Alimentação saudável é fator principal para redução de colesterol

  • 14 Ago 2016
  • 15:02h

(Foto: Reprodução)

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% das mortes no Brasil são causadas em razão de doenças cardiovasculares. Os níveis elevados de colesterol figuram entre os grandes fatores causadores de problemas cardíacos. O acúmulo de LDL colesterol, o chamado colesterol ruim, nas paredes de vasos e artérias compromete o fluxo sanguíneo, e elevam riscos de doenças do coração, como Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). 

Cerca de 40% da população brasileira apresenta quadro de níveis elevados de colesterol. Para combater o problema e alertar a população sobre os riscos e os cuidados que precisam ser adotados para evitar o problema, no dia 8 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Para o cardiologista Newton Ferreira, a data é importante para que as pessoas se motivem em combater o problema. “É importante ter uma data para lembrar o diagnóstico e o tratamento da Hipercolesterolemia. Essa divulgação facilita o acesso à informação e motiva o paciente a buscar e otimizar o tratamento”, avalia o cardiologista.  Os níveis de colesterol podem ser controlados através da estatinas, e de medicamentos fitoterápicos. Mas o médico ressalta que além dos medicamentos, uma alimentação equilibrada é essencial para manter esse controle.  “O controle do colesterol se faz principalmente através de uma dieta pobre em gorduras e rica em fibras. Os alimentos que ajudam a reduzir o colesterol são alimentos ricos em fibra, principalmente as verduras. Quando menos gordura animal, melhor. O paciente que evita as carnes, principalmente as gorduras ele consegue diminuir as taxas de colesterol” afirma o cardiologista.

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Power Gym: Feliz dia dos Pais

  • 14 Ago 2016
  • 14:49h

Previdência do Brasil é a 13ª mais cara

  • 14 Ago 2016
  • 14:02h

(Foto: Reprodução)

As despesas do Brasil com a Previdência estão muito acima do que seria o esperado a partir da idade da população brasileira, aponta estudo obtido pela reportagem. De uma lista de 86 países, o Brasil está em 13º com maior gasto com aposentadorias e pensões em relação às riquezas do País. Ao mesmo tempo figura na 56ª posição entre os que têm a população mais idosa, com 60 anos ou mais. Considerada a estrutura demográfica brasileira, o gasto previdenciário deveria se encontrar em torno de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) - a projeção do governo federal é de que as despesas com o pagamento dos benefícios pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alcancem 7,9% do PIB neste ano.  Segundo o estudo feito pela equipe técnica do governo, o atual patamar de gastos do Brasil com Previdência só seria compatível se 25% da população fossem idosos.

 

No entanto, segundo o IBGE, apenas 10,8% dos brasileiros têm 60 anos ou mais. Isso mostra uma distorção dos gastos previdenciários que já comprometem as contas públicas. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o rombo da Previdência - que fechou em R$ 86 bilhões em 2015 - deve alcançar R$ 180 bilhões em 2017 e, em breve, não caberá no Orçamento Geral da União (OGU).  "São poucos os países que adotam um conjunto de regras tão relaxadas como o Brasil", diz um dos autores do estudo, Luis Henrique Paiva, do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Segundo o pesquisador, a tendência é que países com mais idosos também sejam aqueles que apresentem maior despesa previdenciária. O Brasil, porém, é um ponto fora da curva, com gastos muito acima do esperado para um país com perfil relativamente jovem. Paiva diz que as aposentadorias precoces e as pensões explicam boa parte dessa situação.  As despesas com o pagamento do INSS deram um salto entre 1995 e 2014, de 4% para 7% do PIB. "Isso garantiu que quase 90% dos idosos tivessem acesso a algum tipo de benefício", afirma. "Essa é a faceta positiva do aumento de gastos: expandiu a cobertura.  Em muitas cidades, os benefícios são uma das principais fontes de renda."  Atualmente, no Brasil, é possível aposentar por idade ou por tempo de contribuição. Na prática, os trabalhadores mais pobres e com pior inserção no mercado de trabalho se aposentam por idade. A regra diz que é possível se aposentar com 65/60 anos (homens/mulheres) se o trabalhador tiver 15 anos de contribuição Na aposentadoria por tempo de contribuição, não há fixação de idade mínima, uma concessão que é raridade no mundo A regra diz que é preciso ter 35/30 anos de contribuição. As idades médias de aposentadoria, neste caso, são de 55/52 anos. Para os pesquisadores, essas regras favorecem trabalhadores com maiores níveis de renda, com uma trajetória de empregos com carteira assinada, mais estável. Entre 177 países, o Brasil faz parte de um grupo pequeno de 13 nações que oferecem a opção pela aposentadoria por tempo de contribuição. Desses, cinco exigem que o aposentado abandone o mercado de trabalho ou impõem outras restrições ao acúmulo de rendimentos trabalhistas e previdenciários - o que não ocorre no País. O caso brasileiro destoa até mesmo de países com situação socioeconômica e demográfica semelhante. O Equador é o único país da América Latina a oferecer a aposentadoria por tempo de contribuição, mas trata como um caso excepcional e exige tempo de 40 anos para homens e mulheres para que não haja redução no valor do benefício. Nos países da América Latina, as diferenças nos critérios para a aposentadoria de homens e mulheres são menores do que as existentes no Brasil e a reforma da Previdência deve aproximar as exigências. Cerca de 90% dos países da região impõem alguma restrição para aposentadorias antecipadas.  O patamar da participação das pessoas de 60 anos ou mais na população brasileira que era de apenas 3% no começo do século 20, deverá atingir um terço da população em 2060 de acordo com as projeções do IBGE e da ONU. Hoje, portanto, um em cada dez brasileiros tem 60 anos ou mais de idade. Em 2060, os idosos serão um em cada três brasileiros. O envelhecimento populacional e a queda da fecundidade farão com que haja um menor número de pessoas em idade ativa para cada idoso. Em 2010, havia 10 pessoas de 15 a 64 anos para sustentar cada idoso de 65 anos ou mais de idade. Em 2060, haverá entre 2,2 e 2,3 pessoas em idade ativa para cada idoso.  Para o pesquisador do Ipea, o governo está diante de um desafio para convencer as pessoas a aceitar regras mais duras para se aposentar. "A Previdência é um pacto de gerações e se dá dentro da casa de cada um", afirma. "Ou mantemos isso na cabeça ou a próxima geração vai ter que pagar as distorções com mais impostos", diz. E dá um exemplo pessoal: "Meu pai se aposentou com condições muito mais favoráveis do que as que eu vou ter que seguir para garantir que o meu filho também consiga se aposentar".

