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Nova droga contra Alzheimer reduz placas nocivas no cérebro

  • 06 Nov 2016
  • 18:01h

(Foto: Reprodução)

Após a primeira fase de testes, uma nova droga conseguiu reduzir a formação de placas senir no cérebro de pacientes com a doença de Alzheimer. A fase 1 envolveu 32 pacientes, com resultados promissores. Chamada verubecestat, a nova droga ataca a enzima BACE1, importante na produção da proteína beta-amiloide. Segundo o G1, uma única dose da droga foi capaz de reduzir consideravelmente o nível da beta-amiloide no sangue e no fluido cérebro-espinhal de ratos e macacos. Esta foi a primeira vez que uma droga oral inibidora de BACE1 foi aprovada para testes com um grande número de pacientes.

Fumar gera mutações genéticas, diz estudo

  • 05 Nov 2016
  • 19:02h

Cigarro pode provocar mutações, segundo estudo (Foto: AP Photo/Gerald Herbert)

Cientistas do Instituto Britânico Wellcome Trust Sanger e do Laboratório Los Alamos, nos Estados Unidos, analisaram cinco mil tumores, comparando o câncer de fumantes com o de não fumantes. A análise ofereceu informações relevantes a partir dos traços genéticos encontrados nos tumores dos pacientes fumantes.O estudo, publicado pela revista Science, verificou que o dano genético poderia ser causado por diferentes mecanismos. Os pesquisadores descobriram que determinadas "impressões digitais” moleculares, também conhecidas como "assinaturas”, eram predominantes no DNA dos fumantes.

"Os resultados são uma mistura do esperado e inesperado, e revelam uma imagem de efeitos diretos e indiretos", diz o coautor Dave Phillips, professor de Carcinogênese no King's College, em Londres. Segundo a análise dos pesquisadores, as células que entram em contato direto com a fumaça inalada foram as mais prejudicadas pelas substâncias cancerígenas que diretamente causam a alteração no DNA da célula. Isso se verificou não apenas nos pulmões, mas também na cavidade oral, faringe e esôfago. As marcas genéticas observadas nesses órgãos não estavam presentes em tumores de outras partes do corpo, como o estômago ou o ovário, no caso das mulheres. Contudo, outros órgãos foram afetados. "Outras células do corpo sofreram apenas danos indiretos. O tabagismo parece afetar mecanismos-chave nessas células, que por sua vez alteram o DNA”, diz Phillips. O estudo também revelou que há pelo menos cinco processos diferentes de danos ao DNA devido ao tabagismo. O mais verificado foi um processo que pareceu acelerar o relógio celular, envelhecendo e alterando de forma prematura o material genético.

Histórico genético
De acordo com os pesquisadores, os tumores contêm pistas genéticas sobre os caminhos que os levam a se tornar canceroso. Os cientistas, agora, esperam se aprofundar ainda mais nesse campo. "O genoma de cada câncer provê uma espécie de ‘registro arqueológico' no próprio código de DNA, das exposições que causaram as mutações que causaram o câncer”, explica o professor Mike Stratton, autor principal do estudo publicado na Science. "Nossa pesquisa indica que a forma como o tabagismo causa câncer é mais complexa do que pensávamos." "Na verdade, não entendemos completamente as causas subjacentes de vários tipos de câncer e existem outras causas conhecidas, como a obesidade, sobre a qual entendemos pouco do mecanismo subjacente. Este estudo pode fornecer novas pistas provocantes sobre como os cânceres se desenvolvem e, portanto, como podem ser evitados”, diz Stratton.

Duração das sequelas
Os pesquisadores descobriram que quem fuma um maço por dia acumula 150 mutações adicionais por célula pulmonar a cada ano. "Até então, tínhamos um grande número de evidências epidemiológicas que ligavam o tabagismo ao câncer, mas agora podemos realmente observar e quantificar as mudanças moleculares no DNA devido ao fumo”, afirma Ludmil Alexandrov, do Laboratório Nacional de Los Alamos, outro autor do estudo. Embora os efeitos do tabagismo sobre os pulmões sejam particularmente acentuados, o alto risco de alterações em outros órgãos é considerado evidente a partir deste estudo. Houve uma média estimada de 97 mutações em cada célula da laringe, 39 mutações para a faringe, 23 mutações para a boca, 18 para a bexiga e seis mutações em cada célula do fígado para cada ano em que o paciente fumou um maço de cigarros por dia. Uma pesquisa publicada em setembro mostrou que as marcas do tabagismo podem ser detectadas até 30 anos depois que o indivíduo parou de fumar.

