Bolsonaro faz reunião virtual com presidente da Fiesp e empresários: "Saúde e comida na mesa andam juntos", afirmou presidente

  • Redação
  • 14 Mai 2020
  • 16:39h

Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro se reuniu hoje (14) com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e empresários para tratar das questões econômicas em meio à pandemia de Covid-19 no Brasil. Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Walter Braga Netto, também participaram da reunião virtual, a partir do Palácio do Planalto. Bolsonaro ouviu pedidos pela reabertura do comércio e disse que, se dependesse dele, o país adotaria o isolamento vertical, ou seja, apenas de pessoas do grupo de risco da Covid-19, como idosos e portadores de comorbidades. “Reunião virtual com os maiores empregadores do Brasil. O cenário é preocupante. Uma economia devastada afetará diretamente na saúde. Se verdadeiramente prezamos pela vida e bem-estar, devemos evitar um desastre ainda maior que o vírus. Saúde e comida na mesa andam juntos!”, escreveu Bolsonaro em seu perfil no Twitter, após a reunião. Autoridades de saúde orientam a população e os governos a adotar as medidas de isolamento e distanciamento social como forma de prevenção à disseminação do novo coronavírus. Como ainda não há vacina nem remédio, comprovado cientificamente, contra a Covid-19, a orientação visa a frear a transmissão do vírus para evitar que os sistemas de saúde fiquem sobrecarregados e consigam atender a todas as pessoas que venham a ficar doentes.

Idosa de Mirante morre no Hospital de Base vítima de coronavírus em hospital de Conquista

  • BRF
  • 14 Mai 2020
  • 16:32h

(Foto: Reprodução)

O número de óbitos de pacientes da região Sudoeste começa a assustar. Após casos de mortes por coronavírus de pacientes que estavam em Vitória da Conquista oriundos de municípios como Paramirim, Ipiaú e Itarantim, desta vez uma paciente de Mirante faleceu no Hospital de Base da capital do Sudoeste baiano. Ela estava internada na unidade há cerca de 3 semanas, não resistiu e faleceu nesta quinta-feira (14). Em recente entrevista ao Blog do Rodrigo Ferraz, o prefeito de Mirante, Lúcio Meira, revelou que a paciente com coronavírus teve histórico de viagem recente a São Paulo. Logo quando foi apresentado os sintomas e diagnóstico, a idosa foi levada ao Hospital de Base de Conquista.

Brumado: 3 ônibus de origem clandestina foram apreendidos no anel viário da BR-030

  • Brumado Urgente
  • 14 Mai 2020
  • 16:11h

A operação foi exitosa (Foto: Whatsapp Brumado Urgente)

As previsões que apontavam para um aumento do fluxo de ônibus advindos de São Paulo para a região fizeram com que as autoridades montassem uma espécie de força tarefa para combater a chegado do transporte clandestino em Brumado e região. Diante isso várias operações nas entradas da cidade foram montadas, sendo que, em uma delas, nas proximidades do anel viário da BR-030, a qual teve a participação da PRE e da SMTT, apreendesse 3 ônibus de turismo, ao que tudo indica, de origem clandestina. Segundo informações, cerca de 100 passageiros, os quais não utilizavam máscaras faciais, foram encontrados, isso nas proximidades de um restaurante. Durante a ação, os membros da PRE perceberam que os ocupantes, em sua maioria, não respeitavam o distanciamento social e, devido a isso, desconfiaram e entraram em ação. Os ônibus não tinham Brumado como destino, mas todas as medidas protetivas foram tomadas. Segundo os motoriistas os destinos serriam São Paulo e Mato Grosso. 

Barra do Choça: Após diretor do hospital testar positivo para coronavírus, prefeito e primeira dama cumprem quarentena

  • BRF
  • 14 Mai 2020
  • 15:35h

A Prefeitura Municipal de Barra do Choça, fazendo uso da prudência e do comprometimento com a população de Barra do Choça, vem a público informar que o diretor do Hospital Municipal José Maria de Magalhães Netto testou positivo para o novo coronavírus e está em observação médica na cidade de Vitória da Conquista. Na última segunda-feira, o médico esteve em Barra do Choça e fez o teste rápido antes de iniciar o seu expediente sendo o resultado: negativo, e dessa forma foi liberado para trabalhar. É importante destacar que o diretor não atende no plantão do hospital, apenas faz prescrições e presta serviços administrativos. No entanto, na terça-feira foi feito exame laboratorial com coleta do PCR e este obteve resultado positivo para Covid-19. A Prefeitura informa que todas as pessoas que estiveram com o médico já estão em isolamento para verificação da possibilidade de surgimento dos sintomas da infecção, além de terem sido todas testadas e aguardarem os resultados dos exames. Entre as pessoas que estão cumprindo a quarentena estão a primeira dama e secretária de Assistência Social, Elisangela Mattos e o prefeito Adiodato Araújo. Ambos estão à disposição da população e dos servidores apenas pelo telefone, trabalharão em casa até a próxima terça-feira e não poderão receber visitas. Esse procedimento é de cautela e apenas preventivo enquanto se aguarda os resultados dos testes.