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Pílula anticoncepcional tem relação com trombose? Veja mais perguntas

  • G1
  • 14 Ago 2016
  • 12:09h

(Foto: Reprodução)

Depois que a jovem Juliana Bardella, de 22 anos, relatou nas redes sociais que desenvolveu uma trombose venosa cerebral e foi internada após usar pílula anticoncepcional, muitas usuárias começaram a manifestar dúvidas sobre o uso desse medicamento. Veja abaixo respostas aos principais questionamentos baseadas em informações do presidente da Sociedade Brasileira e Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência (Sogia), José Alcione Macedo Almeida, do presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Ivanésio Merlo, e do presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, César Eduardo Fernandes.

O que é a trombose venosa?
De acordo com a SBACV, é uma doença causada pela coagulação do sangue no interior das veias em um local ou momento não adequados -- não adequado porque a coagulação é um mecanismo de defesa do organismo. As veias mais comumente atingidas são as dos membros inferiores (cerca de 90% dos casos). Os sintomas mais comuns são inchaço e dor. O angiologista Ivanésio Merlo diz que, para ocorrer trombose venosa, é preciso que ocorra uma das três situações: trauma vascular, estase venosa (má circulação) ou alteração do poder de coagulação sanguínea.

Se eu tomar pílula, é verdade que terei mais risco de ter trombose?
Sim. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mulheres que usam anticoncepcionais contendo drospirenona, gestodeno ou desogestrel (caso das pílulas) têm um risco de 4 a 6 vezes maior de desenvolver tromboembolismo venoso, em um ano, do que as mulheres que não usam contraceptivos hormonais combinados. De qualquer forma, segundo os médicos especialistas, se não há outros fatores de influência, o risco ainda assim é pequeno. “Os benefícios dos anticoncepcionais na prevenção da gravidez continuam a superar seus riscos. Além disso, os riscos de eventos como trombose envolvendo todos os contraceptivos orais combinados é conhecidamente pequeno”, informou a Anvisa. Mesmo com a pequena chance, a possibilidade de efeitos colaterais é o principal argumento dos médicos para que as mulheres não escolham a pílula por conta própria. Antes de receitar o anticoncepcional ideal, o ginecologista deverá fazer um questionário para ver se a paciente tem alguns dos fatores que podem desencadear problemas pelo uso da pílula e aumentar a probabilidade de ter uma trombose, entre outras doenças. Ainda segundo a Anvisa, “antes do início do uso de qualquer contraceptivo, deve ser realizado minucioso histórico individual da mulher, seu histórico familiar e um exame físico incluindo determinação da pressão arterial. Exames das mamas, fígado, extremidades e órgãos pélvicos, além do Papanicolau, devem ser conduzidos”. Esses procedimentos devem ser feitos uma vez por ano. O ginecologista José Alcione Macedo Almeida diz que é importante também perguntar se a paciente toma qualquer outro medicamento que possa interagir com os hormônios da pílula. “Pacientes que tomam anticoagulantes exatamente pra evitar a trombose, é lógico, a gente evita [a pílula]”, disse.

