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Poupança registra em 2018 o melhor resultado em 5 anos

  • 07 Jan 2019
  • 20:03h

(Foto: Reprodução)

Os depósitos da caderneta de poupança superaram os saques em R$ 38,2 bilhões em 2018, informou nesta segunda-feira (7) o Banco Central.É o melhor resultado para a aplicação desde 2013, quando o saldo da poupança ficou positivo em R$ 71,047 bilhões. Ao longo do ano passado, os depósitos somaram R$ 2,252 trilhões e os saques, R$ 2,214 trilhões. Em dezembro, os depósitos superaram os saques em R$ 14,606 bilhões. No mês os depósitos somaram R$ 223,321 bilhões e os saques, R$ 208,714 bilhões. Durante o ano passado, os saques só superaram os depósitos em três meses: janeiro, fevereiro e outubro.

Atratividade da poupança

Com a queda dos juros básicos da economia em 2017 e no começo deste ano, a caderneta de poupança passou a render menos. Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC. Atualmente, a Selic está em 6,5% ao ano. Como a regra prevê que a correção da poupança seja de 70% dessa taxa, ela está hoje em 4,55% ao ano, mais Taxa Referencial. Um levantamento feito pelo administrador de investimentos Fábio Colombo mostrou que a poupança ficou em 10º lugar entre as aplicações financeiras que mais renderam em 2018. O ouro e o dólar foram os investimentos que ofereceram o maior retorno durante o ano passado.

Celulares piratas da Bahia receberão mensagem de bloqueio a partir desta segunda-feira (07)

  • 07 Jan 2019
  • 17:04h

Quem habilitar um celular pirata a partir desta segunda-feira (7) receberá mensagem de texto da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) alertando que o aparelho será bloqueado. A medida, que já estava em vigor em 11 estados e no Distrito Federal, agora também passa a valer nas outras 15 unidades da federação em que ainda não tinham esse recurso. Segundo a Anatel, a mensagem aos consumidores desses 15 estados será enviada para celulares habilitados a partir desta segunda-feira, e o bloqueio será feito a partir do dia 24 de março, 75 dias após o envio das mensagens.

A medida valerá para os seguintes estados:

  • Alagoas
  • Amapá
  • Amazonas
  • Bahia
  • Ceará
  • Maranhão
  • Minas Gerais
  • Pará
  • Paraíba
  • Pernambuco
  • Piauí
  • Rio Grande do Norte
  • Roraima
  • Sergipe
  • São Paulo

Nesses estados, a partir desta segunda-feira, quem ativar um celular irregular receberá, em até 24 horas, a mensagem de advertência: "Operadora avisa: Pela Lei 9.472 este celular está irregular e não funcionará nas redes celulares em 75 dias". Alerta similar é encaminhado 50 dias e 25 dias antes do bloqueio. Os celulares considerados piratas são aqueles não certificados pela Anatel ou então que tenham o chamado IMEI (International Mobile Equipment Indentity) – que é o número de identificação do aparelho – adulterado, clonado ou que tenha passado por outras formas de fraude. IMEI é a identidade do aparelho. Basta discar *#06# que aparece um número com 15 algarismos. Esse mesmo número tem que estar registrado no adesivo colado no aparelho. Do contrário, o telefone é ilegal, pode ser clonado, adulterado ou roubado. De acordo com a Anatel, o usuário que receber as mensagens deve procurar a empresa ou a pessoa que vendeu o aparelho e buscar seus direitos como consumidor. Entre os celulares irregulares a serem bloqueados, afirmou a Anatel, há aparelhos que não oferecerem a qualidade e segurança exigidas pela regulamentação brasileira.