 

Bolsonaro convoca empresários para ‘guerra’ contra governadores

  • Redação
  • 14 Mai 2020
  • 15:14h

Em reunião com empresários nesta quinta (14), presidente afirmou que o setor precisa "jogar pesado" contra os chefes dos estados | Foto: Reprodução

O presidente da República, Jair Bolsonaro, conclamou um grupo de empresários a irem à “guerra” contra os governadores para que haja reabertura do comércio em meio à pandemia do novo coronavírus. O Brasil já possui 192.260 casos da Covid-19 e 13.280 pessoas mortas por causa da doença, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde. De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o chefe do Executivo se reuniu com empresários nesta quinta-feira (14) e afirmou que o setor precisa “jogar pesado” contra os representantes de cada unidade da federação. “Nós temos que mostrar a cara, botar a cara para apanhar. Porque nós devemos mostrar a consequência lá na frente. Lá na frente, eu tenho falado com o ministro Fernando [Azevedo], da Defesa… os problemas vão começar a acontecer. De caos, saque a supermercados, desobediência civil. Não adianta querer convocar as Forças Armadas porque não existe gente para tanta GLO”, teria dito Bolsonaro, em referência à Garantia da Lei e da Ordem. No começo da semana, Bolsonaro publicou decreto que inclui salões de beleza, barbearias e academias na lista de atividades essenciais durante a pandemia. Governadores de diferentes estados sinalizaram que manteriam as restrições de funcionamento nesses setores, já que o distanciamento social segue como única medida eficaz para conter a disseminação do novo coronavírus. Desde o início da pandemia, no entanto, Bolsonaro tem minimizado o impacto da doença e estimulado o retorno de uma normalidade econômica. “É o Brasil que está em jogo. Se continuar o empobrecimento da população, daqui a pouco seremos iguais na miséria. E a miséria é o terreno fértil para aparecer aqueles falsos profetas, aquelas pessoas que podem levantar borduna e partir [para] fazer com que o Brasil se torne um regime semelhante à Venezuela. Não podemos admitir isso”, acrescentou Bolsonaro, de acordo com a Folha.

A escola não vai ser mais a mesma após a pandemia

  • Correio
  • 14 Mai 2020
  • 14:17h

(Foto: Reprodução)

Se antes era só levantar a mão para ter a atenção do professor, agora é necessário ativar o microfone da conversa no ambiente virtual de aprendizagem. Nenhuma escola será a mesma de antes. A rotina escolar foi acelerada para um novo tempo e acompanha outras revoluções que estão sendo estimuladas pela pandemia, declarada há mais de 50 dias pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A equação universal professor mais aluno foi dissolvida pelo novo coronavírus. Agora, separada por uma tela, essa dupla tenta se adaptar à uma nova realidade. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), 191 países fecharam escolas e universidades. Isso significa que 1,6 bilhão de crianças e jovens, ou seja, 90,2% de todos os estudantes do planeta estão - ou já estiveram - sem aulas. Momento desafiador para todos e, no Brasil, não é diferente. As aulas presenciais estão suspensas em todos os estados brasileiros desde meados de março. Professores, alunos e famílias vinculados a escolas particulares enfrentam discussões, discordâncias e polêmicas - além da preocupação com a saúde individual e coletiva, questões emocionais e financeiras. Diante de uma realidade adaptada às pressas, a cada dia mais pessoas se debruçam sobre o tema e a pergunta ganha força: afinal, para crianças e adolescentes, o ensino à distância, através de aulas onlines, faz sentido?

Escolas e plataformas

A diretora da Escola de Educação Infantil Kurumi, Harmonia Ferri, defende que o contato remoto ajuda a acolher a criança e isso faz a diferença no nesse momento de pandemia. “A ampliação do simbólico, a vivência da emoção, a experiência da saudade, se imaginar na escola brincando no espaço que mais gosta, ouvindo uma canção que a acolhe nos momentos da roda [de música], ouvir aquela história contada pelo educador, plantar um pé de feijão e acompanhar o seu crescimento até a volta à escola. Esse contato remoto não vem com conteúdos pedagógicos formais, mas sim como conteúdos humanos”.


A escola não pode mais parar no tempo lá no século 12, quando surgiram as primeiras salas de aula com professores no quadro e alunos sentados em suas carteiras. Para o diretor do Google for Education para América Latina, Daniel Cleffi, a tecnologia não vem para substituir a forma de aprendizagem, mas para oferecer instrumentos que possam agregar ao processo.

 

“Embora a tecnologia sozinha não melhore a educação, estamos otimistas de que ela pode ser uma parte poderosa da solução. Neste momento desafiador, escolas e professores precisam ser ágeis nas decisões e próximos nas conexões com as famílias e os alunos”.

 

A plataforma do Google está sendo usada atualmente por 120 milhões de alunos e professores e a adesão tem crescido. “As ferramentas são um 1meio', e quem a conduz o processo são professores e educadores. Os recursos ajudam os professores a economizar tempo, aumentar a colaboração e inspirar curiosidade enquanto os alunos descobrem e aprendem juntos em qualquer dispositivo, de qualquer lugar”, acrescenta Cleffi.

 

Impacto nas famílias

No pacote que inclui trabalhar de casa e cuidar de todas as tarefas domésticas, chegou também, para muitos pais e mães, a novidade do protagonismo na orientação da educação formal dos filhos. As formas de lidar são diversas e, claro, dependem da realidade de cada família.

 

A assessora Cássia Mazza, mãe de Larissa (6º ano), tem se esforçado para manter a rotina escola, em casa, mas confessa: “Pra mim, está sendo um desafio enorme. Além das atividades online, eu faço um resumo com ela e perguntas orais, exercícios, produzimos textos”.

 

Na casa da assistente de faturamento Giselle Rocha e do analista sistemas Marcel Ferreira, o desafio é prender a atenção de Noah, 5 anos. Isso, ainda conciliando com o home office: “Nessa fase, as crianças não têm paciência para ficar mais do que 10 minutos assistindo uma vídeo-aula. Se tiver música, ilustrações ainda funciona. Mas se for só a professora falando, não é a mesma coisa”, diz o pai. 

 

Giselle acredita que a escola precisa diversificar mais as atividades. “Estamos, aos poucos, conseguindo quebrar essa resistência para as aulas online, no entanto, vale trazer atividades que estejam adequadas a esse processo”.

