Após quatro aprovados na Ufba, número de detentos inscritos no Enem cresce 26%

  • 27 Nov 2016
  • 15:02h

(Foto: Reprodução)

O número de detentos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)chegou a 1.123 neste ano, número 26% maior do que em 2015, quando 890 participaram. Os presos do Complexo da Mata Escura, em Salvador, assistiram nesta sexta-feira (25) a aula ministrada pelo professor e secretário estadual de Cultura, Jorge Portugal, como preparação para as provas, que serão realizadas nos dias 13 e 14 de dezembro. Desde o ano passado, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) promove aulões de revisão nos presídios. O projeto é uma oportunidade de sonhar com um futuro diferente e apostar na ressocialização através da educação. Além de Salvador, internos de complexos penitenciários de Feira de Santana, Itabuna e Lauro de Freitas receberam dicas de Redação e Produção de Texto de Jorge Portugal. “Aqui sai o secretário e entra o professor. Nos meus quase 40 anos de ensino, relembraria três momentos marcantes nessa trajetória, e esse certamente é um deles. Esse programa de ressocialização é um dos mais geniais do Governo da Bahia e que tem trazido resultados concretos, detentos que passaram em universidades públicas e particulares”, afirma o secretário. Em 2015, quatro detentos foram selecionados pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). A aprovação é uma possibilidade de já planejar o futuro, mesmo durante o cumprimento da pena. Caso estejam em regime semiaberto, em que podem sair e voltar para os presídios, eles recebem autorização de um juiz para frequentar a universidade.

Em 1 ano, dobra nº de menores cumprindo medidas no país, diz CNJ

  • 27 Nov 2016
  • 13:01h

(Foto: Reprodução)

Dados do Conselho Nacional de Justiça obtidos pelo G1 mostram que há hoje 189 mil adolescentes cumprindo medidas socioeducativas no país, a grande maioria em liberdade – o dobro do registrado um ano atrás (96 mil). Os números constam do Cadastro Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei. O CNJ deve disponibilizar ainda neste ano uma ferramenta online – similar à do Cadastro Nacional de Adoção – para o público acessar os dados de todo o Brasil. Os adolescentes hoje no cadastro respondem por 222 mil atos infracionais – isso porque um mesmo jovem pode ser responsabilizado por mais de um delito. São 49.717 por tráfico de drogas (22,4% do total). Logo atrás aparecem os que respondem por roubo qualificado (21,1%). Os dados mostram ainda que há 225 mil medidas socioeducativas aplicadas – neste caso, o número também é maior que o de adolescentes, pois um juiz pode aplicar mais de uma medida ao mesmo tempo.  De acordo com o cadastro, 36,5% das medidas se referem à liberdade assistida e outras 35,7% à prestação de serviços à comunidade. Do total de medidas aplicadas, 29.794 são de internação sem atividades externas (o que representa 13,2%). Isso tem feito com que unidades fiquem superlotadas, como no Rio. Para o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana-SP, os dados podem ser explicados, em parte, pelo aumento de programas de liberdade assistida e de serviços à comunidade em municípios que até então não contavam com essas medidas. Isso se deu principalmente com a implantação de Creas (Centros de Referência Especializados de Assistência Social), responsáveis por supervisionar os programas. Alves diz, no entanto, que a discussão da redução da maioridade, aprovada na Câmara e em voga na campanha eleitoral, e um aumento de notícias de crimes envolvendo menores também ajudaram a alavancar apreensões e medidas aplicadas. "Existe uma pressão sobre o Poder Judiciário para aplicar medidas, especialmente de privação de liberdade", afirma. A juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Sandra Aparecida Torres tem a mesma opinião. “Houve um aumento indiscutível da violência como um todo. E isso tem feito com que a sociedade tenha um anseio por mais rigor, por mais punição. Há todo um movimento que permeia o Senado e a Câmara pela redução da maioridade penal. Isso parece ter mobilizado a todos”, afirma.

