BUSCA PELA CATEGORIA "COVID-19"

Mesmo com reabertura, situação de bares e restaurantes ainda é preocupante

  • Redação
  • 13 Jul 2020
  • 09:29h

A reabertura dos bares foi um misto de comemoração e preocupação (Foto: Reprodução)

Mesmo com a reabertura de bares e restaurantes de Vitória da Conquista, a situação da categoria ainda é preocupante. Muitos ainda não reabriram as portas, já que o protocolo é bastante exigente e requer, em muitos casos, investimentos em estrutura e equipamentos.Outro fator é que muiitos frequentadores ainda estão com muito receio e, mesmo com muita vontade, estão enfrentando a tentação, já que são quase 4 meses sem poder ir aos bares. O protocolo deve continuar endurecido, já que os riscos nesses locais é maior, pois as pessoas retiram as máscaras e muitas vezes os contatos físicos são quase inevitáveis. 

Brumado:: 51 ativos, 02 hospitalizados e 263 casos confirmados

  • Ascom | CMB
  • 12 Jul 2020
  • 22:14h

(Divulgação: SESAU)

Neste domingo, 12 de julho de 2020, o município de Brumado registra 263 casos confirmados da Covid-19, o novo coronavírus. O número representa 11,82% do total de 2.225 notificações. Entre os diagnósticos: 2 internações, 3 óbitos, 51 pacientes em tratamento e 209 recuperados. No momento, 75 ainda aguardam resultado laboratorial e 749 já foram descartados. As notificações suspeitas abrangem pacientes com quadros de síndromes gripais diversas, dentre os quais alguns se encaixam nos critérios para realização do exame RT-PCR ou via teste rápido. Estes últimos estão sendo usados de forma criteriosa, em casos excepcionais, como estratégia para ampliar e tornar mais eficaz o enfrentamento à pandemia no município. 

 

Surto de coronavírus nas Américas está longe de acabar, dizem cientistas

  • 12 Jul 2020
  • 09:57h

Estudos do Observatório Fluminense Covid-19 e da Fiocruz aponta que o momento é de aumento do número de casos e mortes Agência Brasil | Foto: Reprodução

Enquanto em vários países europeus os gráficos que acompanham a evolução da pandemia de Covid-19 demonstram um controle da doença, ao menos temporário, na América Latina, um estudo do Observatório Fluminense Covid-19 aponta que o momento é de aumento do número de casos e mortes ou uma estabilização em patamares muito elevados no continente. Dos 15 países da América Latina analisados pelo projeto (não entram no monitoramento do grupo El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras e Nicarágua), o gráfico chamado de semáforo indica que apenas Cuba e Uruguai estão no indicador verde, que significa que o país está “vencendo” a epidemia quanto ao número de casos registrados por semana. Na métrica por número de mortes por semana, o Paraguai também entra no verde. Estão na cor amarela, que indica “quase lá” no enfrentamento à pandemia, Chile, Equador e Paraguai para novos casos por semana e apenas o Equador para o número de mortes. Todos os outros estão no vermelho para as duas medidas, ou seja, “precisam agir” para controlar a disseminação do novo coronavírus.

Curva epidemiológica

O Observatório Fluminense Covid-19 é formado por cientistas e estudantes de sete instituições de ensino e pesquisa, entre elas a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante do projeto, o professor Americo Cunha, do Instituto de Matemática e Estatística da Uerj, destaca que o gráfico indica uma tendência da pandemia e a cor muda de acordo com o desenho formado pela curva epidemiológica. “A gente classifica a situação em vermelho, amarelo ou verde de acordo com a forma do gráfico. Quando a epidemia passa, a curva segue um esquema: ela sobe, passa por um platô e depois desce. Não é igual para todos os países, pode ser mais inclinado para esquerda ou para direita, a subida mais lenta ou mais rápida. Se você olhar a curva de Cuba, por exemplo, ela já tem esse formato fechado. Equador está em amarelo porque subiu, desceu, subiu e está estacionado num patamar ainda relativamente alto”. O número de casos por milhão de habitantes varia muito na região, indo de 212 em Cuba e na faixa de 280 no Uruguai e na Venezuela, até 15.800 no Chile. Panamá e Peru estão na faixa de 9.500 por milhão e o Brasil em 8 mil por milhão. Em número de mortes, Venezuela e Paraguai registram três óbitos por milhão, a Costa Rica tem cinco e Cuba e Uruguai estão com oito mortes por milhão de habitantes. Na ponta oposta, estão acima de 300 mortes por milhão o Chile, o Peru e o Brasil. Os dados foram consolidados na quarta-feira (8).

