)

O presidente Jair Bolsonaro foi o segundo participante da Cúpula do Clima mais buscado em todo mundo, segundo levantamento do Google. Elesó ficou atrás de Joe Biden nas pesquisas mundiais. Nas pesquisas feitas no Brasil, Bolsonaro ficou em primeiro lugar, seguido pelo presidente americano. A informação é da coluna de Lauro Jardim, da do jornal O Globo. Já o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, apareceu em oitavo lugar entre os nomes mais pesquisados no mundo, na frente do Papa Francisco. No Brasil, o nome de Salles foi a terceira maior pesquisa, atrás de Bolsonaro e Biden. A pesquisa por “discurso bolsonaro” cresceu 2.500% nas últimas 24 horas no Google. No Youtube, as buscas de maior alta sobre política foram “discurso bolsonaro hoje”, “discurso bolsonaro hoje completo” e “discurso bolsonaro cúpula do clima”.

Sistema ILP associa desempenho econômico e menor custo ambiental

  • Gabriel Faria | Ascom | Embrapa
  • 06 Abr 2021
  • 11:30h

Integração lavoura-pecuária se mostrou mais sustentável em comparação a produções solteiras e ainda deu lucro | Foto: divulgação

Pela primeira vez, uma pesquisa relacionou dados econômicos com indicadores ambientais em uma análise comparativa de sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP), lavoura de soja seguida de milho e pecuária extensiva em localidades do Cerrado e da Amazônia. O trabalho desenvolvido por pesquisadores da Embrapa e de instituições parceiras mostrou que a sucessão agrícola é mais rentável do que a ILP e a pecuária, porém, com um custo ambiental maior. Com menor impacto ambiental, a ILP é lucrativa, o que a torna essa alternativa mais sustentável para a produção de alimentos nos dois biomas.

Baseado em dados coletados em fazendas de Mato Grosso na safra 2017 e 2018, o trabalho reforça a noção de que com o preço elevado de commodities, os monocultivos agrícolas são mais rentáveis. Entretanto, ao considerar aspectos ambientais da produção, como o uso de recursos renováveis, não renováveis e de insumos externos, o sistema integrado se mostra mais interessante, devido ao menor impacto ambiental por unidade produzida. 

Os principais resultados dessa pesquisa estão no artigo “Sistemas de integração lavoura-pecuária: alternativa de uso sustentável da terra para produção de alimentos no Cerrado e Amazônia do Brasil” publicado no Journal of Cleaner Production. 

A comparação do custo ambiental de cada sistema de produção foi feita utilizando-se uma abordagem metodológica inovadora, baseada no conceito de emergia (veja explicação abaixo). Nessa metodologia, todos os insumos, sejam eles renováveis, como luz solar, chuva, vento e fixação biológica de nitrogênio, ou não renováveis, como a perda de solo, e insumos externos usados na produção, como combustíveis, eletricidade, sementes, fertilizantes, pesticidas e maquinário, são transformados em equivalentes de energia solar.

Da mesma forma, a produção final também é convertida nessa mesma unidade de medida, possibilitando então fazer a correlação da eficiência em termos de emergia e a comparação entre diferentes culturas. 

 

 

Indicadores econômicos e de sustentabilidade

De acordo com a pesquisa, a sucessão agrícola de soja e milho apresentou um lucro líquido de US$ 295 por hectare, contra US$ 235,69 do sistema ILP. Mas no indicador de sustentabilidade de emergia, a ILP obteve 0,67 contra 0,46 da lavoura, em uma escala em que quanto maior o número, mais sustentável é a atividade. 

A pecuária extensiva, por sua vez, como utiliza poucos insumos e grandes extensões de terra, obteve um índice superior, com 5,62. Porém a atividade obteve prejuízo financeiro de US$ 0,58 por hectare no período avaliado, e apresentou baixo desempenho na avaliação das emissões de carbono equivalente. 

De acordo com os resultados de carbono-emergia, o sistema integrado apresentou sequestro de 2,71 toneladas de CO2eq para cada joule produzido (unidade de medida da energia), enquanto o sistema agrícola emitiu 3,70 t CO2eq e a pecuária extensiva apresentou uma emissão de 7,98 t CO2eq para cada joule produzido.

Conforme a pesquisa, os indicadores de emergia mostraram que o custo social da sucessão soja/milho é maior do que os benefícios para a sociedade. O lucro da atividade está relacionado ao intenso uso de insumos externos, fator que reduz o nível de sustentabilidade do sistema a longo prazo. 

“Para manter altos índices produtivos, são necessários cada vez de mais insumos externos. Isso gera um círculo vicioso, no qual, embora se aumente a produtividade, o custo ambiental fica cada vez mais elevado”, explica o coordenador do estudo, Júlio César dos Reis, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril.

Já no caso da pecuária extensiva, o baixo desempenho produtivo e a elevada emissão de gases de efeito estufa tornam o sistema mais insustentável. De acordo com o pesquisador da Embrapa Acre, Judson Valentim, essa é uma atividade de baixa produtividade dos recursos naturais (solo, água e radiação solar), de mão-de-obra e capital, aspecto que interfere na eficiência. 

“No sistema de pecuária de corte tradicional a produtividade obtida é de seis arrobas de carne/hectare/ano. Quando essa mesma área é utilizada em sistemas de integração lavoura-pecuária, o produtor consegue obter uma safra de soja, uma safrinha de milho e ainda produzir boi safrinha. Isso resulta em maior eficiência no uso dos recursos naturais e do capital investido”. ressalta Valentim, ao frisar também o papel ambiental da atividade:

“Além de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, por unidade de produto, contribui para diminuir a pressão por desmatamentos, ajudando a manter a floresta em pé. Esses ganhos indicam que os sistemas integrados são mais eficientes na conversão de recursos ambientais e econômicos em produtos finais,” conclui.