 

A mesma sensação tem Elen Campos, mãe de Maria Alice, 3 anos. Além de acompanhar as atividades, Elen se vira para dar conta também do irmãozinho de Alice, Pedro, de seis meses.

 

“Tem dias que dá e tem dias que não e como a gente sente algumas limitações por parte da escola, a maior lição que tenho aprendido é ser criativa. O formato que a escola dela escolheu, não prende a atenção, especialmente por eu não estar conseguindo manter uma rotina”, confessa.

 

Disciplina não é tarefa fácil. A relações internacionais Ariane Vieira conta que só alcançou este estágio com a experiência que os filhos tiveram com o homescolling (educação domiciliar), antes de ingressarem no ensino convencional, no último ano.

 

Mãe de cinco crianças entre 8 meses e 8 anos, ela diz que a adaptação das três filhas mais velhas às atividades digitais foi bem rápida. “Fiquei até impressionada. Elas se abriram muito, também. Claro que é puxado para os pais, mas a experiência que a gente teve no homescolling lá atrás, ajudou muito e isso acaba dando uma vantagem neste momento, principalmente com relação a essa cultura de programar tempo”.

 

Pressão  

Aulas para três escolas particulares diferentes das 7h até às 16h em turmas de Inglês e Redação do 9º ao 1º ano do ensino médio. Some aí também três filhos para acompanhar e dividir o computador. “Eu já gravei a mesma aula quatro vezes, assisto e não acho legal. Sempre falta algo. Fico triste, me sinto cansada, levanto a cabeça e vamos lá de novo. Isso mexe com o emocional de quem está cheio de atribuições escolares, preocupado com o aluno, se esforçando para que dê certo”, conta a professora Fernanda Senna.

 

O que era um processo de adequação se tornou uma situação de emergência para esses profissionais, obrigando muitos deles a viraram ‘youtubers’, da noite para o dia. “A relação com o digital era o básico. Hoje, posso dizer que estou mediana. Já aprendi muita coisa e estou gostando muito desse aprendizado, mas confesso que a barreira maior é gravar aulas”.

 

Quem imaginaria que ao invés de pedir silêncio para seguir na aula, os professores agora precisariam desativar os microfones dos alunos na sala virtual? Para Fernanda, não há outra solução a não ser se adaptar e, ao mesmo tempo, transformar as formas de educar.

 

“Eu também tenho uma escolinha de percussão. Tocávamos sempre nos intervalos e eles amavam. Com o isolamento, me pediram para a gente fazer uma live”. Em casa, Fernanda afirma que assim como as aulas são planejadas há um cronograma de estudos montado para a família toda.

 

“Somos só nós quatro. E, nesse momento, quem não tem o apoio da família, o processo se torna mais difícil. Fiz o cronograma semanal, coloquei meus filhos para ajudarem com as tarefas de casa, além dos estudos, e assim a gente vai conseguindo dar conta. Organização tem sido a palavra de ordem”, completa.

 

E medo, claro. Não só do novo coronavírus, mas também do risco de desemprego ou redução de salário: “Medo não, sinto pavor. Minha família depende do suor do meu trabalho”, diz Fernanda.

 

Produtividade discutível

O sentido disso tudo não é consenso e o debate multidisciplinar. Passa por direito do consumidor, pedagogia, psicologia, sociologia, política... e não acaba aqui. Para Nelson Pretto, professor titular (e ativista) da Faculdade de Educação da Ufba, doutor em educação, bolsista do CNPQ e membro da Academia de Ciência da Bahia, há muito mais com o que se preocupar, além da grade curricular.

 

“O papel dos pais não é o de substituir a escola e o trabalho do professor. (...) Eu estaria cobrando debates mais coletivos sobre as desigualdades econômicas e sociais, sobre as questões ecológicas, que se constituem hoje num dos maiores desafios futuros para as nações e o planeta. Certamente, não estaria cobrando cumprimento de carga horária nem de números de dias letivos”.

 

Já Mariana Caribé, musicoterapeuta, educadora e doutoranda em Educação e Contemporaneidade, se preocupa com sequelas físicas e emocionais que as crianças possam adquirir nesse período:

 

“A gente tem que lembrar que a infância vai até os 12 anos e que as recomendações, inclusive, que temos sobre uso de telas, das organizações internacionais para as crianças é um tempo muito, muito, menor do que aquele ao qual elas estão expostas, agora. Há questões sérias aí”.

 

Há chances, ainda, de o método interferir no processo de aprendizagem de alguns alunos, como analisa a psicopedagoga do Núcleo de Apoio Psicopedagógico da UniFTC de Salvador e doutora em Educação, Mariana Soledade.

 

“Não creio que as aulas virtuais vão substituir as presenciais. Elas estão proporcionando outras formas de aprender neste momento diferente, porém as plataformas digitais têm um limite que não conseguem contemplar, por melhores que elas sejam”.

 

AÇÕES NA REDE PÚBLICA

Rede Municipal  São 435 escolas com 140 mil alunos. Desde 27 de abril, unidades imprimem e distribuem atividades para Ensino Fundamental I e  Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para as crianças dos anos iniciais, a estratégia prevê divulgação de cards e vídeos curtos. Os vídeos vão estar disponíveis no canal da Smed no YouTube e no site educacao.salvador.ba.gov.br. As escolas também têm grupos de Whatsapp, emails e contato com as famílias. A central da Smed está disponível pelo (71) 3202-3191.

 

Rede Estadual  Desde o início do isolamento social, as 1.265 escolas do estado utilizam a sala de aula virtual da plataforma Google Classroom, grupos de Whatsapp e de estudo na página do Facebook. Os estudantes contam ainda com atividades em formulários eletrônicos enviadas por e-mail. A rede estadual tem 800 mil alunos.

