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PIB do Agronegócio baiano cresce 8,5% no segundo trimestre de 2021

  • 14 Set 2021
  • 17:41h

Houve crescimento de 8,5% no segundo trimestre de 2021 na comparação com o segundo trimestre de 2020 | Foto: Reprodução

O PIB do agronegócio baiano, calculado e divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) nesta terça-feira (14), registrou crescimento de 8,5% no segundo trimestre de 2021 na comparação com o segundo trimestre de 2020. Mais uma vez os resultados mostram a importância do segmento para a economia baiana. O crescimento do PIB do agronegócio foi superior ao crescimento observado para o conjunto da economia baiana que no mesmo período apontou crescimento de 6,7%.

“O agronegócio é composto pelo setor de insumos para produção agrícola e pecuária, pela produção agropecuária, indústria de produtos agro e também transportes e comercialização dos produtos”, explica Armando de Castro, diretor de Estatísticas da SEI. Ele explana ainda, que em valores monetários, o agronegócio baiano totalizou R$ 33,8 bilhões, correspondendo a 35% de toda a economia baiana no segundo trimestre, isto é, para cada R$ gerado na economia baiana, mais de 1/3 proveio de atividades associadas ao agronegócio.

No segundo trimestre, todos os subsegmentos do agronegócio registraram expansão com destaque para a agroindústria e a própria produção agrícola. Entre as culturas que mais contribuíram para o bom desempenho do agronegócio baiano, destacam-se: a produção física de soja com crescimento de 12,6%; banana com crescimento de 3,4%; uva (15,3%) e batata (93,5%). Por outro lado, as culturas de milho, feijão, algodão, mandioca e tomate tem registrado queda na produção física.

A elevação da participação do agronegócio no PIB da Bahia no segundo trimestre é resultado de dois fatores: O primeiro é relacionado à questão sazonal visto que a maior parte da produção agrícola da Bahia é centralizada no segundo trimestre, a exemplo da colheita de soja. O segundo fator está associado aos movimentos de preços que tem acompanhado praticamente todos os produtos agrícolas.

A contínua elevação nas cotações internacionais dos produtos agrícolas tem beneficiado o setor no sentido de elevar a sua participação na economia baiana na medida em que maiores preços dos produtos implica em crescimento nominal do Valor Adicionado (VA). Esses dois fatores, juntamente com o crescimento na produção física, tem sido determinantes para o crescimento de participação do agronegócio na economia baiana.

Presidente de associação de caminhoneiros diz que motoristas foram usados por agronegócio

  • Francis Juliano
  • 09 Set 2021
  • 17:12h

Foto: Reprodução / Aepet

Entidade que representa caminhoneiros de todo o país, a Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB) avalia que as paralisações de motoristas entre esta quarta-feira (8) e quinta-feira (9) não servem à categoria.

Para o presidente da entidade, José Roberto Stringasci, os motoristas foram usados como “bois de piranha” para satisfazer o real beneficiário, os empresários do agronegócio. Os últimos acontecimentos, segundo ele, lembram o que ocorreu em 2018, quando o país sofreu uma crise de desabastecimento.

“A gente tem visto novamente que eles estão usando o motorista autônomo como boi de piranha. Quem está por trás disso é seu Antônio Galvan [investigado por apoiar manifestações antidemocráticas] junto com meia dúzia de motoristas, como Odilon Fonseca e Zé Trovão”, declarou ao Bahia Notícias.

De acordo com Stringasci, a maioria dos condutores não aderiu ao proposto pelos articuladores da paralisação. “Noventa por cento da categoria não aprova isso. Essa coisa de matar e arrancar ministro do STF. Não aprova”, reiterou.

Stringasci declarou que a pressão do agronegócio tem a ver com a não aprovação de um projeto [Ferrogrão] pelo Supremo Tribunal Federal, que beneficiaria os grandes empresários. “Em 2018, eles deviam 200 milhões de reais. Só que agora devem uns 40 bilhões de reais ao governo federal, e eles querem uma anistia. Só que agora em maio desse ano, o STF derrubou o projeto Ferrogrão. De lá para cá, o agronegócio virou patriota”, ironizou.

Energia solar pode reduzir 90% dos custos com eletricidade na propriedade rural

  • Nação Agro
  • 21 Ago 2021
  • 15:02h

(Foto: Reprodução)

Fonte de vida para o planeta, o sol também é um recurso capaz de ajudar as propriedades rurais no funcionamento de equipamentos elétricos e aliviando as despesas. Estamos falando da energia solar, uma ferramenta com potencial para reduzir em até 90% os gastos na conta de luz, segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

Nesta quinta-feira, 19, a também chamada de energia fotovoltaica foi tema da Caravana Família Nação Agro, projeto do SENAR-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de São Paulo), que desembarcou em Campos de Holambra, no município de Paranapanema (SP). A palestra ministrada por Lucas Mazeto, engenheiro eletricista, foi transmitida ao vivo pelo YouTube do Canal Rural.

Ao público, que voltou seguindo todos os protocolos de segurança, o especialista explicou as vantagens de se investir em energia solar. “Essa é uma energia renovável. O sol se põe às 18h, mas às 6h da manhã já está de volta. É como ter alguém trabalhando de graça para você”, disse Mazeto. De acordo com ele, esse tipo de energia pode sustentar a propriedade e ainda enviar as sobras para a grade da distribuidora pública, o que quase zera os gastos.