Como a desigualdade no pagamento entre homens e mulheres é prejudicial à economia brasileira

  • G1
  • 07 Jan 2019
  • 10:11h

Foto: ROOSEWELT PINHEIRO/ABR

O mundo avançou pouco na igualdade de gêneros no último ano: menos mulheres do que homens têm entrado no mercado de trabalho; sua participação na política e em cargos privados sêniores ainda é inferior à masculina, e sua presença em setores emergentes de tecnologia, como o de Inteligência Artificial, ainda é irrisória. As conclusões são de um relatório recente do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), que traçou um panorama pouco animador da igualdade de gêneros em 149 países sob os aspectos político, econômico, educacional e de saúde. O Brasil não está bem posicionado no ranking do relatório: caiu cinco posições, para a 95ª, porque "o abismo entre gêneros está em seu maior nível desde 2011", diz o WEF. Os motivos disso são, sobretudo, as persistentes disparidades em participação e oportunidade econômicas. Aqui, segundo o Estudo de Estatísticas de Gênero, do IBGE, as mulheres trabalham em média três horas por semana a mais do que os homens (somando-se trabalho remunerado, atividades domésticas e cuidados com outras pessoas), mas ganham apenas dois terços (76%) do rendimento deles. Nas ocupações que exigem nível superior completo ou mais, a diferença salarial é ainda maior: as mulheres recebiam 63,4% do rendimento dos homens em 2016, dado mais recente disponível. Alguns estudos recentes analisaram o tamanho dessa disparidade, suas causas e o impacto que ela tem na economia inteira. A BBC News Brasil levantou os principais e mais recentes.

Quanto mais filhos, menor o salário delas

O salário das mulheres brasileiras com filhos é, em média, 35% menor que o das que não têm filhos, evidenciando o impacto da maternidade na renda feminina. O levantamento foi feito pelo pesquisador Bruno Ottoni, da empresa de análise IDados e do Instituto Brasileiro de Economia da FGV Rio. Ottoni comparou os rendimentos de mulheres casadas, empregadas e com idades de 25 a 35 anos levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, no terceiro trimestre de 2018. As mulheres desse grupo que não tinham filhos recebiam, em média, R$ 2.182,06 por mês, contra R$ 1.618,47 das mulheres com filhos. E quanto mais filhos, menor era o rendimento médio delas. Uma mãe de três ou mais crianças ganhava R$ 1.426,53 em média. Para Anderson de Souza Sant'Anna, professor da Fundação Dom Cabral e coautor de um outro estudo sobre disparidade salarial de gênero, as carreiras das mulheres fazem "uma curva em U". "Elas são mais escolarizadas, então são promovidas mais rápido, mas a partir de um certo momento, por volta dos 35, 38 anos, isso se inverte, e os homens as ultrapassam. Como as empresas não têm políticas para maternidade, as mulheres, ao voltarem ao trabalho, não conseguem se reinserir e recuperar a posição. Esse conjunto de fatores, somados, vão causando essas diferenças (salariais)", disse à BBC News Brasil em outubro.

Elas gastam bem mais tempo com os afazeres domésticos

Em 2016, as mulheres dedicavam, em média, 18 horas semanais a trabalhos domésticos ou a cuidados com pessoas (filhos ou parentes idosos, por exemplo), contra 10,5 horas dos homens, de acordo com o IBGE. Esse é um dos fatores que levam mais mulheres do que homens a buscar empregos de jornada parcial, com remuneração inferior. "Em função da carga de afazeres domésticos e cuidados, muitas mulheres se sentem compelidas a buscar ocupações que precisam de uma jornada de trabalho mais flexível", disse em comunicado Barbara Cobo, coordenadora de População e Indicadores Sociais do IBGE. No entanto, "mesmo com o trabalho em tempo parcial, a mulher ainda trabalha mais", agrega Cobo. "Combinando-se as horas de trabalhos remunerados com as de cuidados e afazeres, a mulher trabalha, em média, 54,4 horas semanais, contra 51,4 dos homens."

Elas são prejudicadas logo na entrevista de emprego

Para Souza Sant'Anna, é possível que as entrevistas de emprego ajudem a perpetuar as diferenças salariais. "Quando uma mulher é contratada, o RH pergunta quanto ela ganhava. Como elas historicamente ganham menos, uma hipótese é que já entram no novo emprego com um salário mais baixo do que um homem. Têm salários de entrada mais baixos. E isso ainda é intensificado por participação maior dos homens nos bônus. No caso de promoção, há uma tendência maior a favor dos homens."