Em vulnerabilidade, ciganos temem efeitos da pandemia em comunidades

  • Agência Brasil
  • 12 Jul 2020
  • 08:09h

Famílias sofrem despejo e veem contaminação por coronavírus aumentar | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil Geral

A histórica situação de vulnerabilidade das comunidades ciganas no Brasil tem cobrado seu preço durante a pandemia do novo coronavírus. Além dos casos de expulsões de famílias acampadas, ciganos têm relatado falta de assistência social e sanitária por parte do poder público e aumento dos casos da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Não há um balanço oficial, mas levantamento do Instituto Cigano no Brasil (ICB), entidade com sede em Caucaia (CE), aponta que, até agora, um total 13 ciganos, em pelo menos oito estados, morreram após contrair a infecção. Esse número, no entanto, pode estar subestimado. “A gente tinha o temor de que o primeiro cigano adquirisse o vírus. Os ciganos, mesmo aqueles que não moram em acampamentos, geralmente ficam todos juntos, moram sempre no mesmo bairro, em casas próximas. Dificilmente você vê um cigano morando isoladamente e isso faz com que o vírus, uma vez sendo contraído por uma pessoa, rapidamente se dissemine”, afirma Jucelho Dantas da Cruz, cigano da etnia Calon e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia.

Em Camaçari, região metropolitana de Salvador, um surto da covid-19 em um bairro com grande concentração de ciganos mobilizou uma reação coletiva após a suspeita de que cerca de 40 pessoas haviam sido contaminadas, no final de maio. Depois que a gente denunciou publicamente e cobramos ação da prefeitura, eles vieram ao bairro fazer os testes. Só da minha família, foram dez contaminados. Desses, três têm comorbidades. Foram duas semanas de muita tensão. Três de meus irmãos foram internados, além da esposa de um deles. Todos se recuperaram, voltaram para casa e ficaram reclusos. Os outros que tiveram teste positivo ficaram assintomáticos”, relata Jucelho.

Homenagem

Presidente do Instituto Cigano do Brasil, Rogério Ribeiro, também da etnia Calon, criou uma página nas redes sociais para registrar as mortes de ciganos vítimas da covid-19. “O objetivo é tirar da invisibilidade cidadãos que têm família, história e deixaram um legado após a morte”, explica.

Entre as vítimas da covid-19 está o músico Antonio Ferreira dos Santos, conhecido como Cigano Barroso, de 62 anos, que morreu na cidade Sobral (CE), no dia 2 de junho, após passar uma semana internado na Santa Casa da cidade.

Na Bahia, o comerciante Lomanto Marques, de 57 anos, morreu no dia 12 de junho, depois de ficar 21 dias no hospital Português, na capital Salvador. Ele era da comunidade cigana de Camaçari.

Ciganos jovens, fora do grupo de risco etário para a covid-19, também estão entre os mortos pela doença, segundo levantamento do ICB. É o caso de Velodia Joce Blado, de 36 anos, cigano da etnia Rom, que faleceu no início do mês passado, em Guarulhos (SP). No Espírito Santo, a estudante cigana Dayana Soares Galvão, de 24 anos, também morreu em decorrência de infecção pelo novo coronavírus.

Além da distribuição de cestas básicas, os ciganos têm cobrado apoio para aquisição de material de higiene. “Temos pedido a distribuição de produtos para fazer a desinfecção. Existem muitas famílias ciganas pobres, sem condições de comprar produtos de higiene”, afirma Ribeiro.

Ações

Na Bahia, onde três ciganos já morreram e estimativas indicam que centenas já foram contaminadas, o governo estadual prometeu a distribuição de máscaras para comunidades tradicionais. “Atualmente, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) tem trabalhado na distribuição de 150 mil máscaras de tecido, por meio de entidades representativas dos segmentos, ação que alcançará mais de 600 comunidades tradicionais e das periferias”, informou a pasta, em nota enviada à reportagem.

Em âmbito nacional, as políticas de inclusão social de povos e comunidades tradicionais são articuladas pela Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Procurada pela Agência Brasil, a pasta informou que, no caso específico dos ciganos, “tem buscado promover ações de apoio à população vulnerável diante do enfrentamento ao novo coronavírus, por meio do fortalecimento de instituições sem fins lucrativos que atuem com trabalho voluntário na sociedade”. Sobre a distribuição de cestas básicas, a pasta disse que a prioridade tem sido dada para áreas indígenas e territórios quilombolas, mas que parcerias com governos estaduais têm sidos realizadas para atender aos ciganos. “As cestas básicas distribuídas foram destinadas aos povos indígenas e comunidades quilombolas. Entretanto, iniciativas do programa Pátria Voluntária, dos entes estaduais e dos entes municipais, focaram, também, no atendimento aos ciganos”, acrescentou.

Ciganofobia: preconceito e expulsões
Episódios de racismo e preconceito fazem parte do cotidiano das comunidades ciganas há várias décadas, mas o contexto da pandemia agravou esse cenário, principalmente para as famílias que ainda mantêm as características de itinerância, transitando entre diferentes acampamentos de tempos em tempos.