Tanto Sandra quanto Alves ressaltam, no entanto, que não acreditam que a redução da maioridade possa reverter a tendência de aumento da criminalidade infanto-juvenil. Sandra diz que em países onde houve a redução da maioridade não houve diminuição. “A exclusão social, ou a falta de políticas públicas, é que reflete diretamente no aumento da criminalidade”, afirma a juíza. “No Brasil, preconiza-se em relação ao adolescente privado de liberdade uma medida com caráter de socioeducação, porque se entende que ele ainda está em formação. Mas, na prática, isso não acontece. Os estabelecimentos prisionais pouco se diferem daqueles onde há o cumprimento de medidas para menores.” Ariel de Castro Alves afirma ainda que, em momentos de crise econômica como o vivido no momento, a expectativa é que haja, de fato, um aumento na criminalidade, especialmente entre os mais jovens. "Ninguém nasce bandido. Os adolescentes são fruto do meio em que vivem. E com a falta de emprego e a concorrência desleal do tráfico, que oferece uma rápida ascenção econômica, fica difícil", diz. Segundo ele, é preciso repensar o sistema e criar mecanismos que criem oportunidades aos adolescentes, como programas de aprendiz.

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Smartphones superam número de residências com computadores

  • 27 Nov 2016
  • 11:00h

(Foto: Reprodução)

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio divulgada, nesta sexta-feira (25), pelo IBGE registrou uma queda na renda dos trabalhadores brasileiros. A primeira dos últimos 11 anos. O apartamento novo tem 30 metros quadrados. Ionas e Bianca estão felizes, mas as lembranças da antiga casa não cabem lá. “Dois quartos, sala, garagem, tinha uma área na parte de trás livre. É complicado, a redução foi quase metade do tamanho da casa”, diz Ionas Gimenes, vendedor. Quem olha para o apartamento deles enxerga um retrato do Brasil. Em 2015, segundo o IBGE, o número de domicílios com máquina de lavar aumentou 5,7%. Enquanto a máquina trabalha, o casal navega no celular. O uso de internet no Brasil aumentou em 2015. Foram quase 7 milhões de internautas a mais que em 2014, aumento de 7,1%. E eles dois confirmam uma mudança de hábito registrada na pesquisa: a internet está cada vez mais na telinha do celular. 

Pela primeira vez diminuiu o número de casas que têm computadores: redução de 3,4% em relação a 2014.  A casa de Ionas ainda tem um computador, que atualmente é muito utilizado para juntar poeira. “Faz uns três meses que eu não tenho o trabalho nem de colocar na tomada. Quando eu preciso de uma tela grande é só ligar a televisão”, conta Ionas. Televisão que está no quarto, junto com um monte de caixas que têm armário desmontado, jogo de panelas, exaustor. As cadeiras não estão na caixa, porque estão em cima do colchão. A explicação para tudo isso a gente vai encontrar guardada numa gaveta. Dentro de uma caixinha tem um retrato para todo esse aperto. A renda dos brasileiros caiu pela primeira vez nos últimos 11 anos. De acordo com a pesquisa, o rendimento do trabalho caiu 5% na média, passou de R$ 1.950 para R$ 1.853. “Eu trabalho por comissão e estou ganhando menos, porque eu trabalho na área do varejo, o varejo teve uma grande queda”, afirma Ionas “Eu ganho por comissão também. Se a loja bate cota eu ganho, então, está difícil ganhar”, diz Bianca de Oliveira Rodrigues, auxiliar administrativa. E não adianta olhar para cima para fugir dessa realidade. Em 2015, brasileiros de todas as classes sociais ficaram um pouquinho mais pobres. A renda caiu em todos os segmentos. A metade mais rica teve uma queda maior do que a metade mais pobre do país. Com isso, a desigualdade no Brasil caiu, mantendo a tendência que vem desde 2004. Entre todos esses números, o Ionas e a Bianca seguem a vida. Somando rendas, dividindo o espaço. O resultado dessa conta não foi divulgado. Porque a pesquisa do IBGE ainda não mede o amor. “Só pra nós dois está ótimo”, afirma Bianca.

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Lei da Aprendizagem vai ajudar a inserir jovem infrator no mercado de trabalho

  • 27 Nov 2016
  • 09:02h

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Foi assinado nesta sexta-feira (25) um acordo de cooperação para criar a Comissão Interinstitucional no Rio de Janeiro sobre Aprendizagem (Cierja), que reúne órgãos do Poder Judiciário estadual e da Justiça do Trabalho com o objetivo de integrar as varas da infância e promover a inserção dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no mercado de trabalho, por meio da Lei da Aprendizagem (10.097/2000). Pela lei, empresas que tenham a partir de sete empregados têm a obrigação de ter entre 5% e 15% do número de trabalhadores na modalidade. Segundo a juíza Raquel Chrispino, responsável pela Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas da Infância, da Juventude e do Idoso (Cevij), do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), a aproximação entre o Judiciário Estadual e a Justiça do Trabalho começou no ano passado, quando o TJRJ assinou o protocolo pela erradicação do trabalho infantil. “Durante 10 meses tivemos reuniões com esse grupo e resolvemos trabalhar num projeto para aproximar as varas de infância do Rio de Janeiro. São os juízes da infância se aproximando desse grupo da Justiça do Trabalho para a gente unir a nossa necessidade de vaga com a oferta de vagas que eles tem para dar para gente”. 