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Ministério da Saúde institui Dia Nacional de Combate ao mosquito Aedes aegypti

  • 04 Nov 2016
  • 15:21h

(Foto: Reprodução)

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta quinta-feira (3), afirmou que o governo fixou o dia 25 de novembro como o Dia Nacional de Combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika vírus e chikungunya. A partir do dia 20, será veiculada uma campanha publicitária para conscientizar a população sobre os cuidados com água parada para evitar a proliferação do mosquito. O ministro disse ainda que está sendo avaliada a possibilidade de a primeira-dama, Marcela Temer, ser uma espécie de madrinha da campanha. O modelo de Dia Nacional já foi adotado pela ex-presidente Dilma Rousseff, que determinou que ministros participassem presencialmente da campanha, realizada em 13 de fevereiro deste ano. As ações contarão com o apoio do Ministério da Educação. "Estamos pedindo ao MEC que oriente as escolas para que os professores, na última aula do dia na sexta-feira, tirem 10 minutos para orientar e motivar sobre a eliminação dos focos do mosquito", disse. Ao ser questionado se as ocupações atrapalharia esta iniciativa, Barros disse esperar que os estudantes não impeçam a ação de agentes e sugeriu que eles também possam atuar no combate ao mosquito. "Vai ser um grande favor que prestam à sociedade".

Veja os fatores de risco para câncer de mama que a população ainda ignora

  • 02 Nov 2016
  • 17:03h

(Foto: Reprodução)

Outubro foi marcado pelas ações da campanha Outubro Rosa, de prevenção e controle do câncer de mama. Mas a população ainda desconhece alguns fatores de risco importantes para a doença, como revela uma pesquisa feita com 270 pessoas no metrô de São Paulo. Álcool, obesidade e genética são alguns dos fatores de risco para a doença que a maioria das pessoas ignora. Segundo o levantamento, 86% dos participantes não acreditam que o consumo de álcool pode aumentar o risco de câncer de mama. Segundo uma pesquisa divulgada em julho, o consumo de álcool está diretamente relacionado a sete tipos de câncer, incluindo o de mama. Para 78% das pessoas que responderam à pesquisa, a obesidade não está relacionada ao surgimento do câncer de mama, mais um exemplo de desconhecimento da população sobre a doença. Segundo uma análise feita em 2002 pela Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, em inglês), o câncer de mama é um dos 13 tipos de câncer relacionados ao sobrepeso

 

Os paulistanos também têm poucos conhecimentos sobre o papel da genética no câncer de mama. Somente 2% das mulheres e 8% dos homens consideram que filhas, sobrinhas e irmãs de mulheres que tiveram câncer de mama têm mais risco de desenvolver a doença. A percepção vai contra achados científicos que apontam para várias mutações genéticas relacionadas ao câncer de mama. O levantamento sobre o conhecimento da população sobre o câncer de mama faz parte da campanha Cada Minuto Conta, parceria entre União Latino-americana Contra o Câncer da Mulher (Ulaccam) e a Pfizer, e teve o apoio da ONG Oncoguia.Câncer mais comum entre mulheres
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Segundo estimativa do Inca, o Brasil deve ter 57.960 novos casos de câncer de mama em 2016. O câncer de mama também pode atingir homens, mas apenas 1% dos casos da doença correspondem a eles. Em 2013, último ano com dados disponíveis, 14.388 pessoas morreram de câncer de mama no Brasil, sendo 14.206 mulheres e 181 homens.