Quem deve evitar tomar a pílula?
Fumantes, mulheres com histórico de trombose na família, pacientes com enxaqueca frequente, obesas, diabéticas, entre outros fatores. Mulheres sedentárias também podem apresentar algum efeito colateral, assim como aquelas pacientes que têm dores de cabeça com pequenos lampejos (cefaleia precedida de aura) -- quando a mulher vê “estrelinhas, raios de luz”. Os médicos apontam que aquelas que têm mais de 35 anos e são fumantes estão proibidas de usar pílula. Almeida explicou que “estatisticamente é muito pequena a taxa de pacientes muitos jovens que têm qualquer fenômeno trombótico sem nenhum antecedente”. Ele alerta, no entanto, que o cigarro é o fator que para as meninas mais jovens é o mais problemático.  “Você pode pegar uma paciente de 20 anos. Ela não tem nenhuma história agravante de risco, mas ela sendo fumante já dobra o risco de ter um fenômeno de trombose”, disse Almeida.

Quais são os efeitos colaterais confirmados pelos médicos?
Os médicos alertam que nem todas as mulheres que consomem a pílula terão esses efeitos colaterais. Há, no entanto, a chance de desenvolver trombose, dor de cabeça, enxaqueca, maior retenção de líquido, ganho de peso. Sobre a diminuição da libido, o ginecologista César Eduardo Fernandes diz que é preciso analisar caso a caso, já que muitas vezes há outras questões que podem ocorrer na vida da mulher que tiram a vontade de fazer sexo.

Há algum efeito colateral positivo pelo consumo da pílula?
Sim. O remédio pode reduzir o risco de câncer de mama e de ovário. Há, no geral, uma redução da acne nas mulheres. O medicamento pode reduzir as cólicas menstruais e a tensão pré-menstrual. O ciclo menstrual fica mais regular. “Qual é a melhor pílula para se tomar? Não tem a melhor pílula, todas elas têm progesterona e/ou estrogênio. Dificilmente o médico recomenda alguma coisa que pode resolver outra doença e não haja um efeito colateral, mesmo que pequeno”, explica Merlo.

Há algum exame que comprove que a minha trombose foi causada pela pílula?
Não. Os especialistas apontam a pílula como causadora da trombose após fazer uma exclusão de outros fatores. Se a paciente fuma muitos cigarros por dia, por exemplo, é um fator que também aumenta as chances da trombose -- unido ao uso da pílula, pior ainda. De qualquer forma, quanto mais fatores de risco para a trombose a paciente tiver, maior será a chance de desenvolver a doença. O uso da pílula é apenas um deles.

Quais outros métodos contraceptivos podem ser utilizados?
Todos os métodos que apresentam os hormônios citados acima têm os mesmos riscos da pílula. Por isso, os médicos recomendam o uso da camisinha como o melhor método anticoncepcional do mercado. Há também o DIU de cobre e o diafragma, por exemplo. É importante ir ao médico e checar outros fatores de risco também desses outros contraceptivos.

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Orçamento de 2017 do STF fica em R$ 685 mi; ministro pede que Executivo não faça cortes

  • 14 Ago 2016
  • 10:00h

(Foto: Reprodução)

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou nesta quarta-feira (10) o orçamento para 2017. A previsão é que o custo da Corte para o próximo ano seja de R$ 685 milhões, 23,3% maior do que o de 2016. O orçamento deste ano foi de R$ 554,7 milhões. Na mensagem encaminhada ao Planalto, o STF indicará que o Executivo não poderá cortar a proposta orçamentária, por ser de iniciativa própria do Supremo. O contingenciamento do orçamento só poderá ser analisado pelo Congresso Nacional. A ressalva foi proposta pelo ministro Celso de Mello, “porque a gente tem visto aqui no tribunal, não só em relação à União, conflitos entre tribunais de Justiça e governos de estado” por causa dos cortes. Da proposta global, R$ 423 milhões serão destinados a gastos com pessoal, R$ 30 milhões serão destinados a “benefícios assistenciais” e R$ 230 milhões serão “outros custeios e capital”. Nos R$ 230 milhões, há previsão para proposta de aumento salarial dos ministros, discutida no Senado. Se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um novo regime fiscal for aprovada, o valor poderá ser reduzido para o que foi executada este ano corrigida pela inflação, que corresponde a R$ 158 milhões a mais, junto com o IPCA.