Ao menos três casos de expulsão de famílias de acampamentos foram registrados em municípios do interior do país. Em abril, cerca de 100 famílias de ciganos foram proibidas de permanecer na cidade de Dois Vizinhos (PR), após intervenção de agentes da prefeitura e da Polícia Militar. Eles estavam prestes a acampar em uma área tradicional de rancho cigano, quando foram interceptados e obrigados a deixar os limites do município.

“É o que a gente chama de ciganofobia. Algumas pessoas começaram a associar os ciganos como vetor do novo coronavírus”, afirma Igor Shimura, diretor da Associação Social de Apoio Integral aos Ciganos (Asaic).

Após ser expulso de Dois Vizinhos, o grupo de ciganos, que incluía grande quantidade de idosos e crianças, se deslocou para Guarapuava (PR), outra cidade do interior paranaense, onde também foram impedidos de permanecer, em um primeiro momento. Foi preciso uma negociação com o advogado das famílias para que eles conseguissem se instalar nas imediações da cidade, por meio de um acordo com a polícia militar.

“Antes da pandemia, já era difícil para os ciganos, principalmente os itinerantes, quando chegam numa cidade. São mal vistos, tem aquelas lendas preconceituosas que se criam sobre o nosso povo”, afirma Antonio Alves Pereira, da etnia Calon, integrante do Conselho Estadual de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do Paraná.

Procurada pela Agência Brasil, a prefeitura de Dois Vizinhos informou, por meio de nota, que a chegada dos ciganos na cidade promoveu aglomeração, contrariando as normas de distanciamento social em locais públicos. “Esclarecemos que a fiscalização do município recebeu denúncia de moradores das imediações do Estádio Municipal dando conta que ciganos estavam se instalando no estacionamento do mesmo. No local havia inúmeras pessoas em aglomeração. Diante da denúncia os fiscais se deslocaram até o referido endereço e solicitaram que os integrantes do grupo providenciassem a retirada do acampamento do local, uma vez que o grupo havia se deslocado de Cascavel (PR) para Dois Vizinhos (PR). Em Cascavel, as informações eram que o município já estava enfrentando a transmissão comunitária da covid-19”, diz a nota.

Meu rancho, minha casa

Outro caso de expulsão de ciganos em meio à pandemia ocorreu em Paim Filho, interior do Rio Grande do Sul. Após eles acamparem em uma área de ocupação tradicional do grupo, no final de maio, a prefeitura da cidade entrou com uma ação de reintegração de posse na Justiça, para que eles fossem obrigados a se retirarem do local. O principal argumento utilizado pela administração municipal foi justamente a ideia de evitar aglomerações. ??”Quando os ciganos estabelecem acampamentos, eles permanecem mais reclusos no local, ainda mais no contexto da pandemia. Além disso, os locais onde eles acampam representa a casa deles, o seu território tradicional de ocupação. Eles têm esse sentimento, muitos nasceram nesses acampamentos”, afirma Marcelo Almeida, advogado que defende comunidades ciganas na Região Sul do país.

No caso de Paim Filho, a Justiça não concedeu a liminar de reintegração de posse e garantiu a permanência dos ciganos no local, mas eles acabaram, dias depois, decidindo deixar a cidade.

Para Maria Jane Soares, integrante do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, falta preparo das prefeituras para lidar com as especificidades culturais dos povos ciganos. “Em nossos caminhos rotativos, a gente tem que ter um canto de parar, repousar, que são os ranchos, mas temos essa dificuldade porque as prefeituras não querem trabalhar com a inclusão dos ciganos, garantindo reconhecimento e assistência nesses locais. Quando a prefeitura trabalha com os povos tradicionais, o racismo é reduzido. Quando as prefeituras viram as costas, o racismo fica mais forte”, aponta.

Segundo Antonio Alves Pereira, cigano do Paraná, os grupos itinerantes no estado têm adotado outras estratégias, durante a pandemia, para evitarem a perseguição em municípios do estado. “Muitos estão separando grupos de 15 a 20 famílias em grupos menores, por medo de serem expulsos. Nossa orientação tem sido para que eles evitem as cidades maiores e permaneçam isolados nos acampamentos.”

O governo federal informou que monitora as tentativas de expulsão de ciganos instalados em acampamentos e que tem tentado dialogar com as prefeituras, por meio do Ministério da Saúde.

“Recebemos as informações de tentativas de expulsões em Camaçari (Bahia), Piripiri (Piauí) e Paim Filho (Rio Grande do Sul). Nas três cidades, a Secretaria Nacional de Promoção de Políticas de Igualdade Racial entrou em contato com os representantes dos grupos ou associações representativas para compreender as demandas e realizar os encaminhamentos. Todas eram relacionadas a questões da covid-19. Desta maneira, a secretaria encaminhou as demandas para o Ministério da Saúde realizar um acompanhamento direto com o município, com exceção da cidade de Paim Filho, pois o grupo já havia deixado a cidade por conta própria, mesmo havendo uma decisão judicial a favor da continuação deles na cidade”, informou a SNPIR em nota enviada à reportagem.