Além disso, Mazeto afirma que o momento é positivo para o produtor fazer a implantação da energia solar, uma vez que há mais de 60 linhas de crédito disponíveis. Em um exemplo prático, o palestrante mostrou como um investimento de R$ 450 mil pode gerar economia de 10 milhões de reais gastos com a conta de luz tradicional em um período de 30 anos.

Ou seja, é um investimento que não somente se paga, como também possibilita sobras no orçamento para que o produtor rural possa destinar para outras áreas da propriedade.

Para reforçar o impacto dos benefícios oferecidos pela energia solar ao meio rural, o produtor Gabriel Damasio subiu ao palco e contou sua experiência com essa tecnologia. “Faz 6 meses que nós instalamos o sistema de produção fotovoltaica, mas já queríamos ter instalado há 8 anos. Só que naquele momento a legislação não estava bem definida”, lembrou ele, que também por questões financeiras teve de adiar o sonho da sustentabilidade.

Com um parque solar de 220 painéis solares em sua propriedade, Damasio revelou que consegue atender a toda a demanda de suas atividades, bem como enviar a energia excedente à grade para receber créditos. “A implantação do parque foi um processo tranquilo. Escolhemos um pessoal bem profissional e fizemos a implantação no terreno e não nos barracões para facilitar a limpeza e manutenção”, detalhou ele.

Conforme o produtor, o sistema pode ser bem prático de se manusear e todos os equipamentos possuem garantia, o que dá suporte em caso de alguma necessidade. Para mais dicas sobre energia solar.

Preços do boi gordo recuam em algumas regiões

  • Por Agência Safras
  • 20 Ago 2021
  • 10:11h

(Foto: O Tabuleiro)

O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais baixos nesta quinta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, foram relatadas tentativas de compra abaixo da referência média, com aderência do pecuarista. “Assim, os preços cederam em algumas regiões de produção e comercialização do país”, disse Iglesias.

No geral os frigoríficos ainda operam com escalas de abate confortáveis, posicionadas em média entre cinco e sete dias úteis. “A exceção segue no Mato Grosso do Sul, onde com escalas encurtadas os frigoríficos atuam de maneira mais incisiva fazendo negociações acima da referência média no estado”, pontuou o analista.

Por outro lado, as exportações brasileiras de carne bovina seguirão em bom nível no restante de 2021. Conforme Iglesias, as dificuldades da Argentina e da Austrália em atender o mercado chinês beneficiaram o Brasil. Os Estados Unidos também se beneficiam, mas em menor proporção.

Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 314 a R$ 315 na modalidade a prazo, ante R$ 316 a R$ 317 de ontem (18). Em Goiânia, a arroba teve preço de R$ 303 a R$ 30, ante R$ 305. Em Dourados (MS), foi indicada em R$ 316, estável. Em Cuiabá, o valor pago foi de R$ 308, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 316 a arroba, contra R$ 315.

Atacado

Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere por maior espaço para reajustes no decorrer da primeira quinzena do mês, período que conta com maior apelo ao consumo. A carne de frango ainda conta com a predileção do consumidor médio. “Essa dinâmica tende a prevalecer no restante do ano, considerando a dificuldade do consumidor médio em absorver novos reajustes da carne bovina”, assinalou Iglesias.

O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,90 por quilo. O quarto traseiro teve preço de R$ 21,25 por quilo, estável. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 16,90 por quilo.

Açúcar diminui efeitos da seca no milho, aponta estudo da Embrapa

  • 19 Ago 2021
  • 18:46h

Estudo revelou que o trealose, um açúcar natural, é capaz de reduzir o estresse hídrico no cultivo do cereal no Brasil | Foto: Renata Silva/Embrapa

O trealose, um açúcar natural, é capaz de mitigar os efeitos da seca no milho. A descoberta foi feita por um estudo conduzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Universidade Federal de Alfenas (UFA), em Minas Gerais. 

Experimentos mostraram que as plantas tratadas com derivados desse açúcar obtiveram uma maior taxa de crescimento. Para otimizar os resultados, os pesquisadores usaram uma variedade híbrida de milho suscetível à seca.

“O principal resultado foi o aumento da taxa fotossintética (intensidade de fotossíntese) em plantas submetidas às substâncias. Esse incremento se deu pela maior densidade de estômatos (estruturas microscópicas que se encontram na epiderme das folhas), que são estruturas responsáveis pela realização de trocas gasosas foliares”, explicam os pesquisadores Paulo César Magalhães, da Embrapa Milho e Sorgo, e Thiago Corrêa de Souza, da Universidade Federal de Alfenas.


Pesquisa
Na análise, os pesquisadores adicionaram dois novos grupos químicos do trealose (tosila e azido) à mistura, o que resultou no aumento da taxa fotossintética das plantas. O açúcar trealose é uma opção muito demandada pela indústria por ser natural e não apresentar toxicidade.

“Em plantas, o trealose é produzido nas células, em pequena quantidade, com a função de proteção contra o dessecamento e o estresse por déficit hídrico. Vários artigos científicos vêm mostrando que uma pulverização foliar de trealose, ou seja, uma aplicação exógena desse produto, pode induzir a tolerância ao déficit hídrico, aumentando parâmetros fisiológicos, biomassa e, consequentemente, a produção de grãos”, explica Souza.

O estudo, segundo os pesquisadores, abre caminho para o desenvolvimento de bioestimulantes na redução do estresse hídrico no cultivo de milho no Brasil. “No caso do milho, a preocupação é ainda maior na segunda safra, quando o estresse causado pela falta de água é iminente”, enfatiza Magalhães.

