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Confira índice da vacinação nos municípios da Bahia

  • Redação
  • 01 Fev 2021
  • 10:54h

(Foto: Reprodução)

Os municípios com maior índice de vacinados contra a Covid-19 na Bahia são Vitória da Conquista [97,7%], Lauro de Freitas [86,3%], Paulo Afonso [89,4%], Santo Antônio de Jesus [75,9%] e Itabuna [75,4%]. Os dados são desta segunda-feira (1°) e foram divulgados pelo secretário estadual de saúde, Fábio Vilas-Boas.

Entre as cidades com mais de 200 mil habitantes, as que têm maior índice de vacinados são novamente Vitória da Conquista [97,7%] e Lauro de Freitas [86,3%], no primeiro e segundo lugar, seguido de e Itabuna [75,4%], Camaçari [64,5%], Salvador [61%], Feira de Santana [55%] e Juazeiro [49,6%]. Ao todo, o estado aplicou 67,3% das vacinas recebidas até o momento. A região Leste, que abriga Salvador e Região Metropolitana, foi a que mais aplicou vacinas [62,7%], depois vem o Sul [60,8%] e o Extremo Sul [53,1%].

PIOR ÍNDICE

Na outra ponta, entre as cidades que pouco imunizaram com o material enviado estão Santo Amaro [9,4%], Conceição do Jacuípe [12,4%], Biritinga [15,8%] e Barra [19%]. Vilas-Boas considerou “inaceitável” o índice de vacinação nessas cidades, que tiveram menos de 20% das doses aplicadas. O secretário disse também que em relação à população indígena, um dos grupos prioritários para esta fase, a imunização tem sido lenta.

Foram aplicadas 11.031 doses de vacina, o que representa apenas 46,6%. Nas comunidades indígenas têm sido necessário escolta policial para realizar o trabalho. Vilas-Boas informou que a população baiana indígena com mais de 18 anos chega a 23.649 pessoas. 

De acordo com a secretaria de saúde da Bahia [Sesab], o estado recebeu 285.920 doses e aplicou 192.437 nessa primeira etapa de vacinação.

Fiocruz, Ministério e Anvisa investigam morte idoso após tomar vacina de Oxford

  • Redação
  • 01 Fev 2021
  • 10:14h

(Foto: Reprodução)

Foi aberta uma investigação conjunta entre Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o caso de um idoso de 83 anos que recebeu uma dose da vacina contra a Covid-19 da Oxford /AstraZeneca e faleceu.

O caso será apurado por uma equipe do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), órgão vinculado à Secretaria de Saúde do Amazonas. O objetivo é identificar se há relação entre a morte e a aplicação da vacina. Até o fim da apuração, não é possível afirmar que a morte aconteceu em decorrência da aplicação do imunizante, destaca reportagem do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

A Anvisa informou à reportagem que a investigação segue o protocolo de vigilância epidemiológica e sanitária de eventos adversos pós-vacinação. “A Anvisa acompanha e aguarda os resultados, que poderão apontar ou descartar a relação de causalidade entre a aplicação do imunizante e o evento em Manaus”, afirmou a agência.

Ainda de acordo com a Anvisa, diante do cenário de pandemia enfrentado pelo país, foi determinada “toda a urgência possível” para a conclusão da investigação.

Segundo a reportagem, o Ministério da Saúde confirmou no último sábado (30) que recebeu a comunicação da vigilância em saúde do Amazonas sobre a morte do idoso. A Fundação Oswaldo Cruz, responsável no Brasil pela fórmula Oxford/AstraZeneca, também afirmou ter sido avisada. A expectativa é que a conclusão preliminar do Crie seja divulgada em 7 dias.

Em investigações deste tipo, vários fatores são analisados, entre eles, o histórico de saúde do paciente e as condições de conservação e aplicação da vacina. Também é coletado material biológico para exames. De acordo com informações repassadas por familiares, o idoso tinha pressão alta controlada e apresentava leves sintomas de gripe quando foi vacinado na última sexta (29). A morte aconteceu no dia seguinte à aplicação do imunizante.