Apoio a políticas públicas

As avaliações mostraram que os sistemas ILP se mantiveram lucrativos, com grande redução nos impactos ambientais. Dessa forma, os autores do estudo consideram os sistemas integrados como uma alternativa viável para uso em grande escala, possibilitando suprir a demanda pela produção de alimentos, com um menor impacto ambiental. 

Para o coordenador da pesquisa, o resultado serve como base para o desenvolvimento de políticas públicas que incentivem a maior adoção de sistemas integrados.

“Para convencer as pessoas na perspectiva ambiental, é preciso valorar esse serviço. Do contrário, o produtor continuará usando a forma que dá mais lucro. É preciso criar outros mecanismos de financiamento e de compensação pelos serviços ambientais”, analisa Reis.

De acordo com os autores do estudo, políticas públicas como o Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC) ajudam, mas ainda estão aquém da meta estipulada em sua criação. A desburocratização, facilitação do crédito, disponibilidade e capacitação de assistência técnica são algumas das ações que contribuiriam para o aumento da adoção dos sistemas mais sustentáveis.

O que é emergia?

O termo emergia ou “energia incorporada” foi concebido pelo cientista Howard Odum no ano de 1963, a partir da observação da falta de compatibilidade entre a economia convencional e o ambiente. O conceito busca combinar elementos para avaliar produtos e serviços da economia em um valor comum aos produtos e serviços naturais, ou seja, o valor energético (ou ecológico) dos bens obtidos da natureza.

Assim, a emergia é definida como a energia útil necessária para os processos de criação de um novo produto ou serviço. De modo prático, é o método pelo qual é possível considerar como as várias formas de energia, ou seja, a luz solar, a água, os combustíveis fósseis ou os minerais como os fertilizantes, se expressam quando utilizadas nos processos que irão gerar um novo bem ou serviço.

O reconhecimento das diferenças qualitativas dessas capacidades energéticas é que melhor representa o cerne conceitual da metodologia emergética, e que pode ser empregada como análise contábil dos índices de sustentabilidade dos sistemas de produção agropecuária.

A metodologia 

Para realizar a contabilidade emergética e a avaliação de sustentabilidade das fazendas estudadas, os cientistas usaram uma plataforma metodológica composta por um conjunto de planilhas capaz de considerar informações sobre os fluxos de matéria e energia nos processos produtivos. Esses dados envolveram: as características produtivas e ambientais das propriedades rurais, os aspectos regionais do município e, de uma forma mais abrangente, as características produtivas do sistema agropecuário do País.

As informações das fazendas, processadas no estudo, foram obtidas em trabalhos de campo e de dados pré-existentes. Já as informações utilizadas no escopo amplo (município e país), foram obtidas em levantamentos censitários oficiais e de fontes secundárias.

Os pesquisadores organizaram sistematicamente a linguagem dos fluxos de energia associados aos processos de mudança que ocorrem quando da introdução de novas práticas ou intervenções nos estabelecimentos rurais, como tipo de manejo ou tecnologias agropecuárias inseridas nos sistemas.

Como os processos produtivos agropecuários e florestais envolvem fluxos financeiros e de estoques de materiais e energia bem específicos, os pesquisadores classificaram os balanços energéticos para determinar o estado de sustentabilidade das fazendas, com dados específicos para cada tipo de insumo, recurso e produto, com seus respectivos ‘valores de unidade energética’. Esses dados foram então transportados para figuras que representaram diagramas de sistema e gráficos analíticos, com os quais se realiza a contabilidade energética e que possibilitaram a análise das assinaturas emergéticas e a avaliação detalhada dos índices de sustentabilidade dos sistemas estudados.

Como explicam os pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente, Geraldo Stachetti, e da Embrapa Gado de LeiteInácio de Barros, pôde-se comparar, por exemplo, o papel da erosão do solo, que impõe grandes déficits energéticos, devido à relevância dos insumos e dos processos naturais que promovem a fertilidade. A expressão desse serviço ambiental é favorecida nos sistemas pecuária e ILP, menos sujeitos à erosão que as lavouras. Já a fixação biológica de nitrogênio se faz mais presente nas lavouras, e favorecem a ILP com efeito residual, mas não as pastagens. 

Esses exemplos explicam o porquê do maior custo energético, e do maior contraste entre os sistemas, estar representado pelos fertilizantes e corretivos do solo, empregados em maiores volumes nas lavouras, seguido da ILP e da pecuária. Assim, os custos energéticos (medidos como ‘joules solares totais’) se mostraram maiores nas lavouras, 10% menores na ILP e 64% na pecuária.

Por outro lado, recursos renováveis ofertados pela natureza conformam 25% da energia nas lavouras, frente a 31% na ILP e até 66% na pecuária. 

“Ao se integrarem os índices dos fluxos de energia dos diferentes sistemas, e contrastá-los com os resultados econômicos, demonstram-se claramente as vantagens ambientais do sistema ILP”, analisa Stachetti.

Avaliação econômica

O trabalho de avaliação econômica de sistemas integrados em Mato Grosso já vem sendo realizado por meio de uma parceria entre a Embrapa Agrossilvipastoril, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e a Rede ILPF. 

A equipe do projeto acompanha os custos de produção de fazendas que utilizam sistemas ILP ou ILPF. Para as comparações, são usados dados de fazendas de referência, ou fazendas modais, de cada região. 

Em trabalhos anteriores, esse grupo já identificou o efeito poupa-terra dos sistemas ILPF e também como a diversificação desses sistemas reduz os riscos financeiros para o produtor. 