Ministro diz que sem reformas as aposentadorias estão sob ameaça

  • 14 Ago 2016
  • 09:04h

(Foto: Reprodução)

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse, em vídeo divulgado hoje (12) por sua assessoria, que, sem uma reforma da Previdência Social que possibilite amenizar os déficits que vêm sendo registrados, “não vai haver mais a garantia do recebimento da aposentadoria” pelos beneficiados. O vídeo foi publicado na página do Gabinete Civil no Facebook. “A reforma da Previdência é indispensável para que o Brasil volte a ter confiança, seja no mercado interno ou externo. O déficit da Previdência em 2015 foi R$ 86 bilhões. Em 2016, foi R$ 146 bilhões, e, em 2017, entre R$ 180 e R$ 200 bilhões. Isso não pode continuar sob pena de não conseguir mais pagar a aposentadoria”, disse o ministro. “Então, tem de mudar para preservar, porque se não mudar, não vai haver mais a garantia do recebimento da aposentadoria”, afirmou. Segundo o ministro, as mudanças defendidas pelo governo não vão colocar em risco os direitos já adquiridos pelos trabalhadores. “Ninguém perderá nenhum direito adquirido. Não precisa correr para o posto do INSS. Todo mundo terá o seu direito preservado. Não perderá absolutamente nada”, finalizou Padilha.

TAISAN DESEJA FELIZ DIA DOS PAIS!

  • 14 Ago 2016
  • 08:07h

Brumauto: Feliz dia dos Pais

  • 14 Ago 2016
  • 07:26h

Professores aproveitam febre do Pokémon Go; veja mais de 20 dicas

  • 14 Ago 2016
  • 07:02h

(Foto: Reprodução)

O jogo Pokémon Go invadiu o Brasil, e as salas de aula não passaram ilesas. Com os alunos grudados no celular na missão de caçar pokémons, professores aproveitam a febre para criar aulas e ensinar os conteúdos aproveitando a febre. (Abaixo, veja mais de 20 dicas para diferentes disciplinas)Os protozoários na aula da professora de biologia Viviane Bozolan Porto ganharam as caras dos pokémons. Eddy Antonini ensinou trigonomotria fazendo uma analogia com a incubadora de ovos de jogo. E até na aula de espanhol da professora Priscila Oliveira Vieira o Pokémon Go vai aparecer. O grupo de alunos do 7º ano que acertar a conjugação dos verbos irregulares, na atividade que vai ocorrer na semana que vem, terá direito a caçar os monstrinhos durante a aula.

Eu precisei traçar uma estratégia. Na quinta-feira passada cheguei para dar aula e tomei um susto, não imaginava a febre. Dentro da escola tinha um pokéstop. Foi impossível dar aula, foi um estresse”, diz Viviane Bozolan Porto, professora de biologia da escola Mary Ward, da rede particular, em São Paulo. Viviane diz que estava dando aula sobre protozoários e doenças no segundo ano do ensino médio, mas via os alunos se contorcendo para mexer no celular. Na escola é proibido o uso do aparelho na sala. “Comecei a fazer analogias entre os protozoários e os pokémons sobre evoluções e formas e eles começaram a prestar atenção.” A professora, então, foi estudar o jogo, e dias depois propôs uma nova atividade: pediu aos alunos que fizessem cards com o desenho dos pokémons batizando-os com nomes dos protozoários. “Cada doença, cada forma, é uma evolução e um card diferente, sempre comparando com os pokémons. Assim eles memorizam os nomes dos protozoários brincando, ficou mais lúdico.” Viviane não gosta do jogo e não instalou o aplicativo no celular, mas diz que quer aproveitá-lo para ensinar, já que virou o foco da atenção dos alunos. “Os desafios são legais e o professor não pode parar de estudar e usar novas estratégias.”

Os pokémons e a trigonometria 
Eddy Antonini, dá aulas nos cursos técnicos de eletrônica e eletrotécnica da Etec, em Itapeva, no interior de São Paulo. Ele usou uma situação hipotética do jogo para explicar conceitos da trigonometria e do Teorema de Pitágoras. Assista ao vídeo . “Era uma aula de eletroeletrônica e eu tinha mencionado que iríamos estudar trigonometria, que era para revisar do ensino médio, eu comentei que dava para aprender até com pokémon. Depois que acabou a aula, alguns alunos ficaram e pediram para eu explicar. Mas pretendo repetir essa mesma explicação nas aulas regulares”, diz Eddy. Ele diz que suas aulas costumam ser integradas com a cultura do dia a dia, mas que não substitui os métodos tradicionais da didática. “Quando lançou o filme do Thor, por exemplo, eu criei uma situação hipotética para usar a Bifrost como exemplo de condutor elétrico. Eu sempre uso a aproximação da realidade cultural dos alunos com o conteúdo.”