Contágio por dois tipos de coronavírus pode criar um terceiro, dizem pesquisadores

  • Bahia Notícias
  • 31 Jan 2021
  • 19:35h

Foto: Reprodução / CNN Brasil

Segundo cientistas do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, a infecção por dois tipos diferentes de coronavírus pode gerar um terceiro tipo da doença no corpo. Isso porque a junção de ambos os vírus que atuam no organismo pode dar origem a um tipo mais forte. As informações são da CNN Brasil.

Na pesquisa, que analisou amostras de 92 infectados no Rio Grande do Sul, os cientistas identificaram os dois primeiros casos de infecções simultâneas. Apesar disso, os pesquisadores ainda não encontraram mutações resistentes aos anticorpos conhecidos; ou seja, o efeito das vacinas continuam eficazes nessas situações.

“Se nós tomarmos as medidas adequadas de contenção, conseguiremos evitar também coinfecções”, afirmou o virologista Fernando Spilki.

Até o momento, as pesquisas não descobriram nenhuma variação do coronavírus que seja resistente às vacinas produzidas.

Bolsonaro diz que vai comprar vacina Sputnik V, caso haja autorização da Anvisa

  • 30 Jan 2021
  • 17:59h

Foto: Sputnik V / Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (30) que o Brasil comprará a vacina da Rússia, a Sputnik V, caso o imunizante seja aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Bahia tem acordo com os russos para distribuir e comercializar 50 milhões de doses da vacina no Brasil, por meio da estatal Bahiafarma. Do total, o estado tem disponíveis 10 milhões de doses prontas para receber, mas necessita de aprovação da Anvisa para usá-la emergencialmente, o que não aconteceu. 

Com isso, o governo baiano ingressou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir autorização para aplicar o imunizante no país. O estado questiona o artigo 16 de uma medida provisória que permite a compra de vacinas não validadas pela Anvisa, mas apenas se elas tiverem recebido permissão das agências dos Estados Unidos, da União Europeia, do Japão, da China ou do Reino Unido.

O presidente disse aguardar que a Anvisa dê aval sobre a eficácia e segurança da Sputnik V. “[Tem] um cheque de R$ 20 bilhões assinado para comprar os imunizantes só precisamos da aprovação. Se a Anvisa aprovar, compraremos a Sputnik”, disse Bolsonaro. 

O governador da Bahia, Rui Costa, tem criticado as exigências da agência reguladora para liberar a vacina. Em entrevista na quarta-feira (27) ao “Isso é Bahia”, programa da rádio A TARDE FM em parceria com o Isso é Bahia, o petista afirmou que a Anvisa não tem priorizado vidas e atende a interesses corporativos. 

ANDAMENTO NO STF

A Anvisa entregou na segunda-feira (25) as informações solicitadas pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o pedido de uso emergencial da Sputnik V.

Lewandowski também concedeu prazo de 5 dias para que a União Química, laboratório responsável por produzir a vacina no Brasil, apresente quais medidas tomou e quais estão pendentes dentro da exigências feitas pela Anvisa para liberar a vacina. 

Promotores de Justiça debatem com Sesab sobre andamento da vacinação no estado

  • Redação
  • 30 Jan 2021
  • 08:25h

Magistrados deram ênfase para os casos de “fura-fila” | Foto: Reprodução

Promotores de Justiça com atuação na área da saúde, criminal e da improbidade administrativa debateram nesta sexta-feira (29) com a equipe da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa) da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) sobre o processo de imunização contra a Covid-19 em andamento na Bahia.

Na reunião, os magistrados deram ênfase para a observância dos grupos considerados prioritários e para os casos de “fura-fila” da vacinação. Conforme dados do Grupo de Enfrentamento do Coronavírus (GT Coronavírus) do MP, foram recebidas até esta sexta 129 denúncias de “fura-fila” em 76 municípios.