Diagnóstico
A realização anual da mamografia para mulheres a partir de 40 anos é importante para que o câncer seja diagnosticado precocemente. O autoexame é muito importante para que a mulher conheça bem o seu corpo e perceba com facilidade qualquer alteração nas mamas e assim procure rapidamente um médico. Vale lembrar que o autoexame não substitui exames como mamografia, ultrassom, ressonância magnética e biopsia, que podem definir o tipo de câncer e a localização dele.

Tratamento
O câncer de mama tem pelo menos quatro tipos mais comuns e alguns outros mais raros. Por isso, o tratamento não deve ser padrão. Cada tipo de tumor tem um tratamento específico, prescrito pelo médico oncologista. Entre os tratamentos estão a quimioterapia e radioterapia, a terapia alvo e a imunoterapia.

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Gravidez tardia pode estar elevando risco de câncer de mama em gestante

  • 30 Out 2016
  • 20:02h

(Foto: Reprodução)

A incidência do câncer de mama gestacional é "baixa" mas, nos últimos anos, especialistas no tema observaram um aumento no número de casos associados "provavelmente" ao atraso na idade para a ter a primeira gravidez, ou seja, passando dos 30 anos. Esse é o resultado de um estudo do Grupo Espanhol de Pesquisa em Câncer de Mama (Geicam), apresentado este mês no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica em Copenhague, na Dinamarca, que conclui ainda que a metade dos casos de câncer de mama gestacional - em grávidas ou no ano seguinte à gravidez - é do tipo basal, o mais agressivo e difícil de tratar. 

De acordo com os pesquisadores, esta análise - que teve a participação de 70 pacientes - ajuda a aprofundar as investigações sobre as possíveis causas que levam a gravidez nestas mulheres a se tornar uma condição biológica propícia para o desenvolvimento destes tumores. O trabalho se centra na identificação de perfis de expressão genética associados especificamente ao câncer de mama gestacional, já que, para os pesquisadores, o aumento do conhecimento biológico e molecular desta patologia tem um grande interesse. Em declarações à Agência Efe, o principal pesquisador do estudo, o oncologista Juan de la Haba, explica que qualquer tecido humano é formado por células que alcançam amadurecimento e é então que seu DNA fica "muito mais seguro e resistente" a danos que pode ocasionar o surgimento de um câncer.

Gravidez previne câncer de mama
No caso do câncer de mama, Haba afirma que as células da glândula mamária adquirem amadurecimento completo quando este órgão desenvolve a função para o que foi criado: a amamentação. Ele lembra que a gravidez previne o câncer de mama se ocorre cedo e a opção de não ter filhos aumenta o risco de ter a doença. Segundo ele, uma glândula mamária que chega aos 35 anos sem ter cumprido sua função têm células imaturas e que, além disso, foram submetidas durante mais tempo a agentes externos. "Quando a mulher fica grávida a partir dos 30 anos, essas células até então não maduras, são submetidas a um estímulo proliferativo, ou seja, do crescimento da mama e, se existe dano em nível celular, a gravidez pode atuar como estímulo à proliferação de células que estão danificadas", diz ele.

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Risco de diabetes pode dobrar com duas doses de bebida açucarada por dia

  • 30 Out 2016
  • 16:01h

(Foto: Reprodução)

Um dos centros de pesquisa mais respeitados da Europa apontou que duas doses diárias de bebidas açucaradas ou adocicadas artificialmente podem mais que dobrar o risco de desenvolvimento de diabetes ao longo da vida. O Instituto Karolinska analisou 2,8 mil adultos, segundo o jornal O Globo. Aqueles que consumiram duas doses de 200 ml de refrigerantes ou sucos artificiais apresentaram chance 2,4 vezes maior de desenvolver diabetes tipo 2. O instituto ainda apontou que pessoas que consomem cerca de 1 litro de refrigerante por dia aumentam esse risco em dez vezes. De acordo com os cientistas, as bebidas açucaradas podem induzir a resistência à insulina, o que acionaria casos de diabetes.