CONTINUE LENDO

Casos de Covid-19 mais que dobraram em redutos juninos mesmo com feriado 'cancelado'

  • Redação
  • 11 Jul 2020
  • 15:41h

(Foto: Reprodução)

Tradicionais destinos juninos, as cidades de Amargosa, Santo Antônio de Jesus, Cruz das Almas, Irecê, Ibicuí, Senhor do Bonfim e Camaçari mais que dobraram o número de casos confirmados da Covid-19 desde o dia 24 de junho, data oficial do feriado de São João. O crescimento ocorreu apesar do cancelamento das festividades. O aumento expressivo tem gerado preocupação ao governo do Estado, que chegou a reconhecer que a antecipação do feriado para o mês de maio não impediu, como se previa, o deslocamento de pessoas da capital para o interior na data oficial ou a ocorrência de pequenas aglomerações. Em transmissão nas redes sociais nesta sexta, o governador baiano, Rui Costa, tocou no assunto e chegou a comparar os reflexos do descumprimento de quarentena a um incêndio. “Mesmo antecipando o São João nós tivemos muito movimento nas cidades, nas residências, nos sítios. Encontros de familiares, festas, fogueiras. Festas juninas trouxeram muita aglomeração. É esse incêndio que estamos tentando apagar com essas medidas. Vínhamos com o número de ativos quase na horizontal, crescendo a uma taxa muito pequena”, lamentou o petista. 

Mesmo com o transporte intermunicipal suspenso, moradores dos municípios chegaram a observar a presença de turistas, principalmente ex-moradores que retornam anualmente para curtir as festas com familiares e amigos. Também foi possível detectar aumento no fluxo de pessoas nas áreas comerciais, apesar de medidas de restrição de funcionamento de serviços não essenciais em algumas das cidades. 

 

De acordo com dados do Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab)  nesta sexta-feira (10), é possível constatar que, dentre os sete destinos prioritários, a cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), lidera o crescimento em números absolutos. Em 24 de junho o município registrava 935 casos. Passados os 16 dias, o registro total é de 2.181 casos confirmados. Um acréscimo de 133%.

 

Segue a tendência o município de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano. Os números saltaram de 294 infectados no dia de São João, para os atuais 681, um crescimento de 131%. Dão sequência em número absolutos de novos casos as cidades de Irecê, que passou dos 61 casos de Covid-19 para 199, e cujo índice de crescimento na cidade de 72 mil habitantes foi de 226%; Cruz das Almas que pulou de 78 para 188 infectados (141%); Senhor do Bonfim que teve acréscimo de 81 novos casos; seguida por Amargosa  com 50 novas ocorrências (192%); e Ibicuí com 36 (180%). 

 

Para tentar conter a escalada de crescimento da Covid-19 evidenciada após o período junino, os municípios têm implementado ou mantido medidas restritivas, como ampliação de toque de recolher e adoção de lockdown. 


A cidade de Camaçari, por exemplo, é umas das 10 da RMS nas quais o governo estadual impôs toque de recolher desde o último domingo (5). A medida, que restringe a circulação de pessoas e o funcionamento de serviços não essenciais entre as 18h e 5h, tem vigência até 12 de julho. Em reunião com o titular da Sesab, Fábio Vilas-Boas, na última semana, o prefeito do município, Elinaldo Araújo (DEM), manifestou preocupação com o número de leitos disponíveis para tratamento exclusivo de pacientes acometidos pela doença. 

 

Em Cruz das Almas, o prefeito Orlando Peixoto lamentou que a cidade tenha entrado no “radar dos municípios tradicionais em realização de festejos juninos e que teve aumento substancial de casos nos últimos dias”. O gestor atribuiu o fato ao descumprimento das recomendações de isolamento social por parte da população. “Consideramos que o período de São João foi causador dessa aceleração de número de casos”, afirmou em transmissão ao vivo nesta sexta-feira. Na ocasião, o prefeito de Cruz prometeu anunciar novas medidas restritivas na segunda-feira (13) que passarão a valer na terça (14).

 

Perto dali, em Santo Antônio de Jesus (SAJ), a assessoria de comunicação do município afirmou que as atividades comerciais estão suspensas desde o dia 18 de junho, no entanto, após o São João, a medida foi prorrogada por mais sete dias. Também “foi proibida a retirada de produtos nas portas da lojas”. O objetivo é “diminuir o fluxo de pessoas no centro da cidade”. Também está em vigor, desde 30 de maio, o toque de recolher. De acordo com o comunicado, no prazo máximo de 10 dias será inaugurado naquela cidade um centro de tratamento exclusivo para pacientes com a Covid-19. 

 

No início da noite desta sexta, o prefeito de SAJ, Rogério Andrade (PSD), participou de uma reunião virtual  com o governador Rui Costa (PT) para avaliar o crescimento e estabelecer um protocolo de ações que possibilitem a redução do ritmo de crescimento. As reuniões com os prefeitos têm sido uma constante do governo estadual, mas foram intensificada após o aumento de casos dos últimos dias. 