Na ocasião, os promotores fizeram questionamentos e tiraram dúvidas sobre procedimentos, critérios de classificação de riscos e os próximos passos traçados do plano estadual de vacinação, que foram apresentados em conjunto com os dados sobre disponibilidade de doses, distribuição e cobertura vacinal desde o início da imunização no dia último dia 19 de janeiro.

O evento foi promovido pelos Centros de Apoio Operacional da Saúde (Cesau), da Moralidade Administrativa (Caopam) e Criminal (Caocrim), com participação dos seus respectivos coordenadores, promotores de Justiça Patrícia Medrado, que fez a condução do debate, Frank Ferrari e André Lavigne.

A apresentação foi realizada pela superintendente da Suvisa Rívia Mary de Barros, pela coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Vânia Rebouças e por Eleuzina Falcão, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep).

Elas esclareceram que os grupos prioritários, incluídos na primeira fase da vacinação, são os trabalhadores de saúde, idosos com mais de 75 anos (que não foram retirados do Plano Nacional de Imunização), idosos institucionalizados, pessoas com deficiência institucionalizadas, indígenas aldeados e povos e comunidades tradicionais (ribeirinhas e quilombolas).

Segundo os dados apresentados, a Bahia já recebeu mais de 500 mil doses de vacinas contra a Covid-19, distribuiu 284 mil e aplicou 145 mil. Vânia Rebouças informou que já está disponível uma quantidade de doses suficiente para vacinar todos os idosos institucionalizados, os maiores de 18 anos com deficiência institucionalizados, 100% da população indígena aldeada e 60% dos trabalhadores de saúde de alto risco.

Conforme os números apresentados, mais de 100 mil profissionais de saúde foram vacinados do total superior a 374 mil previstos. A superintendente Rívia de Barros afirmou que a maioria dos municípios já vacinou os trabalhadores da saúde de alto risco e, por isso, o próximo passo será começar a vacinar os idosos acima de 90 anos, em razão da alta mortalidade, intercalando com os trabalhadores de médio risco, que não tem contato direto e frequente com pacientes de Covid-19.

“O grande problema é matemático, estamos recebendo poucas vacinas para muita gente no estado. Essa é nossa grande dificuldade. Antes, precisávamos fazer campanha para as pessoas irem vacinar, agora precisamos estratificar. Mas chegamos a uma estratificação dos trabalhadores da área de saúde que vai contemplar o entendimento de todos outros grupos”, afirmou. Foi informado também que o Estado da Bahia já fez a entrega de 100% de seringas e agulhas para vacinar, com as duas doses, os grupos da primeira fase.

Bahia autoriza municípios a vacinarem idosos acima de 90 anos a partir de segunda (01)

  • Redação
  • 29 Jan 2021
  • 18:49h

(Foto: Divulgação)

Os 417 municípios da Bahia estão autorizados a iniciar a vacinação de idosos a partir de 90 anos, partir da próxima segunda-feira (1). A informação foi divulgada pelo governador Rui Costa por meio das redes sociais. Serão enviadas 54 mil doses aos municípios ainda neste fim de semana a fim de cumprir o cronograma sugerido pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). A decisão ocorre após entendimento consensual das Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e Tripartite (CIT), que são as instâncias deliberativas do Sistema Único de Saúde (SUS) em nível estadual e nacional. De acordo com o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, “ainda que a Bahia registre o segunda menor taxa de mortalidade do Brasil, é preciso vacinar os nossos idosos. Do total de óbitos na Bahia, 75% tinham mais de 60 anos, sendo que a faixa etária com mais de 80 anos concentrou 29,1%”.

