Primeiro dia após fim da greve dos bancos é marcado por filas

  • 07 Out 2016
  • 15:34h

(Foto: Reprodução)

O primeiro dia de funcionamento dos bancos após a greve de 31 dias da categoria foi marcado por agências cheias e grande procura pelos serviços nesta sexta-feira (7). Na Bahia, somente a Caixa Econômica não retornou às atividades hoje. Nas agências bancárias de maior movimento, grandes filas se formaram do lado de fora. Nos bancos Itaú e Banco do Brasil, no Rio Vermelho, as filas se formaram antes da abertura das agências, às 10h. Em Assembleia realizada na noite desta quinta-feira (6), no Ginásio de Esportes do Sindicato da Bahia, os bancários decidiram por fim a grave da categoria que durou um mês. A estimativa do Sindicato dos Bancários é que cerca de 2 mil pessoas tenham participado da votação, que só terminou por volta das 22h.  O administrador Tiago Nunes disse que esperava havia uma hora na fila para pagar uma conta que só poderia ser pagar na área interna de uma agência Bradesco. 

'Estou tentando há uma hora entrar na agência, mas como o ar-condicionado da parte de atendimento está quebrado, eles não estão deixando as pessoas entrarem. Eles não conseguem organizar a fila com as pessoas'. Cerca de 30 pessoas aguardavam na área destinada aos caixas eletrônicos da agência. Segundo presidente do Sindicato dos Bancários na Bahia, Augusto Vasconcelos, ainda que durante as negociações a proposta inicial  tenha sido melhorada, o aumento foi insuficiente.  "Não havíamos possibilidade de avançar mais nas negociações e por isso a categoria decidiu por fim a greve. Foi uma paralisação difícil onde enfrentamos muitos entraves e ameaças. A Caixa é o único banco que mantêm a greve, porque os bancários acreditam que é possível avançar mais em pautas específicas", afirmou ao CORREIO. No acordo fechado junto Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) está previsto um reajuste salarial de 8% em 2016 e abono de R$ 3,5 mil. A proposta também inclui aumento de 10% no vale refeição e no auxílio-creche-babá e de 15% no vale alimentação. Os bancos também se comprometeram a garantir aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas. Os bancários pediam a reposição da inflação do período, mais 5% de aumento real (totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.


Comentários

    Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.