Quanto maior o cargo, maior a diferença salarial

As mulheres não apenas ocupam menos posições sêniores (nem 40% dos cargos gerenciais são das mulheres, segundo o IBGE) como também ganham menos em relação aos homens à medida que ascendem profissionalmente. A pesquisa de Souza Sant'Anna, da Fundação Dom Cabral, analisou os salários de homens e mulheres em 12 grandes empresas dos setores de indústria e serviços, abrangendo 50 mil trabalhadores. Identificou uma diferença salarial média de 16% entre homens e mulheres que exercem o mesmo cargo. Em cargos de chefia, a discrepância chega a 27%. A distância entre os maiores salários de homens e de mulheres do topo é de 38%. Há discrepâncias também por setores. "Áreas como PDI (pesquisa, desenvolvimento e inovação) e engenharia de produção, são muito masculinas. Elas ainda estão menos representadas nessas profissões que são mais valorizadas", afirmou Sant'Anna. "Existe o que chamamos de polarização das profissões - mulheres em posições de cuidado, como Recursos Humanos, que estão muito mais sujeitas à automação. Em todas as posições funcionais, os homens ganham mais que as mulheres, à exceção de posições administrativas e financeiras - supervisora de call center, por exemplo. Nossa hipótese é que os homens saíram delas e foram para áreas mais nobres."

Os benefícios da igualdade de gêneros: até US$ 28 tri a mais no PIB global

Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, no ritmo atual, o mundo levará mais de 200 anos para alcançar a igualdade salarial entre homens e mulheres, cenário que provoca perdas econômicas para toda a sociedade. Um levantamento de 2015 do Instituto McKinsey Global calculou que a igualdade de gêneros poderia acrescentar, em um cenário mediano - no qual os países alcancem o ritmo dos países mais igualitários de suas regiões -, até US$ 12 trilhões ao PIB mundial em 2025. Em um cenário ideal de igualdade plena, no qual "mulheres participam na economia de modo idêntico aos homens", os ganhos poderiam chegar a US$ 28 trilhões no PIB anual global - o equivalente, à época, à soma das duas maiores economias do mundo, a dos EUA e da China. Esse cenário permitiria que a metade feminina da população mundial alcançasse seu potencial mais plenamente, aumentando por exemplo suas horas de trabalho remunerado e seus rendimentos. "Igualdade de gêneros não é apenas uma questão urgente do ponto de vista social e moral, mas também um desafio econômico", apontou o relatório.

Mais poder financeiro feminino melhora as famílias

Em 2018, o Fundo Monetário Internacional (FMI) analisou pesquisas e dados de mais de uma centena de nações em questões como acesso ao sistema financeiro (como crédito e contas bancárias) e ascensão profissional feminina no setor bancário. A conclusão foi de que mulheres mais fortes financeiramente demonstraram maior probabilidade de investir no bem-estar familiar e a tomar mais decisões financeiras mais inteligentes, que repercutem na educação e na saúde de sua família. "Isso se traduz em menos pobreza, mais crescimento econômico e redução da desigualdade", disse à BBC News Brasil Ratna Sahay, coautora do estudo e vice-diretora do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais do FMI. "Há diferentes exemplos: nas Filipinas, há evidências de que o empoderamento das mulheres aumentava seu controle sobre decisões do orçamento e seu gasto com itens simples, mas que melhoram a qualidade de vida de toda a família, como máquina de lavar roupa e utensílios culinários; no Nepal, descobrimos que lares liderados por mulheres gastavam 20% mais em educação do que os liderados por homens, algo muito importante para as crianças", explicou Sahay, agregando que, embora seu estudo não mencione nominalmente o Brasil, as conclusões possivelmente se aplicam por aqui. Mais participação feminina leva a mais eficiência e estabilidade financeira O levantamento do FMI analisou também um outro ângulo: qual o impacto de se, além de usuárias de serviços financeiros, tivermos mais mulheres provendo esses serviços - ou seja, ocupando posições de liderança em bancos centrais e comerciais e em agências regulatórias financeiras? E, novamente, a conclusão foi de que "a maior representatividade das mulheres (em instituições financeiras) leva a mais estabilidade financeira" - na prática, menor endividamento, decisões corporativas mais cautelosas, mais eficiência e menos chance de crises financeiras. "E isso tem grandes implicações, porque muitos países se preocupam com risco sistêmico e estabilidade. Em todos esses aspectos, reduzir a desigualdade de gênero pode ter efeitos macroeconômicos muito positivos", afirmou Sahay.Segundo o FMI, menos de 2% das CEOs de instituições financeiras globais são mulheres; elas também são menos de 20% dos membros dos conselhos dessas instituições. "E isso é um contraste grande com a oferta de mulheres com formação relevante (nessa área)", diz o texto do Fundo. "As mulheres representam 30% dos formandos em economia e cerca de 50% dos formandos em administração e ciências sociais." Segundo o estudo do Fórum Econômico Mundial, a igualdade de gêneros "é boa para os negócios". "Pesquisas feitas ao longo de três décadas mostram que (...) empresas com mais mulheres líderes e nos conselhos têm maiores lucros e performance financeira. Também têm menos relatos de fraude, corrupção e erros financeiros. Na Noruega, onde é exigido que as empresas reservem ao menos 40% de seus assentos de conselho a mulheres, as pesquisas mostram que elas têm mais probabilidade de pensar em longo prazo, e incluir cidadãos, em vez de apenas acionistas, em suas deliberações. As mulheres estimulam os conselhos a focar mais na comunidade, no ambiente e nos empregados."