A assinatura do acordo ocorreu durante o seminário A Lei do Aprendiz e a inserção de adolescentes em conflito com a lei no mercado de trabalho, organizado pela Cevij. A comissão já conta com o TJRJ, o Tribunal Regional do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho da região, a Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro e a Associação dos Magistrados do Trabalho. De acordo com Raquel, o Ministério Público e a Defensoria estaduais também demostraram interesse em aderir, bem como as entidades do Sistema S.  No seminário, foi colocado que 43% dos adolescentes em conflito com a lei respondem por ato infracional análogo ao tráfico de drogas e que a evasão escolar nessa parcela dos jovens chega a 70%. “A gente tem uma esperança de que isso seja o início de uma política que daqui a dois ou três anos possa modificar bastante o cenário e a expectativa dos juízes, que estão vivendo um problema muito grave e sem opções. Então eles acabam tendo que aplicar medidas de interação e socioeducativas inefetivas. A liberdade assistida não é efetiva, na semiliberdade e na internação falta perspectiva para esses jovens. Então, quando eles são liberados, saem e voltam a fazer o que estava errado. A aplicação da Lei da Aprendizagem é uma chance nesse contexto”. Atualmente o Rio de Janeiro tem 900 adolescentes internados e 4 mil em semiliberdade que, de acordo com Raquel, poderiam ingressar no programa de aprendizagem. A procuradora do Ministério Público do Trabalho Dulce Martini Torzecki explica que o estado possui 90 mil vagas para a aprendizagem e menos da metade estão ocupadas. “Ainda temos um déficit muito grande de cumprimento da cota aqui no Rio de Janeiro. Nacionalmente também, mas aqui a situação ainda precisa de um olhar dos órgãos públicos, as empresas alegam que não têm onde acomodar os aprendizes. Teve uma modificação legislativa, que prevê a possibilidade dele fazer um curso de aprendizagem sem estar dentro da empresa, que é a cota social ou cumprimento alternativo da cota. Quem cumprir essa cota poderá ter uma elasticidade maior para cumprir a obrigação”. A Lei da Aprendizagem prevê multa para a empresa que não cumprir a cota. O juiz do trabalho André Gustavo Bittencourt Villela destaca que, apesar de ser uma alternativa, a contratação de adolescentes deve ser vista como uma exceção, conforme prevê a Constituição Federal. “A ideia do aprendiz é que ele seja preparado, é um aprimoramento da educação. Mas eu não posso pensar em um menor na condição de aprendiz como empregado. Existe uma cota a ser cumprida pelas empresas, mas a gente não deve naturalizar o trabalho do menor de 18 anos como sendo uma questão que vai resolver os problemas. Os problemas vão ser resolvidos por políticas públicas do Estado. E quando o Estado não atua, a gente vai ter que substituir isso por ações da sociedade civil. Essa comissão é o Poder Judiciário colando-se a esse processo para oferecer uma alternativa”.

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Professor perde 30 quilos e supera a depressão após começar a pedalar

  • 27 Nov 2016
  • 07:03h

(Foto: Reprodução)

Duas cidades banhadas pelo mar tão sedutoras e naturalmente planejadas para uma vida saudável. Florianópolis, a capital de Santa Catarina, é a segunda mais dinâmica do Brasil, depois de Brasília, no mapa do Ministério da Saúde. Já o Rio de Janeiro, no mapa, nem aparece tão bem colocado assim, mas na cidade todos os caminhos nos levam para infinitas possibilidades de aventuras e transformações. O Paulo Rodrigues Costa Neto descobriu o melhor remédio para se livrar da depressão e vestiu a camisa de atleta. O professor de história passou dois anos sem sair de casa. Perdeu o emprego e ganhou 90 quilos. A mãe do Paulo surgiu com a solução que mudou radicalmente a vida dele: “Ela achou que a solução dos meus problemas seria uma bicicleta! Como ela mesma diz, pedalando os problemas ficam para trás e me fez acompanhá-la nos eventos de pedal que ela pratica”, conta. Paulo não conseguiu acompanhar a mãe. O excesso de peso era um obstáculo quase insuperável. Não para ele! Foram muitas tentativas. O primeiro desafio do Paulo foi tentar dar uma volta em uma pracinha, que fica em frente à casa dele. Mas o Paulo não conseguiu. Faltou fôlego, mas ele foi persistente. Continuou treinando, ganhou resistência. E hoje o Paulo consegue pedalar cento e 170 quilômetros em apenas um dia! Pedalando, o Paulo emagreceu 30 quilos. Passou de 190 para 157 kg. “ Eu acredito que todo aquele que tenha essa vontade vá conseguir porque eu com esse corpo consigo. E esse é o objetivo do grupo”, conta Paulo.