Acerto de verbo em espanhol vale caça 
Na semana que vem, os alunos da professora de espanhol Priscila Oliveira Vieira, da escola Mary Ward, estarão liberados para caçar pokémons pela escola. Mas não deliberadamente. Ela vai fazer uma atividade de revisão, em que a sala do 7º ano estará dividida em dois grupos. Haverá um líder em cada um deles que estará com o celular ligado no jogo em um espaço aberto do colégio. Quando aparecer um pokémon, a professora vai lançar um verbo irregular do pretérito indefinido, se o grupo acertar a conjugação, ganhará o direito de caçá-lo. Se errar, adeus pokémon. Priscila diz que os alunos ajudaram a compor as regras da brincadeira e estão ansiosos para participar. “Isso vai fazer com que eles memorizem os verbos. O conteúdo é difícil e o jogo desperta muito interesse. Eles vão se motivar a estudar para poder caçar.”

‘Jogo não é isolado da educação’ 
Para Roger Tavares, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e especialista em games, os jogos sempre têm um fim pedagógico, até os violentos. “O jogo é feito por pessoas e todo mundo passou pela escola. Uns gostam mais e outros menos, mas o jogo não é uma coisa e a educação outra. Ele faz parte do ser humano”, diz Tavares, que atualmente faz pós-doutorado em Portugal sobre o tema. Tavares acredita que se aplicados no ensino, os games podem ajudar a desconstruir a escola como um lugar maçante. “Vejo a escola como um lugar para socializar e trocar experiência. A visão da escola como lugar para ser reprimido, mudou. Alguns professores não entenderam que o videogame é amigo da escola e pode ser usado de muitas maneiras.”

Veja dicas de como usar o jogo: 
Sugestões avaliadas por Rafael Lucena, professor de biologia do Stoodi (startup de educação à distância que oferece videoaulas); Roger Tavares, professor da UFRN, atualmente no pós-doutorado em Portugal; e Leonardo Freitas Alves, professor de português da rede privada, em Brasília.

LINGUAGEM 
- Pedir que seus alunos escrevam histórias baseadas em uma aventura vivida por um dos pokémons de sua coleção;

- Pedir que seus alunos escrevam um diário baseado em seu avatar no jogo;

- Pedir que seus alunos escrevam um diário sobre o que viram e aprenderam jogando, incluindo pontos históricos ou turísticos;

- Pedir que seus alunos escrevam uma carta para seu professor buscando convencê-lo a permitir que jogue na sala de aula. Vale lembrar, neste item, que há escolas que proíbem o uso do celular;

- Pedir que seus alunos escrevam um artigo sobre os pontos positivos e negativos do uso do jogo na escola; ou sobre as razões para o jogo estar conquistando fãs por todo o mundo.

MATEMÁTICA/ FÍSICA/ QUÍMICA 
- Usar as características do pokémons do jogo para ensinar probabilidade, aplicando-a sobre o cálculo das chances de determinados pokémons vencerem os oponentes em combates;

- Realizar diferentes agrupamentos de pokémons para construir problemas envolvendo diagramas de Venn e Carrol;

- Usar informações de peso e altura dos pokémons, disponíveis no pokedex, para realizar atividades de estatística, incluindo a produção de gráficos;

- O jogo oferece a possibilidade compras. Formule problemas a partir dos principais interesses de compra dos alunos no jogo. Um exemplo: o que vale a pena comprar e o que não vale. Ou, ainda, como aproveitar melhor cinco dólares em compras com objetivo de conseguir mais pokémons;

- O jogo usa um círculo para determinar a área da captura dos pokémons. Use isso para trabalhar as áreas do círculo;

- No item “journal” é possível obter relatório sobre data e horário de captura dos monstrinhos. Elabore atividades sobre cálculo de tempo, como a elaboração de gráficos;

- Consumo de banda de telefonia: incentive os alunos a usarem dados disponíveis nos próprios celulares para elaborarem trabalhos sobre o consumo de dados e realizarem projeções;

- Usar conceitos da velocidade e trajetória da física para calcular a distância e tempo da captura dos pokémons;

- Nas batalhas nos ginásios, os pokémons lutam, mas é possível prever o vencedor, de acordo com a característica de cada monstrinho (terra, água, ar e fogo), lembrando conceitos da química.

BIOLOGIA 
- Evolução: como os conceitos de evolução se relacionam com a evolução dos pokémons do jogo?;

- Diversidade biológica: por que alguns pokémons são mais comuns que outros? Qual a relação entre seus poderes e as reais capacidades dos animais a que os pokémons são comparados?;

- Ecologia: por que alguns pokémons aparecem somente em certos locais ou horários? Qual a relação entre seu "perfil" (terra, água, fogo, planta, ar, etc.) e suas possíveis localizações?

- No jogo é possível encubar ovos. Mas o que é a encubação? Peça para os alunos realizarem um relatório sobre diferentes formas de reprodução.