 

O QUE DIZ A LEI

Sobre o calendário letivo O Ministério da Educação (MEC) autorizou que as escolas distribuam a carga horária em um período diferente aos 200 dias letivos previstos em lei. Isso significa que os cursos de educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio ganham a oportunidade flexibilizarem e até mesmo reduzirem a quantidade de 200 dias letivos, desde que sejam cumpridas as 800 horas obrigatórias.

 

Atividades à distância estão valendo? Sim. Em situações emergenciais, atividades a distância podem ser aplicadas nas séries do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Profissional e Técnica do Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial.

 

 As atividades à distância serão aproveitadas? Sim. Todas as atividades não presenciais podem ser validadas como conteúdo aplicado, mas é preciso que haja uma autorização da autoridade educacional do estado ou do município.

 

O calendário escolar vai mudar?  Estados e municípios irão indicar como será a reposição de conteúdos e atividades, em horas e dias letivos. Porém, na última terça-feira (28), o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou mais algumas diretrizes para orientar escolas nesse momento de pandemia. Uma delas, sugere a reposição de carga horária seja feita utilizando períodos não previstos como recesso escolar do meio do ano, sábados, e com reprogramação de períodos de férias. A ampliação da jornada escolar diária por meio de acréscimo de horas em um turno ou utilização do contraturno para atividades escolares também são alternativas.

 

Quais são as recomendações para os cursos de Educação Infantil?  Ainda de acordo com as diretrizes aprovadas pelo CNE, o conselho orienta que os gestores das creches e pré-escolas busquem uma aproximação virtual dos professores com as famílias e sugiram atividades às crianças e aos pais e responsáveis.

 

COMO FICAM AS MENSALIDADES?

As escolas precisam apresentar suas planilhas   Segundo o superintendente de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA), Filipe Vieira, as escolas devem disponibilizar para as famílias as planilhas de antes da pandemia e a nova planilha com a reprogramação financeira e pedagógica para o ano letivo. “A partir daí, escolas e pais podem negociar os descontos possíveis na manutenção do contrato”, destaca.

 

As instituições de ensino devem oferecer a mesma qualidade na prestação dos serviços, seja ele na modalidade online ou presencial “Estamos falando duas relações contratuais que são fundamentais nos contratos de serviços educacionais:  a educação e o consumo. Uma tem impacto na outra e a escola deve garantir o ensino-aprendizagem com a mesma qualidade”, explica ainda Vieira.

 

A solução é negociar 

Os pais precisam sinalizar junto a escola, caso tenham perdido renda, contratos ou tenha ficado desempregado nesse momento de pandemia. A escola, por outro lado, tem que estar disposta ao diálogo e buscar uma alternativa de negociação para chegar a um acordo com estas famílias. “Conciliar é a melhor solução, por isso insistimos no diálogo. Os pais que não conseguirem esse acordo junto a escola, podem procurar o Procon-BA para ajudar nisso”.   As denúncias ao órgão podem ser feitas pelo aplicativo Procon-BA Mobile ou no e-mail [email protected].

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Após um mês sem casos, Brumado volta a ter novo diagnóstico confirmado da Covid-19; veja vídeo:

  • Brumado Urgente
  • 14 Mai 2020
  • 12:26h

A zona de conforto que aparentemente estava deixando a população de Brumado mais relaxada quanto à pandemia imposta pelo novo coronavírus acabou sendo desativada na manhã desta quinta-feira (14) com a confirmação de um novo caso confirmado da doença no município, lembrando que já tinha 33 dias que não ocorria um caso positivo. O prefeito Eduardo Vasconcelos, juntamente com o secretário municipal de Saúde, Claudio Feres, gravaram um vídeo relatando detalhes. A paciente é uma gestante de 23 anos, moradora do Bairro do Tanque e que está devidamente isolaa com seu marido. Não foi confirmada a transmissão vertical, ou seja, para o feto. Ainda não se tem conhecimento do local onde ela pode ter contraído o vírus, o que acende ainda mais o alerta. Veja vídeo abaixo com maiores explicações:

Anagé: óbito da idosa de 72 anos que foi diagnosticada com a Covid-19 intensifica o sinal de alerta na região sudoeste da Bahia

  • Brumado Urgente
  • 14 Mai 2020
  • 11:10h

(Fotocomposição: Brumado Urgente)

O município de Anagé, localizado a cerca de 80 km de Brumado, teve o registro, na manhã desta quinta-feira (14), da primeira vítima fatal da Covid-19. Segundo informações do Blog do Ricardo Nolasco ela era moradora da Comunidade de Caçote e sua morte aconteceu há poucos instantes. Com isso, o sinal de alerta para a continuidade da quarentena nos municípios da região que tiveram casos positivos fica ainda mais intenso. Apesar da forte pressão dos comerciantes, profissionais liberais e ambulantes, a situação ainda é grave, já que o país enfrenta o pico da pandemia que ainda mostra uma curva ascendente. Então a população espera que as comissões de enfrentamento à doença em todas as cidades da região sudoeste venham a rever suas decisões, pois liberar o fluxo de pessoas, mesmo com máscaras, ainda se mostra muito arriscado, sob a agravante que inúmeros ônibus clandestinos vêm chegando de São Paulo, epicentro da crise no país, e, com isso, a probabilidade de que pessoas infectadas pelo novo coronavírus possam chegar nesse contra êxodo aumenta de forma significativa. 

Identificado conquistense que morreu vítima de coronavírus, ele residia em Itabuna e trabalhava na Caixa

  • BRF
  • 14 Mai 2020
  • 10:59h

(Foto: Reprodução Redes Sociais)

Foi identificado como Cristiano Ferraz Soares o bancário natural de Vitória da Conquista que faleceu vítima de coronavírus na cidade de Itabuna. Segundo informações de familiares, ele ficou internado durante cerca de 19 dias no Hospital Calixto Midlej Filho, mas, infelizmente, não resistiu. Cristiano era funcionário da Caixa Econômica Federal em Itabuna.