Milho no Brasil
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial do cereal, com 100 milhões de toneladas, e segundo maior exportador, com 38 milhões de toneladas, em 2020. Apenas no ano passado as exportações nacionais de milho somaram US$ 6 bilhões.

Na safra atual, o Brasil deve ter uma quebra de aproximadamente 20% da produção de milho, justamente por causa da crise hídrica, uma das piores dos últimos 90 anos

Preços da soja, milho e algodão sobem acima de 70% no Brasil no 1º semestre

  • Redação
  • 19 Ago 2021
  • 15:28h

Alta dos grãos deve impactar os custos de produção da pecuária, o que pode aumentar ainda mais preços das carnes | Foto: Jonas Oliveira/ ANPr

As commodities de grãos, carnes e café, mais importantes na exportação brasileira, tiveram altas expressivas no primeiro semestre de 2021, em relação a igual período do ano passado, segundo análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Produtos como soja (78%), milho (77%) e algodão (75%) chegaram a ter aumento acima de 70% no mercado interno, ou seja, em seus valores em reais. Arroz (55%) e trigo (40%) também tiveram avanço significativo.

Em relação aos preços internacionais (em dólares), somente o arroz apresentou queda, de 11%. Os demais produtos apresentaram alta: soja (65,9%), milho (72,3%), trigo (24,4%), algodão (38,1%), boi gordo (18,3%), porco magro (65,3%), carne de frango (24,2%).

“A alta observada nos grãos deve impactar os custos de produção da pecuária, o que pode influenciar negativamente a oferta dessas commodities e das proteínas animais no país”, considerou a pesquisadora associada do Ipea, Ana Cecília Kreter.

O farelo de soja e o milho viram ração para bovinos e aves.

“As altas de preços agropecuários no Brasil resultaram de uma combinação de fatores como a crise hidrológica, as significativas altas de preços internacionais e desvalorização cambial”, avaliou o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo Castro de Souza Júnior, um dos autores da nota.

Monilíase é um risco à agropecuária baiana

  • Eduardo Sales
  • 16 Ago 2021
  • 13:21h

(Foto: Canal Rural)

Cerca de 69 mil produtores rurais em mais de 80 municípios baianos estão preocupados com a descoberta da monilíase do cacaueiro no município de Cruzeiro do Sul, no Acre. Como engenheiro agrônomo, ex-secretário estadual de Agricultura, ex-presidente do CONSEAGRI (Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Agricultura) e deputado estadual, posso afirmar que a praga pode trazer enormes prejuízos econômicos à Bahia, segundo maior produtor nacional de cacau com uma área de 450 mil hectares plantados e produção de 110 mil toneladas, conforme a CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira).

Aproximadamente 80% dos produtores baianos têm menos de 10 hectares e, além de produzir as amêndoas secas, a Bahia possui 70 marcas de chocolate. Estabelecer ações de defesa vegetal estruturantes são necessárias e urgentes para evitar consequências econômicas, sociais e ambientais no sul do Estado. Dados mostram que para cada tonelada de cacau que deixarmos de produzir, perderemos 2,2 postos de trabalho e R$ 3,5 bilhões.

Defendo que a Superintendência do Ministério da Agricultura atue em conjunto com a Secretaria Estadual de Agricultura para evitar que qualquer material contaminado entre na Bahia, capacitação o mais rápido possível para produtores e técnicos que trabalham na cadeia produtiva, aquisição de material para a coleta de frutos infectados e de biossegurança e produção de conteúdo para disseminação de informações sobre a praga.

O momento é de mobilização total e os governos estadual e federal devem atuar junto aos municípios dos territórios de identidade do Baixo Sul, Litoral Sul, Costa do Descobrimento, Extremo Sul e Vale do Jiquiriçá.

A informação correta é nossa principal aliada. Os secretários municipais de Agricultura, presidentes de associações e sindicatos, os trabalhadores das empresas da cadeia produtiva e a população precisam entender os riscos da monilíase e saberem qual é o manejo adequado. Os monitoramentos em portos, aeroportos e terminais rodoviários têm que ser rígidos. Defendo uma verdadeira operação de guerra. Não podemos deixar que outra praga coloque em risco a economia do sul da Bahia.

Enquanto retardamos ao máximo chegada da monilíase, precisamos, com urgência, iniciar pesquisas para termos material resistente à praga e com capacidade de produção. É uma corrida contra o tempo.

Vou propor aos meus colegas da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa da Bahia reuniões com os órgãos de fiscalização fitossanitária dos governos federal e estadual para aplicar com a maior urgência possível medidas de controle que evitem a disseminação da praga e consigamos muito em breve ter cacaueiros resistentes à monilíase.

Quando fui secretário estadual de Agricultura, firmei, ainda em 2012, convênio de cooperação técnica com a Secretaria de Agricultura do Acre para ações preventivas que evitassem a disseminação da monilíase.

Fizemos um pacto com todos os estados do Norte, pois é a região onde a praga pode entrar, e construímos com a ADAB (Agência de Defesa Agropecuária da Bahia) um plano com estratégias de contingenciamento para tentar evitar que a monilíase chegasse à Bahia.

A doença afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma Cacau) e o Cupuaçu (Theobroma Grandiflorum), e causa perdas de até 100% da produção, pois ataca o fruto e o fungo tem grande capacidade de disseminação, mas não causa danos à saúde humana. A praga já está presente no Equador, Colômbia, Venezuela, Peru e Bolívia.

