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Anvisa aguarda dados da Pfizer sobre variante delta para decidir vacina para crianças

  • por Mateus Vargas | Folhapress
  • 03 Dez 2021
  • 07:36h

Foto: Reprodução / Agência Saúde DF

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aguarda a Pfizer entregar dados complementares sobre a segurança e eficácia da vacina contra a Covid-19 para decidir sobre a imunização de crianças de 5 a 11 anos.
 

O órgão regulador pediu informações sobre a resposta do imunizante contra a variante delta, predominante no Brasil, além da comparação de registro de reações adversas nesta faixa etária e em grupos mais velhos, entre outras manifestações.
 

Desde 16 de novembro a Anvisa avalia o pedido da Pfizer. O prazo de resposta é de 30 dias, mas foi congelado em 23 de novembro, data em que a agência solicitou mais dados.
 

O prazo voltará a correr quando a farmacêutica entregar este pacote de informações.
 

A diretora Meiruze Souza Freitas, responsável pela área de registro das vacinas, disse à reportagem que a Anvisa pode encerrar a análise antes do prazo. Procurada, a Pfizer afirmou que deve entregar os dados "o quanto antes".
 

"Quando entregar os dados, diria que está indo para a finalização (da análise)", disse Meiruze. A diretora ponderou que o período de análise pode ser novamente interrompido, caso a agência apresente novas exigências.
 

"Não há atraso. Apenas cuidado e rigor técnico, assim como tivemos em todos os momentos das análises das vacinas, seja para a autorização inicial, dose de reforço ou quando ampliamos para adolescentes", afirmou.
 

Ainda não há aval no Brasil para o uso de vacinas contra o novo coronavírus em crianças. Apenas o modelo da Pfizer pode ser aplicado no grupo de 12 a 17 anos.
 

Alguns países já aplicam a mesma vacina em crianças, como os Estados Unidos.
 

Meiruze disse que o tempo de análise da agência brasileira está alinhado ao de outras agências.
 

A autoridade sanitária europeia levou 38 dias para liberar a imunização a este grupo com a dose da Pfizer. Já o órgão regulador do Japão abriu a análise em 10 de novembro e ainda não deu resposta.
 

A diretora disse que os dados sobre a variante delta foram citados em relatório divulgado pela agência sanitária dos Estados Unidos ao liberar a vacina para crianças, mas não estavam no dossiê entregue ao Brasil.
 

"São informações sobre eficácia, segurança, de um estudo que foi feito e entregue ao FDA (agência análoga à Anvisa). A delta é a variante dominante no Brasil", afirmou Meiruze.
 

A Anvisa também cobrou os resultados do monitoramento das primeiras semanas da vacinação com as doses da Pfizer nos Estados Unidos no grupo mais jovem.
 

Meiruze disse que pediu à farmacêutica dados sobre registro de miocardite e de pericardite após a vacinação. A diretora afirma que estas exigências são tradicionais e não indicam que há alto risco de reações às doses.
 

"O produto pediátrico tem sempre um olhar adicional de segurança", afirmou. "Normalmente são populações menores nos estudos (de crianças). Exige maior avaliação", declarou ainda.
 

A diretora da agência disse que as farmacêuticas já foram cobradas a avaliar a resposta das vacinas à variante ômicron, mas que este estudo não deve impactar na análise das doses às crianças.
 

Meiruze afirmou que não basta considerar a aprovação da vacina em outro país ou publicações científicas para liberar o uso no Brasil.
 

Segundo a diretora, há análises específicas para cada país, como sobre a estabilidade do produto em climas diferentes. A Anvisa também exigência que a farmacêutica aponte qual a "rede de alerta" montada para eventuais riscos da vacina, com indicação de como monitorar as reações adversas, quais hospitais de referências que podem ser acionados, entre outros pontos.
 

A Anvisa também pediu a colaboração de entidades médicas no debate sobre a vacinação das crianças. A primeira reunião com representantes das sociedades brasileiras de imunologia, pediatria, infectologia, entre outras organizações, será feita na sexta-feira (3).
 

Meiruze afirmou que o grupo será apenas consultado, mas não tem poder de decisão. O debate com os especialistas não deve atrasar a decisão sobre a vacinação das crianças, disse a diretora.
 

A presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez, disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que o pedido feito no Brasil para o público de 5 a 11 anos é igual ao apresentado em outras agências reguladoras.
 

As vacinas também são as mesmas para adultos e crianças, mas em dose inferior.
 

"É um terço dose da vacina dos adultos. Solicitamos a aprovação à Anvisa e estamos esperando a resposta. Depois dessa aprovação, estamos preparando resultados para crianças de 6 meses a 5 anos. Esperamos para 2022, mas ainda não sabemos quando. A companhia ainda não comunicou os dados", disse.
 

Ministério da Saúde prevê, no plano de vacinação do próximo ano, imunizar 70 milhões de crianças, o que depende de aprovação da Anvisa.
 

O governo anunciou na segunda (29) a compra de 100 milhões de doses da Pfizer para 2022, com possibilidade de contratar mais 50 milhões de vacinas do mesmo modelo.
 

Diretores da Anvisa receberam ameaças de integrantes do movimento antivacina, e o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) é um vetor de desinformação.
 