 

Seguindo pela BA-026, distante 51,7 km de SAJ, está Amargosa, no Vale do Jiquiriçá. Após o dia 24 de junho, a gestão municipal adotou, desde o último sábado (4), o toque de recolher (reveja aqui). Por meio de um novo decreto, nesta quinta-feira (9), a gestão municipal decidiu pela implantação de medida ainda mais restritiva, o lockdown. Nesta modalidade, até mesmo alguns serviços essenciais, como supermercados e atividades bancárias, terão tempo de funcionamento reduzido.


Já a cidade de Ibicuí, localizada no território de identidade Médio Sudoeste da Bahia, ainda não adotou medidas mais restritivas após o período junino, mas desde 5 de junho está em vigor o toque de recolher, que restringe atividades entre 20h e 5h. A informação é do Controlador Geral do Município, Bruno Bagdede. Como medidas gerais, ao longo da pandemia o município afirma que realizou a aquisição de pias e lavatórios públicos, os quais foram instalados em locais de maior circulação de pessoas, como o banco e lotéricas, além da compra de 750 testes rápidos.

 

Em relação ao 24 de junho, Bagdede diz que não houve registro de aglomeração na sede do município, mas circularam nas redes sociais fotos de pessoas em localidades na zona rural.  A cidade conta ainda com duas barreiras sanitárias na BA-262 que restringem acesso.

 

Nesta semana Senhor do Bonfim também implementou o toque de recolher. A população não deve circular nas ruas da cidade entre 20h e 5h. A medida passou a valer na segunda-feira (6) e segue em vigor até 19 de julho. A cidade adotou também medidas relativas ao comércio, que só funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h, de acordo com informações disponíveis no site da gestão municipal.

 

Contactado pela equipe do Bahia Notícias, o município de Irecê não se manifestou até o fechamento desta reportagem.

CONTINUE LENDO

Interior baiano recebe mais 45 leitos de UTI até segunda-feira (13)

  • Redação
  • 11 Jul 2020
  • 14:23h

Foto: Ascom Sesab

Cinquenta e cinco novos leitos dedicados ao atendimento de pacientes com coronavírus (Covid-19), sendo 35 de Terapia Intensiva, foram abertos nesta sexta-feira (10) nas cidades de Eunápolis e Ilhéus. Os municípios ficam nas regiões de maior taxa de ocupação hospitalar: Extremo-Sul (96%) e Sul (92%), respectivamente. Na segunda-feira (13), novos 10 leitos de UTI serão abertos no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC). “Desde o início da pandemia na Bahia, foram abertos mais de 2.300 leitos em todo o estado”, destaca o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas. Em Ilhéus, os 15 leitos de UTI foram implantados no Centro de Convenções e no Hospital São José e atendem a partir do sábado. Já em Eunápolis foram contratadas 40 vagas no Hospital da Clínicas, 20 de enfermaria e 20 para terapia intensiva. Os pacientes serão recebidos a partir de segunda. Em Conquista, o Hospital Geral passa a contar com 10 leitos de enfermaria para pacientes Covid-19, pré-existentes, e 16 vagas para terapia intensiva. No geral, a região tem 51 leitos de UTI para pacientes com coronvaírus. Nos próximos dias, mas ainda sem data definida, serão entregues 40 leitos de UTI do Hospital Geral Clériston Andrade-2, mais 10 vagas para UTI no Hospital Geral Prado Valadares em Jequié e a Santa Casa de Valença receberá mais 30 pacientes, 20 em enfermaria e 10 de UTI.

Anvisa alerta que ivermectina não deve ser usada contra a Covid-19

  • Redação
  • 11 Jul 2020
  • 11:56h

(Foto: Reprodução)

Após as notícias recentes de que prefeituras pelo Brasil distribuirão o medicamento ivermectina como tratamento e até prevenção contra a Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez o alerta de que o uso do composto não é recomendado para isso.. Em nota, a agência apontou que “não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desse medicamento para o tratamento da covid-19”, e reforçou que “o uso de medicamentos sem orientação médica e sem provas de que realmente estão indicados para determinada doença traz uma série de riscos à saúde”. Vale lembrar que, apesar de ser um remédio para tratamento contra parasitas, a ivermectina demonstrou resultados positivos contra uma ampla gama de vírus. No entanto, essa conclusão foi feita com base em estudos in vitro, sem testes em humanos. “Os resultados encontrados in vitro não podem ser tomados como verdadeiros in vivo”, afirmou a Anvisa. Apenas um estudo segue em andamento no Brasil para a comprovar ou não eficácia do medicamento contra a covid-19, e ele só deve ser concluído em julho de 2021, sem a anuência da Anvisa.Ainda assim, cidades com Itajaí (SC) já tiveram cerca de 3 milhões de doses de ivermectina compradas pela população, após a prefeitura iniciar a distribuição. A Anvisa alerta que não existem dados “que indiquem qual seria a dose, posologia ou duração de uso adequada para impedir a contaminação ou reduzir a chance de gravidade da doença”.