Fórum Baiano de Combate aos Agrotóxicos realiza live sobre abelhas com o nutricionista e apicultor Daniel Cady e a professora Genna Sousa

  • Redação
  • 13 Ago 2021
  • 07:54h

(Divulgação)

O Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, Transgênicos e Pela Agroecologia (FBCA) convida a professora Genna Sousa e o nutricionista e apicultor Daniel Cady para live nesta sexta-feira (13 de agosto), às 19h, no Instagram FBCA.bahia.

Durante a pandemia, Genna foi convidada para implantar um meliponário de abelhas da espécie uruçu nordestina na casa de Daniel. Eles vão falar sobre como se deu este processo, que é também uma forma de trazer para perto das pessoas o debate sobre a importância da preservação das abelhas.

Com ampla experiência em manejo racional de abelhas sem ferrão, a baiana Genna Sousa é considerada uma das maiores especialistas do mundo na área. Este ano, ela lançou o livro ‘Meliponicultura Básica’, voltado para iniciantes.

A live precede o Seminário Agrotóxicos e Mortandade de Abelhas: Consequências para a Vida, que acontece na quarta, dia 18. Mais informações no site forumbaianodecombateaosagrotoxicos.org.

Confiança do agronegócio apresenta alta no segundo trimestre

  • Redação
  • 11 Ago 2021
  • 15:17h

A indústria de insumos teve a maior alta de confiança | Foto: Reprodução

O índice de confiança do agronegócio registrou alta no segundo trimestre do ano, conforme divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O indicador marcou 119,9 pontos no período, o que representa alta de 2,4 pontos em relação aos três primeiros meses do ano. Pela metodologia do índice, pontuações acima de 100 são consideradas como um cenário de otimismo entre os empresários da cadeia agropecuária.

Segundo o diretor do Departamento do Agronegócio da Fiesp, Roberto Betancourt, a confiança acompanha os sinais de retomada da economia, abatida pela crise gerada pela pandemia de covid-19. “O recuo da taxa de câmbio no trimestre também melhorou a situação das empresas com custos em dólar, como é o caso de diversos segmentos de insumos agropecuários”, destaca.

Segmentos

A indústria de insumos teve a maior alta de confiança (9,2 pontos), marcando 117,1 pontos no segundo trimestre de 2021. Segundo a análise do indicador, as vendas antecipadas para a safra 2021/22 ajudaram a melhorar a confiança dos empresários. Além disso, os fertilizantes e defensivos agrícolas registram alta nos preços.

Apesar de manterem um patamar maior de confiança (121,4 pontos), os produtores agrícolas registraram queda de 6,5 pontos no índice do segundo trimestre. Entre os fatores relacionados à diminuição do otimismo está a estiagem que, de março a maio, prejudicou as lavouras de milho. Os preços dos grãos, que estavam em um patamar elevado, registraram queda e as recentes altas na taxa básica de juros influenciaram o custo dos financiamentos.

Área tratada com defensivos agrícolas cresceu 12,3% no segundo trimestre. Devido à safrinha, participação do milho dobrou no período

  • Sindiveg
  • 10 Ago 2021
  • 19:25h

Foto: Sindiveg

A área tratada com defensivos agrícolas cresceu 12,3% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2020. Entre abril e junho, foram tratados 175,2 milhões de hectares. Entre os principais motivos do aumento está o crescimento do desafio com fungos, insetos e plantas daninhas em diversas culturas. A área tratada representa a multiplicação de área cultivada por volume de produtos e quantidade de aplicações realizadas e representa a metodologia que melhor reflete o uso efetivo de defensivos pelos agricultores. Os dados estatísticos fazem parte de levantamento exclusivo encomendado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg). 

 

"No 2º trimestre de 2020, foram tratados 156 milhões de hectares. Isso significa que, de abril a junho deste ano, houve incremento de 19,1 milhões de hectares. Esse fenômeno vem ocorrendo de forma consecutiva desde 2017, quando foram tratados 104 milhões de hectares no segundo trimestre. Essas estatísticas revelam a constante e crescente preocupação dos produtores rurais com os desafios fitossanitários que prejudicam as lavouras e que, se não enfrentados, causam grandes perdas de produção, proporcionando insegurança alimentar ao país", afirma o presidente do Sindiveg, Júlio Borges Garcia. 

 

A eficácia dos defensivos aplicados utilizados nas plantações brasileiras contribui para o fortalecimento da economia nacional, principalmente durante a pandemia da Covid-19, e da produção recorde de alimentos – o mais recente levantamento da Conab indica safra de grãos próxima a 261 milhões de toneladas. No segundo trimestre, os insumos também foram relevantes para a defesa de cultivos contra a escassez de água. Com a escassez de chuvas, as ervas daninhas competem com as plantas por nutrientes e por água, impedindo o desenvolvimento normal das lavouras. 

Em volume, os defensivos aplicados no 2º trimestre atingiram 113,3 mil toneladas, ante 101,9 mil t em igual período do ano passado – elevação de 11,1%. Entre os principais segmentos de produtos, verificou-se crescimento de 25% no uso de fungicidas (de 17,4 mil para 21,9 mil toneladas), de 10% no uso de herbicidas (de 38 mil para 41,7 mil toneladas) e de 8% no uso de inseticidas (de 33 mil para 35,6 mil toneladas). Os dados foram encomendados pelo Sindiveg à Spark Consultoria Estratégica e ajudam a compreender os problemas enfrentados por agricultores de todas as regiões brasileiras. 