O titular da pasta estadual da Saúde ressalta que os municípios que mais avançaram na imunização terão acesso prioritário na distribuição. “Temos um quantitativo reduzido de doses, ainda fruto das três entregas iniciais do Ministério da Saúde, e, neste sentido, vamos priorizar os municípios que imunizaram pelo menos 75% do seu público-alvo”, afirma o secretário. Informações detalhadas sobre o quantitativo de doses distribuídas e aplicadas, por município, estão disponíveis no painel da vacinação (bi.saude.ba.gov.br/vacinacao). Os números são atualizados diariamente pela Sesab a partir do contato com as equipes de cada município.

Cientistas investigam possíveis casos de pacientes infectados com variante da Covid-19 na Bahia

  • Informações do G1/BA
  • 29 Jan 2021
  • 06:54h

(Foto: Reprodução TV Bahia)

Cientistas investigam dois casos de infecção por nova variante do coronavírus em Feira de Santana, cidade a 100 quilômetros de Salvador. São dois pacientes com idade entre 30 e 40 anos, que estavam internados no Hospital de Campanha. "Diante desse aumento de pacientes chegando com quadro um pouco mais complexo do que o habitual, eu conversei com o prefeito, que é médico epidemiologista, e ele preferiu fazer de fato essa investigação. Algumas variantes novas como as que foram vistas na Inglaterra, África do Sul, em Manaus mostraram que tem uma letalidade maior, ou seja, teremos um número de óbitos maior, mas de fato o tratamento não muda. O que a gente procura fazer hoje é a internação precoce", explicou o diretor do Hospital de Campanha, Francisco Mota. Para saber se uma nova variante do coronavírus está circulando em Feira de Santana, os médicos estão analisando o código genético do vírus, que é como se fosse a identidade dele, mas que tem a capacidade de se transformar a cada vez que o vírus passa de uma pessoa para outra. "Fizemos coletas de sangue para poder fazer uma análise genética desse vírus, dessas pessoas que tiveram o quadro diferente", contou a coordenadora do Comitê de Controle ao Coronavírus, Melissa Falcão. Na quarta-feira (27), o prefeito Colbert Martins já tinha comentado, em coletiva de imprensa, que a prefeitura investigava a nova variante do vírus, mas não tinha entrado em detalhes. A investigação foi um pedido da direção da unidade depois que os médicos perceberam um aumento dos casos graves de Covid-19. Os dois pacientes que estão tendo amostras de material biológico em análise estiveram internados na UTI do Hospital de Campanha de Feira de Santana. Eles já receberam alta e estão isolados em casa. Para os especialistas, a presença de jovens na UTI preocupa e além de uma possível nova variante do coronavírus, isso pode ser reflexo do comportamento deles nas festas de fim de ano.

 

Mandetta prevê megaepidemia da nova variante do coronavírus no Brasil em 60 dias

  • Redação
  • 28 Jan 2021
  • 15:15h

Ex-ministro da Saúde citou transferência de pacientes de Manaus para outros estados como possível aumento na disseminação dessa nova cepa | Foto: Divulgação

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou na quarta-feira (27), em entrevista ao programa Manhattan Connection da TV Cultura, o Brasil pode ter uma megaepidemia causada pela nova variante do coronavírus, detectada em Manaus, em 60 dias. Segundo o ex-minsitro, a transferência de pacientes para outros estados pode aumentar a disseminação dessa nova cepa.

“Hoje nós temos quatro grandes crises sanitárias. E entrando a quinta crise que é essa história, dessa Cepa, dessa variante de Manaus, que o mundo inteiro está fechando os voos para o Brasil e o Brasil está, não só aberto normalmente, como está retirando paciente de Manaus e mandando para Goiás, mandando para a Bahia, mandando para outros lugares sem fazer os bloqueios de biossegurança. Provavelmente, a gente vai plantar essa Cepa em todos os territórios da federação e daqui a 60 dias a gente pode ter uma megaepidemia”, explicou.