População parda quase se iguala à branca no país, segundo Pnad

  • 26 Nov 2016
  • 19:02h

O percentual da população que se autodeclara parda no país quase se igualou à de brancos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015, divulgada nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2015, a população residente era composta por 45,2% de pessoas de cor branca, 45,1% de pardos e 8,9% de pretos. Segundo a Pnad, não houve alteração significativa dessa distribuição quando comparada à do ano anterior, mas, desde 2004, houve redução da população branca e aumento das demais. A partir de 2006, a participação da população branca passou a ser inferior à das populações parda e preta em conjunto. “Em 2015, a participação da população parda praticamente se igualou à da branca”, diz o estudo. Em números absolutos, eram 92,636 milhões de brancos, 92,310 milhões de pardos e 18,153 milhões de pretos que se autodeclararam assim, em 2015.

Conforme a Pnad, 76,7% da população da região Sul declarou-se de cor branca. Essa proporção foi de 21,2% na Norte e de 26,4% na Nordeste. Nestas regiões, a maioria se declarou parda, com 70,2% e 62,0%, respectivamente. Em todas as regiões, o percentual de mulheres que se declararam brancas foi superior ao de homens brancos. No Brasil, 46,4% das mulheres e 44,0% dos homens se declararam brancos.

População
Segundo os dados da Pnad, a população residente no Brasil foi estimada em 204,9 milhões de pessoas em 2015, um crescimento de 0,8% em comparação com o ano anterior, ou 1,7 milhão de pessoas a mais. Os maiores aumentos ocorreram nas regiões Norte (1,4%) e Centro-Oeste (1,5%). O Sudeste possui a maior população, de 85,9 milhões de pessoas (41,9% do total). A Pnad também constatou o envelhecimento da população, com a redução nas faixas até 24 anos de idade. A partir do grupo de 25 a 39 anos de idade, houve crescimento, em especial da população de 60 anos ou mais de idade, que, em 2004, era de 9,7% e, em 2015, atingiu 14,3%. Sudeste e Sul registraram os maiores percentuais de idosos (15,7% e 16%, respectivamente), e o Norte, o menor (10,1%). Em 2015, as mulheres representavam 51,5% (105,5 milhões), enquanto os homens, 48,5% (99,4 milhões). A única região em que os homens alcançaram uma proporção maior que a das mulheres foi a Norte (49,6% para as mulheres e 50,4% para os homens). As mulheres são maioria nos grupos de idade mais altas, e os homens, nas mais baixas. Até o grupo de 20 a 24 anos de idade, os homens eram 19% do total da população residente (23,4% em 2004), e as mulheres, 18,2% (22,9% em 2004). A partir dos 25 anos de idade, a situação se inverte. Em 2015, as mulheres de 60 anos ou mais de idade correspondiam a 8% da população total (5,4% em 2004), enquanto os homens representavam 6,3% (4,3% em 2004).

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Demandas de saúde representam 70% dos processos do Judiciário, diz presidente do TJ-BA

  • 26 Nov 2016
  • 18:00h

Foto: Julia Vigné / Bahia Notícias

A demanda gerada pela judicialização sobre impasses na área de saúde representam cerca de 70% dos processos do Judiciário baiano, informou nesta sexta-feira (15) a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Maria do Socorro. A maior parte dos casos, segundo ela, envolvem medicamentos, próteses e procedimentos em geral. A desembargadora esteve no lançamento da Câmara de Saúde, lançada pelo TJ-BA e pela Secretaria de Saúde (Sesab) durante evento no Shopping Bela Vista. O tem como objetivo reduzir os casos de judicialização, quando os cidadãos ingressam com processos judiciais na busca pelo direito a receber medicamentos custeados pelo Estado. De acordo com Maria do Socorro, o diferencial do projeto é que ele reúne todos os órgãos públicos relacionados com o tema, como a Procuradoria-Geral do Estado, o Ministério Público, a Defensoria, a Sesab e até representantes da prefeitura de Salvador. Na Câmara, as audiências de conciliação terão duração de duas horas e, caso o magistrado acredite que pode ser solucionado, o processo será encaminhado ao órgão competente. No início, as ações analisadas só envolverão o Sistema Único de Saúde (SUS) que envolvam casos de Salvador. A intenção é que, quando for solucionado, o medicamento seja distribuído para o requerente em até 24 horas.