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Chapada: Quatro municípios da região podem entrar para o grupo de geoparques globais da Unesco

  • Informações do Correio 24h
  • 31 Mar 2021
  • 17:30h

A região chapadeira pode ganhar o segundo Geoparque Global da Unesco no Brasil | FOTO: Reprodução/Setur |

Quatro municípios da Chapada Diamantina: Andaraí, Lençóis, Mucugê e Palmeiras podem entrar para o grupo dos geoparques globais da Unesco. O projeto do Geoparque Terra do Sincorá será submetido à chancela da organização internacional, que ajuda a capacitar a comunidade e a proteger o patrimônio natural da região. Ainda em andamento, o projeto só não foi ainda encaminhado para à Unesco para sua avaliação em função da pandemia de covid-19. O projeto, capitaneado por uma associação da região que tem à frente os empresários Deoclides Lopes Araújo e Renato Azevedo, tem o objetivo da inclusão desta importante área da região e de fortalecer as comunidades destes municípios e o geoturismo. Embora tenha 161 Geoparques Globais da Unesco espalhados por 44 países, o único do Brasil, atualmente, é o de Araripe, no estado do Ceará. Com isso, a Chapada Diamantina poderá ganhar o segundo Geoparque Global da Unesco no Brasil. 

Ibicoara: Terreno desmatado equivalente a 7 campos de futebol é encontrado em área de proteção ambiental

  • Informações do G1/BA
  • 12 Jan 2021
  • 10:23h

oram encontrados cerca de 126 metros cúbicos de madeira no local — Foto: Reprodução/TV Bahia

Um terreno desmatado de cerca de sete hectares, o que equivale a sete campos de futebol, foi descoberto em uma área de proteção ambiental da cidade de Ibicoara, na Chapada Diamantina, no último fim de semana. Segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente e da Companhia Independente de Polícia e Proteção Ambiental da cidade, a fiscalização chegou à área desmatada após de denuncias de incêndios no local, que fica a cerca de cinco quilômetros da zona urbana da cidade. Aproximadamente 126 metros cúbicos de madeira foram encontrados no local e, segundo a prefeitura, o material será doado. A administração municipal acredita que o local teria sido desmatado para uma plantação irregular de café. Ainda segundo a prefeitura de Ibicoara, a área desmatada fica dentro de uma propriedade privada. Os proprietários estão sendo procurados.

 

Sob risco de escassez até 2030, água entra na mira do mercado financeiro

  • Alexandre Santos
  • 11 Dez 2020
  • 13:51h

Foto: FreePik

Diante das projeções de que o mundo enfrentará um déficit de 40% de água até 2030, segundo afirma principal relatório da Unesco para a sustentabilidade da água, o mercado financeiro já começa a se movimentar para investir no segmento.

Reportagem da Exame Invest, nesta semana, a água começou a ser negociada por meio de contratos de futuros na Bolsa Mercantil de Chicago (CME, na sigla em inglês). Cada contrato representa 10 acre-pés de água, ou 12334,8 metros cúbicos e sua liquidação será com base no índice Nasdaq Veles California Water, que tem seu valor definido pelos preços praticados nos cinco principais mercados de água da Califórnia.

É nesse contexto que a Itaú Asset lançou o fundo ESG H2O Ações. Voltado para o mercado global de água, o fundo terá participação em 50 empresas do segmento por meio do ETF iShares Global Water UCITS (IH2O). Listado na bolsa de Londres, o ativo acumula 39,5% de alta desde 2018 – e somente neste ano subiu 7%.

“O fundo vai olhar para dois grupos: um de serviços de água e infraestrutura e o outro de equipamentos e materiais de água. Não é só serviço de abastecimento. É todo o ecossistema de água, até para a tese de investimento ser diversificada”, afirma Victor Vietti, superintendente de recomendação do Itaú Unibanco.

“Nós sabemos que a água doce é um bem cada vez mais escasso e é de se esperar que empresas que se relacionem de forma positiva com o ecossistema da água consigam se beneficiar desse ambiente”, diz Renato Eid, diretor de estratégia beta e integração ESG da Itaú Asset.

Eid conta que a ideia inicial é tomar exposição a esse mercado por meio de ETF, mas não descarta a possibilidade de o fundo passar a investir em contratos futuros de água. “Se fizer sentido a tese de investimento, não tem por que não.”

A taxa mínima de aplicação no fundo é de 1 real. Mas, como é livre para investir até 100% do patrimônio no mercado internacional, é, por questões regulatórias, dedicado a investidores qualificados, com mais de 1 milhão de reais em investimentos. Sua taxa de administração é de 0,9%, sem taxa de performance.

Pesquisadores do Inpe desvendam por que os raios se ramificam e piscam

  • Redação
  • 09 Dez 2020
  • 08:38h

Ao analisar as imagens capturadas em câmera lenta foi possível desvendar alguns mistérios | Foto: Elias Rosal/Instagram

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com colegas dos Estados Unidos, Inglaterra e da África do Sul, registraram pela primeira vez a ramificação e a formação de estruturas luminosas por raios.

Ao analisar as imagens capturadas em câmera lenta – super slow motion – , eles conseguiram desvendar por que os raios se bifurcam e algumas vezes, na sequência, formam estruturas luminosas interpretadas pelos olhos humanos como objetos piscantes.

Os resultados do estudo, apoiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), foram publicados na revista Scientific Reports.

“Conseguimos fazer a primeira observação óptica desses fenômenos e com isso encontrar uma possível explicação sobre por que os raios se bifurcam e piscam”, diz o pesquisador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe e coordenador do projeto, Marcelo Magalhães Fares Saba.

Os pesquisadores registraram por meio de câmeras digitais de vídeo de alta velocidade mais de 200 raios ascendentes – que partem de estruturas altas na superfície e se propagam em direção às nuvens – durante tempestades de verão em São Paulo e em Dakota do Sul, nos Estados Unidos, entre 2008 e 2019.

Os raios ascendentes foram disparados por outras descargas elétricas, seguindo o padrão de formação desse tipo de raio menos comum que os descendentes – que descem das nuvens e tocam o solo – descrito pelo mesmo grupo de pesquisadores do Inpe em um estudo anterior.