Brasil já registrou mais de 200 mil casos de zika e 1,4 milhão de dengue em 2016

  • 30 Out 2016
  • 10:01h

(Foto: Reprodução)

Boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (26) registrou 200.465 casos prováveis de zika e 236.287 de chikungunya no Brasil, em 2016. Já os casos prováveis de dengue chegaram a 1.438.624. Do total de notificações de zika, 54,8% foram confirmadas, com maior incidência no Mato Grosso (672,8 casos a cada 100 mil habitantes), Rio de Janeiro (363,6 casos por 100 mil) e Bahia (331,1 casos por 100 mil). Em todo o país, a incidência é de 98,1 casos por 100 mil habitantes. Já do total de casos de chikungunya, 49,3% foram confirmados. A Bahia é o estado com maior número absoluto de casos (46.308). Foram registradas, no Brasil, 120 mortes pela doença. Ainda segundo o relatório, a incidência de dengue foi de 703,7 casos a cada 100 mil habitantes do país. Foram confirmadas 563 mortes e 762 casos de dengue grave durante todo o ano.

Entenda a epidemia de sífilis no Brasil e saiba como se proteger

  • 29 Out 2016
  • 16:01h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde lançou na última semana ação nacional de combate à sífilis e classificou a situação que o Brasil enfrenta como uma epidemia da doença. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, nos últimos cinco anos, foram quase 230 mil novos casos. Em 2015, 65 mil casos, um aumento de 32% em relação ao ano anterior. Com relação à sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê na gestação e principal foco da campanha, o número quase triplicou. Em 2010, a cada mil bebês nascidos, dois (média de 2,4) eram portadores de sífilis. No último ano, esse número subiu para seis (média de 6,5). A sífilis, uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, é transmitida apenas pelo contato sexual e da gestante infectada para o feto. 

O uso de preservativos é determinante na prevenção e propagação da doença. — Com o avanço no tratamento contra HIV e como a sífilis não tem tanta visibilidade, as pessoas perderam o medo e abandonaram o uso da camisinha. Elas se esquecem das doenças que vêm a reboque — alerta o urologista Marcus Vinícius Verardo de Medeiros, do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Sociedade Brasileira de Urologia. No caso da sífilis congênita, o médico explica que, para evitar sequelas no bebê, é preciso identificar a doença na mãe durante o pré-natal, principalmente, no primeiro trimestre da gravidez. Se a infecção não for tratada, pode gerar má-formação da criança, aborto espotâneo e até a morte. A sífilis tem cura e o tratamento é com antibióticos à base de penicilina. O homem ou a mulher que tiverem a doença, entretanto, não ficam imunes à ela. — Temos que estimular que as mães façam o pré-natal a tempo de não contaminar a criança. O pré-natal identifica ainda outras doenças infecciosas. A sífilis é silenciosa, dá apenas pequenos sinais. Se não for feita a testagem, a pessoa pode ficar sem saber por décadas. É aí ue entra o perigo — diz o infectologista Paulo Santos, do Oeste D’Or.  De acordo com Marcus Vinícius, os motivos que podem ter causado este aumento no número de casos são: aumento do número de diagnósticos por conta da distribuição de testes rápidos, desabastecimento global de penicilina e o abandono do uso de preservativos pela geração sexualmente ativa hoje.

Os diferentes estágios e o diagnóstico

A sífilis tem diferentes estágios e atinge homens e mulheres. Na fase primária, surge ferida, geralmente única, no local de contato com a bactéria, como pênis, vagina, ânus e boca. A lesão, que surge entre dez e 90 dias após o contágio, não dói, não coça e pode cicatrizar sozinha. No estágio secundário, os sinais, que aparecem entre seis semanas e seis meses depois, são manchas, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés. Após a fase assintomática, que tem duração variável, há a terciária. Neste estágio, surge, de dois a 40 anos depois da infecção, lesões ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte. O diagnóstico é simples. É feito através do teste rápido de sífilis, que está disponível no SUS. O resultado pode sair em, no máximo, 30 minutos. O tratamento é feito com a penicilina benzatina, mas recomenda-se procurar um médico para diagnóstico correto e tratamento adequado.