Meiruze disse que as ameaças e a pressão do grupo antivacina não interferiram no trabalho da agência. "A Anvisa busca estar isenta nestes processos", afirmou.
 

Em agosto, a Anvisa rejeitou um pedido do Instituto Butantan de liberar a vacinação das crianças com a Coronavac. O laboratório paulista afirma que fará nova tentativa. Meiruze disse que o Butantan ainda não apresentou os dados exigidos para abertura de uma nova análise.

Promotores de Justiça deverão pedir a prefeitos da Bahia que intensifiquem vacinação

  • Bahia Notícias
  • 02 Dez 2021
  • 18:23h

Foto: Divulgação

Os promotores de Justiça deverão instaurar procedimentos administrativos para acompanhar a vacinação nos municípios baianos, por determinação da procuradora-geral de Justiça Norma Cavalcanti. A partir de um documento elaborado pelo Grupo de Trabalho de Enfrentamento ao Coronavírus, a chefe do Ministério Público da Bahia (MP-BA) pede aos promotores que recomendem aos prefeitos que intensifiquem a vacinação de pessoas que ainda não foram imunizadas ou que necessitem da aplicação da segunda dose, ou a dose de reforço, ainda que tenham ultrapassado o intervalo entre as doses preconizado pelos fabricantes.

A recomendação leva em consideração a recente alta no número de infectados pelo coronavírus no estado e o surgimento de nova cepa, denominada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de Ômicron. O documento destaca que a Bahia voltou a registrar, dia 23 de novembro, mais de mil novos casos de Covid-19 em 24h, o que não ocorria desde o final do mês de agosto deste ano, e que a Ômicron foi declarada pela OMS como ‘variante de preocupação’ em razão de suas 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína ‘spike’, a ‘chave’ que o vírus usa para entrar nas células e também o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19.

A chefe do MP baiano destacou ainda que “não há informações científicas precisas a respeito da transmissibilidade e letalidade da referida variante”. Foi orientado que os promotores reforcem aos gestores municipais a importância de informar a população a respeito dos benefícios da vacinação, da segurança dos imunizantes e da importância de completar o esquema vacinal como medida de enfrentamento à pandemia da Covid-19. “Há diversos municípios baianos com baixas taxas de cobertura vacinal, sendo que 51 destes apresentam registros inferiores a 50%”, destacou a PGJ.

Mais de 200 brasileiros estão 'presos' na África do Sul após surgimento de Ômicron

  • Bahia Notícias
  • 30 Nov 2021
  • 12:41h

Foto: Reprodução / Edson Rodrigues / Secopa-M

Pelo menos 230 brasileiros que estão na África do Sul não poderão voltar ao Brasil por conta do surgimento da variante Ômicron. De acordo com diplomatas brasileiros da África do Sul, até a tarde desta segunda-feira (29) a retenção dos brasileiros no país se deu após o cancelamento dos voos por medo da nova variante. 

Conforme divulgou o portal Metrópoles, parceiro do Bahia Noticias, os viajantes pediram auxílio diplomático para sair da região, de acordo com o Consulado do Brasil na Cidade do Cabo. As companhias aéreas cancelaram as decolagens do país depois que diversas nações fecharam as fronteiras para passageiros procedentes do sul da África, alegando receio de propagação da nova cepa.

“Recebemos contatos de brasileiros retidos aqui e estamos buscando uma forma de apoiá-los por causa do cancelamento de voos”, informou Luiz Felipe Pereira, diplomata brasileiro na Cidade do Cabo.

Apesar de não haver proibição de regresso, Desde o último sábado (27), a portaria nº 660, publicada pelo governo federal, restringiu voos procedentes de África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, além de exigir que passageiros apresentem teste negativo para coronavírus nas últimas 24 horas e cumpram isolamento por 14 dias na cidade do seu destino final.

Vale lembrar que atualmente não há voos comerciais diretos entre Brasil e África do Sul, o que dificulta a saída dos brasileiros do país. Mesmo países que habitualmente fazem escala para passageiros brasileiros, como Emirados Árabes e Catar, passaram a vetar voos procedentes da África do Sul. Outra escala comum para brasileiros é a Etiópia, que vive um conflito e está em estado de emergência decretado pelo governo.

Variante ômicron representa risco muito elevado, diz OMS

  • por Folhapress
  • 29 Nov 2021
  • 16:44h

Foto: Divulgação

A nova variante ômicron do coronavírus representa um "risco muito elevado" para o planeta, advertiu nesta segunda-feira (29) a OMS (Organização Mundial da Saúde). A entidade destacou, ainda, que são muitas as incógnitas sobre essa cepa, especialmente acerca do perigo real que representa.
 

"Até o momento, não se registrou nenhuma morte associada à variante ômicron", afirmou a OMS em um documento técnico, que também apresenta conselhos às autoridades para tentar frear seu avanço.
 

"Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada", afirma a organização.
 

As incógnitas sobre a variante são numerosas, adverte a OMS: o nível de contágio, e se este é inerente às mutações constatadas ou ao fato de a variante escapar da resposta imune; o nível de proteção das vacinas anti-Covid existentes; e a gravidade da doença, ou seja, se a variante causa sintomas mais graves.
 