Vacinas
Segundoa revista IstoÉ, Mandetta foi questionado sobre qual seria a vacina preferida, e disse que, para o uso individual, a da Pfizer seria a melhor opção, com 95% de eficácia. No entanto, para a imunização coletiva no Brasil citou as vacinas Coronavac e da AstraZeneca/Oxford.

“Para um país como o Brasil, continental, que não tem como levar uma vacina a – 70ºC a todos os rincões. Tanto a vacina da Corona (Coronavac) e Astrazeneca, (armazenadas) de 2º a 8º, são aquelas que melhor se aplicam. E aquela que tiver disponível, eu vou tomar”, disse.

Pacientes infectados simultaneamente com duas linhagens do coronavírus já são diagnosticados no Brasil

  • Redação
  • 28 Jan 2021
  • 07:20h

(Imagem: CanalTech)

Dois pacientes brasileiros foram contaminados simultaneamente com duas linhagens diferentes do novo coronavírus. As infecções foram identificadas em adultos por cientistas do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, de acordo com a CNN Brasil. O Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo (RS) e o Laboratório de Bioinformática (Labinfo) do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ), analisaram cerca de 92 amostras de material genético de pacientes com idades entre 14 e 80 anos (50% homens e 50% mulheres) do Rio Grande do Sul. Após o sequenciamento genético foi possível identificar dois casos de coinfecção. Além disso, o estudo também descobriu cinco linhagens diferentes do vírus circulando no estado gaúcho. Uma delas é considerada nova e foi denominada inicialmente como VUI-NP13. Outra linhagem, que já foi disseminada de forma generalizada no sul do país, foi identificada como E484K. O primeiro registro da cepa foi feito no Rio de Janeiro, em dezembro de 2020. “Isso é preocupante, pois sabe-se que essa mutação pode estar associada a um escape de anticorpos formados contra outras linhagens do vírus. É mais uma evidência que essas novas linhagens podem causar problemas mesmo em pessoas que já tenham uma imunidade prévia contra o Sars-Cov-2”, afirmou o coordenador do trabalho no Laboratório de Microbiologia Molecular da Feevale, Fernando Spilki. A linhagem foi identificada nos dois casos de coinfecção do RS, que é caracterizada como “infecção simultânea por vírus com genomas distintos em um mesmo indivíduo”.

Descoberta sobre contaminados em Salvador acende alerta para interior da Bahia

  • Jade Coelho / Lula Bonfim
  • 28 Jan 2021
  • 06:22h

(Foto: BN)

O resultado do inquérito epidemiológico realizado em Salvador, publicado na segunda-feira (25), deve servir de alerta para o interior da Bahia. É como avalia o imunologista baiano Gustavo Cabral, pesquisador da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Segundo ele, os 20% de contaminados identificados na capital baiana estão muito acima do nível nacional.

“Sem sombra de dúvida, o inquérito de Salvador deve servir de alerta para o interior. Se uma cidade como Salvador já chegou a 20%, em muitas cidades do interior a tragédia vai ser maior ainda, porque a gente precisa entender que o suporte do interior é diferente das capitais. Tem as UPAs, mas não tem estrutura”, afirmou o imunologista baiano.

Cabral ainda citou o desrespeito a medidas de prevenção à proliferação do novo coronavírus durante as eleições no interior do estado. Entre outubro e novembro de 2020, o Bahia Notícias identificou diversos casos de aglomeração de pessoas em comícios, passeatas e carreatas, além de agentes políticos sem utilizar máscara de proteção.

“Nos casos graves, geralmente, existe necessidade de levar para outra cidade, cidades maiores. Fica o alerta demais para a capital, porque ainda tem muita gente, 80%, com possibilidade de infecção, e para os interiores entenderem que o vírus pode se dispersar muito rápido e novas cepas estão surgindo muito rápido também. Então precisa de um cuidado maior. Infelizmente, tem esses atos de irresponsabilidade”, criticou o imunologista.