Banco erra e faz depósitos milionários em contas de clientes

  • 05 Jan 2019
  • 20:06h

Foto: Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo

Clientes do banco Safra receberam por engano milhões de reais em depósitos no fim do ano passado. Em um dos casos, uma empresária, ao checar o saldo da conta em 27 de dezembro para fazer o pagamento de funcionários, encontrou R$ 130 milhões, um valor muito acima dos R$ 20 mil que ela disse ter na conta na época. Ao ligar para banco para fazer o alerta, a empresária foi informada de que não era o único caso entre os correntistas do bancos. No Paraná, o comerciante Paulo André Vieira, de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, também recebeu milhões por engano. No caso dele, foram depositados R$ 77 milhões. "Você vê [os números] e fica muito feliz, mas daí você começa a raciocinar direito e vê que tem alguma coisa errada", disse o comerciante. Ao identificar o erro, o dinheiro foi estornado da conta corrente. Procurado, o banco Safra não quis se manifestar.

Bolsonaro diz que governo pode reduzir alíquota máxima do IR de 27,5% para 25%

  • 04 Jan 2019
  • 18:55h

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (4) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai anunciar até o final do dia a possibilidade de diminuir de 27,5% para 25% a alíquota máxima do Imposto de Renda. Por outro lado, ele também disse que o governo vai aumentar a alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Bolsonaro deu as declarações ao final da cerimônia de transmissão do cargo de comandante da Aeronáutica, na base aérea de Brasília. Ele não discursou durante a solenidade, mas concedeu uma entrevista coletiva à imprensa ao final do evento. Nomeado por Bolsonaro para o cargo, o tenente-brigadeiro do ar Antonio Carlos Moretti Bermudez assumiu a Aeronáutica no lugar do também tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato. A nomeação foi publicada na edição desta sexta do "Diário Oficial da União". "O Paulo Guedes anuncia hoje [sexta] também a possibilidade de diminuir a alíquota do imposto de renda. Porque o nosso governo tem que ter a marca de não aumentar impostos”, disse Bolsonaro aos jornalistas na base aérea. "Uma ideia inicial agora, a maior alíquota [de imposto de renda] nossa é 27,5%. Passaria para 25%” (Jair Bolsonaro)

Tabela progressiva do Imposto de Renda - Mensal

Base de cálculo mensal, em R$ alíquota
Até 1.903,98 isento
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5%
De 2.826,66 até 3.751,05 15%
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5%
Acima de 4.664,68 27,5%