Quase 900 cidades podem ter epidemias de dengue, chikungunya e zika

  • 26 Nov 2016
  • 16:02h

(Foto: Reprodução)

Levantamento feito pelo governo federal e municípios mostra que 855 cidades estão em situação de alerta ou de risco para epidemias de dengue, chikungunya e zika neste verão. Esse grupo, equivalente a 37,4% dos municípios pesquisados, apresenta altos índices de criadouros do Aedes aegypti, vetor das três doenças. O número, 18% menor do que o apontado no levantamento de 2015, causou um misto de apreensão e frustração entre autoridades sanitárias. A expectativa era de que a redução fosse maior, principalmente por causa da grande discussão em torno da microcefalia, má-formação congênita associada à infecção pelo zika. Todo aparato montado ao longo deste ano, as visitações feitas nos domicílios, trouxeram um impacto menor do que o esperado. A consequência é a de que o Brasil se prepara para enfrentar um verão com dez capitais com número de criadouros do mosquito muito acima do que é considerado seguro e com o risco de maior circulação do chikungunya, uma doença que pode se tornar crônica, provocar dores e ser incapacitante. Ao apresentar os dados, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, reconheceu que a redução de criadouros foi menor do que o desejado e responsabilizou os municípios e a população: 

"Por isso que o presidente do Conselho de Secretários Municipais está aí. Para que motive os municípios a participar de uma forma mais efetiva. Não há força pública capaz de combater o mosquito. Ou a população se engaja ou nós não vamos conseguir vencer essa batalha." O ministro voltou a dizer que a maior preocupação deste ano é com chikungunya. "Qualquer crescimento do número de criadouros representa o risco de mais pessoas atingidas. E é uma doença incapacitante, gera muitas dores, as pessoas requisitam auxílio-doença, custa caro para o governo. Nossa preocupação é sensibilizar a população, para que se proteja, para que use repelentes, para que evite a exposição ao mosquito", disse. Embora os resultados obtidos ao longo do ano sejam pouco animadores, Barros afirmou esperar que o trabalho de combate ao mosquito nos próximos meses seja eficaz. Questionado se haveria uma epidemia no País de chikungunya no próximo ano, ele afirmou: "Mesmo se os casos dobrarem, teremos 500 mil casos. Não é uma epidemia para o Brasil, mas é uma preocupação", disse. O levantamento, batizado de Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), foi feito em 2.284 dos 3.704 municípios considerados aptos para fazer a pesquisa, por terem mais de 2 mil imóveis. A pesquisa é feita por adesão. Barros afirmou haver uma proposta de se transformar, para o próximo ano, o LIRAa em obrigatório a todos os municípios. "Todos têm de colaborar." O trabalho deste ano mostra que nas regiões Nordeste e Sul, a maior parte dos criadouros foram encontradas em depósitos de água, como tonéis tambores e caixas. No Nordeste e Centro-Oeste, depósitos maiores foram encontrados em depósitos de lixo. O Sudeste foi a única região em que a maior parte dos criadouros estava em depósitos domiciliares. No Nordeste, metade dos municípios está em situação de alerta ou de risco. Entre elas, destaque para as capitais Rio Branco, Belém, Boa Vista e Manaus. No Nordeste, o número é ainda mais preocupante: 63,2% das cidades estão em situação de risco ou de alerta. Capitais estão nesta lista: Aracaju, Salvador, Recife. No Centro-Oeste, 21,5% dos municípios visitados estão em condição de risco e alerta. No grupo com essa classificação estão as capitais Cuiabá (em situação de risco)e Goiânia. No Sudeste, Vitória está em situação de alerta. Ao todo, 22,9% das cidades que fizeram o LIRAa estão em situação de alerta e risco. São Paulo, Rio estão em situação considerada satisfatória.