"Em função das características, podem existir futuros picos de Covid-19, que poderiam ter consequências severas", acrescenta a OMS. Na sexta-feira (26), a organização classificou a ômicron como variante de preocupação.
 

A entidade pediu a países que acelerem a vacinação de grupos prioritários e que se assegurem da existência de planos para manter serviços de saúde essenciais para caso ocorra um crescimento do número de casos de Covid.
 

Segundo a entidade, uma eventual alta da quantidade de infectados pode gerar forte demanda por atendimento e levar a uma maior mortalidade. O impacto se daria sobretudo entre populações mais vulneráveis e em países com baixo índice de vacinação.
 

A OMS diz que a existência da nova cepa foi reportada à entidade no último dia 24 após o surgimento de casos na África do Sul. Desde então, houve a confirmação de infecções provocadas pela ômicron nos cinco continentes.
 

Entre os países com casos identificados, até esta segunda (29), estão Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda, Áustria, Dinamarca, República Tcheca e Portugal.
 

No domingo (28), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que um brasileiro que passou pela África do Sul testou positivo para a Covid-19. Ele desembarcou em Guarulhos, na Grande São Paulo. Ainda está sendo investigado se a contaminação está relacionada à nova cepa.
 

O cientista Richard Hatchet, que preside uma rede voltada ao desenvolvimento de vacinas, disse que o surgimento da variante ômicron confirma as previsões de que a transmissão do vírus em áreas com baixas taxas de vacinação aceleraria a evolução dele.
 

Hatchet destacou que, por enquanto, a África do Sul imunizou menos de um quarto da sua população contra a Covid-19.
 

Para Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, a nova variante mostra a necessidade de o mundo aperfeiçoar a forma como lida com pandemias. "Nosso sistema atual desincentiva países a alertarem outros sobre ameaças que inevitavelmente vão atingi-los", afirmou.

OMS reúne representantes de quase 200 países para criar tratado de combate a pandemias

  • Bahia Notícias
  • 29 Nov 2021
  • 12:36h

Foto: Divulgação

Representantes de quase 200 países vão se reunir com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir desta segunda-feira (29) para discutir o Tratado Global de Combate às Pandemias.

Serão analisadas  propostas do grupo de trabalho criado para pensar como é que o mundo se deve preparar para outras pandemias. As informações são de reportagem da Agência Brasil.

As discussão vão durar três dias e terão como objetivo definir medidas para que as populações não voltem a ser apanhadas desprevenidas.

Neste momento o mundo está em alerta diante do surgimento de uma nova variante. A cepa  Ômicron do SARS-CoV-2, detectada inicialmente na África do Sul, está se espalhando. A mutação é considerada pela OMS como de risco "muito elevado". A organização ainda vê na variante potencial de surtos de covid-19 que podem ter "consequências graves" em algumas regiões.

De acordo com a reportagem, a agência da ONU pediu aos 194 Estados-membros, que acelerem a vacinação dos grupos de risco e  “garantam que os programas de mitigação” estejam em vigor”, de forma a manter os serviços de saúde essenciais.

Anvisa recomenda ao governo barrar viajantes de mais quatro países africanos

  • por Marianna Holanda | Folhapress
  • 28 Nov 2021
  • 14:18h

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) fez uma recomendação na noite deste sábado (27) para que o governo federal proíba a entrada de viajantas que estiveram, nos últimos 14 dias, em quatro países africanos.
Com isso, a agência ampliou para dez o número de nações do continente na lista de restrições sanitárias.

A medida acrescenta Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia, ao lado de África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

O objetivo é tentar evitar a chegada da nova variante da Covid-19, batizada de ômicron pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Detectada no começo da semana, a variante identificada na África do Sul é vista com preocupação pela OMS (Organização Mundial da Saúde) por ter potencial risco de ser mais transmissível que as anteriores.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse na noite de sexta-feira (27) que o governo vai acatar a primeira recomendação da agência e proibir a entrada de quem passou, nos últimos 14 dias, por África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

"O Brasil fechará as fronteiras aéreas para seis países da África em virtude da nova variante do coronavírus. Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia", escreveu Nogueira no Twitter.

De acordo com Nogueira, a portaria seria publicada nesta sábado, o que ainda não ocorreu. As regras passariam a valer a partir de segunda-feira (29).

Segundo a Folha apurou, a nova recomendação da Anvisa será avaliada pelo governo na segunda-feira.

Mais três países europeus confirmaram casos de Covid-19 provocados pela ômicron neste sábado (27).

Junto à Bélgica, que registrou a primeira ocorrência da nova cepa no continente, estão agora Reino Unido, Alemanha e Itália.

Dois casos britânicos foram confirmados pela Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA) nas cidades de Chelmsford (a nordeste de Londres) e Nottingham (no centro-norte da Inglaterra) e estão ligados a viagens ao sul da África.

Na Alemanha, que já investigava suspeitas no oeste do país, a confirmação de outros dois casos veio do estado da Baviera, no sudeste. Dois pacientes que chegaram ao país pelo aeroporto de Munique no último dia 24 agora estão isolados, segundo autoridades de saúde locais.

Já a Itália registrou um caso da ômicron em Milão, em um paciente que viajou de Moçambique. Segundo o Instituto Nacional de Saúde, tanto o paciente quanto seus familiares estão com boa saúde.