“Os raios ascendentes são iniciados a partir da ponta de uma torre ou para-raios de um edifício alto, por exemplo, em consequência da perturbação do campo elétrico da tempestade causada por um raio descendente que ocorra a uma distância de até 60 quilômetros”, explica Saba.

Embora as condições de observação tenham sido muito semelhantes, foram observadas formações de estruturas luminosas em apenas três raios ascendentes, registrados nos Estados Unidos. Esses três raios ascendentes eram formados por uma descarga líder positiva, que se propaga em direção à base da nuvem.

“A vantagem de registrar imagens desses raios para cima é que é possível visualizar toda a trajetória dos líderes positivos, desde o solo até a base da nuvem. Uma vez dentro da nuvem já não é possível observar a descarga”, ressalta o pesquisador.

Os pesquisadores constataram que na extremidade da descarga líder positiva existia outra descarga mais tênue com uma estrutura parecida com a de um pincel.

“Observamos que essa descarga, chamada de pincel corona, pode se bifurcar e definir a trajetória do raio e a sua ramificação”, afirmou Saba.

Quando a ramificação é bem-sucedida, o raio pode seguir à direita ou à esquerda. Quando a ramificação não é bem-sucedida, a descarga corona pode dar origem a segmentos de comprimento muito curto e tão brilhantes quanto o raio.

Esses segmentos aparecem pela primeira vez alguns milissegundos após a divisão do pincel corona e pulsam conforme o raio se propaga em direção às nuvens, revelaram as imagens. “As piscadas são repetidas tentativas de inicialização de uma ramificação que falhou”, diz Saba.

De acordo com o pesquisador, essas “piscadas” podem explicar por que os raios costumam apresentar várias descargas. Mas essa teoria ainda precisa ser comprovada. Por Elton Alisson, da Agência Fapesp.

Região: Operação do Inema identifica e combate atividade ilegal desmatamento e carvoaria

  • Redação
  • 08 Dez 2020
  • 07:49h

(Foto: Reprodução)

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), através da Unidade Regional (UR) de Vitória da Conquista/BA, realizou uma operação de combate ao desmatamento ilegal de Mata Atlântica e carvoarias ilegais, na região dos municípios de Cândido Sales e Encruzilhada. “A gente vinha recebendo muitas denúncias de comércio ilegal de carvão nesses municípios. Por isso, resolvemos verificar as informações pessoalmente através de uma operação técnica, com o apoio da Polícia Militar. Chegando lá, identificamos a atividade ilegal, e, prontamente, tomamos as medidas necessárias para combatê-la, visando minimizar os impactos de desmatamento e do comércio ilegal de madeira nativa”, relata o coordenador da UR de Vitória da Conquista, Glauber Guerra. Com o apoio da Polícia Militar, o Instituto destruiu 41 fornos que eram utilizados para a produção ilegal de carvão, cada um com a capacidade de queimar quatro metrosestéreo de madeira por fornada. Além disso, também foram apreendidos mais de 30 metros estéreos de madeira nativa em forma de lenha e flagrados mais de 100 hectares de mata atlântica, um bioma altamente sensível e que possuem pouquíssimos remanescentes de vegetação nativa, a qual foi suprimida ilegalmente.

MP-BA dá 60 dias para empresa apresentar modelo de rompimento hipotético de parede de barragem

  • Redação
  • 04 Dez 2020
  • 16:07h

Na última quarta-feira (2), um incidente provocou um deslocamento de material localizado na área de estoque da barragem de rejeitos | Foto: Divulgação/MP-BA

O Ministério Público Estadual (MP-BA), por meio do promotor de Justiça Pablo Almeida, recomendou à empresa JMC – Yamana Gold, responsável pela barragem de rejeitos na cidade de Jacobina, onde ocorreu um incidente na última quarta-feira (2), que apresente, no prazo de 60 dias, um modelo conceitual de rompimento hipotético da parede secundária da barragem, bem como a mancha de rejeitos respectiva.

O incidente na última quarta-feira provocou o escorregamento de terra na área de estoque da barragem de rejeitos. “Visualmente algumas estruturas da empresa estariam na aparente rota de rompimento lateral, o que precisa ser apurado, eis que eventual escorregamento nesta região levanta a possibilidade de uma situação hipotética de um rompimento diferente daquele projetado em modelo conceitual, devendo ser feitas as modificações devidas no Plano de Ação de Emergência e demais estudos relacionados”, destacou o promotor de Justiça Pablo Almeida.

O promotor explicou que é necessária essa análise hipotética com o intuito de verificar se a área da empresa onde estão os trabalhadores da barragem eventualmente poderia ser afetada por um rompimento da parede secundária.

“Os estudos feitos pela empresa foram realizados somente na parede principal, o que é bastante preocupante. Por isso precisamos de um estudo de topografia e de curva de níveis para identificarmos se as rotas de fugas e pontos de encontro, em casos de acidente de barragem, seriam afetados”, ressaltou Pablo Almeida.

Na manhã dessa quinta-feira (3), o promotor de Justiça realizou uma inspeção no local do incidente. Ele explicou que, por conta da falta de energia ontem na barragem, a empresa não conseguiu disponibilizar durante a inspeção os dados de instrumentação, como leituras de piezômetro (equipamento utilizado para medir a pressão dos fluidos ou a compressibilidade de substâncias sujeitas a pressões elevadas), dados de pluviosidade, vazão de dreno de fundo, dentre outros. “Mais uma falha que se relaciona a outra deficiência de sistema de backup de energia num setor tão importante e sensível de mineração”, afirmou Pablo Almeida.

No documento, o MP-BA recomendou ainda que a empresa, no prazo de cinco dias, instale, pelo menos, dois piezômetros na região baixa, onde ocorreu o escorregamento, sendo preferencialmente um digital e um manual, apresentando no prazo máximo de dez dias, depois 30 dias, depois 60 dias, as primeiras leituras; que, no prazo de 60 dias, realize o desassoreamento completo dos corta-rios das barragens B1 e B2; e apresente projeto para mudança do corta-rio, de forma a garantir o fluxo do rio, no prazo de 60 dias.