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Apenas 1,8% da população doa sangue regularmente, aponta Ministério da Saúde

  • 26 Nov 2016
  • 14:02h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (24) que apenas 1,8% da população brasileira doa sangue. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de que pelo menos 1% da população seja doadora de sangue, a pasta ressaltou que trabalha constantemente para aumentar o índice, uma vez que não há substituto do sangue. Com esse objetivo, o ministério está apoiando a iniciativa desenvolvida pela Uber, em parceria com 40 hemocentros, de 25 cidades do país, para estimular a doação de sangue. "Precisamos expandir essa compreensão e doar sangue de forma regular, voluntária e solidária. Uma bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas, mas o sangue é insubstituível. Por isso, as doações são fundamentais o ano inteiro", reforçou o ministro Ricardo Barros. 

Em 2015, cerca de um milhão de pessoas doaram sangue pela primeira vez, o que representa 38% do total das doações. Já outras 1,6 milhão de pessoas, ou 62% do total, retornaram para doar. Durante o período, foram realizadas 3,7 milhões de coletas de bolsa de sangue no país, resultando em 3,3 milhões de transfusões. Apesar disso, os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Hemorrede Pública Nacional encontram-se com os estoques no limite, apresentando dificuldades na manutenção dos estoques estratégicos e necessitando de mais doadores. "Embora o sistema brasileiro seja uma referência internacional, é fundamental fazer a manutenção e a ampliação permanente das doações", lembrou a coordenadora-substituta de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Rosana Nothen. A Campanha Nacional de Doação de Sangue tem como slogan "Doar sangue é compartilhar vida" e tem o objetivo de constituir uma cultura solidária de doação de sangue espontânea na população brasileira, independentemente das características individuais e de o doador conhecer ou não a pessoa que precisa de sangue.

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Estudantes têm até 16 horas de hoje para deixar Uesb

  • Blog da Resenha Geral
  • 26 Nov 2016
  • 12:00h

O oficial de Justiça entregou a intimação para reintegração de posse aos integrantes do movimento Ocupa UESB, na tarde dessa sexta-feira (25). A liminar concedida pelo juiz Ricardo Frederico Campos determina que o prédio da Universidade em Vitória da Conquista seja desocupada de forma pacífica até as 16 horas deste sábado (26), estando permitido o emprego de força policial em último caso. A notícia foi recebida com festa pelo Movimento contrário às ocupações, Liberta Uesb, que requereu a liminar. Através de nota, o Liberta Uesb declarou que “deseja que os invasores atendam voluntaria e pacificamente os termos da decisão judicial, respeitando o poder jurisdicional manifestado e que deixem o local livre para a retomada e o desenvolvimento das atividades que lhe competem”. Confira a nota na íntegra:

A comunidade acadêmica da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia alcançou uma vitória significativa para a consolidação de um espaço democrático. O Poder Judiciário, a partir de parecer favorável do Ministério Público, reconheceu a ilegalidade do movimento que invadiu o campus da UESB e que privou, no período de pouco mais de um mês, estudantes e servidores de terem acesso a universidade. O Juiz da Vara da Fazenda Pública de Vitória da Conquista proferiu uma decisão liminar, que determinou a “desocupação” de maneira voluntária e pacífica aos invasores do campus, no prazo de 24 horas, a contar dessa sexta-feira (25). Os autores da ação de reintegração de posse (integrantes do Liberta Uesb) acompanharam a Oficiala de Justiça designada ao encaminhamento dessa intimação. No entanto, nenhum representante do movimento se dispôs a assinar o mandado, mesmo tendo eles ciência de seu inteiro teor e ainda deliberado a respeito em assembleia. A Oficiala declarou o ato de intimação cumprido, uma vez que o conteúdo da ação e da decisão foi exposto aos seus destinatários, de tal modo, que os invasores têm até às 16 horas desse sábado (26/11) para desocuparem voluntariamente o campus, estando permitido o emprego de força policial em último caso. O Movimento Liberta Uesb deseja que os invasores atendam voluntaria e pacificamente os termos da decisão judicial, respeitando o poder jurisdicional manifestado e que deixem o local livre para a retomada e o desenvolvimento das atividades que lhe competem. Salientamos ainda que nossas ações foram tomadas através de meios institucionais, com respeito ao Estado democrático de Direito e com o apoio maciço da população conquistense. Dessa forma nos manteremos sempre vigilantes, para que a liberdade prevaleça no ambiente acadêmico.