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Sesab usou apenas 7% dos recursos federais para combate direto ao Aedes em 2015

  • 29 Out 2016
  • 15:01h

(Foto: Reprodução)

O Brasil enfrentou, em 2015, uma epidemia de três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: dengue, zika e chikungunya. Em boletins divulgados pelo Ministério da Saúde, a Bahia era facilmente encontrada no topo da lista de estados com maior número de casos. Foram aproximadamente 140 mil pessoas contaminadas pelo mosquito no estado. No entanto, um relatório elaborado pela Controladoria Geral da União (CGU), por meio do Programa de Fiscalização em Entes Federativos, apontou que, neste mesmo ano, a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) aplicou apenas 7,37% dos recursos repassados pelo Ministério da Saúde para ações diretas de combate ao Aedes aegypti. No total, foram repassados cerca de R$ 37 milhões para a Bahia no exercício de 2015, porém somente R$ 2,7 milhões foram aplicados diretamente no combate ao mosquito. 

Por meio de ofício enviado à CGU, a Sesab informou não ter conhecimento de uma portaria editada pelo ministério que autorizou repasse financeiro para ações de combate ao mosquito. "Como o recurso cai em conta única do bloco de vigilância da saúde, o setor financeiro, ao retirar o extrato do repasse do FNS, não atentou para esse valor, achando que era repasse habitual do bloco de vigilância em saúde", justificou. "Em 2016 esse valor de R$ 2.356.433,80 será utilizado para aquisição de equipamentos de proteção individual e bombas costais para distribuição aos municípios", completou. Com relação a outra portaria, que liberou repasse complementar de R$ 1,6 milhão, a secretaria informou que o recurso foi utilizado para repasse de incentivo financeiro aos 417 municípios baiano. Entretanto, o documento rebate que a justificativa não procede, já que a portaria foi editada em momento posterior ao repasse para os municípios.Entre diversas outras questões apontadas pela CGU no relatório, uma ganha destaque: a contratação e pagamento irregular da Biofábrica Moscamed Brasil, conhecida pela fabricação de Aedes aegypti geneticamente modificado. De acordo com o documento, a Sesab informou ter destinado à empresa R$ 1 milhão do montante destinado a ações de combate ao mosquito. "Nos exercícios de 2013 e 2014 os pagamentos para a Moscamed relativos ao Contrato foram realizados com recursos próprios, e totalizaram R$ 2.269.231,65, mas a partir de 2015, a Sesab passou a utilizar os recursos transferidos pelo FNS [Fundo Nacional de Saúde] para custear a pesquisa em comento", completa. A CGU informa que, a partir das portarias que definem o destino dos recursos, é possível compreender que não seria possível o emprego do valor para a pesquisa. "A impossibilidade de utilização dos recursos federais para o custeio da pesquisa em comento foi ressaltada em Parecer Técnico da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), 23 de julho de 2012", ressalta no texto. Ainda foi verificada a contratação irregular da Moscamed por inexigibilidade de licitação, inadequação do instrumento jurídico utilizado para contrato, falta de comprovação dos custos, falta de fiscalização do contrato, conflito de interesse na contratação e execução dos serviços – gestores e técnicos da Sesab compõem os conselhos de administração e fiscal da empresa – e ausência de consulta ao Conselho Estadual de Saúde. Apesar de justificativas apresentadas pela Sesab por meio de ofício, a CGU ressalta que "chama a atenção que o gestor não esclareceu, em sua manifestação, o custeio da pesquisa em comento com os recursos federais", bem como não esclareceu por que "realizou o custeio da pesquisa em comento com recursos do Bloco da Vigilância em Saúde sem qualquer deliberação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que possibilitasse uma excepcionalização das hipóteses de uso desses recursos federais em ações não especificadas para os Estados nas Portarias do ministro da Saúde". A entidade federal ainda reforçou que a eventual colaboração do Ministério da Saúde no acompanhamento do Projeto Aedes Transgênico não teria o condão de qualificar um contrato da Sesab com uma entidade privada numa ação de promoção de cooperação e de intercâmbio técnico científico. Tal cooperação seria apenas entre a União e o Estado da Bahia. A CGU concluiu que as diversas falhas cometidas pela secretaria impactaram sensivelmente na implementação de ações de combate ao Aedes aegypti no estado. Apesar de tentativas do Bahia Notícias, a Sesab não retornou contato sobre o assunto.