Rodoviária de Conquista ficará fechada, pelo menos, até 31 de julho

  • Redação
  • 11 Jul 2020
  • 10:27h

(Foto: Brumado Urgente Conteúdo)

O Governo do Estado publicou, no Diário Oficial deste sábado (11), decreto que mantém suspensas em todo território baiano, até o dia 31 de julho, as aulas nas redes pública e privada e as atividades que envolvem aglomeração de pessoas , religiosos, shows, feiras, apresentações circenses, eventos científicos, passeatas, aulas em academias de dança e ginástica, além da abertura e do funcionamento de zoológicos, museus, teatros, dentre outros. Todas essas restrições estão estabelecidas no decreto n° 19.586, que teria validade até este domingo (12). A prorrogação do decreto também inclui a suspensão do transporte intermunicipal em 385 cidades baianas, conforme anexo publicado no DOE. Central, Iramaia, Lafaiete Coutinho, Macaúbas, Marcionílio Souza, Mirante e Saúde passaram a fazer parte desta lista neste sábado. Nesta sexta-feira (10), o governador Rui Costa também afirmou que os jogos de futebol, sem público, não poderão ser realizados na Arena Fonte Nova. No estádio foram instalados leitos de enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva para tratar pacientes contaminados pelo novo coronavírus. “Entendemos que a Arena Fonte Nova não deve ser utilizada até porque, para a plena alegria e comemoração do futebol e jogadores é melhor que os jogos sejam realizados no estádio de Pituaçu”, destaca.

Governo da Bahia mantém aulas, eventos e transporte intermunicipal suspensos até 31 de julho

  • Redação
  • 11 Jul 2020
  • 09:30h

odas essas restrições coordenadas pelo governador Rui Costa (PT) estão estabelecidas no decreto n° 19.586, que teria validade até domingo (12) | Foto: Reprodução

Por meio de publicação no Diário Oficial deste sábado (11), o Governo do Estado prorrogou até o dia 31 de julho o decreto que mantém suspensas em todo território baiano as aulas nas redes pública e privada e as atividades que envolvem aglomeração de pessoas, religiosos, shows, feiras, apresentações circenses, eventos científicos, passeatas, aulas em academias de dança e ginástica, além da abertura e do funcionamento de zoológicos, museus, teatros, dentre outros. Todas essas restrições estão estabelecidas no decreto n° 19.586, que teria validade até domingo (12). A prorrogação do decreto também inclui a suspensão do transporte intermunicipal em 385 cidades baianas. Central, Iramaia, Lafaiete Coutinho, Macaúbas, Marcionílio Souza, Mirante e Saúde passaram a fazer parte desta lista neste sábado. Nesta sexta-feira (10), o governador Rui Costa (PT) também afirmou que os jogos de futebol, sem público, não poderão ser realizados na Arena Fonte Nova. No estádio foram instalados leitos de enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva para tratar pacientes contaminados pelo novo coronavírus. “Entendemos que a Arena Fonte Nova não deve ser utilizada até porque, para a plena alegria e comemoração do futebol e jogadores é melhor que os jogos sejam realizados no estádio de Pituaçu”, disse.

Conquista recebe 10 novos respiradores para combate ao coronavírus

  • Redação
  • 11 Jul 2020
  • 08:58h

(Foto: Reprodução)

A Secretaria Municipal de Saúde recebeu nesta sexta-feira (10), ofício do Ministério da Saúde informando que chegam já neste sábado (11), 10 respiradores solicitados pelo prefeito Herzem Gusmão em viagem realizada nesta semana a Brasília. No documento, a diretora do Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência do Ministério da Saúde, Adriana Melo Teixeira, informa que serão entregues cinco unidades de ventiladores* do tipo UTI, da marca VYAIRE e cinco unidades de ventiladores do tipo TRANSPORTE, da marca MAGNAMED, na data de 11 de julho de 2020, destinados ao Hospital das Clínicas de Conquista, no município Vitória da Conquista – BA. Na última quarta-feira (8), o prefeito Herzem Gusmão e a secretária de Saúde, Ramona Cerqueira, estiveram em Brasília para uma audiência com o assessor especial do Ministério da Saúde, Airton Soligo, com o objetivo de solicitar dez respiradores para atender à demanda dos leitos de UTI de Vitória da Conquista. Com a suspensão do contrato do IBR pelo Governo do Estado e com a notícia de que no Hospital das Clínicas de Vitória da Conquista possui 10 respiradores a menos do que foi anunciado inicialmente, a Prefeitura rapidamente se mobilizou para viabilizar a solução junto ao Ministério da Saúde e garantir leitos de UTI para a cidade.