Estado publica instruções para servidores comprovarem vacinação contra a Covid

  • Bahia Notícias
  • 28 Nov 2021
  • 07:40h

Foto: Rafael Menezes / Saúde GOVBA

O governo do estado publicou neste sábado (27) as instruções para comprovação de servidores vacinados contra a Covid-19. A medida estabelece o prazo de 15 dias após a data da publicação para que os servidores e empregados públicos do estado preencham a autodeclaração, no Portal RH Bahia (www.rhbahia.ba.gov.br) e anexem o comprovante da vacina contra a Covid-19.

Segundo o comunicado, a Instrução é valida para servidores estaduais (civis e militares), integrantes dos órgãos e entidades da administração pública do Poder Executivo estadual, que compõem a administração direta, autárquica e fundacional. Os servidores terão que comprovar a vacinação em primeira, segunda dose ou dose única (dependendo da vacina) e reforço subsequente.

No caso dos empregados públicos, as empresas estatais e as fundações estatais de direito privado deverão instituir as normas internas semelhantes às aplicadas aos servidores públicos, para comprovação de vacinação contra a Covid-19.

Para quem não se submeteu ao procedimento por justa causa, esses servidores deverão anexar em campo próprio do Portal RH Bahia relatório médico que ateste as razões impeditivas para o não recebimento da imunização.

Chile se prepara para oferecer 4ª dose de vacina contra Covid em 2022

  • por Sylvia Colombo | Folhapress
  • 27 Nov 2021
  • 12:35h

Foto: Sérgio Lima / Poder 360

O Chile lidera o ranking de países latino-americanos com a maior parcela da população completamente imunizada (83,7%) contra a Covid e está à frente também na aplicação da terceira dose (que já chegou a 42,1% dos chilenos). Em uma gestão em que o presidente tem 20% de aprovação e encerra o mandato desgastado por acusações de corrupção e protestos, a campanha de vacinação é o legado mais elogiado de Sebastián Piñera.
 

O país ainda convive com restrições: estrangeiros não podem entrar sem um esquema de imunização validado pelas autoridades sanitárias, máscaras são obrigatórias nas ruas e o acesso a restaurantes e bares só é autorizado com o Passe de Mobilidade.
 

Depois de duas ondas graves da pandemia (até aqui são mais de 38 mil mortos), os chilenos ensaiam respirar um pouco mais aliviados. A apreensão agora é sobre como manter o ritmo de vacinação com a chegada de um novo presidente em 2022 - em 19 de dezembro, o ultradireitista José Antonio Kast e o esquerdista Gabriel Boric disputam o segundo turno.
 

"Não sabemos quais serão as estratégias de cada um, mas estamos deixando abertas as portas de todos os laboratórios com os quais negociamos nos últimos meses", diz Rodrigo Yáñez, 42, subsecretário de Relações Econômicas Internacionais e responsável da gestão Piñera pela compra de vacinas.
 

Em entrevista à reportagem, em Santiago, ele diz que o Chile já tem doses de reforço para toda a população e que acordos para uma quarta injeção, no primeiro semestre de 2022, já estão fechados. "Espero poder iniciar a transição o mais rápido possível. Uma troca de governo não pode significar interromper o ritmo."
 


 

PERGUNTA - O senhor crê que o fato de o Chile ter uma tradição liberal e manter tratados internacionais com dezenas de países ajudou a agilizar a compra de vacinas?
 

RODRIGO YÁÑEZ: Sim, há um círculo virtuoso quando o modelo econômico é esse. Trinta anos de abertura comercial geraram redes e dinâmicas que facilitaram esse processo de enfrentamento da pandemia. Sem mercado não há vacina, e o mercado não é pensado apenas para beneficiar as grandes empresas. Apostamos nisso e conseguimos ser o país com melhor desempenho na vacinação na região sem termos de fabricar nem uma dose.
Essas características do Chile facilitaram não apenas a importação de vacinas, mas também para que equipamentos médicos e o que fosse necessário chegasse rápido, sem demoras em alfândegas. Atuamos com pragmatismo. Por que deveríamos nos fechar a uma vacina por critérios que não fossem os sanitários, sua segurança e sua eficácia?

P - E não houve resistência ou críticas por parte da oposição com relação a determinadas vacinas, como ocorreu em outros países?

 

RY - Houve casos pontuais, mas não chegaram a preocupar. Decidimos logo de início que não politizaríamos as decisões relacionadas à pandemia. Portanto, não havia vacina fora de jogo para nós, fosse ela russa, chinesa ou americana.
 

P - O governo chileno tomou a decisão de comprar vacinas muito cedo. Como era a avaliação de riscos?

RY - Foi complexo negociar com tantas incertezas como as que haviam na época. O presidente Sebastián Piñera, que é muito controlador, colocou muita pressão nas equipes de diversos ministérios para que a aquisição de vacinas fosse rápida. Ele dizia que a vacina seria algo escasso e que era necessário ter várias opções.