GEOGRAFIA 
- Usar o jogo para discutir posicionamento e direção; abordando por exemplo a discussão sobre em qual ponto cardeal está o ponto de interesse mais próximo no jogo;

- Pedir para que os alunos desenhem um mapa com a área onde localizaram seus pokémons.

ARTES 
- Criar e desenhar novos pokémons;

- Dança, teatro e música também podem aproveitar o tema para propor atividades. Uma sugestão é fazer um estudo das cores. Por que alguns pokémons têm cores mais cortes do que os outros. Há uma relação sobre o seu perfil? Os que têm cores mais fortes são mais agressivos, por exemplo?

Sobre o jogo 
Pokémon Go é um game gratuito de realidade aumentada para smartphones Android e iOS. O jogo utiliza o sistema de GPS dos aparelhos para fazer com os jogadores se desloquem fisicamente para conseguir capturar os monstrinhos da franquia da Nintendo.

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Com registros, Odebrecht identifica pagamento de R$ 1 bilhão em propinas

  • 13 Ago 2016
  • 20:04h

(Foto: Reprodução)

A Odebrecht surpreendeu os investigadores da Operação Lava Jato por ter um setor responsável apenas pelo pagamento de propinas. Mas de acordo com a coluna Radar Online, da revista Veja, essa organização também permitiu uma noção mais exata de quanto foi pago irregularmente aos envolvidos no esquema de desvios na Petrobras e outras estatais. O sistema informatizado aponta para uma estimativa preliminar da força-tarefa: R$ 1 bilhão. Os valores teriam sido pagos apenas pela Odebrecht e pela Braskem.

Cientistas identificam proteínas do vírus da zika que levam à microcefalia

  • 13 Ago 2016
  • 19:03h

Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)

A ciência já tinha constatado que o vírus da zika poderia levar à microcefalia e a outros problemas neurológicos em bebês. Agora, cientistas da Universidade do Sul da Califórnia (USC), nos Estados Unidos, estão desvendando de que maneira o vírus faz isso. Um estudo publicado nesta quinta-feira (11) na revista “Cell Stem Cell” revelou que duas proteínas do vírus são responsáveis pela desregulação celular que resulta na malformação. “Agora sabemos as vias moleculares, então demos o primeiro grande passo rumo a uma terapia alvo para microcefalia induzida por zika”, diz Jae Jung, um dos autores do estudo e professor do Departamento de Microiologia Molecular e Imunologia na USC.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores infectaram células-tronco neurais fetais humanas com três cepas do vírus da zika e mediram o impacto dessa infecção de acordo com a presença de cada uma das 10 proteínas codificadas pelo vírus da zika. Esse impacto foi medido ao se observar a formação das chamadas neuroesferas, agrupamento de células-tronco neurais que simulam características iniciais do processo de formação dos neurônios. Os testes demostraram que as proteínas NS4A e NS4B do vírus da zika inibiram a formação das neuroesferas e levaram à redução da média do tamanho dessas estruturas. O que essas proteínas fazem é desregular mecanismos celulares como o da autofagia, tipo de “reciclagem celular”. “O vírus da zika aumenta a atividade em sua fábrica de reciclagem para que ele possa usar a energia e nutrientes resultantes para se replicar”, diz Jung. “É possível que, como o zika está usando a maior parte da energia, as células-tronco neurais ficam com déficits metabólicos. Portanto as chances para elas diferenciarem e amadurecerem em neurônios e outros tipos de células cerebrais são bem menores”, completa. Agora, os cientistas estão trabalhando em experimentos para verificar a ação das proteínas NS4A e NS4B em organoides cerebrais e em camundongos.

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Rede estadual de saúde passará a contar com tratamento especializado para autistas

  • 13 Ago 2016
  • 18:05h

(Foto: Reprodução)

O centro de Serviço Especializado às pessoas com Transtorno do Espectro Autista funcionará no Centro de Referência Estadual para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (CRE-TEA), que será implantado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) e funcionará no Campo Grande, em um espaço onde estava instalada a Escola de Puericultura. De acordo com a Sesab o processo despachado pelo governador, na edição desta terça-feira (9), do Diário Oficial do Estado, autoriza o processo de seleção da Organização Social que fará a gestão do novo serviço. No entanto, ainda não há data para que o centro entre em funcionamento.

Corridas de rua com cadeira de rodas unem pai e filha

  • 13 Ago 2016
  • 16:08h

Fabiano mandou fazer uma cadeira de rodas adaptada para participar de corridas com a filha Sophia. (Foto: Mill Queen/ Arquivo Pessoal)

A vida do gerente comercial Fabiano Santos mudou completamente há sete anos com a chegada da filha caçula, Sofia. O nome vem do grego e significa “sabedoria”, que o pai precisou desenvolver para atender as necessidades especiais da criança: a menina não consegue andar ou falar e, por conta disto, o maranhense de 36 anos que mora em Marabá, sudeste do Pará, criou uma forma de passar mais tempo perto da garota e ajudá-la em seu tratamento através do esporte: com uma cadeira especial, ela acompanha o pai na corrida de rua. A pequena Sofia nasceu com uma má divisão em um braço no cromossomo cinco e apresenta transtornos de autismo. Quando ela tinha três anos chegou a andar, mas depois de não conseguir estabilidade suficiente e levar muitas quedas, ela parou de levantar.