Segundo Gustavo Cabral, outro fator preocupante é a falta de informação da população frente ao problema. “A sociedade tem que estar bem informada quanto a isso. Não adianta montar programas de controle e a sociedade não colaborar. Tem que incluir a sociedade nessa jogada”, disse. “Nos interiores, os números estão crescendo. E em alguns interiores que eu fui eu vi as pessoas sem máscara, sem nada”, complementou.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), em boletim publicado nesta quarta-feira (27), os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes são: Ibirataia (11.513,85), Itororó (9.773,33), Itabuna (8.998,09), Muniz Ferreira (8.973,32) e Conceição do Coité (8.857,26), todos com índices acima dos de Salvador.

CENÁRIO INTERIORANO

Após a corrida eleitoral nos municípios, a quantidade de casos ativos da Covid-19 na Bahia disparou. Ainda segundo a Sesab, Vitória da Conquista, terceira maior cidade do estado, é a que apresenta a segunda maior quantidade de contaminados no momento, com 405 casos ativos.

Conquista é seguida pelos dois maiores municípios do sul da Bahia, Itabuna (375) e Ilhéus (216), que têm registrado altos números de transmissão do novo coronavírus desde o início da pandemia. A região tem 1.805 dos 11.099 casos ativos do estado, perdendo apenas para o leste do estado (3.780), onde fica Salvador.

Mesmo com números que se destacam, os três municípios estão com seus comércios em pleno funcionamento, impondo apenas algumas medidas de distanciamento social e a obrigação de uso de máscaras.

Feira de Santana (207), Paulo Afonso (175), Cruz das Almas (155), Jequié (146), Porto Seguro (135) e Alagoinhas (129) completam a lista dos 10 municípios do interior baiano com mais casos ativos.

Não há mais leitos de UTI reservados para o tratamento de pacientes com Covid-19 nos municípios de Irecê, no centro-norte da Bahia, e Remanso, no norte do estado. Na região nordeste, onde todos as vagas estão concentradas em Alagoinhas, a taxa de ocupação é de 88%.

Mutação do coronavírus originária do AM é detectada em 85% de amostras de Manaus

  • 27 Jan 2021
  • 15:05h

Foto: Reprodução / Jornal da USP

A variante do coronavírus originária do Amazonas deve ter se tornado predominante na capital do estado, Manaus. É o que sugere uma análise preliminar feita por pesquisadores brasileiros e britânicos, que detectou essa mutação em 85% das amostras analisadas.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os pesquisadores fizeram o sequenciamento genético do vírus coletado em pacientes infectados e identificaram que, em novembro, não havia registro da cepa P.1. Já em dezembro, 52,2% dos genomas sequenciados eram da nova variante e, em janeiro, esse índice passou para os atuais 85,4%.

Mesmo que o número de amostras seja pequeno, apenas 142, os cientistas ressaltam que "os dados sugerem um aumento na proporção de casos da variante P.1 em Manaus". Essa avaliação consta num texto publicado na plataforma científica virological.org pelo pesquisador Nuno Faria, um dos membros do Centro Brasil-Reino Unido de Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (Cadde).

Com isso, a avaliação é de que duas mutações identificadas na cepa brasileira estejam associadas a um maior potencial de transmissão e reinfecção. Os especialistas, inclusive, temem que a P.1 já tenha se disseminado para outros estados, mas que não tenha sido identificada devido ao baixo número de sequenciamentos realizados no Brasil. Só nesta terça-feira (26), foi confirmado um caso dessa mutação em São Paulo, o primeiro fora do Amazonas.

Cruz das Almas: Servidoras são investigadas por supostos desvios de vacina contra Covid-19

  • Mauricio Leiro
  • 27 Jan 2021
  • 09:48h

Foto: Reprodução / Sesab

A fila de vacinação contra a Covid-19 na cidade de Cruz das Almas pode ter sido "furada". Foi constituída na cidade uma  comissão para conduzir um processo administrativo disciplinar contra duas servidoras por aplicar a vacina em pessoa desconhecida e que não faz parte do Plano Municipal de vacinação.