 

Havia dúvidas no começo com relação às vacinas de RNA mensageiro, mas, enquanto essa discussão ocorria, não deixamos de negociar com a Pfizer ao mesmo tempo que garantimos a Sinovac, de uma técnica mais conhecida. Ela foi essencial para que continuássemos vacinando mesmo quando houve problemas de chegada de estoque da Pfizer. Não precisamos interromper o processo em nenhum momento.
 

P - No caso da Sinovac, o contrato de vocês não envolvia o Instituto Butantan [que a produz no Brasil, sob o nome Coronavac]. Mas houve diálogo?

RY - Nosso contrato com a Sinovac é independente, recebemos a vacina já pronta da China. Mas, sim, houve intercâmbio de informação, ainda que o Butantan tenha cometido erros no modo como comunicou a eficácia da vacina - o que no Brasil ocorreu num contexto do jogo político que abalou a confiança no imunizante. É lamentável que a Sinovac tenha ficado no meio de um fogo cruzado por causa do enfrentamento de João Doria [governador de São Paulo] e Jair Bolsonaro [presidente].

 

P - Na Argentina e no Brasil houve demora na contratação de imunizantes da Pfizer. Entre outras coisas porque Alberto Fernández dizia que o contrato proposto "feria a soberania" do país e porque Bolsonaro afirmava que não havia garantias sobre a segurança da vacina, a famosa frase sobre "virar jacaré". Por que esse tipo de questionamento não se deu no Chile?

RY - Fantasiou-se muito sobre as condições que a Pfizer pedia. É verdade que se trata de um contrato leonino no que diz respeito à isenção de responsabilidade, mas era isso ou nada. Para o Chile não é estranho lidar com esse tipo de contrato, porque isso já ocorre no dia a dia dos negócios.

No caso da Argentina, a recusa à Pfizer ficou ainda mais grave pelo fato de o país ter apostado tantas fichas só na Sputnik. É uma boa vacina, mas o laboratório russo teve dificuldades para realizar o abastecimento como acordado.

 

P - O Chile já tem 42,1% de vacinados com a terceira dose. Há planos para a quarta? Não há resistência na população em continuar se vacinando?

RY - Nós já estamos com as doses necessárias para terminar a vacinação com a terceira dose e, para o começo da quarta dose, no primeiro semestre do ano que vem, já há contratos negociados. O que vai depender do próximo governo são as negociações para o segundo semestre, quando haverá mais pessoas para receber a quarta dose, porque começamos com os idosos.

Estamos apreensivos com a transição para o novo governo, porque essas coisas se negociam com antecedência e já é preciso começar a conversar sobre a importação de vacinas para o segundo semestre de 2022.

Sobre a confiança na vacinação, temos uma tradição de respeito à autoridade sanitária. Tanto que a popularidade de Piñera está baixa, mas não a das autoridades da saúde ou da vacinação. Há cerca de 10% da população mais resistente, mas temos tentado fazer uma campanha de convencimento, mostrando que é graças à vacinação que a nova onda não está tão séria. Outro argumento é que a economia não parou, e tudo indica que não será necessário tomar medidas tão restritivas como as de antes - a vacinação com três doses tem mantido casos graves em número reduzido.

 

Também há o exemplo do exterior, nos países europeus ou nos EUA, regiões em que há novas ondas e casos graves entre a população não vacinada. Esperamos que possamos convencer os que têm dúvida de que a vacinação está sendo positiva do ponto de vista sanitário e econômico.
 

P - Kast e Gabriel Boric não são negacionistas do vírus nem falaram contra a vacinação. Isso significa que importa menos quem será o próximo presidente?

RY - Meu trabalho, que acaba em março, é deixar o máximo de portas abertas, até mesmo com vacinas com as quais acabamos não trabalhando muito, como a Sputnik. O novo presidente poderá realizar suas escolhas, mas é necessário um processo de transição organizado e que se estabeleça rápido as diretrizes. Há exemplos de países que passaram por transições de governo não muito organizadas que afetaram o ritmo da vacinação.

Também já começamos a conversar com laboratórios que estão produzindo os antivirais, e é preciso adiantar-se nas conversas o mais cedo possível.

P - O senhor crê que projetos de integração regional deixaram a desejar na pandemia?

RY - Sem dúvida. Foi uma das lições da pandemia, cada país se fechou em si mesmo, os blocos foram lentos e insuficientes. Nem Celac nem Aliança do Pacífico nem Mercosul puderam articular planos eficientes. Esse é um debate que precisa ocorrer.

Mesmo o mecanismo Covax [ligado à OMS] não ofereceu boas soluções para quem só confiou nele. Nós usamos e recebemos imunizantes da AstraZeneca, mas teríamos ficado na mão se dependêssemos apenas do Covax. O Paraguai fez essa aposta e pagou o preço. O Covax cumpre, mas com prazos muito amplos, que podem colocar em risco o ritmo da vacinação. Ele deve ser um apoio, apenas.

P - O que o senhor acha do debate sobre a quebra de patentes? É uma discussão que tem de acontecer, mas com realismo, sem dar falsas esperanças. A ideia é mais complexa do que parece, porque a cadeia de valor de uma vacina passa por vários países, às vezes 15, das seringas a tampinhas e à tecnologia para transportar.

RY - Não basta um papel que indique a quebra da patente. Não podemos enganar as pessoas dizendo que apenas quebrando as patentes temos a solução, precisamos ser responsáveis.