“Estamos trabalhando para que ela volte a ter confiança. Ela não fala, mas expressa sentimento com as pessoas que ela convive. Quando começa uma música que ela gosta, começa a sorrir”, conta Fabiano, que descobriu que a filha, mesmo sem andar, gosta de correr!

União através do esporte
A ideia de praticar corrida com a filha na cadeira de rodas surgiu há um ano e teve o total apoio da psicopedagoga da Apae, que assiste Sofia. Então Fabiano, que já foi atleta profissional de futebol entre os anos de 1997 e 2002, agarrou essa oportunidade de se exercitar, passar mais tempo perto da filha em um momento só deles, e ajudar no tratamento de Sofia. “Ela vê coisas diferentes, para que ambientes diferentes passem a fazer parte do mundinho dela. Ter contato com outras pessoas, aglomerações... isso ajuda no raciocínio, para ela prestar mais atenção nas coisas. Tem sido muito importante”, afirma Fabiano. “Ela não tolera ambientes diferentes, toda vez que a gente sai de casa ela fica agitada. A ideia foi dela se ambientar”, explica Estar Santos, mãe de Sophia e Augusto, 12, filhos de Fabiano. A primeira corrida oficial que pai e filha participaram juntos foi a Corrida do Círio 2015. "Confesso que tive receio da reação das pessoas, no entanto, os incentivos foram tantos, dos outros atletas e das pessoas que assistiam a corrida, que tive a certeza que estávamos no caminho certo. Pelo quilômetro oito da prova ela começou a sorrir muito e isso me deu um gás a mais para completar”, conta Fabiano. Desde então a dupla não parou mais, já participou de onze provas, que juntas somam quase 100 km de corrida. Na semana passada, participaram de uma corrida inclusiva organizada pela OAB de Canaã dos Carajás, em que um grupo de corredores organizou uma  homenagem a Sofia. Todos usaram camisas com a frase "Amigos de Sofia".

‘Corridas com Sofia’
As descobertas de pai e filha têm sido compartilhadas por Fabiano em um perfil específico nas redes sociais, o “corridas_com_Sofia”. No espaço virtual, Fabiano publica fotos e mensagens de amor à filha e incentivo a outras famílias com crianças especiais. Foi também na internet que Fabiano foi encontrado pelo “Esquadrão Azul”, um grupo de pais e mães de todo o Brasil, que correm com os filhos especiais. Ele compartilha suas experiências e também aprende com outros pais que praticam corrida há mais tempo. Para melhorar conforto de Sofia e o desempenho nos treinos e provas, Fabiano mandou fazer, em São Paulo, uma cadeira toda adaptada, com as medidas da criança e dele. “Tem que ter música no carrinho dela, música gospel, a Sofia é fã de Anjos de Resgate. Ela adora a musiquinha, vento no rosto, quanto mais velocidade, mais ela gosta”, diz satisfeito o pai.