Fonte: Receita Federal

Na última quarta (2), o novo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, havia anunciado que o governo estava estudando criar uma alíquota adicional do Imposto de Renda para quem tiver alta renda. Pela tabela do IR atualmente em vigor, estão isentos do imposto os contribuintes que recebem até R$ 1.903,98 por mês, descontada a contribuição previdenciária. A partir desse valor, as retenções são calculadas com base em alíquotas de 7,5%, 15%, 22,5% ou 27,5% sobre o valor dos rendimentos. Hoje, a alíquota de 27,5% é a mesma para os rendimentos acima de R$ 4.664,68. Embora tenha dito na mesma entrevista que o governo dele tem que ter a "marca de não aumentar impostos", Bolsonaro também anunciou aos repórteres nesta sexta que aumentará a alíquota do IOF. Atualmente, a cobrança do IOF é de 0,38%, mais uma alíquota diária que, para as operações de crédito, representam uma tributação de 3% ao ano.De acordo com a Receita Federal, o IOF incide sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários (como ações, debêntures e cotas de fundos de investimento) de pessoas físicas ou de empresas. A cobrança e o recolhimento do imposto são efetuados pelas instituições financeiras ou seguradoras. O presidente disse que o aumento do imposto será uma "fração", porém, não detalhou o percentual do reajuste. Segundo ele, o aumento do IOF se deve à aprovação do projeto que prorrogou até 2023 o incentivo fiscal para projetos nas áreas da Sudam e da Sudene. Ele classificou essa proposta de "pauta-bomba". "Essa questão [aumento do IOF], infelizmente, foi assinado decreto neste sentido, mas para quem tem aplicações aí fora, para poder cumprir uma exigência de um projeto aprovado tido como 'pauta-bomba', contra a nossa vontade”, argumentou o chefe do Executivo. Bolsonaro sancionou a lei, publicada no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (4), que prorrogou até 2023 o incentivo fiscal concedido a empresas nas áreas da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). De acordo com a Consultoria de Orçamento da Câmara, a renúncia fiscal com a prorrogação da medida pode chegar a R$ 10 bilhões. O incentivo terminaria no fim de dezembro de 2018, mas, antes de entrar em recesso, o Congresso aprovou a prorrogação do prazo. Reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal "Folha de S. Paulo" informou que o presidente da República avaliava elevar o IOF para compensar a prorrogação de benefícios fiscais às regiões Norte e Nordeste. O custo estimado para o governo ficaria na casa de R$ 3,5 bilhões por ano.

Previdência: Bolsonaro propõe idade mínima de 62 anos para homens e 57 para mulheres

  • 04 Jan 2019
  • 12:11h

Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (3) que a "ideia inicial" do governo para aprovar uma reforma da Previdência é estabelecer de forma gradativa idade mínima para aposentadoria de 62 anos para homens e 57 para mulheres. O projeto de reforma da Previdência enviado à Câmara pelo governo Michel Temer previa idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, proposta esta alterada posteriormente pela comissão especial que analisou o projeto: 65 anos para homens e 62 para mulheres."Todos vão ter que contribuir um pouco para ela [reforma] ser aprovada. O que pretendemos é, ao você botar no plano a reforma, passar um corte até 2022, essa é a ideia inicial. Aí seria aumentar para 62 anos homens, e 57, mulheres, não de uma vez vez só, um ano a partir da promulgação e um ano a partir de de 2022", afirmou o presidente nesta quinta-feira.

 

Petrobras reduz preço da gasolina e vai a R$ 1,4675

  • Bahia Notícias
  • 03 Jan 2019
  • 19:14h

Foto: Brumado Urgente

A Petrobras reduzirá em 2,73% o preço da gasolina em suas refinarias nesta quinta-feira (3). De acordo com a estatal, o litro do combustível será vendido a R$ 1,4675, em média. O valor é o menor patamar em 15 meses. Em valores corrigidos pela inflação, a última vez em que o litro da gasolina foi vendido nas refinarias da estatal por menos de R$ 1,50 foi em meados de setembro de 2017. Depois, os preços dispararam, acompanhando a escalada das cotações internacionais do petróleo até atingirem, um ano depois, o recorde de R$ 2,2676 por litro, também corrigidos pela inflação. Desde então, a queda acumulada no preço é de 35,3%, reflexo do recuo das cotações internacionais e do recuo da taxa de câmbio durante o processo eleitoral.

Venda de veículos usados sobe 0,4% em 2018, diz associação

  • 03 Jan 2019
  • 10:08h

(foto: Juarez Rodrigues / EM / D.A. Press)

A venda de veículos usados ficou quase estável em 2018, segundo a Fenauto, a federação das revendedoras. Foram comercializadas 14.275.382 unidades, número 0,4% maior do que os 14.212.673 exemplares vendidos em 2017. A diferença, de apenas 62,7 mil unidades, representa pouco mais do que a média diária (dias úteis) de vendas em 2018, de 56.874 veículos.