"O segundo trimestre é marcado pelo clima de outono e o início do inverno, com tempo seco e mais ameno do Centro-Oeste ao Sul, mas ainda quente no Nordeste. A falta de chuvas é um desafio constante para as culturas. Nesse cenário, o uso de defensivos agrícolas é essencial para evitar prejuízos em um ciclo de produção altamente impactado pelo clima. Afinal, se o clima é imprevisível, o uso de modernas tecnologias de proteção das culturas e controle de pragas é indispensável para o Brasil cumprir o seu papel como grande produtor de alimentos, fortalecendo não apenas a balança comercial, mas a geração de renda e de empregos no campo", diz Garcia. 

O valor do mercado de produtos aplicados recuou 2,8% no segundo trimestre, caindo de US$ 1,419 bilhão para US$ 1,380 bilhão. Do total, 38% referem-se a inseticidas, 28% a herbicidas, 24% a fungicidas, 3% a tratamento de sementes e 7% a outros produtos. A variação negativa resulta da desvalorização do real frente ao dólar, agravada pela crise econômica gerada pela crise sanitária. Esse cenário justifica o crescimento do setor em 13,6% em moeda brasileira – o valor de mercado subiu de R$ 6,432 bilhões para R$ 7,309 bilhões na comparação com abril a junho de 2020. 

"Somente no 2º trimestre deste ano, a perda cambial foi de 14,5%, com o dólar médio em R$ 5,02 em junho de 2021. Além disso, a indústria continua enfrentando forte alta nos preços de matérias-primas e embalagens, bem como aumento no custo logístico – tanto nacional quanto internacional. O frete marítimo segue em elevação e os fabricantes já sentem falta de determinadas matérias-primas. A tendência é de piora desse cenário. A indústria de defensivos cumpre o seu papel, trabalhando para evitar a escassez de ingredientes ativos e, assim, oferecer soluções para os problemas que prejudicam a produtividade e a rentabilidade do campo", relata o presidente do Sindiveg. 

Em relação às principais culturas, o milho aumentou sua participação no total de área tratada – de 15% para 28% –, enquanto o algodão (de 37% para 28%) e o feijão (de 9% para 8%) reduziram sua participação, assim como a cana-de-açúcar (de 11% para 10%). Ainda considerando as aplicações no segundo trimestre, hortifrúti e pastagens representaram 3% da área tratada cada, citros e soja 2% e café 1%. "Os 49,5 milhões de hectares de milho tratados com insumos, destaque no trimestre, tiveram como principais alvos insetos sugadores e lagartas, bem como os fungos", destaca Júlio Borges Garcia. 

"Os defensivos agrícolas disponíveis no mercado brasileiro têm eficácia comprovada pela ciência e segurança garantida por diversos órgãos regulatórios. Em 80 anos, completados em maio de 2021, o Sindiveg trabalha para valorizar o combate aos desafios fitossanitários, com a oferta de soluções que garantem o aumento da produção de alimentos seguros e com qualidade à população", finaliza o presidente da entidade, que conta com 27 empresas associadas. 

Primeiro semestre – De janeiro a junho, a área tratada com defensivos agrícolas aumentou 9,4%, passando de 684,3 milhões de hectares para 748,6 milhões de hectares, com destaque para os inseticidas (32% do total). Em volume, houve elevação de 7,6% (de 439.074 toneladas para 472.436 toneladas), 39% relativos a herbicidas. O valor de mercado, em dólar, diminuiu 7,9%, passando de US$ 5,763 bilhões para US$ 5,308 bilhões – a soja representou 31% e os inseticidas 37%. Em moeda brasileira, houve alta de 13% (de R$ 25,188 bilhões para R$ 28,462 bilhões) no 1º semestre de 2021. 

IBGE prevê safra baiana de grãos 4,8% maior neste ano

  • Redação
  • 10 Ago 2021
  • 16:43h

Total colhido deve ser o sétimo maior resultado entre os estados brasileiro; algodão puxou a alta na previsão de julho | Foto: Fabiano José Perina / Embrapa

Puxada pela lavoura de algodão, a safra de grãos baiana deve crescer 4,8% este ano. O volume total de 10.542.882 toneladas representa um novo recorde, conforme a sétima edição mensal do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. O LSPA foi divulgado nesta terça-feira (10), pelo IBGE. A estimativa deste instituto considera a colheita entre janeiro e dezembro do mesmo ano.

De junho para julho, a previsão da safra de algodão herbáceo cresceu 2,9% ou mais 36 mil toneladas, chegando a 1.268.000 toneladas. Ainda assim, este número é 14,0% menor que a resultado de 2020 (1.475.000 toneladas). Também apresentaram crescimento na previsão, de junho para julho, as produções de sorgo e trigo.

O aumento na cotonicultura foi gerado pelos crescimentos de 0,8% na área plantada (de 266 mil para 268 mil hectares) e de 2,1% no rendimento médio, de 4.632 para 4.731 quilos por hectare.

A estimativa para a safra de sorgo cresceu 29,0% (32 mil toneladas) entre os dois meses, chegando a 142.180 toneladas. Porém este número ainda é 2,9% menor que o de 2020 (146.460 toneladas). No trigo, a alta foi de 77,8% (14 mil toneladas).

Em nível nacional, a estimativa de julho para a safra de grãos 2021 também antevê um volume recorde. Para o IBGE, a produção brasileira deve chegar a 256,1 milhões de toneladas, 0,8% maior que a do ano passado (que foi de 254,1 milhões de toneladas). Porém, frente à previsão de junho (258,5 milhões de toneladas), houve revisão negativa de -0,9%.