“Não tenham medo!” é a mensagem do Apocalipse

  • Carta Capital
  • 14 Mai 2020
  • 10:22h

(RIA SOPALA / PIXABAY)

Nos últimos dias a palavra “Apocalipse”, conectada com a hashtag #fimdomundo, ganhou as mídias sociais. Isto foi estimulado pelo clima catastrófico em torno da pandemia global de coronavírus somado a um tal barulho no céu que foi ouvido em diferentes partes do mundo e à erupção do vulcão Krakatoa (Indonésia), que havia provocado um tsunami mortal em 2018. A esta perspectiva se juntam as mensagens de alguns pregadores religiosos que fazem uma leitura terrorista do tempo que estamos vivendo. Da boca e do teclado deles saem afirmações como: a covid-19 é maldição de Deus, ela cumpre um propósito, um recado de Deus; o coronavírus é um anjo da morte de Deus que veio para fazer justiça contra o comunismo, a liberação da homossexualidade e as “sujeiras” da TV e do cinema; Deus está prestes a expurgar muitos pecados do planeta com este vírus, ainda há tempo de arrependimento. Não é a primeira vez (e possivelmente não será a última) que a ideia de um deus vingativo é relacionada ao Apocalipse e ao fim do mundo. O imaginário coletivo está povoado destas ideias e a cada catástrofe partilhada por mais de um continente, ele é acionado. Isto é resultado de uma compreensão de deus baseada em ideologias de domínio e retribuição, e numa leitura equivocada do livro da Bíblia denominado Apocalipse. A palavra vem do grego e não quer dizer destruição ou fim do mundo, mas sim “revelação”. Apocalipse é a revelação, “véu tirado”, ação que torna possível enxergar o que está escondido. No caso do livro bíblico, temos um texto na forma de carta, pela qual Deus revela aos seguidores de Jesus coisas que eles não conseguiam enxergar diante de momentos muito difíceis de perseguição e morte pelo Império Romano. É a revelação divina de fatos de um presente que deveriam ser compreendidos e vividos com a memória do passado e com a projeção do futuro.

A autoria do Apocalipse é atribuída ao apóstolo João (ou a um de seus seguidores), que, segundo o próprio livro, era um preso do Império na Ilha de Patmos. Nesse sentido, João não estava fazendo previsões para o nosso futuro. Ele escreveu para os cristãos daquele tempo (cerca de 90 anos depois de Jesus) que estavam sofrendo, como ele, a perseguição dos romanos. A intenção era animar as comunidades para que elas não desistissem e continuassem fiéis ao caminho de Jesus. Ele falou do futuro próximo daqueles grupos, de que Deus não deixaria tanto sofrimento por tanto tempo.

A perseguição do Império Romano resultava do fato de que o imperador era o Senhor do Mundo, como um deus (Apocalipse 13 e 14), enquanto os cristãos diziam o contrário: “Jesus é o Senhor dos Senhores!” (Apocalipse 10 e 17). Este não era um conflito apenas conceitual já que todos deviam prestar culto ao imperador (Apocalipse 13. 8-15). Assim, ajudado pela religião, o imperador montou todo um sistema que controlava a vida do povo (Apocalipse 13) e que explorava as pessoas pobres para manter o luxo das elites (Apocalipse 18).

Para os cristãos, Deus é um só e, por causa disso, ele é Pai de todas as pessoas, então todas são irmãs. Por isso, em nome da sua fé, eles procuravam viver como irmãos: colocavam seus bens em comum, diziam que todos eram iguais, condenavam os ricos que exploravam os trabalhadores, não apoiavam o sistema injusto do Império Romano (tudo isto está expresso nas páginas do Novo Testamento da Bíblia). As comunidades diziam: “Jesus é o Senhor e a nossa vida é cumprir a vontade dele!” mas, fora delas, quem dominava era o Imperador de Roma. Daí tanta perseguição!

Há muita coisa difícil de compreender no Apocalipse pois a carta foi escrita de forma enigmática, com palavras e símbolos que só os cristãos poderiam decifrar, pois diziam respeito à situação de perseguição em que se encontravam. Assim, ela pode ser enviada da prisão. Para se entender hoje tantas imagens, números, símbolos, só mesmo conhecendo a memória da caminhada do povo com Deus (no Antigo Testamento) e mergulhando na realidade vivida por aquelas pessoas, naquele momento e lugar, muito diferente da nossa.

O Apocalipse, portanto, não é nem nunca foi uma previsão de acontecimentos do nosso futuro. Tanto é que o fim do mundo já foi muitas vezes previsto com base nele e não aconteceu. Porém, é uma mensagem de ânimo para cristãos que estavam sofrendo muito naquele tempo e lugar e precisavam de esperança de que o sofrimento iria terminar logo. “Não tenham medo!” é expressão recorrente em todo o livro.

De qualquer forma, as palavras do Apocalipse para aquelas pessoas servem para nós. Quando a carta foi escrita, muita gente desistia de manter sua fé por causa do sofrimento, com medo dos romanos ou porque pensava que as dificuldades não tinham solução. O texto serve, portanto, para encorajar a resistirmos diante das mazelas experimentadas hoje.

Serve também para alertar sobre o “Anticristo”, aquele que engana os cristãos como se fosse o Cristo, ensinando e praticando valores contrários a ele, com base no egoísmo, na violência e na falta de amor e misericórdia, em apoio ao Império.