As servidoras Vera Lúcia dos Santos Boaventura Assis e Thaylanna Yanara da Silva Santos constam na portaria 01, de 2021, assinada nesta terça-feira (26), pelo prefeito da cidade Ednaldo Ribeiro (Republicanos) e pelo secretário de saúde do município, Sandro Brito Borges.

A investigação vai apurar a conduta das servidoras, que segundo o documento, o desvio de vacina contra Covid-19, teria sido feito em conjunto por Vera e Thaylanna, que atua como funcionária do “Lar dos Idosos”. 

A cidade de Cruz das Almas é um dos municípios baianos que mais tem casos ativos na Bahia. Está em 7º lugar, com 153 casos do novo coronavírus.

SERVIDORA SE DEFENDE

A servidora Vera Lúcia dos Santos Boaventura Assis utilizou as redes sociais para negar o fato e disse que tomou com "surpresa" a "falsa alegação de aplicação de vacina em pessoas que não fazem parte da preferência".

"Deixo meus amigos e irmãos que me conhecem tranquilos. Estou com minha consciência tranquila e em paz! Uma mentira criada para me prejudicar. A verdade será mostrada. Deus é justo e fará justiça em breve. Aqueles que fizeram exposição com meu nome nesse processo administrativo prestarão contas a Deus e a justiça", disse.

Lúcia diz também que tem 28 anos de serviço público. "Com vida dedicada e honrada, com honestidade e amor pelo que faço. Postei as fotos aplicando as vacinas com satisfação e agora sendo acusada de praticar ilegalidade. Apliquei a vacina de acordo com as pessoas indicadas pelo superior".

Segundo a servidora, o fato seria "perseguição". "Fui candidata à vereadora pelo PT, obtive 304 votos e agora me tornam alvo  de perseguição. Volto a repetir, meus amigos, irmãos e familiares fiquem tranquilos, pois quem plantou essa calúnia contra a minha pessoa prestará contas a Deus e a justiça. Em breve ficará provada minha inocência. Quero ver se vão publicar portaria me pedindo desculpas!!! Obrigada", finaliza.

‘Herzem está melhorando cada dia mais’, mas hospital segue sem boletins médicos

  • BRF
  • 27 Jan 2021
  • 09:04h

(Foto: Reprodução)

O povo quer saber, mas de concreto até agora nada: o estado de saúde do Prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão, que na semana passada deixou a UTI do Hospital Sírio Libanês. Em uma extensa reportagem exibida no programa Redação Brasil desta quarta-feira (27) os comunicadores Deusdete Dias e Ricardo Gordo falam sobre o assunto e questionam os motivos que levam há mais de uma semana não ser divulgado nenhum boletim médico sobre o estado de saúde do gestor da Suíça Baiana. Herzem segue internado devido a complicações causadas pelo coronavírus.

Estado de calamidade é renovado na Bahia até 30 de junho

  • Redação
  • 27 Jan 2021
  • 08:22h

(Foto: G1)

O estado de calamidade pública na Bahia, devido à pandemia de Covid-19, foi renovado até 30 de junho. A ampliação da vigência da medida foi aprovada pela Assembleia Legislativa, após pedido do Executivo. O estado de calamidade também foi estendido em Salvador e 156 cidades do interior. Foi aprovado ainda estado de calamidade pública para os municípios de Nova Viçosa e Jucuruçu, que apresentaram pedidos pela primeira vez. Os decretos destas duas cidades foram apresentados pelos deputados Robinho (PP) e Sandro Régis (DEM).