Além disso, a empresa JMC deve, no prazo de 60 dias, disponibilizar ao escritório das barragens B1 e B2 backup de energia para hipótese de falta ou manutenção elétrica, instalação de internet e telefone via satélite.

Estudo aponta que Bahia precisa triplicar investimentos para atingir meta de Lei do Saneamento Básico

  • Informações do G1/BA
  • 25 Nov 2020
  • 11:34h

Imagem ilustrativa

Um levantamento do Instituto Trata Brasil, organização que monitora avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país, apontou que a Bahia precisa aumentar em 3,24 vezes o valor do investimento médio anual em saneamento básico, para conseguir atingir as metas da Lei do Saneamento Básico, sancionada em julho.

As metas estabelecem que o Brasil precisa chegar a 2033 com 99% de sua população atendida com água tratada e com 90% coleta e tratamento de esgoto.

Segundo os dados do estudo, que usou dados de investimento e atendimento de água e esgoto do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), a meta de investimento do Plansab e do diagnóstico realizado pelo consórcio formado pela Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto e a companhia holandesa Klynveld Peat Marwick Goerdeler (ABCON-KPMG), mantido o atual patamar anual de investimento, apenas o Distrito Federal, São Paulo e Paraná atingirão as metas.

Na Bahia, o estudo aponta que, até 2018, 82% do estado era atendida com água tratada e 40% com esgoto.

O levantamento destaca ainda que o investimento médio anual em água e esgoto no estado, entre 2014 e 2018, foi de R$ 603 milhões e que, para atingir a meta, a Bahia precisará ter uma média anual de R$ 2,012 bilhões entre 2019 e 2033.

Além de DF, SP e PR, em outros sete estados, o estudo aponta que a média histórica de investimentos é relevante, mas abaixo do previsto para a universalização: Pernambuco, Roraima, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Sergipe.

O grupo no qual a Bahia está inclusa, junto com outros 15 estados, o estudo aponta que a média de investimentos está muito abaixo da prevista para que a meta seja atingida. Os estados são Acre, Ceará, Piauí, Maranhão, Rondônia, Pará, Amazonas, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraíba e Alagoas.

A necessidade de ampliação de investimentos é maior no Amapá: no estado, o estudo estima que o investimento precisa ser ampliado em 18,43 vezes para atingir a meta de universalização até 2033, passando dos R$ 6 milhões anuais investidos em média entre 2014 e 2018 para R$ 141 milhões.

Formação de ciclone no litoral pode causar tempestades no estado e em mais oito regiões

  • 26 Out 2020
  • 08:49h

Ventos poderão chegar a até 65 km/h, com rajadas, além de ondas em alto-mar com altura de até 4 metros | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Um ciclone de características subtropicais começou a ser formado na noite de domingo (25) no Oceano Atlântico e pode provocar tempestades fortes nos litorais da Bahia, Rio de Janeiro e Espírito Santo até a terça-feira (27). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta informando que os ventos poderão chegar a até 65 km/h, com rajadas, além de ondas em alto-mar com altura de até 4 metros.

Segundo a nota do Inmet, na segunda e na terça-feira, o nível de chuva pode variar entre 80 e 100 milímetros e atingir também a região centro-leste de Minas Gerais, incluíndo a capital Belo Horizonte.

De acordo com o UOL, no sábado (24), a Agência Nacional de Mineração (ANM) alertou o estado de Minas para a possibilidade de deslizamentos e precipitações em três barragens com nível de emergência 3, que é o mais alto, nos municípios de Ouro Preto, Nova Lima e Barão de Cocais.

“As condições de tempo severo estão sendo previstas, preliminarmente, por modelos numéricos globais”, diz a nota, emitida pelo Inmet em parceria com a Marinha do Brasil, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe) e o Centro Integrado de Meteorologia Aeronáutica da Força Aérea Brasileira (Cimaer/FAB). Os órgãos alertam ainda que os navegantes devem checar as condições antes de saírem ao mar.

Indústria 4.0: conceitos e fundamentos

  • Isabela Talarico
  • 12 Out 2020
  • 15:23h

Imagem de Gerd Altmann no Pixabay

O termo indústria 4.0 foi cunhado pela primeira vez na Alemanha, em 2011, para descrever como as inovações tecnológicas estão transformando a produção industrial no mundo todo, por meio da informatização da manufatura de produtos. O conceito é conhecido também como revolução 4.0 – ou o que podemos chamar de Quarta Revolução Industrial. A indústria 4.0 é uma revolução digital, movida por tecnologias como internet móvel, inteligência artificial, automação, machine learning e aperfeiçoamento de sensores, tornando-os menores e possibilitando a chamada "Internet das Coisas". Muitas pessoas argumentam que grande parte dessas tecnologias surgiu durante a Terceira Revolução Industrial. No entanto, o aperfeiçoamento cada vez maior dessas inovações é o que caracteriza a indústria 4.0. Esse aperfeiçoamento, combinado a outras inovações recentes, levou ao surgimento de possibilidades que, no passado, não teriam sido sequer imaginadas.

Revoluções industriais na história

Antes de se aprofundar no conceito e nos fundamentos da indústria 4.0, confira o percurso dos processos de manufatura ao longo da história – ou seja, como ela evoluiu do século 18 até a contemporaneidade.

Primeira Revolução Industrial

A Primeira Revolução Industrial aconteceu em meados do século 18. Nesse período, a manufatura iniciou um processo de passagem do trabalho manual, realizado por pessoas e auxiliado por animais, para uma forma mais otimizada de trabalho. A indústria passou a adotar o uso de motores a vapor, água e outros tipos de máquinas e ferramentas que auxiliavam o trabalho humano.