O Apocalipse diz que mesmo no sofrimento é preciso ficar firmes, não se deixar dominar pelo medo, que paralisa e fragiliza, pois a justiça vai ser realizada e a paz será plena! Para isto, é preciso tirar o véu que não permite enxergar o presente, livrar-se de todo engano que esconde a realidade. Isto significa ver o coronavírus como desafio à saúde pública e a políticas econômicas mais justas e inclusivas. Representa tirar o véu que esconde a destruição do meio ambiente pelos Impérios de hoje e desenvolver mais cuidado com ele. Implica identificar os Anticristos que usam a fé para manter sistemas que geram morte, especialmente daqueles que os Impérios excluem por classe, raça, gênero e etnia. Isto é revelação do presente para alimentar o futuro com muita esperança de dias melhores.

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Roberto Jefferson, o bandido de estimação do bolsonarismo

  • por Fernando Duarte I Bahia Notícias
  • 14 Mai 2020
  • 09:50h

Foto: Reprodução I Twitter

“Bandido bom é bandido morto”. Essa é uma concepção muito comum entre os brasileiros e chegou ao seu grau máximo de expressão com a chegada ao Planalto de um pregador formal do tema, o presidente Jair Bolsonaro. Porém esse mote só é válido para bandidos pobres, mesmo que eles não tenham sido condenados pela Justiça. Basta ver que um dos grandes expoentes recentes dessa nova direita do Brasil é o ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Midiático, o cacique do PTB ganhou o estrelato quando veio a público denunciar o episódio que ficou conhecido como “mensalão do PT”. À época, o então parlamentar jogou no ventilador um esquema de compra de votos na Câmara dos Deputados, algo que o submundo da política sempre acusou existir. A diferença era a profissionalização do balcão de negócios, algo até então inédito. Roberto Jefferson, então, conquistou a fama e também a alcunha de justiceiro anti-PT e anti-Lula.

No entanto, ele nunca foi herói. Para usar um termo popularizado pelo próprio PT no auge do mensalão, Roberto Jefferson se lambuzou com as benesses concedidas pelo governo de maneira extraoficial e antirrepublicana. Tanto que foi condenado nessa ação penal a mais de sete anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Como era necessário se manter “por cima da carne seca”, o ex-deputado deixou o legado político para a filha, Cristiane Brasil, que chegou a protagonizar a indigesta nomeação para o Ministério do Trabalho, barrada pelo Supremo Tribunal Federal.

Passado o momento aula de história, voltamos para 2020. Roberto Jefferson reapareceu como um baluarte da democracia ao defender em uma histriônica entrevista com um blogueiro da direita conservadora que existia um complô para um golpe contra Bolsonaro. O bate-papo, transmitido no YouTube, foi assistido ao vivo pelo presidente, numa espécie de metalinguagem do constrangimento. Ali foi a senha pública de que o cacique do PTB tinha, oficialmente, aderido ao governo, na aproximação de Bolsonaro com o centrão.

Roberto Jefferson cumpriu pena? Sim. Pagou pelos crimes? É relativo. Para quem acredita na lógica do “bandido bom é bandido morto”, provavelmente não. Mas agora ele é um bandido de estimação do bolsonarismo, com direito a aplausos e celebrações pelas denúncias “bombásticas” contra os adversários políticos dessa claque. Merece palanque e tem todos os méritos para voltar aos holofotes – afinal, falta de pudor nunca foi problema. É contradição que chama?

Este texto integra o comentário desta quarta-feira (13) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios A Tarde FM, Irecê Líder FM, Clube FM, RB FM, Alternativa FM Nazaré e Candeias FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: SpotifyDeezerApple PodcastsGoogle Podcasts e TuneIn.

Boquira, Morro do Chapéu e Ruy Barbosa registram seus primeiros casos da Covid-19

  • BN
  • 14 Mai 2020
  • 08:43h

(Foto: Reprodução)

Os municípios de Boquira, Morro do Chapéu e Ruy Barbosa registraram, nesta quarta-feira (13) seus primeiros casos confirmados do novo coronavírus, segundo o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Com esses registros, a Bahia chegou a 183 cidades com casos da Covid-19. A prefeitura de Boquira, localizado na Bacia do Paramirim, informou que seu primeiro caso trata-se de um caminhoneiro de 42 anos, que retornou do Pará no dia 3 de maio com sintomas gripais. Segundo a gestão municipal, neste momento, o homem encontra-se assintomático e em isolamento domiciliar, tendo assinado termo de responsabilidade para permanecer em casa durante o período de 14 dias. Em Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, a prefeitura comunicou que o contaminado encontra-se internado no Hospital Maternidade São Vicente de Paulo, mas sem sintomas compatíveis com a definição de caso suspeito do Ministério da Saúde. A Vigilância Epidemiológica do município está mapeando os contatos do paciente e realizando uma investigação para conter o avanço do novo coronavírus. Já no município de Ruy Barbosa, localizado no Piemonte do Paraguaçu, a gestão municipal não divulgou qualquer detalhamento do único caso confirmado na cidade até agora. Entretanto, segundo o último boletim divulgado pela prefeitura, há ainda três casos suspeitos, aguardando resultados de exames.

Nesta quarta, o município de Conceição do Almeida também registrou seu primeiro caso do novo coronavírus, fato antecipado pelo Bahia Notícias. Entretanto, o contágio ainda não encontra-se registrado no boletim divulgado diariamente pela Sesab.

Estudo do IHME projeta quase 100 mil mortes por Covid-19 no Brasil até agosto

  • FolhaPe
  • 14 Mai 2020
  • 08:38h

(Foto: Reprodução)

Um dos principais modelos utilizados pela Casa Branca para monitorar os números sobre o novo coronavírus projetou um cenário bastante sombrio para os brasileiros nos próximos meses. Segundo dados divulgados esta semana pelo IHME, instituto de métrica da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, 88.305 pessoas podem morrer por conta da Covid-19 no Brasil até 4 de agosto. O modelo usa uma janela de intervalo ampla, que no caso brasileiro varia de 30.302 a 193.786 mortes no período, mas indica que a curva de óbitos só aumenta até lá. As projeções mostram que o pico de mortes diárias no Brasil deve acontecer em 1 de julho, com 1.024 óbitos em 24 horas. Assim como a projeção total, a previsão de mortes diárias também obedece uma variação que aqui fica entre 182 e 2.613. Somente nesta terça-feira (12), o Brasil registrou 881 mortes em decorrência do coronavírus, novo recorde diário. Ao todo, são mais de 12,4 mil mortes e 176 mil infectados no País, que ultrapassou a França e se tornou o sexto com mais casos confirmados no mundo.