Veículos mais velhos em alta

Separando as vendas por tempo de uso do veículo, é possível notar que os considerados seminovos, com até 3 anos de uso, tiveram acentuada queda de 52,1%. Por outro lado, os "usados jovens", de 4 a 8 anos de uso, e os "usados maduros", de 9 a 12 anos de idade, tiveram crescimento de 27% e 46,5%, respectivamente. O mesmo aconteceu entre os modelos mais velhos, com 13 ou mais anos de uso. Eles tiveram alta de 21,8%. Confira abaixo a tabela com a variação das vendas por idade dos veículos:

Venda de veículos usados por tempo de uso em 2018

  2018 2017 Variação
0 a 3 anos 2,42 milhões 5,06 mi -52,1%
4 a 8 anos 5,78 mi 4,53 mi +27%
9 a 12 anos 2,75 mi 1,88 mi +46,5%
13 anos ou mais 3,34 mi 2,75 mi +21,8%

Fonte: Fenauto

Mais vendidos em dezembro

A Fenauto também divulgou os veículos usados mais vendidos em dezembro. Veja abaixo o ranking de automóveis e comerciais leves e de motos:

Automóveis e comerciais leves

  1. Volkswagen Gol - 83.027 unidades
  2. Fiat Uno - 49.385
  3. Fiat Palio - 49.297
  4. Ford Fiesta - 32.184
  5. Chevrolet Celta - 29.960
  6. Volkswagen Fox - 26.001
  7. Chevrolet Corsa - 24.073
  8. Fiat Strada - 23.892
  9. Fiat Siena - 22.648
  10. Toyota Corolla - 21.119

Motos

  1. Honda CG 150 - 60.492 unidades
  2. Honda CG 125 - 37.326
  3. Honda Biz - 25.425
  4. Honda NXR 150 Bros - 22.229
  5. Yamaha YBR 125 Factor - 9.067
  6. Honda CB 300R - 8.722
  7. Honda XRE 300 - 6.948
  8. Honda CBX 250 Twister - 6.730
  9. Honda Pop 100 - 6.413
  10. Yamaha Fazer 250 - 6.085

Secretário da Receita quer Imposto de Renda mais alto para ricos e contraria proposta de Bolsonaro

  • 03 Jan 2019
  • 08:07h

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O novo secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou nesta quarta-feira (2) que o governo Jair Bolsonaro estuda criar uma alíquota adicional do Imposto de Renda para quem tiver alta renda. Pela tabela do IR atualmente em vigor, estão isentos do imposto os contribuintes que recebem até R$ 1.903,98 por mês, descontada a contribuição previdenciária. A partir desse valor, as retenções são calculadas com base em alíquotas de 7,5%, 15%, 22,5% ou 27,5% sobre o valor dos rendimentos. Hoje, a alíquota de 27,5% é a mesma para os rendimentos acima de R$ 4.664,68. "O sistema tributário brasileiro precisa ter uma certa progressividade. Não iremos ao extremo de ter apenas uma alíquota [do IR das pessoas físicas], mas poucas alíquotas acho que são absolutamente adequadas. E uma alíquota adicional para altas rendas. Não dá pra estabelecermos números. Não temos parâmetros [a partir de qual renda incidiria essa alíquota maior para alta renda]", disse Cintra. De acordo com o economista, está em análise um projeto de reforma tributária, a ser discutido com o Congresso Nacional. Segundo ele, a ideia é simplificar e reduzir a carga tributária, que atingiu 32,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. "Estamos ainda analisando as varias alternativas [para o imposto único]. Podemos trabalhar em um IVA [imposto sobre valor agregado], podemos trabalhar em um imposto sobre movimentação financeira, em um imposto sobre faturamento. Nós temos de fazer um complexo de ações. Antes de qualquer coisa, é importante que a gente faça uma limpeza em nosso sistema tributário", declarou. O texto da reforma tributária já foi aprovado pela comissão especial da Câmara e deve ser analisado pelo plenário da Casa antes de seguir para o Senado.