Raio-x | Rodrigo Yáñez, 42 Advogado, desde 2018 é diretor-geral de Relações Econômicas Internacionais do Ministério das Relações Exteriores do Chile. Além de comandar a compra de vacinas, é responsável por definir a participação do país em fóruns como a Aliança do Pacífico Foi ainda assessor internacional sobre temas regulatórios do governo Sebastián Piñera entre 2010 e 2014.

Boletim aponta alta de 60% de casos confirmados de Covid na Bahia em 24 horas

  • por Francis Juliano
  • 27 Nov 2021
  • 09:07h

Foto: Reprodução / Blog do Marcos Frahm

O último boletim da Covid-19 na Bahia registrou aumento de 60% dos casos confirmados da doença em 24 horas. Segundo boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) desta sexta-feira (26), o número de novos infectados passou de 468 na quinta para 744 nesta sexta.

No caso dos registros ativos – aqueles em condição de infectar outras pessoas – saiu de 2.923 para 3.110 em um dia, alta de 6,4%. A pasta também informou que foram confirmadas mais sete mortes pela doença no estado, sendo que três delas ocorreram nesta semana, entre a segunda-feira (22) e quinta passada. Na quinta foram 12 baixas.

No caso dos municípios com maior incidência da Covid-19, o risco de adoecer pela doença é maior nas cidades de Maracás, Itororó, São Felipe, Itabuna e Ibirataia.

Ainda segundo a Sesab, 80,11% dos casos de Covid-19 no estado foram registrados no interior baiano e 18,94% em Salvador.

Cidades com ocupação Covid acima de 50% por 5 dias terão limite de 100 pessoas em eventos

  • Bahia Notícias
  • 26 Nov 2021
  • 16:05h

Foto: Paula Fróes / GOVBA

O decreto publicado pelo governo da Bahia, nesta sexta-feira (26), estabelece que nos municípios em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid estiver superior a 50% por cinco dias consecutivos, os eventos e atividades devem se restringir ao público máximo de 100 pessoas. As medidas valem para cerimônias de casamento, eventos urbanos e rurais em logradouros públicos ou privados, circos, parques de exposições, solenidades de formatura, feiras, passeatas e afins, funcionamento de zoológicos, parques de diversões, museus e similares. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado.

Ainda de acordo com o decreto, até o dia 10 de dezembro, toda a Bahia segue com permissão para realizar eventos com até 3 mil pessoas, na condição de respeitar os protocolos sanitários estabelecidos, especialmente o distanciamento social adequado, o uso de máscaras e comprovação do quadro vacinal contra a Covid-19 em dia. Já eventos desportivos mantêm a ocupação em 70% dos espaços.

Quanto à vacinação, esta deve ser comprovada mediante apresentação de documentos oficiais ou através do aplicativo Conect SUS, estando as doses em conformidade com o calendário vacinal por faixa etária, profissão, entre outros critérios.

Também no DOE desta sexta, no Decreto n° 20.906, referente à obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 para servidores públicos estaduais, o Governo estabelece que “a vacinação será considerada completa de acordo com a Campanha de Imunização contra a COVID-19, que recomenda dose única, duas doses e doses de reforço subsequentes, e deverá ser comprovada pelo servidor, através de autodeclaração e anexação do cartão de vacinação junto ao Sistema de Recursos Humanos do Estado”.

Este decreto atualiza o anterior (n° 20.885, de 17/11/2021), assinado pelo governador Rui Costa, para garantir a vacinação contra a Covid-19 para servidores públicos e empregados públicos estaduais. A medida estabelece que a recusa em se submeter à vacinação, sem justa causa, é passível de apuração de responsabilidade pelo não cumprimento de ordem superior, conforme estabelecido nos incisos III e IV do art. 175 da Lei nº 6.677, de 1994, e no inciso IV do art. 51 da Lei nº 7.990, de 2001.

Maioria dos internados é de pessoas que não tomaram 2ª dose contra a Covid, diz Paim

  • por Jade Coelho / Gabriel Lopes / Lula Bonfim
  • 26 Nov 2021
  • 09:37h

Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

Desde o início da imunização contra a Covid-19 no Brasil, as autoridades sanitárias de todo o país têm reforçado a importância de comparecer para receber duas doses da vacina. Mais recentemente, com base em estudos científicos, estados e municípios deram início à aplicação de uma terceira dose, para aumentar a proteção contra a doença. Mesmo assim, muitas pessoas se recusam a cumprir todas as etapas da vacinação e isso tem mantido estáveis os números de contaminação, internação e mortes decorrentes do novo coronavírus.

De acordo com a secretária estadual da Saúde, Tereza Paim, são essas pessoas que não deram continuidade ao esquema vacinal que estão sendo atendidas na maioria dos leitos ocupados por pacientes com Covid-19.

“Na grande maioria, as pessoas que não se vacinaram ou que estão com vacinação incompleta são as que estão deitadas nos leitos de UTI”, declarou a titular da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Tereza Paim disse ainda não saber o percentual exato de pacientes internados vacinados ou não, mas garantiu que a Sesab está mensurando e analisando as histórias clínicas de cada um. Além disso, ela reforçou a importância da população retornar para a aplicação da terceira dose.