Em junho, mostra o instituto usado como diretriz na Casa Branca, o número de mortes no Brasil estará na casa dos 27 mil e, quando o pico diário chegar, um mês depois, o patamar total de mortos deve saltar para 57 mil. A partir de então, a curva de mortes diárias começaria a cair, mas chegaria a agosto ainda na ordem de quase 780 vítimas por dia.

O modelo utilizado pela Casa Branca ganhou notoriedade em 31 de março, quando o presidente Donald Trump fez seu primeiro discurso sombrio e visto como realista durante a pandemia que, inicialmente, ele minimizava. Na ocasião, Trump disse que estavam previstas de 100 mil a 240 mil mortes nos EUA até agosto, mesmo com a adoção das medidas de distanciamento social.

Esses números já foram revisados para baixo e para cima algumas vezes, a depender da flexibilização da curva de transmissão – e do relaxamento das regras de distanciamento social em diversos estados americanos.

Caso o isolamento não fosse cumprido, disse o presidente americano à época, esse número poderia chegar a 2,2 milhões de vítimas. Naquele momento, os EUA registravam 3.700 mortes. Hoje já são mais de 82,8 mil mortes e 1,37 milhão de casos confirmados.

O instituto também faz previsão sobre a quantidade de recursos médicos, como leitos de UTI e respiradores, que os países vão precisar durante os períodos de pico. No caso brasileiro, em 1 de julho deve faltar pelo menos sete mil leitos de UTI, já que serão necessários 11.168 e estarão disponíveis apenas 4.060. Os respiradores necessários no mês de pico, julho, serão 9.800, mas o índice do IHME não mostra quantos estarão disponíveis.

O presidente Jair Bolsonaro tem sido foco de preocupação entre líderes políticos e especialistas em todo mundo por insistir em minimizar a pandemia e ser contrário às regras de distanciamento social. Aliado do brasileiro, Trump já sinalizou que pode tomar medidas como a suspensão de voos do Brasil para os EUA caso a situação no país sul-americano continue a piorar.

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Eleições 2020: O que esperar da campanha eleitoral sem o ‘corpo a corpo’ tradicional?

  • Estela Marques
  • 14 Mai 2020
  • 08:07h

Especialistas em Ciência Política, História e Comunicação avaliam possibilidades que políticos podem aderir para o pleito de 2020 | Foto: Reprodução

A campanha eleitoral começa oficialmente apenas em 16 de agosto, e tem muita água pra rolar até lá. Não é da pandemia do novo coronavírus de que estamos falando, mas, sem dúvidas a crise sanitária impõe mudanças ao tradicional “corpo a corpo” que marca as campanhas – principalmente das eleições municipais, como a de 2020. As medidas de distanciamento social, recomendadas desde o início da pandemia e que devem ordenar as atividades sociais até que se tenha uma vacina contra o novo coronavírus, põem em xeque, por exemplo, a realização das convenções partidárias. O evento, que deve acontecer entre 5 de julho e 5 de agosto, costuma reunir correligionários e candidatos em torno dos nomes que disputarão o pleito pelo partido. Plataformas digitais e investimento em campanha digital parecem ser as únicas alternativas capazes de viabilizar o passo a passo eleitoral. “As redes sociais seriam os grandes caminhos: mostrar cara, falar, dar entrevistas em rádio. O pré-candidato só não pode pedir voto nesse momento. Mas dar entrevista, postagem e se manifestar sobre questão de interesse pra sociedade, para o eleitor, podem ser feitos. E reuniões com correligionários do partido, buscando programa de governo, podem ser realizadas com as limitações que são do momento, e não do Direito Eleitoral”, sugere o professor Jaime Barreiros, da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O especialista sugere plataformas como Google Meets, Zoom, além das lives em sites de redes sociais – entre os quais YouTube e Instagram. Essas ferramentas podem ser usadas até para substituir a conversa com eleitores em um bairro popular, ou um almoço ou jantar que alguém poderia promover para apresentar seu candidato. “Vai perder interação, mas vai tentar falar através desses canais aquilo que faria na reunião com seus amigos”, observa o cientista político Paulo Fábio Dantas.

Alternativa democrática?

A alternativa parece democrática, quando vista de longe, mas a análise mais de perto chama a atenção para pontos importantes. A desigualdade se manifesta já na partida, por exemplo.

O historiador político Carlos Zacarias observa que, se podem existir candidatos com recursos para disseminar seu rosto nas redes sociais, há outros que não têm as mesmas condições. Não por habilidade tecnológica, mas devido à capacidade financeira mesmo. Principalmente no que diz respeito à disputa no Legislativo.

“A eleição, se dando nesse termos, pra alguns vai ser absolutamente normal, mas pra outros vai ser um entrave, revestida de profundo obstáculo, porque não vão poder fazer isso. E também não vão poder fazer a campanha da forma anterior, tradicional. Na ausência das redes sociais, dos meios tecnológicos, haverá de funcionar de alguma maneira”, observa.

Numa situação como essa, a tendência é que cada vez mais postulantes ao cargo de vereador tentem colar sua imagem à daqueles que concorrem à prefeitura. A dependência à estrutura dos partidos também é cenário que está no horizonte, embora não exista perspectiva de que esses candidatos sejam incorporados à estrutura de divulgação dos partidos.