Segunda Revolução Industrial

No início do século 20, o mundo entrou em uma Segunda Revolução Industrial, com a introdução do aço e da eletricidade nas fábricas. O uso de eletricidade permitiu aos fabricantes aumentar sua eficiência e aprimorar o funcionamento das máquinas fabris. Foi nesse período que os conceitos de produção em massa, como linha de montagem, foram introduzidos para elevar a produtividade.

Terceira Revolução Industrial

A Terceira Revolução Industrial teve início no final da década de 1950, à medida que os fabricantes começaram a incorporar mais tecnologia eletrônica – e, eventualmente, de computadores – nas fábricas. Durante esse período, os processos de produção fabris passaram a dar menos ênfase à tecnologia analógica ou mecânica e mais ênfase às tecnologias digitais e automatizadas.

Quarta Revolução Industrial (ou indústria 4.0)

indústria 4.0 prioriza as tecnologias digitais mais recentes nos processos de manufatura, elevando a níveis jamais vistos a interconectividade, o acesso a dados em tempo real e a introdução de sistemas ciberfísicos nas fábricas. A indústria 4.0 afeta toda a cadeia de produção, oferecendo uma abordagem mais abrangente, interligada e holística para a manufatura, conectando o físico ao digital e permitindo maior colaboração entre departamentos, parceiros, fornecedores, produtos e pessoas na indústria. Além disso, as fábricas inteligentes podem aprimorar processos e, assim, impulsionar seu crescimento.

Os 9 pilares da indústria 4.0

Inteligência artificial e robótica

Além de reduzir os custos de produção, máquinas e robôs inteligentes melhoram o desempenho e a produtividade nas empresas, poupando mão de obra, porque se responsabilizam pela execução de tarefas que não exigem interferência humana. No futuro, a indústria 4.0 prevê que máquinas e robôs com inteligência artificial serão capazes de interagir entre si e com as pessoas, tornando-se mais flexíveis e cooperativos.

Análise de dados

Por meio da análise e da gestão de enormes quantidades de dados, é possível aumentar o desempenho e otimizar processos industriais, com redução de consumo energético e falhas na qualidade dos processos. A leitura de dados na indústria 4.0 permite uma visualização melhor do cenário da empresa e tomadas de decisão mais acertadas.

Simulação

Na indústria 4.0, a simulação computacional é utilizada em plantas industriais para análise de dados em tempo real, aproximando os ambientes físico e virtual. A simulação também é utilizada para aperfeiçoar configurações de máquinas e testar produtos e processos antes que eles sejam aplicados na realidade, otimizando recursos, melhorando a performance e proporcionando mais economia às empresas.

Integração de sistemas

Nem todos os sistemas são totalmente integrados ainda. No entanto, a indústria 4.0 propõe maior sinergia entre sistemas, garantindo uma gestão integral de experiência, para que as cadeias de valor sejam de fato automatizadas.

Internet das Coisas (IoT)

A Internet das Coisas é a conexão entre rede de objetos físicos, ambientes, veículos e máquinas, por meio de dispositivos eletrônicos. Na indústria 4.0, esse recurso garante maior eficácia na coleta e na troca de informações. Na indústria de produtos e serviços, a Internet das Coisas integra tecnologias por meio de uma rede baseada em IP.

Com o aumento da conectividade na indústria 4.0, a necessidade de proteger sistemas e linhas de manufatura contra ameaças à segurança aumentou significativamente. Por isso, comunicações seguras e confiáveis, bem como gerenciamento sofisticado de identidades e acesso a máquinas, são essenciais para impedir transtornos na produção.

A computação em nuvem se refere à prática de usar servidores remotos interconectados e hospedados na internet para armazenamento, gerenciamento e processamento de informações. Essa prática oferece recursos que possibilitam reduzir custos, otimizar o tempo e aumentar a eficiência na execução das tarefas.

indústria 4.0 usa esse recurso para criar protótipos e produzir componentes individuais. O conceito é conhecido também como impressão em 3D. Na indústria 4.0, os métodos de manufatura aditiva serão amplamente empregados para produzir pequenos lotes de produtos, que oferecem vantagens de construção e desenhos complexos.

Os sistemas baseados em realidade aumentada oferecem suporte a uma série de serviços, como a seleção de peças em um depósito e o envio de instruções de reparo por meio de dispositivos móveis. Esses sistemas estão só começando, mas, no futuro, as empresas utilizarão a realidade aumentada para fornecer aos trabalhadores informações em tempo real que melhorem a tomada de decisões e os processos de trabalho.

A humanidade tem dois grandes desafios no mundo contemporâneo: cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e se adaptar às inovações da indústria 4.0. Ambos os desafios exigem uma mudança radical de mentalidade e a tomada de atitudes inovadoras, que sejam capazes de solucionar problemas de forma rápida e eficaz. A boa notícia é que os dois podem se ajudar mutuamente.

As vantagens e desvantagens da indústria 4.0 vêm sendo discutidas entre pesquisadores e organizações. Essas discussões abrangem desde o desemprego até a desigualdade social – e abordam também a preocupação com meio ambiente. Da mesma maneira que são capazes de ajudar a reduzir os impactos ambientais, as novas tecnologias também podem representar um desafio para o desenvolvimento sustentável. Tudo depende de como as indústrias e empresas lidam ou lidarão com elas no futuro.

O potencial de impacto das novas tecnologias no meio ambiente ainda é desconhecido. Os ODS foram elaborados como uma resposta ao crescente impacto negativo do nosso modo de vida no planeta. No entanto, eles apenas definem o que se deve fazer, mas não como devemos fazer. O “como” será definido pelas escolhas que fizermos na adoção de tecnologias da indústria 4.0.