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Contador é morto na porta de casa em Jequié; suspeito morre em confronto com policiais

  • 26 Nov 2016
  • 11:14h

Foto: Reprodução / Jequié Repórter

Um contador foi assassinado na porta de casa na Rua Manoel Vitorino, em Jequié, por volta das 22h desta sexta-feira (25). De acordo com informações do site Jequié Repórter, Odelival Serra Santana, conhecido como Dedé, estava dentro do carro, conversando com a esposa, quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram do carro. Armado, o caro desceu da moto e anunciou o assalto. Após a vítima se negar a entregar o veículo, o suspeito efetuou um disparo que atingiu a cabeça do homem. Ele morreu no local. Ainda segundo o site, após o latrocínio, o criminoso roubou o carro da vítima e fugiu em sentido ao bairro São Judas Tadeu. O comparsa dele também fugiu com a moto, mas o possível destino não foi informado. Comunicados do crime, policiais militares do Comando Especializado Tático Operacional começaram uma perseguição contra o suspeito que estava com o veículo e, momentos depois, ele foi encontrado pelos agentes. De acordo com a polícia, o criminoso reagiu à voz de prisão e efetuou disparos contra os policiais. No confronto, o homem foi baleado. Ele chegou a ser levado ao Hospital Geral Prado Valadares, mas não resistiu aos ferimentos. O comparsa dele está sendo procurado pela polícia.

Garotinho paga fiança e fica livre da prisão domiciliar

  • 26 Nov 2016
  • 10:31h

(Foto: Reprodução)

E/RJ informou na noite desta sexta-feira (25) que o ex-governador do Rio Anthony Garotinho já pagou a fiança de R$ 88 mil, estabelecida pelo TSE como condição para a revogação de sua prisão domiciliar. O tribunal regional relatou, em nota, que recebeu nesta sexta o comunicado com o voto da ministra Luciana Lóssio, anulando a decisão inicial de prisão. Ainda segundo o TRE, após a notificação, o juízo da 100ª Zona Eleitoral (Campos dos Goytacazes) determinou que fosse aberta uma conta depósito para o pagamento da fiança e comunicou o advogado de Anthony Garotinho. "A fiança, no valor de R$ 88 mil, já foi paga", acrescentou o tribunal, em nota. Ainda de acordo com o TRE, o Juízo da 100ª ZE já entrou em contato com o Juízo da 3ª Zona Eleitoral (Flamengo - Capital), que abrange o domicílio do ex-governador, para que seja feita a verificação de antecedentes de Garotinho. Depois do procedimento, o oficial de justiça deve cumprir a decisão que revogou a prisão e, além disso, pegar a assinatura de Garotinho no documento em que ele se compromete a cumprir todas as medidas cautelares impostas no despacho judicial.

 O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia revogado o mandado de prisão contra Garotinho, decretado nesta quinta (24). A determinação da Justiça havia sido decretada antes da operação Chequinho, da Polícia Federal, que prendeu suspeitos de envolvimento com um esquema de compra de votos em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Na mesma decisão que anulava a prisão, o TSE estabeleceu uma série de restrições. Os ministros proibiram Garotinho de ter contato com testemunhas do processo e determinaram que ele não poderá mudar de endereço e se ausentar da residência por mais de três dias sem avisar o juiz do caso.Garotinho também não poderá retornar, até o final do processo, a Campos de Goytacazes, município do Rio administrado pela mulher dele, Rosinha Garotinho, no qual ele exercia o cargo de secretário de Governo. Segundo as investigações, o ex-governador comandava um esquema de compra de votos na cidade. Garotinho foi preso no dia 16 acusado de, como secretário municipal, ter ampliado o programa social Cheque Cidadão, que dá R$ 200 por mês a cada beneficiário, para corromper eleitores. A defesa do ex-governador afirma que ele passou mal após ser preso na semana passada. Na ocasião, Garotinho foi levado para o Hospital Souza Aguiar, da rede pública. De lá, foi levado à força, por decisão judicial, para uma unidade de saúde dentro do complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu.

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Hospitais do Estado apresentam dificuldade para implementar prontuário eletrônico

  • 26 Nov 2016
  • 09:51h

As unidades de Saúde de todo o Estado da Bahia estão encontrando dificuldades na implantação do prontuário eletrônico, que se tornou obrigatório em outubro deste ano corrente. O Ministério da Saúde deu o prazo de implantação total para todas as unidades de Saúde do país até o dia dez de dezembro. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) dos 417 municípios, apenas 43 utilizam algum tipo de prontuário eletrônico em todas as unidades básicas de saúde; outros 30 utilizam o prontuário, mas não em todas as unidades. Em relação à informatização, 58 municípios possuem equipamentos em todas as unidades e 264 possuem uma informatização parcial. Só 52 municípios possuem conectividade com a internet em todas as unidades que, de acordo com a Sesab, é o dado que mais “preocupa”, tendo em vista que é necessário ter conexão com a internet para enviar as informações do prontuário eletrônico para o Ministério da Saúde, em Brasília. Os municípios que não enviarem os dados correm o risco de ter suas verbas, que são repassadas pelo Ministério, cortadas. As verbas incluem valores referentes aos programas de saúde da família e nas escolas, o que poderia interferir diretamente na assistência à população.