Segundo Zacarias, os partidos brasileiros funcionam sob comando de caciques, e eles próprios determinam quem vai estar na linha de frente ou não. A tendência de um cenário desigual como esse é a baixa renovação da Casa Legislativa dos municípios.

“Os mais visualizados vão ser aqueles que já estão na Câmara, que quiserem renovar seus mandatos, e certamente vão usufruir de mais recursos partidários, mais vinculação de seus nomes às candidaturas à majoritária. E os que forem renovados vão surgir muito desse contexto de dinheiro, de capacidade de projetar sua imagem através de disparos e alcançar eleitorado mais distante”, avalia Zacarias.

De acordo com professor Jaime Barreiros, não há o que fazer para garantir equidade nesse contexto. Até porque a igualdade total é “utopia”, “fantasia”.

“Em toda e qualquer eleição alguns candidatos saem na frente. Os mais conhecidos, os que têm mais recursos, mais tempo de propaganda. Naturalmente existe desigualdade. Numa situação como essa, e numa eleição em que é necessária presença do candidato ao eleitor, se torna mais complicado para quem não é mais conhecido. Para isso não tem solução. A tendência é que os candidatos mais conhecidos sejam mais favorecidos”, acrescenta.

Todo mundo tem acesso?

A igualdade é utópica não só do ponto de vista dos políticos, mas também sob o aspecto das cidades, que são o foco do pleito de 2020. O professor Camilo Aggio, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), chama a atenção para as estruturas tecnológicas dos municípios.

“Muitos não possuem quantidade expressiva de acesso à internet, ou o acesso é bastante precário. Em muitos municípios, pequenas cidades em torno de Jequié, no sertão baiano, em áreas rurais e áridas, muita gente ainda depende de conexão via rádio, profundamente lenta. O próprio carregamento de imagens pesadas é um impeditivo”, pondera.

O desafio para essas regiões é pensar uma lógica de substituição da presencialidade. Como alcançar no meio online as pessoas que seriam atingidas pelas ações presenciais? Aggio acredita que, num país desigual como o Brasil no que diz respeito ao acesso à internet, a assimetria ainda é grande.

Para o pesquisador pesa também a tradição do “corpo a corpo” no interior. É tradição, ele lembra.

Até mesmo por isso Aggio chama a atenção para a necessidade de que existam políticas de isolamento realmente efetivas. O professor avalia que o grande desafio vai ser sanitário.

“Essas pessoas estão disputando atenção pública e adesões, os candidatos de modo geral, e vai haver grande pressão para saírem nas ruas e baterem nas portas”, observa.

O que fazer, então?

Se a pandemia do novo coronavírus impede o tradicional “corpo a corpo” e a campanha digital não é democrática, o que poderia ser feito para garantir que os candidatos partam de um ponto equivalente? A resposta pode estar no meio termo, de acordo com o cientista político Paulo Fábio Dantas.

Isso quer dizer que não é nem manter o calendário eleitoral, nem deixar o pleito municipal para 2022. O adiamento por tanto tempo, inclusive, é antidemocrático porque passaria a ter prefeitos e vereadores com mandatos para os quais não foram eleitos; abriria precedente perigoso num país que vive instabilidade política; e coloca em risco a autonomia que os pleitos municipais alcançaram em relação às eleições gerais.

Paulo Fábio sugere que seja adiado para outubro e novembro o período de campanha eleitoral. Nesse cenário, poderia ser reavaliada a possibilidade de debates e visitas a bairros.

“Estaríamos em outro clima. Em agosto está muito perto e as medidas que poderiam tomar seriam muito poucas. Mas se a campanha for em outubro e novembro, acho possível o ‘corpo a corpo’. Vai ter máscara, mas não será mais uma coisa impeditiva”, avalia.

O professor pondera que uma decisão como essa exigira articulação complexa da Justiça Eleitoral. Por exemplo, no tempo destinado à apuração dos votos, na realização de primeiro e segundo turnos, no período recursal, e na posse dos eleitos.

Paulo Fábio sugere também a ampliação do horário eleitoral na televisão, para que fossem incluídos debates entre os candidatos.

“É possível adiar por 30 dias que seja para ter um tempo de campanha melhor? É possível repensar a questão do horário eleitoral para ampliar esse espaço? São duas linhas de raciocínio que, imagino, não vão depender da iniciativa de um candidato ou partido, mas soluções institucionais para que essa situação seja enfrentada sem aquela solução fácil, oportunista”, acrescenta.

 

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ACM Neto diz que vai despachar de casa até receber resultado de teste do novo coronavírus

  • Redação
  • 14 Mai 2020
  • 08:04h

Foto: Max Haack/Secom PMS Foto: Max Haack/Secom PMS

O chefe-de-gabinete da prefeitura de Salvador, Kaio Moraes, testou positivo para o novo coronavírus. A notícia foi confirmada pelo prefeito ACM Neto nas redes sociais e em nota da Secretaria de Comunicação do Município. Por ser uma pessoa com quem trabalha diretamente, ACM Neto suspendeu a agenda e anunciou que vai despachar em casa. Kaio Morais é o segundo auxiliar do prefeito, nesta semana, a contrair a Covid-19. Na última terça-feira, o subchefe de gabinete, Matheus Simões, também testou positivo. O prefeito se submeteu a exame na noite desta quarta-feira e aguarda resultado.Por seu lado, o secretário de Saúde, Leo Prates, enfrenta o problema da pandemia em casa. O gestor confirmou que seus dois cunhados, as duas irmãs e os dois filhos contraíram a Covid-19. “Peço ao meu bom Deus que me ilumine! Me dê forças para seguir em frente!”, ressaltou. Prates já concluiu o exame e testou negativo.