“Conclamo a população que, de uma vez por todas, colaborem e vão se vacinar, principalmente com a segunda dose e a dose de reforço. Temos aproximadamente 3 milhões [de pessoas] que estão precisando cumprir seu dever cívico”, reclamou a secretária.

A titular da Sesab ainda citou sua preocupação com os baixos números de vacinação no extremo-sul da Bahia, região que, desde o início da pandemia, apresentou taxas preocupantes de internações por Covid-19. Segundo ela, há um “diálogo forte” com os municípios para a mitigação dos problemas.

“Essa região vem nos alertando e temos envidado esforços para que as campanhas e a busca ativa da vacinação sejam mais efetivas para que as pessoas não adoeçam”, disse Tereza Paim.

A secretária ainda lembrou que os municípios precisam cumprir os decretos estaduais, relativos às medidas contra a pandemia da Covid-19, como limites de público para eventos, uso de máscaras e vacinação.

“Os decretos estaduais que são mandatórios, os municípios têm que cumprir, sob pena de responsabilização. Temos que lembrar que o SUS é tripartite: a gente recebe a vacina através do Ministério da Saúde; entregamos ao município; e cabe a ele fazer a distribuição efetiva. Esse planejamento é sempre comunicado e compartilhado com todos os entes", finalizou.

Bolsonaro repete inverdades sobre vacinas ao falar da 4ª onda na Europa

  • por Jade Coelho I Bahia Notícias
  • 25 Nov 2021
  • 18:09h

Foto: Carolina Antunes/PR

O presidente Jair Bolsonaro levantou dúvidas sobre a duração da eficácia das vacinas contra a Covid-19 e sugeriu, sem citar fontes científicas para embasar a afirmação, que a proteção só duraria seis meses, enquanto quem foi infectado e teve a doença ficaria imune por um período maior. O presidente citou ele mesmo como exemplo. A declaração foi dada em resposta a um questionamento sobre a quarta onda de contaminações enfrentada por países da Europa. O mandatário concedeu entrevista à rádio Sociedade da Bahia na manhã desta quinta-feira (25).

Bolsonaro sinalizou que a informação trazida por ele seria “comprovada”, mas não há indícios científicos que confirmem a afirmação. Ele voltou a falar sobre o uso de remédios comprovadamente ineficazes contra a doença, novamente se usando como exemplo. Não citou nomes, mas fez referência a cloroquina e ivermectina ao falar que quando testou positivo para Covid-19 “tomou aquele remédio da malária e aquele para piolho”. “Me dei bem, me safei, e olha que sou grupo de risco”, acrescentou ao citar que tem 66 anos de idade.

Outro argumento repetido pelo presidente foi de, caso o Brasil volte a registrar crescimento de casos, que apenas os grupos de risco fiquem isolados e sob atenção.

Durante a transmissão, Bolsonaro repetiu críticas às medidas de restrição impostas nos estados e municípios e previu que se novas medidas deste tipo fossem adotadas no Brasil, “quebraria a economia de vez”.

Segundo ele, se “lockdowns” forem adotados, isso seria como “dar golpe mortal na economia” e mortes viriam por outros motivos que não a Covid-19. Entre os exemplos citados pelo chefe do Executivo está a desnutrição.

São Paulo anuncia que atingiu 100% de adultos imunizados e fim do uso de máscaras

  • Bahia Notícias
  • 25 Nov 2021
  • 14:08h

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

A cidade de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (24) que teria atingido 100,03% dos adultos com esquema vacinal contra a Covid-19 completo. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde da capital paulista.

Quando se fala de vacinação é possível passar dos 100% devido às pessoas que não moram na cidade, mas foram imunizadas nela. É também por este motivo, que não é possível afirmar com total certeza que todos os adultos na cidade de São Paulo estão completamente imunizados contra a doença.

De acordo com a CNN Brasil, os números desta quarta divulgados pela prefeitura mostravam 99% dos adultos com ao menos uma dose aplicada, mas o boletim diário contém apenas os dados obtidos até as 13h do mesmo dia.

Segundo os dados do “Vacina Já”, do Governo do Estado de São Paulo, a capital já aplicou 21.103.722 doses entre primeira, segunda, única ou de reforço da vacina contra a Covid-19. No estado, ao todo, foram aplicadas 53.110.099 doses das vacinas contra Covid.

Ainda nesta quarta, o governador João Dória (PSDB) anunciou que o estado vai desobrigar o uso de máscaras de proteção em espaço aberto a partir de 11 de dezembro.

Para Fiocruz-BA Carnaval só pode ocorrer com 90% da população vacinada

  • Bahia Notícias
  • 23 Nov 2021
  • 17:40h

Foto: Divulgação

Durante mais uma sessão da audiência pública que discute a realização do Carnaval de Salvador, nesta terça-feira (23), foi lido um ofício encaminhado pela Fiocruz à Comissão Especial de Acompanhamento da Retomada dos Eventos recomendando que a festa só seja seja realizada em um cenário em que 90% da população esteja vacinada com a 2ª dose. Uma nova audiência deve ocorrer na segunda (29). 

No ofício, a Fiocruz sugere que dois cenários sejam considerados na organização do Carnaval: o primeiro com a pandemia controlada, com realização de atividades normais ou com agravamento da pandemia, com atividades limitadas. 