A Bahia deverá registrar a sétima maior produção de grãos do país, respondendo por 4,1% do total nacional. Mato Grosso continua na liderança, com 27,7% do total, seguido por Rio Grande do Sul (14,6%) e Paraná (13,7%).

Desafio da Pecuária Responsável: projeto premia soluções inovadoras para o bem-estar de bovinos de corte

  • Rafael Iglesias
  • 03 Ago 2021
  • 18:50h

Phibro Saúde Animal, BE.Animal, Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Industrializadas (ABIEC), Athenagro, Notícias do Front e mais de 80 empresas dos vários segmentos e entidades de classe ligadas ao agronegócio e, particularmente, à pecuária, convidam pessoas que atuam na cadeia produtiva de bovinos de corte ao movimento "Desafio da Pecuária Responsável", que em sua primeira edição tem como tema "o Bem-Estar Animal na Pecuária Brasileira”. O projeto começou em 30 de julho de 2021 e terminará em junho de 2022 com a escolha da melhor proposta de bem-estar animal, que receberá prêmio de R$ 15 mil. 

"Bem-estar animal é um tema premente, que ganha cada vez mais visibilidade e relevância não só no ambiente produtivo, mas em todos os elos da cadeia da carne, chegando aos consumidores. Estes têm adquirido novos hábitos e feito exigências diretamente relacionadas à origem dos alimentos e às responsabilidades ambiental e social. A Phibro acredita que as pessoas são agentes de transformação essenciais para avançar nesses temas. Por isso, nesse desafio, a proposta é incentivar a cadeia a melhorar continuamente o bem-estar e o conforto dos animais, de forma alinhada aos preceitos da sustentabilidade.", afirma Ivan Fernandes, diretor de marketing e serviços técnicos da Phibro Saúde Animal para a América do Sul 

O Desafio da Pecuária Responsável consiste na elaboração, por parte dos participantes, de projetos executáveis e aplicáveis que suportem as regras do bem-estar animal, envolvendo nutrição, saúde, ambiente e conforto, comportamento e saúde mental.  

As inscrições vão de 30 de julho a 15 de outubro de 2021 em www.pecuariaresponsavel.com.  

No site, também estão o regulamento completo e todas as informações sobre o projeto e o passo a passo para participação. O processo inclui seleção das iniciativas inscritas e seu desenvolvimento através da curadoria do Instituto BE.Animal. A apresentação dos finalistas e a escolha da melhor proposta acontecerá durante o "Workshop da Pecuária Responsável", em junho de 2022. 

Curadoria do Instituto BE.Animal  

A construção de uma pecuária responsável é colaborativa. Além da Phibro, uma das mais importantes indústrias de saúde e nutrição animal do mundo, os projetos inscritos terão curadoria do Instituto BE.Animal, que tem como princípio a construção de uma nova abordagem para a pecuária brasileira, mobilizando e agindo em benefício do equilíbrio entre o homem, o animal e o meio ambiente. 

“A preocupação com o bem-estar dos animais é crescente, mobilizando cientistas, técnicos e produtores para o desenvolvimento e a implementação de técnicas de criação e manejo que tenham em conta o conforto dos bovinos”, afirma o prof. dr. Mateus Paranhos, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Instituto BE.Animal, responsável pela curadoria do projeto “Desafio da Pecuária Responsável”. “Estamos seguros de que ações nesse sentido têm potencial para melhorar também os resultados produtivos e a qualidade dos produtos, assegurando maior vitalidade econômica à atividade pecuária, além de contribuir para a manutenção de comunidades saudáveis e um ambiente equilibrado.” 

Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Industrializadas (ABIEC) Athenagro e Notícias do Front Outros unem-se ao projeto “Desafio da Pecuária Sustentável” dando-lhe mais robustez e representatividade. 

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Industrializadas reúne 32 empresas responsáveis por 92% da carne exportada para mais de 150 países e tem sólida atuação na defesa dos interesses do setor exportador de carne bovina. 

“A pecuária brasileira vem passando por profundas transformações, investindo de forma constante na melhoria de processos, na adoção de novas tecnologias e no fomento de uma produção que alie cada vez mais segurança, bem-estar animal, sanidade, maior eficiência no uso de recursos e a preservação ambiental. Todos esses elementos reunidos resultam em uma carne de altíssima qualidade, que atende aos mercados consumidores mais exigentes do mundo. Não à toa, em 2020 batemos o recorde de exportações, com mais de US$ 8 bilhões em receita. Além das conquistas obtidas nos últimos anos, temos muito ainda a evoluir e, nesse sentido, o Desafio da Pecuária Responsável é uma iniciativa de suma importância ao estimular o desenvolvimento de projetos que busquem solucionar algumas das missões do hoje e do amanhã. O Brasil já é um dos principais fornecedores de alimentos para o mundo e sua importância deve crescer ainda mais nos próximos anos. Temos o dever de seguir produzindo com responsabilidade, respeitando os recursos naturais e garantindo ao mundo um produto de excelência, com a qualidade que fez da carne brasileira uma das mais valorizadas do mundo. Para isso, a inovação é parte do cardápio principal”. Assinala Antônio Jorge Camardelli, presidente da ABIEC. 

A Athenagro Consultoria participa com sua experiência na atividade, conquistada também a partir de importantes iniciativas, como o Rally da Pecuária, expedição realizada anualmente para conhecer, in loco, a realidade da pecuária nacional.  