 Outro dado importante é que 337 municípios tiveram dificuldade para aquisição dos equipamentos, apenas 74 não possuem dificuldade e seis não informaram. Em setembro de 2015 a Bahia recebeu 1.516 computadores do Ministério da Saúde para instalar o prontuário. Ao todo, 28 municípios foram contemplados com impressoras e computadores, que variaram entre duas impressoras para Pilão Arcado e 34 para Paulo Afonso e 297 computadores para Juazeiro e dez para Pilão Arcado. A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) afirmou que os serviços de marcação de consulta, farmácia, laboratório, emissão de cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), cadastro e vacina, além da sala de administração das unidades, já estão funcionando em todas as 160 unidades dos municípios. De acordo com Ariovaldo Borges Junior, coordenador da área de tecnologia da SMS, todas as unidades estão com internet e informatizadas, mas existem problemas de conexão à internet, principalmente em locais mais afastados, como o Subúrbio, Cajazeiras e São Caetano, que a instabilidade da internet não atende a demanda grande que as unidades possuem. Com relação ao prontuário eletrônico no consultório médico, a implantação nas unidades só irão começar a partir de dezembro e tem a estimativa de término no final de 2017. A primeira unidade, que receberá o piloto, será a unidade de saúde da Federação. Ariovaldo Júnior afirmou, com relação ao investimento que só em equipamento, como impressoras e computadores, serão R$ 8 milhões de reais. “São em torno de oito, nove computadores por unidade, fora a impressora. É um investimento grande, fora os recursos que vão ser utilizados com pessoal, suporte, treinamento, instalação de cabos, entre outros”, explicou. O sistema que será implantado em Salvador está sendo desenvolvido há quatro anos, de acordo com o coordenador, e tem total integração com o sistema do Ministério da Saúde. “O sistema é integrado e, dessa forma, os médicos tem acesso a todas as informações dos pacientes em qualquer unidade que ele vá. É um ganho para a saúde”, comemorou o coordenador.

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Ministro do STJ nega liminar e mantém Cunha preso em Curitiba

  • 26 Nov 2016
  • 08:57h

(Foto: Reprodução)

O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu nesta sexta-feira (25) manter o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) preso em Curitiba. O ministro rejeitou um pedido de medida liminar da defesa do peemedebista, que tenta conseguir no STJ a soltura de Cunha. Segundo informou o STJ em sua conta oficial no Twitter, a decisão de Fischer "considerou suficiente a fundamentação da ordem de prisão, que fala em risco de reiteração e persistência na pratica delitiva". A íntegra da decisão de Fischer não havia sido divulgada até a publicação deste texto. Cunha foi cassado em 12 de setembro pelo plenário da Câmara por quebra de decoro parlamentar. Sem mandato, o peemedebista perdeu o benefício do foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O peemedebista foi preso no dia 19 de outubro em Brasília por ordem do juiz federal Sérgio Moro. Àépoca, a defesa do ex-deputado considerou a decisão "surpreendente" e "absurda". Os procuradores da República em Curitiba sustentaram que a liberdade do ex-parlamentar "representava risco à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade", já que Cunha tem cidadania italiana.

Morre aos 90 anos Fidel Castro, ex-presidente de Cuba

  • 26 Nov 2016
  • 08:12h

(Foto: Reprodução)

O ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, morreu à 1h29 (hora de Brasília) deste sábado (26), aos 90 anos, na capital Havana. A informação foi divulgada pelo seu irmão Raúl Castro em pronunciamento na TV estatal cubana. "Com profunda dor compareço para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e do mundo que hoje, 25 de novembro do 2016, às 22h29, faleceu o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz", disse Raúl Castro. "Em cumprimento da vontade expressa do companheiro Fidel, seus restos serão cremados nas primeiras horas" deste sábado, prosseguiu o irmão. As cinzas serão enterradas em 4 de dezembro, na cidade de Santiago de Cuba, após percorrerem o país numa caravana de 4 dias. Cuba declarou 9 dias de luto oficial pela morte de Fidel Castro.