"Temos trabalhado com o parâmetro de pelo menos 80% das pessoas com esquema vacinal completo para se ter maior segurança. Considerando que o carnaval é um evento de massa, com muitas aglomerações e circulação de pessoas (de outros estados e países), consideramos muito importante que a vacinação tenha avançado mais ainda, com pelo menos 90%", diz parte do ofício. 

Para integrandes co Conselho do  do Carnaval (Comcar),  é importante se anunciar uma decisão embasada na ciência e que parâmetros concretos sejam definidos para acompanhamento e comparação. Na próxima segunda-feira (29) a Comissão se reunirá para debater o relatório da audiência pública de hoje e fazer encaminhamentos sobre o Carnaval.

O vereador Claudio Tinoco destacou que a Comissão está atenta ao que ocorre em outros países, já que a pandemia é mundial, que considera a vacina fundamental para dar maior segurança e conforto à população, mas que o compromisso com a cultura, música e com categorias que, muitas vezes, têm no Carnaval uma oportunidade de trabalho com maior retorno financeiro, principalmente neste período pós-impacto econômico grande. 

"Esperamos que o governador e o prefeito possam se reunir em breve para tratar esse assunto e que, com base nos dados apresentados pelas secretarias, possam decidir e trazer uma resposta à população sobre o Carnaval", disse Tinoco.

A Comissão Especial para discutir e deliberar acerca da retomada dos eventos na cidade do Salvador da Câmara é composta pelos seguintes vereadores: Claudio Tinoco (presidente), Anderson Ninho (vice-presidente), André Fraga, Cris Correia, Daniel Alves, Leandro Guerrilha, Marta Rodrigues, Ricardo Almeida e Sílvio Humberto.

Desta vez, a audiência se voltou à saúde e aos indicadores da pandemia. Estiveram presentes Izabel Marcílio, coordenadora do centro de operações de emergência em saúde da Secretaria do Estado da Bahia (Sesab), representando a secretária estadual de saúde Tereza Paim; Doiane Lemos, subcoordenadora de controle de doenças imunopreviníveis, representando o secretário municipal de saúde Leonardo Prates; Marcos Sampaio, presidente do Conselho Estadual de Saúde; Everaldo Braga, presidente do Conselho Municipal de Saúde; Ceuci Nunes, infectologista diretora do Instituto Couto Maia; e Flávio Souza, presidente do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar).

Ambas as secretarias de saúde do estado e do município destacaram a importância da vacinação da população, que consideram ainda baixa. "Todos os municípios têm colaborado demais e trabalhado dia e noite, mas ainda são índices baixos de cobertura vacinal. (Agora, por conta da vacina), os casos já são menos graves. Pacientes estão na UTI, mas estão saindo por conta dessa novidade da vacinação. Mas hoje eu já começo a olhar para a terceira dose, que temos a cobertura vacinal baixa", disse Izabel Marcílio, representante da Sesab, que apresentou índices da pandemia na Bahia.

Vacina da Pfizer contra Covid tem eficácia de 100% para jovens de 12 a 15 anos

  • por Ana Estela de Sousa Pinto | Folhapress
  • 22 Nov 2021
  • 15:11h

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Os laboratórios Pfizer e BioNTech divulgaram nesta segunda (22) que sua vacina contra Covid-19 teve 100% de eficácia em jovens de 12 a 15 anos, após quatro meses de ensaio clínico de fase três (em que são comparados os resultados em voluntários que são tratados com o fármaco e em outros que recebem placebo). O imunizante é autorizado para essa faixa etária no Brasil, nos EUA e na Europa.
De acordo com os fabricantes, dados de 2.228 participantes do ensaio não identificaram nenhum caso de Covid entre os completamente vacinados, enquanto houve 30 casos sintomáticos da doença no grupo que recebeu o placebo.

Os dados serão enviados para revisão científica por pares, para publicação potencial.

Também não houve efeitos colaterais relevantes, de acordo com as duas empresas. Após seis meses de observação para segurança, as reações foram "geralmente consistentes com outros dados de segurança clínica da vacina", diz o comunicado.

Os fabricantes pretendem usar os resultados para reforçar pedido de uso emergencial do produto nessa faixa etária, feito em maio à FDA (agência regulatória dos EUA). No começo deste mês, a FDA autorizou também a aplicação emergencial entre os 5 e os 11 anos de idade.

A EMA (regulador europeu) e a Anvisa (agência brasileira) avaliam pedido para a faixa dos 5 aos 11 anos.

O presidente do conselho da Pfizer, Albert Bourla, afirmou que os resultados recém-divulgados são importantes porque "as taxas de Covid estão subindo nessa faixa etária em algumas regiões, enquanto a administração da vacina diminuiu".

A eficácia da vacina foi alta em todos os gêneros, raças, etnias, índices de massa corporal e comorbidades, segundo as empresas. O resultado de 100% tem intervalo de confiança de 95%.

A recomendação para crianças a partir de cinco anos de idade é de duas doses da vacina, com intervalo de três semanas. A partir dos 12 anos, uma terceira dose pode ser administrada quatro semanas após a segunda, em indivíduos com imunidade comprometida.