Parlamentares baianos querem incluir 'autorização' para Sputnik V na MP das vacinas

  • Redação
  • 27 Jan 2021
  • 07:09h

(Foto: CNN Brasil)

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) e o deputado federal Jorge Solla (PT-BA) estudam incluir na chamada “MP das Vacinas” emendas que podem permitir à Bahia comprar doses da Sputnik V sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os parlamentares querem aumentar o rol de agências reguladoras internacionais que constam na Medida Provisória, dando a estados e municípios mais possibilidades de adquirir imunizantes contra Covid-19. 

O artigo 16 da MP 1.026/21 estabelece que governos podem comprar vacinas sem aprovação da Anvisa, caso elas tenham sido certificadas por cinco agências reguladoras internacionais, entre elas a do Estados Unidos e a da União Europeia. Entretanto, a autoridade russa, país de origem da Sputnik V, não está neste grupo, caso também dos órgãos regulatórios da Argentina e do Paraguai, que deram autorizações de uso emergencial da vacina. Estes fatores inviabilizam a compra do imunizante pela Bahia. 

Com a emenda, Solla quer incluir no grupo das cinco a agência russa. Além desta, Coronel pretende acrescentar autoridades de referência de outros países na MP.  

“Estamos estudando ampliar para agências similares à Anvisa. Estou estudando com a minha assessoria quais serão. A agência russa está entre elas, pois a Rússia está saindo na frente, está sendo pioneira no desenvolvimento da vacina. Eu quero agilizar que estados, municípios ou até particulares possam comprar vacinas já testadas e aprovadas em outros países, que foram validadas por agência de referência internacional”, explicou Coronel ao Bahia Notícias.

Solla criticou as exigências da Anvisa para aprovar o uso da Sputnik V no Brasil. A agência alega que não pode dar autorização porque a vacina não passou pela fase 3 de testes no país. Por outro lado, países como Rússia, Argentina e Paraguai começaram a aplicar o imunizante na população, enquanto Venezuela, Bolívia, Hungria, Emirados Árabes e México estão recebendo doses da vacina. 

“A solicitação da Anvisa não tem cabimento. Não temos nenhuma base que se sustente essa exigência da Anvisa. Exigir uma fase 3 de testes, sendo que a vacina já está sendo usada em outros países”, criticou.

BATALHA NO STF

Os entraves colocados pela agência reguladora brasileira fizeram o governo baiano ingressar com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) para obter autorização de uso da vacina russa. Por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), a Bahia quer que o STF reconheça a inconstitucionalidade do artigo 16, citado no início da reportagem. 

O governo baiano pediu ao Supremo algo semelhante ao que pretendem os parlamentares baianos: ampliação da quantidade de agências contidas na medida provisória. Neste caso, o estado pede a inclusão de autoridades de saúde certificadas pela Organização Panamericana de Saúde (Opas).

TRAMITAÇÃO DA MP

Publicada no Diário Oficial da União em 6 de janeiro deste ano, a medida chegou ao Congresso Nacional no mesmo dia, mas está com tramitação parada por causa do recesso parlamentar. Por ser MP, ela tem força de lei assim que editada pelo presidente da República. No entanto, precisa ser aprovada pelo Legislativo em até 90 dias para que não perca validade. 

O prazo para apresentação de emendas ao texto começa em 2 de fevereiro, na volta dos trabalhos no Legislativo, e termina em 3 de fevereiro. 

À reportagem, o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, afirmou que o governo estadual pretende pedir à bancada baiana para apresentar emendas à MP. No entanto, ponderou que os prazos nas Casas podem ser maiores do que a urgência de distribuir a Sputnik V para a população. A norma deve ser votada primeiro na Câmara e, em seguida, passará por análise no plenário do Senado.

Ainda não há previsão para apreciação do texto em plenário. “Com fim dos prazos para emendas, acredito que, na semana seguinte, a MP poderia entrar em pauta para votação. Pela urgência da situação, espero que ela seja priorizada. Mas há uma série de coisas represadas na pauta. Não sei como será isso”, afirmou Solla.