Bolsonaro assina decreto que fixa salário mínimo em R$ 998 em 2019

  • 02 Jan 2019
  • 09:04h

Foto: Evaristo Sá/AFP

Decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado nesta terça-feira (1º) em edição extra do "Diário Oficial da União" fixou o salário mínimo em R$ 998 neste ano. O valor atual é de R$ 954. Com isso, o valor ficou abaixo da estimativa que constava do orçamento da União, de R$ 1.006. O orçamento foi enviado em agosto do ano passado pelo governo Michel Temer ao Congresso. O que a equipe econômica do governo Michel Temer dizia é que a inflação de 2018 (um dos fatores que determinam o valor) vai ser menor que o projetado anteriormente - quando foi proposto salário mínimo de R$ 1.006 em 2019. De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para o rendimento de cerca de 48 milhões de trabalhadores no Brasil.

Pedido de aposentadoria pela regra 85/95 termina e benefício integral fica mais difícil

  • 31 Dez 2018
  • 16:07h

A partir desta segunda-feira (31), o trabalhador que pretende se aposentar por tempo de contribuição terá que trabalhar por mais tempo para conseguir o benefício sem o desconto do fator previdenciário. Isso porque entrou em vigor a regra 86/96, conforme previsto por lei sancionada em 2015 - até agora, a regra vigente era a 85/95. Pela regra anterior, da fórmula 85/95, a soma entre a idade e o tempo de contribuição no caso das mulheres deveria ser de pelo menos 85 anos e no caso dos homens, de 95 anos, para que o trabalhador ou trabalhadora tenham direito à aposentadoria com o benefício integral. Agora, essa soma exigida sobe um ponto para ambos, passando a ser de 86, para mulheres, e 96, para homens, segundo o INSS. Homens e mulheres que tenham atingido o tempo mínimo de contribuição (35 anos para eles, 30 para elas) também podem se aposentar sem atingir essa pontuação. Mas, nesse caso, o valor da aposentadoria é reduzido pelo fator previdenciário. Esse mecanismo reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição. A fórmula, criada em 1999, se baseia na idade do trabalhador, tempo de contribuição ao INSS e expectativa de sobrevida do segurado. Quanto menor a idade no momento da aposentadoria, maior é o redutor do benefício. Assim, a partir de agora, os trabalhadores só poderão optar pela não incidência do fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria quando o total resultante da soma da idade e do tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for igual ou superior a 86 pontos, se mulher; ou 96 pontos, se homem. Algumas situações podem elevar o tempo total de contribuição, mediante comprovação, como trabalho em atividades insalubres, período de alistamento militar, tempo de estudo em escola técnica e ação trabalhista que reconheceu vínculo. O trabalhador que não atingir a pontuação mínima ainda pode requerer a aposentadoria por tempo de contribuição, mas o cálculo do benefício levará em conta o desconto do fator previdenciário. Os segurados podem pedir a aposentadoria pelo aplicativo ou site Meu INSS.

Petrobras reduz preço médio da gasolina nas refinarias em 3% nesta sexta-feira (28)

  • 28 Dez 2018
  • 10:05h

A Petrobras informou que reduzirá o preço médio da gasolina vendida em suas refinarias em 3%, para R$ 1,5087 reais por litro, a partir de sexta-feira (28), segundo informação do site da estatal.A redução ocorre após o preço médio da gasolina da petroleira ter caído cerca de 4% nesta quinta-feira.A política de preços da Petrobras para a gasolina segue indicadores internacionais, como o dólar e o barril do petróleo.O dólar recuou sobre o real nesta quinta-feira (27). Além disso, os preços do petróleo caíram cerca de 4%, conforme os índices de Wall Street também tiveram movimento negativo e o mercado de petróleo focou em sinais de desaceleração da economia global e produção recorde.O repasse dos ajustes da gasolina da Petrobras às bombas, no entanto, dependem de diversas variáveis, como margens de distribuição e revenda, mistura obrigatória de etanol anidro, entre outras.