Após reunião com 100 prefeitos, Rui anuncia decreto com restrições para interior baiano

  • Redação
  • 11 Jul 2020
  • 08:17h

(Foto: Reprodução)

O governador Rui Costa definiu um protocolo após se reunir com 100 prefeitos baianos. Dentre as ações, estão a proibição de circulação à noite e reforço do policiamento para garantir o cumprimento das determinações. Assim como em Salvador, a orientação é retomar a economia após controle na ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s). No decreto, que deve ser publicado no sábado (11), estão medidas como a proibição da circulação de pessoas à noite; funcionamento apenas do comércio essencial; reforço na fiscalização, com auxílio da Polícia Militar (PM), para evitar que infectados descumpram o isolamento social, além do aumento das testagens. Na última quinta-feira (9), o gestor havia adiantado que estava preparando um decreto para tratar do assunto em razão do aumento de contaminados atribuído aos festejos juninos. Nos últimos três dias, Rui Costa fez reuniões virtuais com os prefeitos dos 100 municípios que estão em situação mais crítica no estado para definir um protocolo A Bahia registrou, nas últimas 24h, 2.867 novos casos de Covid-19 e 55 mortes por causa da doença, segundo informações divulgadas no último boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). O estado contabiliza 101.186 casos confirmados de Covid-19 e 2.383 mortes, desde o início da pandemia. “É proibido ir na rua quem estiver testado positivo, é crime. A pessoa que sabe que está contaminada e vai pegar ônibus, na feira, é crime. Estou pedindo aos prefeitos, Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil, empenho”, disse o governador. Rui Costa acredita que as medidas são necessárias por causa do aumento dos casos depois do São João. “Hoje nós estamos com a maior taxa de crescimento desde o início da pandemia e eu diria que há unanimidade entre os prefeitos de que o que provocou isso foram as festas juninas. A última quinzena de junho foi quando disparou, e é isso que nós estamos querendo conter”, disse o governador. O governador defendeu a proibição de circulação noturna em cidades do interior com grande número de casos da Covid-19, conhecida como toque de recolher. “Vamos restringir em várias cidades a circulação noturna, estamos reforçando policiamento. Essa aglomeração à noite não gera emprego, não leva a saúde. Acho que o jovem pode, durante uma semana, evitar esse contato para que a gente derrube essa taxa”, continuou Rui Costa.

Coronavírus ou Ansiedade? Incerteza e sensação de desamparo podem causar sintomas físicos e confundir a população

  • Solar
  • 11 Jul 2020
  • 07:39h

(Foto: Reprodução)

Depois de mais de três meses em casa, como você está se sentido? Quem já não perdeu o sono, teve medo ou angústia diante desse cenário tão incerto? As dúvidas são muitas e afetam a saúde física e emocional. O que você mesmo pode ter constatado, tem sido visto na prática pelos voluntários da plataforma covid.tummi.org. Como o atendimento funciona? As pessoas que estiverem com tosse, febre, falta de ar e outros desconfortos respondem um questionário elaborado por pneumologistas e são encaminhadas para atendimento on-line com um dos médicos. O site também oferece um questionário para avaliar estresse, ansiedade e depressão dos pacientes. Se ele indicar a necessidade de atendimento, a pessoa é encaminhada para consulta on-line com uma equipe de psicólogos e psiquiatras voluntária. Até agora o Tummi já fez quase 1.500 atendimentos. 891 para sintomas de Covid 19 (63%) e 519 para problemas psicológicos (37%). Aqui entra uma situação que tem chamado atenção da equipe. Muitos pacientes entram em contato com a equipe médica descrevendo ou referindo  falta dar, sintoma do Coronavírus, mas que em alguns casos podem ser provocada pela ansiedade. Medo de morrer, respiração curta, falta de ar, suor nas mãos são sintomas físicos da ansiedade ou até mesmo de crise de pânico. Em tempos de pandemia, as pessoas podem confundir com a sintomatologia clínica causada pelo vírus. A psiquiatra e psicanalista BetinaTeruchkin, uma das voluntárias do Tummi, alerta que buscar ajuda por especialista qualificado é fundamental. Ela diz que pacientes com histórico de doenças cardíacas ou respiratórias devem procurar seus médicos  clínicos para descartar seus problemas físicos de base. A contaminação pelo Covid 19 também precisa ser avaliada, podendo ser feita com a consulta no próprio Tummi.  Quando os sintomas são realmente de ansiedade, a especialista recomenda a busca por avaliação e tratamento especializado, sendo a psicoterapia uma das principais modalidades indicadas, podendo ou não ser acompanhada de medicação. A equipe nota que os pacientes também se beneficiam de práticas auxiliares como a prática de ioga, exercícios físicos e relaxamento.  
 