A mais desejável das soluções deve ser usar os conceitos da indústria 4.0 como um instrumento para cumprir os ODS. Ao encontrar resoluções para problemas ambientais, como as mudanças climáticas, as inovações também devem ser usadas para reverter processos de degradação ambiental e garantir desenvolvimento sustentável de longo prazo em todo o planeta.

Os recursos que a indústria 4.0 oferece podem facilitar uma série de ações que beneficiem o meio ambiente. Entre outras coisas, eles possibilitam reduzir o consumo de papel e de cartuchos ou toners de impressoras na empresas. Confira outras atitudes sustentáveis que as empresas podem adotar na era da indústria 4.0.

  1. Reciclagem de eletrônicos
  2. Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo replantio
  3. Preservação de áreas verdes
  4. Ações de incentivo à produção e ao consumo de alimentos orgânicos, que não agridem a natureza e são benéficos à saúde
  5. Exploração dos recursos minerais de forma controlada, racionalizada e com planejamento
  6. Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis
  7. Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos
  8. Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas, diminuindo o desperdício de matéria-prima, e criação de produtos com baixo consumo de energia
  9. Consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício, e adoção de medidas que visem à não poluição dos recursos hídricos

Para se manterem bem-posicionadas no mercado, as empresas devem se preparar para aderir à nova mentalidade da indústria 4.0. Essa revolução prioriza não apenas a automatização e digitalização dos processos industriais, mas também o gerenciamento responsável dos recursos e dos resíduos gerados pela manufatura nas fábricas. Se utilizados com sabedoria, os conceitos e as ferramentas da indústria 4.0 podem grandes aliados da humanidade na preservação do planeta.


Fontes: ForbesBCGEpicorSSRNJournal of Cleaner ProductionTech Policy Views e Revista Engenharia e Tecnologia Aplicada


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Andaraí: Fogo atinge área florestal e chamas chegam perto de Mucugê

  • Redação
  • 07 Out 2020
  • 16:24h

(Foto: Reprodução)

Uma área florestal em Andaraí, na Chapada Diamantina, foi atingida por um incêndio. Equipes do Corpo de Bombeiros seguem no trabalho de contenção do fogo nesta quarta-feira (7). Segundo o G1, as primeiras chamas começaram a ser vistas na manhã desta terça-feira (6). A secretaria municipal de Turismo e Meio Ambiente informou que o fogo se alastrou durante o dia e chegou até o limite com o município de Mucugê.  Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, as regiões afetadas são o Capa Bode, o Parque Nacional da Chapada Diamantina e o Parque Municipal de Andaraí.  Além dos bombeiros, trabalham na contenção do fogo equipes do Prev Fogo, ICMbio [Instituto Chico Mendes de Biodiversidade] e brigadistas da região. Até o momento não se sabe a causa do incêndio. Também não há registro de feridos. 

Jaques Wagner propõe voto de censura à visita do Departamento Americano a Roraima

  • Rafhael Marinho
  • 21 Set 2020
  • 13:28h

Senador defende relação com os Estados Unidos, mas com independência | Foto: Brumado Urgente Conteúdo

O senador Jaques Wagner (PT-BA) utilizou as redes sociais na manhã desta segunda-feira (21) para criticar o monitoramento que o Departamento Americano está fazendo da Venezuela, a partir da fronteira com Roraima. O petista defendeu a relação com os Estados Unidos, mas pediu independência.

“Não somos base dos EUA! Não precisamos macular nossas relações com os EUA nem com os vizinhos da América do Sul. É um absurdo que esse monitoramento esteja sendo admitido, transformando o Brasil num quintal americano. Queremos uma relação com os EUA com independência”, escreveu.

Wagner também anunciou que propôs um voto de censura à visita do departamento, “por considerar a forma inapropriada como essa visita foi feita, fora de tempo, fora de lugar, usando o nosso solo nacional para ameaçar o povo venezuelano”.

“Melhor faríamos nós, brasileiros, se designássemos uma comissão que fosse aceita pelo governo venezuelano para acompanhar o que vai acontecer nas eleições. Melhor do que ficar torcendo para que o caos se instale por lá e a gente depois não consiga sequer poder opinar”, concluiu.

Vai gelar: bolha de ar antártico pode atingir metade do Brasil e fazer despencar as temperaturas

  • MetSul
  • 17 Ago 2020
  • 11:48h

(Reprodução: MetSul)

A MetSul Meteorologia adverte para uma massa de ar polar enorme e muito intensa que vai atingir praticamente a metade do território brasileiro e grande parte da América do Sul nesta semana com potencial de ser um evento histórico de frio e neve. Verdadeira bolha de ar antártico avançará pela Argentina e vai atingir pela sua trajetória continental o Sul, o Centro-Oeste, o Sudeste e parte do Norte do Brasil, além de Paraguai, Bolívia, Uruguai, Peru e mesmo Equador, Colômbia e Venezuela. Assim, a influência do ar frio, mesmo que modesta, deve atravessar a linha do Equador e chegar ao Hemisfério Norte, onde é verão.Massas de ar frio fortes ocorrem virtualmente quase todos os anos no Sul do Brasil, mas esta será excepcionalmente forte e abrangente para a segunda metade do mês de agosto. A queda da temperatura será sentida a partir da quarta-feira no Rio Grande do Sul e entre quinta e sexta-feira será percebida nas demais regiões brasileiras. A quinta, a sexta e o começo do sábado serão dias de muito frio no Sul do Brasil. Como a massa de ar será por demais gelada, é comum que chegue com vento moderado a forte que vai trazer sensação térmica com valores muito baixos, negativos em muitas localidades.

Uma baixa polar em níveis médio da atmosfera vai atuar sobre o Sul do Brasil. Isso irá fazer com que haja nebulosidade e instabilidade com ar muito gelado em altitude, o que na análise da MetSul traz uma altíssima probabilidade de ocorrência de neve no Sul do país. Todos os modelos numéricos consultados pela MetSul apontam neve entre quinta-feira e sábado. Se há certeza do frio intenso e quase convicção que pode nevar, a dúvida no momento é onde e o quanto pode nevar.