“É de extrema importância participar de iniciativas como o ‘Desafio da Pecuária Responsável’, liderado pela Phibro”, destaca Maurício Palma Nogueira, sócio-diretor da Athenagro. “Nós vivemos um momento de muita desinformação em relação à pecuária e precisamos esclarecer a realidade da produção no campo e o que significa uma pecuária responsável. Uma das premissas é o bem-estar animal. Não se consegue bom desempenho do animal se não houver cuidado com o bem-estar, que tem a ver com a sustentabilidade e dará retorno econômico. A produção da carne, principalmente a brasileira, agregou muita coisa boa para o consumidor de proteína de bovinos. Com a produção sustentável, nós vamos conseguir atender à demanda de forma mais eficiente.” 

Notícias do Front defende que o resultado produtivo deve ser visto não apenas como a finalidade da cadeia, mas seu único objetivo possível, visando resultados financeiros positivos e sustentáveis. O portal é assinado pelo médico veterinário e pecuarista Rodrigo Albuquerque. 

“A sociedade cobra da pecuária uma remodelagem em direção à sustentabilidade. Certamente, esse processo passa por aumento de produtividade, mas isso não basta. Precisamos entregar sustentabilidade. Por isso, a pecuária precisa de quatro pilares, que são as responsabilidades animal, sanitária, social e ambiental. Produção e conservação ambiental são parceiros e não inimigos. Sem esse raciocínio, não vamos longe”, destaca Rodrigo Albuquerque. “Falar de bem-estar animal é bom não só para o animal, mas para o nosso bolso e para a alma.” 

A importância do projeto Desafio da Pecuária Responsável e o foco em bem-estar animal atraem mais de 80 empresas dos vários segmentos da cadeia da carne bovina e entidades de classe que defendem os mesmos princípios de sustentabilidade. Entre as entidades apoiadoras do projeto, estão a Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), a Associação Brasileira de Angus, a Associação Brasileira Marketing Rural e Agronegócios (ABMRA), a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) e a Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac). 

Os demais apoiadores são Agrivett, Agro in Blue, Agro Norte, Agroceres, Agropastoril Paschoal Campanelli, Aliança Rural, Beckhauser, Belgo Bekaert Arames, BigSal, Biogénesis Bagó, Boitel Chaparral, Bovexo, Campanário, Cara Preta, Cargill, CCPRMG, Cia. do Sal, Coimma, Comigo, Complem, Confinamento São Lucas, Cooprata, Costa e Costa, De Heus, Distribuidora Rebanho, Donato União Suplementação, EMA, Facholi, Fazenda Orvalho das Flores, FMX Consultoria, Fortuna Nutrição Animal, Fortuna Nutripontes, Friboi, Frima, Gesta UP, Grupo Avante, Grupo Brilhante, Guarantã Distribuição, Infinity, LFPEC, Mauricio Lerro, Maximus Agronegócio, Minerphos, MFG Agropecuária, Minerva, Multitrato, Na Fazenda, Nutrali, Nutrane, Nutrepampa, Nutri Star, Nutribeef, Oestevet, PNI Dispra, Potensal, Premix, Primato, Prodap, Qualitas Melhoramento Genético, Rações Futura, Rações RGL, Radar Mix, Rehagro, Revista Feed&Food, Revista Rural, Rico, Rural Agro Soluções, Target Nutrição Animal, Terra Desenvolvimento Agropecuário, Total Insumos, Trouw Nutrition e Vitasal. 

"O cuidado com os animais sempre foi nosso propósito. Nesse sentido, acreditamos que as pessoas são instrumentos de mudança. Por meio do Desafio da Pecuária Responsável, pretendemos conectar a pecuária e proporcionar estratégias sustentáveis. Este é um movimento de protagonismo e convidamos toda a cadeia produtiva a se unir e mostrar ao mundo como é possível produzir carne de forma responsável", comenta Ivan Fernandes. 

Para inscrições de projetos e mais informações sobre o Desafio da Pecuária Responsável, acesse: www.pecuariaresponsavel.com

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Presidente da UPB, Zé Coca defende a agroindustrialização da Bahia

  • Redação
  • 03 Ago 2021
  • 10:30h

(Foto: Reprodução)

Presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Jequié, Zé Coca (PP) saiu em defesa da a agroindustrialização da Bahia.

“É mais que importante. É fundamental para o Estado, que está presente sempre entre os cinco primeiros produtores de todas as culturas no ranking nacional”, disse, lembrando que o estado é o maior produtor nacional de guaraná, coco, sisal, graviola e cacau, dentre outras culturas.

O líder municipalista aplaudiu o anúncio feito pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), de que até 2022, 422 agroindústrias estarão funcionando no estado, gerando inclusão produtiva, mais empregos e renda, maiores oportunidades para agricultores e mais recursos circulando na economia dos municípios, melhores condições de vida, além de fixar o homem no campo, evitando o êxodo rural.

“Implantar indústrias onde houver produção agropecuária, para verticalizar e agregar valor às cadeias produtivas, é política acertada do governo Rui Costa, que tem todo apoio da UPB”, sinalizou Zé Cocá, destacando que a entidade está pronta a colaborar com a SDR no que for preciso.

Ele lembra que mais de 60% do território baiano é semiárido, onde a agroindustrialização teria, além do econômico, papel social fundamental, criando nova realidade para os municípios alcançados.

Ele cita como exemplo a região do sisal, cultura símbolo de resistência e adaptação à seca, cultivada por mais de 400 mil agricultores familiares, que podem ser beneficiados com a agroindustrialização e expansão da área plantada. O detalhe é que só pouco mais de 4% da folha do sisal é utilizada e transformada em fibra; 26% é mucilagem, 70% suco, subproduto ácido e que acaba descartado, prejudicando o meio ambiente.