Boletim Epidemiológico Covid-19 desta sexta-feira ((100

  • Ascom | PMB
  • 10 Jul 2020
  • 18:08h

(Foto: Divulgação Sesau)

Nesta sexta-feira , 10 de julho de 2020, o município de Brumado registra 253 casos confirmados da Covid-19, o novo coronavírus. O número representa 11,53% do total de 2.193 notificações. Entre os diagnósticos: 1 internação , 3 óbitos, 58 pacientes em tratamento e 192 recuperados. No momento, 72 ainda aguardam resultado laboratorial e 738 já foram descartados. As notificações suspeitas abrangem pacientes com quadros de síndromes gripais diversas, dentre os quais alguns se encaixam nos critérios para realização do exame RT-PCR ou via teste rápido. Estes últimos estão sendo usados de forma criteriosa, em casos excepcionais, como estratégia para ampliar e tornar mais eficaz o enfrentamento à pandemia no município. 

Rui pede aos prefeitos mais gás contra a Covid. Será que vai dar?

  • Levi Vasconcelos
  • 10 Jul 2020
  • 14:09h

(Foto: Secom / Bahia)

Rui Costa começou ontem a fazer videoconferências com prefeitos. Reuniu 31, para alertá-los sobre o avanço da Covid para o interior e a necessidade de apertar o cinto. Na mesma linha, ACM Neto pede: ‘A gente precisa contar com os nossos colegas do interior’.

Se fosse num ano comum, menos mal. Mas como este ano tem eleição, a situação ganha esse complicador, com o detalhe de que as formas de reação dos gestores diante do mesmo problema variam muito, alguns eficientes, outros nem tanto. Uns por má gestão, outros por má conduta.

Pressões

Veja: Itabuna, com 3.241 casos, 821 ativos e 69 mortos, tem lá o prefeito Fernando Gomes, que ganhou notoriedade nacional dizendo que ia abrir o comércio ‘morra quem morrer’. Pediu desculpas, mas vai abrir segunda, o que dá no mesmo, vale o morra quem morrer. O secretário da Saúde, Juvenal Maynart, que assumiu há menos de 30 dias, pediu demissão. Ele nem tchum.

Ora, Fernando nem é candidato à reeleição. E por que age assim? No pedido de desculpas, ele disse que, se as pessoas soubessem ‘a pressão’ que sofre, o entenderiam.

No papo com os prefeitos ontem, Rui Costa prometeu estreitar mais as conversas com eles, o que, aliás, é motivo de grande queixa, a falta de tempo para recebê-los. Os prefeitos receberam a notícia de bom grado. Das conversas com o governador sempre sai algum apoio, muito bem recebido.

Covid no jogo, mas também à parte, é ano eleitoral.

Transmissão do coronavírus acelera em 90 municípios; Rui fala em adotar medidas drásticas

  • Alexandre Santos
  • 10 Jul 2020
  • 10:00h

Em entrevista nesta sexta-feira, governador pediu o apoio de prefeitos para conter avanço da doença no interior | Foto: Daniel Simurro

O governador Rui Costa (PT) disse na manhã desta sexta-feira (10) que ao menos 90 dos 417 municípios baianos concentram taxas de transmissão aceleradas do novo coronavírus. Diante do avanço da doença, o governador avalia a possibilidade de impor medidas de restrição mais severas às cidades do interior e pede aos prefeitos que monitorem casos já confirmados da Covid-19. “Nós temos aí cerca de 90 cidades com taxas muito altas, e nós precisamos de medidas drásticas nos próximos dias. Não dá pra pensar nas próximas semanas, não. Tem que ser a partir de hoje, a partir de amanhã, para conter esse crescimento. Quero reiterar aqui o meu pedido, minha orientação aos prefeitos, vice-prefeitos do interior, que fiscalizem as pessoas que testaram positivo pra não ir pra rua”, declarou em entrevista à rádio Metrópole. Segundo o governador, pessoas que furam o isolamento mesmo sabendo que estão infectadas estão cometendo crime previsto em lei. “Eu não digo que e só falta de consciência. É um crime alguém que sabe que está positivo e vai pra rua, vai pro mercado, vai pra feira, vai pra padaria. É um crime. Ela tá contaminando outras pessoas.” O governador também criticou o comportamento de grupos de menor faixa etária por minimizar a gravidade da doença. Para Rui Costa, eventos com aglomerações, como festas e paredões de som, são protagonizados majoritariamente por parte desse público. “Eu acho que todo jovem precisa compreender, independente se ele vai ter uma doença grave ou não, é se perguntar se ele tem amor ao pai dele, à mãe, aos avós, aos filhos. Porque o que tem sido característica dessa doença é que é uma roleta-russa, um sorteio”, afirmou. “Em peço, em uma mensagem dirigida aos jovens, que pensem na sua família, pensem na família do próximo, mesmo que você se considere super-homem que você minimize a doença. Pense no próximo porque a taxa de crescimento que nós temos em várias cidades da Bahia.  Parece que as pessoas resolveram [se comportar] como se tivessem apostando, jogando. Mas elas esquecem, independente do quanto eventualmente elas se considerem super-homem, que elas têm uma família, o vizinho tem uma família”, acrescentou o governador.