Governo indica José Mauro Ferreira Coelho para presidir a Petrobras
- TV Globo e g1
- 07 Abr 2022
- 07:01h
Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado
O governo federal anunciou nesta quarta-feira (6) a indicação do executivo José Mauro Ferreira Coelho para presidir a Petrobras.
Ferreira Coelho já atuou, por um ano e meio, como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. Por quatro anos, foi diretor da mesma área na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal também vinculada à pasta.
Também nesta quarta, o governo anunciou que o engenheiro civil Márcio Andrade Weber será indicado para presidir o Conselho de Administração da estatal. Ele já é membro do conselho da petroleira.
Para terem efeito, as duas indicações precisam ser confirmadas pela assembleia geral ordinária da Petrobras. A próxima reunião do colegiado deve acontecer daqui a uma semana, em 13 de abril.
Em comunicado de fato relevante divulgado pouco após o anúncio do governo, a Petrobras afirma que a confirmação de Ferreira Coelho como presidente "deverá ser deliberada posteriormente pelo Conselho de Administração da companhia" – indicando que o conselho pode fazer a votação em duas etapas, em dias distintos.
Os nomes foram escolhidos pelo governo depois que o economista Adriano Pires e o empresário Rodolfo Landim – indicados nas últimas semanas para presidir a Petrobras e o conselho de administração – informaram que não poderiam assumir os postos.
Na manhã desta quarta, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, havia dito ao blog da jornalista Ana Flor no g1 que as indicações seriam formalizadas antes do dia 13.
Com as recusas recentes de Pires e Landim, havia uma preocupação de que os nomes não chegassem aos membros da assembleia geral da Petrobras com a antecedência devida – o que poderia atrapalhar a apuração de eventuais conflitos de interesse dos indicados.
Ao todo, o governo federal indicará oito nomes para compor o Conselho de Administração da Petrobras, incluindo José Mauro Coelho. A lista inclui quatro membros atuais que o governo deseja reconduzir ao conselho.
A União é controladora da estatal e, por isso, pode indicar o maior número de membros do colegiado. O conselho de administração tem atualmente 11 integrantes, número máximo previsto.