A cada rodada, e a cada modelo, as projeções de neve são diferentes e variam bastante. Ora, muito mais abrangente e ora mais limitada aos locais tradicionais do fenômeno como os Aparados da Serra e o Planalto Sul Catarinense. O que chama atenção, porém, é que diversos modelos e em diversas rodadas de hoje e dos últimos dias indicaram que pode nevar de forma mais abrangente e em locais pouco acostumados a ver neve ou que não testemunham o fenômeno por décadas.

Os modelos nas últimas horas e dias já indicaram neve no Uruguai, perto da cidade de Buenos Aires e nas províncias argentinas de Santa Fé e Entre Rios, na maior parte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná, e até em Curitiba e no Sul do estado de São Paulo.

Saída da 0Z de sábado do modelo canadense indicando muita neve em Curitiba e até na divisa com São Paulo

Ocorre que nas rodadas seguintes não mantiveram estas tendencias. Veja o caso, por exemplo, do modelo canadense. Na saída da madrugada de hoje, indicava neve em meio Sul do Brasil e em quantidade de 25 cm a meio metro em alguns pontos. Já na rodada da tarde de hoje, apesar de indicar neve em muitos lugares, a projeção é de menos neve e em menos lugares que na projeção da madrugada.

Saída da 0Z de hoje do modelo canadense

Saída da 12Z de hoje do modelo canadense

Já o modelo do serviço meteorológico alemão rodado pela MetSul em sua rodada da tarde de hoje apontava neve em maior quantidade nas áreas tradicionais do Planalto Sul Catarinense e dos Aparados da Serra do Rio Grande do Sul, mas sinalizava o fenômeno em menor quantidade também em áreas do Norte gaúcho, como o Planalto Médio, e em pontos do Oeste e Meio-Oeste Catarinense e do Planalto de Palmas, no Paraná.

Saída das 12Z de hoje do modelo alemão

Diante deste cenário, reiteramos que a probabilidade de neve é altíssima, mas que hoje não se pode fazer responsavelmente projeções precisas de quantidade e localização do fenômeno. O que pode e deve ser informado é que deve nevar e não se descarta que forte em alguns locais, e ainda que o fenômeno possa alcançar até pontos menos acostumados ao fenômeno. Somente, porém, nos próximos dias se terá um cenário mais claro.

A neve por natureza é um fenômeno de difícil previsão e mesmo nos Estados Unida os meteorologistas encontram grande dificuldade não raro em precisar as acumulações. Anos atrás, por exemplo, a cidade de Nova Iorque foi parada totalmente por ordem da Prefeitura ao custo de bilhões de dólares por previsão oficial do Serviço Nacional de Meteorologia norte-americano que nevaria 50 cm a 75 cm, mas no fim do dia caíram poucos centímetros e o caso acabou sendo muito estudado e debatido na comunidade meteorológica e concluiu-se em diversos fóruns sobre a necessidade de se comunicar ao público e governos os diferentes cenários e as incertezas em prognósticos neste tipo de situação.

A MetSul Meteroologia destaca que fenômeno que não se descarta ainda é a ocorrência de chuva congelada e que poderia se dar até em locais até de menor altitude, mesmo ao nível do mar, porque a atmosfera estará extremamente resfriada na segunda metade da semana e este tipo de precipitação pode ocorrer com a temperatura em superfície acima de 5ºC positivos.

Como haverá mais nuvens sobre o Sul do Brasil, as mínimas entre quinta e sexta serão baixas, mas não extremas como as registradas ondas de frio mais fortes deste inverno até agora e que se deram com céu claro e ar muito seco. Por outro lado, a presença de nebulosidade deve fazer com que as máximas sejam muito baixas, o que trará dias muito frios e ainda com vento aumentando a sensação de gelo.

PO potencial histórico deste evento de frio a se confirmar não será pelas mínimas e sim pela neve se ela vier forte e em mais locais que o habitual como indicado por alguns modelos

Como é comum na presença de uma área de menor pressão atmosférica, ar seco avança a Oeste e ao Norte do sistema. Por isso, esfriará muito e com mínimas muito baixas com geada no Norte da Argentina, no Paraguai, em pontos do Centro-Oeste do Brasil e em parte do Sudeste, não se afastando geada em Minas Gerais fora das áreas de Serra como a região do Triângulo Mineiro e até no Sul de Goiás.

Projeção de geada do modelo canadense para a madrugada do dia 22

Os mapas deste boletim e outros de neve e geada estão disponíveis a qualquer hora ao assinante na seção de mapas com até quatro atualizações diárias e ao longo da semana a MetSul oferecerá novos boletins detalhados e atualizados sobre o frio, geada e neve aqui em metsul.com.

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Bahia se consolida como vice-líder na geração de energia eólica e Nordeste bate recorde de produção

  • Redação
  • 11 Ago 2020
  • 16:09h

De acordo com ONS, energia produzida é quase suficiente para atender a demanda da região | Foto: Mateus Pereira/GOVBA

A Bahia é vice-líder na geração de energia eólica do Brasil, resultado que ajudou a região do Nordeste a bater novo recorde de produção no mês de agosto. De acordo com informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a energia produzida em terras nordestinas seria suficiente para atender 93,8% da demanda da região. Com essas taxas de produção de energia eólica, o Nordeste é quase autossuficiente. A produção também foi ajudada pelos fortes ventos baianos devido o inverno. Nos primeiros meses deste ano, a Bahia gerou 31% de energia eólica do país e assumiu a liderança do segmento de energias renováveis, ultrapassando o Rio Grande do Norte. Desde então, segundo a ONS, a Bahia e o Rio Grande do Norte disputam a liderança. Atualmente, a Bahia possui 170 parques eólicos em operação e mais de 1.300 aerogeradores instalados em todo o estado.