Prazo para sacar o abono PIS/Pasep 2016 termina na sexta-feira (27)

  • 26 Dez 2018
  • 10:10h

Foto: Reprodução/TV Fronteira

Um total de 1,8 milhão de trabalhadores têm até a próxima sexta-feira (28) para sacar o abono salarial PIS/Pasep ano-base 2016. O valor ainda disponível é de R$ 1,3 bilhão. Segundo o Ministério do trabalho, 7,46% das pessoas ainda não sacaram os recursos. Inicialmente, o prazo limite para fazer o resgate era 29 de junho, mas a prorrogação foi autorizada em 11 de julho por resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Já foram pagos R$ 16,7 bilhões para 22,7 mil trabalhadores. A região com maior percentual de beneficiários a receber o abono 2016 é a Centro-Oeste, onde 11,63% das pessoas com direito ao recurso ainda não foram ao banco receber. O estado com mais trabalhadores que ainda não retiraram o dinheiro é São Paulo. São 410,5 mil pessoas, ou 6,95% do total de beneficiários. O valor ainda disponível para esses trabalhadores é de mais de R$ 297 milhões. Já o Distrito Federal é a unidade da Federação (UF) com maior número proporcional de beneficiários com direito ao saque que ainda não retiraram o valor. Na capital federal, 29,33% estão nessa situação. São 148,5 mil trabalhadores com R$ 110 milhões para retirar.

Você pode perder até R$ 954 se não sacar o abono do PIS de 2016 até sexta (28)

  • Uol
  • 24 Dez 2018
  • 14:02h

Quem trabalhou durante o ano de 2016 e ganhou até dois salários mínimos, em média, por mês pode ter até R$ 954 esperando para ser sacado no banco. Segundo o Ministério do Trabalho, 1,8 milhão de trabalhadores ainda não resgataram o dinheiro do abono salarial do PIS/Pasep, o que corresponde a 7,46% do total de pessoas com direito ao recurso. O prazo para o saque vai até 28 de dezembro. Quem perde o prazo de saque do abono salarial fica sem o dinheiro, que vai para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Porém, já houve casos de trabalhadores que conseguiram na Justiça o direito de receber o dinheiro após o fim do prazo. 

Quem tem direito ao abono? Como saber se tenho direito?

Para saber se tem direito ao abono salarial, é possível fazer a consulta das seguintes maneiras: PIS (trabalhador de empresa privada): Pasep (servidor público): Como saber qual é meu número do PIS/Pasep? Bolsonaro pode acabar com abono do PIS? Dá para usar app para saber se tenho dinheiro do PIS/Pasep? Minha dívida atrasada vai fazer 5 anos; não preciso mais pagar? quem trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2016 ganhou, no máximo, dois salários mínimos, em média, por mês está inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos é preciso que a empresa onde trabalhava tenha informado seus dados corretamente ao governo no Aplicativo Caixa Trabalhador no site da caixa (www.caixa.gov.br/PIS), clique em "Consultar pagamento" pelo telefone de atendimento da Caixa: 0800 726 0207 pelo telefone 158 da central de atendimento do Ministério do Trabalho nos postos da Superintendência Regional do Trabalho, antiga DRT

Pente-fino do INSS corta mais da metade dos benefícios

  • 24 Dez 2018
  • 12:53h

Realizado desde o segundo semestre de 2016, o pente-fino do INSS cortou em mais da metade os auxílios-doença e as aposentadorias por invalidez no Brasil. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, baseadas em dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), das 1,182 milhão de perícias realizadas, foram cancelados 651 mil benefícios, o que representa 55,07% do total. Deste montante, 577,4 mil foram cortados após perícia, enquanto 73,7 mil deixaram de ser pagos porque o segurado foi convocado, mas não compareceu ao exame. No balanço do da revisão do MDS contam os números até o dia 15 de dezembro. Segundo a pasta, 39,5 mil benefícios ainda precisam passar por perícia, dos quais cerca de 10 mil são de auxílio-doença e 30 mil, de aposentadoria por invalidez.  O pente-fino tem sido mais rigoroso com os segurados que recebem auxílio-doença. A cada dez perícias realizadas, quase nove resultam no cancelamento do auxílio. Ao todo foram convocados 471,6 mil segurados para a revisão. Destes, 369 mil tiveram o benefício cortado após a perícia e 45,7 mil deixaram de receber por não comparecer ao exame. No total, foram 414,8 mil cortes, o que representa 88%. Na aposentadoria por invalidez, o percentual é menor, de 29%. Foram realizadas 710,8 mil perícias no período, com corte em 236,3 mil benefícios.