Cocá acredita que a implantação de agroindústrias na região sisaleira vai permitir a utilização total da folha e agregar valor ao produto. A potencialidade da utilização dos subprodutos do sisal é imensa: a fibra pode ser utilizada na produção de móveis escolares; a partir do suco que hoje é descartado; pode-se produzir inseticida contra o ácaro de leprose dos citros, creme antifúngico e xampu contra caspa; ração animal com a mucilagem, e utilizar a bucha para construção de casas populares.

Zé Cocá lembra que a produção do sisal pode ser aliada à ovinocaprinocultura, destacando que a Bahia é líder na produção de caprinos e se destaca na criação de ovinos. “Com a política de agroindustrialização do Estado, a Bahia pode produzir queijo de cabra de alta qualidade, e garantir a sustentabilidade dessas culturas no semiárido”, confia o presidente da UPB.

Produtores de manga do Sudoeste baiano têm resultados positivos após consultoria do Sebrae

  • Nayla Santos
  • 30 Jul 2021
  • 15:18h

A consultoria oferecida dentro do projeto Agronordeste, por meio do programa Sebraetec, atendeu 44 fruticultores nos últimos oito meses. (Foto: Divulgação / Sebrae)

Uma consultoria realizada pelo Sebrae nos últimos 8 meses trouxe benefícios para as próximas colheitas de produtores de manga. Desde outubro de 2020, os produtores recebem a consultoria Melhoria do Processo Produtivo Agrícola, oferecida dentro do projeto Agronordeste, por meio do programa Sebraetec. A ação contempla 44 fruticultores dos municípios da região de Livramento de Nossa Senhora, Dom Basílio, Ituaçu, Guanambi, Sebastião Laranjeiras e Urandi.

O objetivo principal da consultoria é analisar a cultura da região e pontuar melhorias no processo produtivo. Os consultores indicam soluções práticas para aprimorar a sanidade, combate às doenças que afetam as plantações e ainda promover um aumento da produtividade da cultura com uma maior qualidade do fruto.

Nessa primeira consultoria, foram atendidos, exclusivamente, produtores de manga da região Sudoeste. Por isso, foi desenvolvida uma metodologia específica para esse tipo de cultura. O Sebrae contou com a parceria das prefeituras municipais da região e ainda do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), que indicaram os produtores que se encaixavam no perfil da consultoria. Mensalmente, esses produtores receberam as visitas de agrônomos que analisavam os pomares e indicavam as medidas mais assertivas a serem tomadas para melhoria da produção.

O momento de iniciar a consultoria é determinante para a obtenção de resultados satisfatório, já que a manga é uma cultura “safreira”, na qual o fruticultor pode escolher em que época vai produzir. O trabalho nutricional e de tratos culturais, que impacta diretamente os resultados da próxima safra, deve ser realizado na fase vegetativa, iniciada após a colheita da safra anterior e a emissão da próxima panícula de florescimento. Nessa edição, a consultoria foi 100% subsidiada pelo Sebrae, que disponibiliza, por meio do Sebratec, soluções em inovação e tecnologia às empresas. Essas soluções promovem a melhoria de processos de produtos e serviços.
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Resultados

Marcos César é produtor de manga palmer na região de Livramento de Nossa Senhora e participou da consultoria. Ele disse que recebeu o convite do Sebrae ano passado e aceitou de imediato, pois defende que o produtor rural necessita de capacitações para diminuir custos e aumentar produtividade e rentabilidade na lavoura.

O fruticultor aprovou o atendimento dos agrônomos que foram em seu pomar e se dispôs a seguir fielmente todas as recomendações. “Minha lavoura teve um resultado satisfatório, um desenvolvimento bom. Eu estou no momento com frutas no ponto de colheita e um fruto bom, de ótima qualidade. Agora vou trabalhar de maneira correta. Os erros que eu cometi ficaram no passado”, ressaltou o produtor.

O projeto agora está na fase final, com a conclusão dos relatórios que indicam os resultados obtidos em cada propriedade durante os oito meses. Segundo Mônica Rizério a analista do Sebrae em Brumado e gestora do projeto Agronordeste, foi possível observar propriedades com boa produção e excelente qualidade dos frutos em termos de tamanho e coloração.

Ainda de acordo com a analista, os relatórios e depoimentos têm sido animadores. “Foi um trabalho que nos deu bastante satisfação em realizar por ver os relatórios e por ver os resultados de produtividade e de melhoria nos processos”, concluiu Mônica.

Governo federal usa foto de homem armado para homenagear agricultores

  • Redação
  • 28 Jul 2021
  • 13:13h

Foto: Reprodução / Twitter / @SecomVc

A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República decidiu homenagear os agricultores pelo Dia do Agricultor, celebrado nesta quarta-feira (28), na rede social Twitter. Na publicação, a foto escolhida foi a de um homem armado. Na imagem, é possível ver um homem com uma espingarda sobre os ombros.

A foto usada pela Secom é distribuída em um banco de imagens chamado "iStock". A legenda da imagem, no site, é descrita como "silhueta de caçador carregando espingarda no ombro".

"Hoje homenageamos os agricultores brasileiros, trabalhadores que não pararam durante a crise da Covid-19 e garantiram a comida na mesa de milhões de pessoas no Brasil e ao redor do mundo", diz a publicação.