Falta de estrutura
A rotina de Sofia é puxada durante a semana. Além dos treinos com o pai, ela faz fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional na Apae. Os pais trabalham fora para custear as despesas da família e contam com a ajuda de uma babá, Iolanda, que a Sofia adora, para cuidar dela. Apesar de todos os esforços dos pais, Sofia não tem a estrutura necessária no município. “A cidade não disponibiliza tanta coisa. Aqui não tem escolinha para crianças especiais e a prefeitura não manda uma cuidadora para assistir ela na turma. A Sofia não está frequentando a escola”, lamenta Fabiano, que é natural do Maranhão e mora há três anos em Marabá.  "Meu grande desejo seria esta escolinha e também um tratamento como equoterapia, o que ajudaria a dezenas de pessoas em situação semelhante", diz.Amor incondicional A chegada de Sofia foi planejada. Segundo o casal, o filho mais velho Augusto pedia um irmãozinho. Ainda durante a gestação, foi detectado que Sofia seria especial. “Na gestação a gente viu que ela tinha uma alteração na medida da translucência nucal e corria o risco de nascer com síndrome de Down. Na ultrassom seguinte se descartou, mas foi detectada outra coisa”, lembra Fabiano desse período que ele considera um dos mais difíceis da vida. “Já temos na família uma criança com síndrome de Down. Eu me preocupei bastante em ter que passar novamente por tudo isso, agora como pai. Entreguei nas mães de Deus. Ela não conseguia mamar, teve que ficar na UTI, sendo alimentada por sonda. Foi um tempo de muita reflexão pra gente”, afirma o pai, que fez muitas viagens para outras cidades em busca de médicos que pudessem diagnosticar Sofia. O medo do novo foi superado e atualmente Sofia é o xodó da família toda. A esposa de Fabiano, Ester, conta que sempre soube que ele seria um “paizão”. “Eu via o jeito dele com os sobrinhos, rolando no chão, já sabia que gostava de crianças e imaginava quando a gente tivesse filhos. Ele sempre foi muito apegado aos filhos, gosta de estar com a família. Quando ele viu o pessoal correndo, teve essa ideia de correr com a Sofia”, detalha Ester Santos. A mãe de Sofia afirma que o amor incondicional dedicado à filha é recíproco. “Eu falo pra ele: ‘meu amor, você não percebe que quando você entra em casa ela fica agitada e não para de te olhar? Ela é apaixonada por você!”. Fabiano acredita que sua missão na terra seja amar Sofia. “Nossa sintonia, a maneira que ela gosta de me abraçar. Pelos meus filhos, a única coisa que não fiz foi dar de mamar. Dou banho nela, mingau, coloco pra dormir, tudo isso faço por muito gosto. Ela poderá ser uma eterna criança... É a missão que Deus nos deu, quero cuidar dela da melhor maneira possível”, ressalta Fabiano. A dupla quer realizar pelo menos mais sete corridas até o fim do ano e a família vai tentar conseguir recursos parar participar de duas corridas nacionais: a volta da Pampulha, em Belo Horizonte e a Corrida de São Silvestre, em São Paulo. Além das corridas, um novo desafio da dupla de pai e filha já está traçado para o futuro: “No futuro quero fazer triátlon com ela, uma competição que envolve natação, ciclismo e corrida. Ela adora água”, revela o pai de Sofia, Fabiano Santos.

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Ministério da Saúde repassa R$ 13,7 milhões a hospitais universitários da Bahia

  • 13 Ago 2016
  • 15:02h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde liberou R$ 137 milhões para os hospitais universitários do país. Para os hospitais universitários da Bahia, foram destinados 10% do valor, totalizando R$ 13,7 milhões. O recurso repassado integra o Limite Financeiro de Média e Alta Complexidade (Teto MAC) e será destinado ao custeio dos serviços ambulatoriais e de internação realizados em cinco unidades de ensino que funcionam através do modelo do Sistema Único de Saúde (SUS). A nível nacional foram 55 hospitais foram beneficiados. A Bahia foi o segundo estado em relação à quantidade de verba destinada, ficando atrás de Minas Gerais, que recebeu R$ 25,8 milhões de reais. Os hospitais beneficiados na Bahia foram o Laboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Farmácia, o Laboratório de Imunologia do Instituto de Ciência da Saúde, o Hospital Ana Nery, o Hospital Universitário Professor Edgard Santos e a Maternidade Climério de Oliveira. Os valores correspondem a sétima parcela de pagamento do ano a esses estabelecimentos. Foram totalizados R$ 910 milhões em recursos federais empregados no custeio dos hospitais universitários do país neste ano. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que os hospitais de ensino têm “atenção especial, pois sabe-se que eles são complementares às redes hospitalares e ambulatoriais locais, e, em alguns municípios, são a principal oferta desses serviços”, finaliza.

CNJ arquiva procedimento contra juiz que bloqueou WhatsApp

  • 13 Ago 2016
  • 14:02h

(Foto: Reprodução)

A corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, arquivou o procedimento aberto contra o juiz Marcel Maia Montalvão, que, em maio, decidiu bloquear o aplicativo WhatsApp em todo o País. O processo aberto pelo CNJ teve como objetivo analisar se houve abuso de poder por parte do juiz e se ele havia ultrapassado o "limite da razoabilidade" ao bloquear o acesso ao aplicativo. Em seu despacho, a ministra cobrou a empresa "quanto à obrigação de colaborar com a Justiça brasileira sempre que assim lhe for exigido, mantendo escritório com possibilidade de diálogo com todos os juízes e consumidores brasileiros". Para a corregedora, apesar de a decisão do juiz da Vara Criminal de Lagarto, em Sergipe, ter atingido milhares de pessoas estranhas ao processo que ele analisava, as circunstâncias do caso levam à conclusão de que ele atuou "na defesa da dignidade da jurisdição", diante do "reiterado descumprimento voluntário e injustificado de ordens anteriormente emitidas". Nancy Andrighi destacou que a Polícia Federal requereu a suspensão do aplicativo juntando provas e argumentos cabais de que a interceptação dos dados seria possível e útil. Ela também afirmou que a quebra de sigilo teve, inclusive, parecer favorável do Ministério Público.