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Número de ataques com seringa na Bahia sobe para 16

  • 27 Out 2016
  • 13:32h

(Foto: Reprodução)

O número de vítimas de ataques com seringa na Bahia subiu para 16 nesta quarta-feira (26). Segundo informações do jornal Correio, os últimos casos foram registrados na Cidade Baixa e em Cajazeiras. Ao todo, foram atacados seis homens e dez mulheres – a maior parte na Cidade Baixa, mas há vítimas também em outras localidades de Salvador: Avenida Sete de Setembro, Avenida Joana Angélica, Liberdade, Pau da Lima, São Cristóvão, Fazenda Coutos; além de Lauro de Freitas, na região metropolitana, e Feira de Santana. Os investigadores estão aguardando a vítima que foi espetada em um ponto de ônibus em São Cristóvão, no último sábado (22), para fazer o retrato falado do suspeito. A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que não irá mais divulgar o número de casos registrados nas unidades de saúde do estado. "Em relação aos casos de acidentes com perfurantes em via pública, a Secretaria da Saúde do Estado informa que todos os casos estão sendo relatados para o Departamento de Polícia Metropolitana da Polícia Civil e, em função do processo de investigação em curso, não estamos mais divulgando os registros dos atendimentos realizados nas unidades de saúde do estado", diz a pasta em nota.

Caixa oferece novas condições de crédito para hospitais que prestam serviços ao SUS

  • 27 Out 2016
  • 07:03h

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A Caixa Econômica Federal oferece, a partir desta semana, novas condições para a linha de crédito destinada a Santas Casas, hospitais e entidades filantrópicas. De acordo com a Caixa, o objetivo da operação é disponibilizar capital de giro para instituições que prestam serviços para o Sistema Único de Saúde (SUS). O prazo máximo para pagamento do crédito foi ampliado de 84 para 120 meses. O crédito pode ser contratado com até seis meses de carência e as taxas variam de acordo com o perfil do cliente e a estrutura da operação. Também foi ampliada a margem de consignação de 30% para 35%. Para este ano, segundo a Agência Brasil, a Caixa destinou R$ 800 milhões para a linha de crédito, com previsão de incremento em 2017. Atualmente, os recursos aplicados pelo banco nesse tipo de crédito estão em R$ 2,5 bilhões. Destinado a entidades filantrópicas e filiais de entidades não filantrópicas, o crédito Caixa Hospitais é uma linha que antecipa os recursos a receber do Ministério da Saúde (Fundo Nacional de Saúde - FNS), referentes aos serviços ambulatoriais e de internações hospitalares prestados ao SUS.

Teste rápido de zika será disponibilizado pelo SUS

  • 26 Out 2016
  • 10:41h

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O Ministério da Saúde anunciou ontem que vai comprar 3,5 milhões de testes rápidos para identificar o vírus da zika, no valor de R$ 119 milhões. Os testes, produzidos pela Bahiafarma, laboratório ligado à Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), começarão a chegar nos postos a partir de novembro, em todas as regiões do país. Está prevista a distribuição de dois milhões de kits até o final deste ano e o restante até fevereiro de 2017. Fruto da parceria entre o governo do estado e a empresa sul-coreana Genbody Inc., a tecnologia confirma, em 20 minutos, se o paciente está ou já foi infectado pelo vírus, independentemente do tempo de infecção - atualmente o teste ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS) é o PCR (biologia molecular), que só detecta a doença enquanto o vírus estiver presente na corrente sanguínea. Cada kit custará ao ministério R$ 34 - quatro vezes menos que o valor proposto por outra empresa do mercado, segundo a Sesab. A indicação de quem deve ou não fazer o teste fará parte de um protocolo, que deverá ser divulgado pelo ministério no mês que vem. Os testes serão feitos por indicação do médico. O diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, afirmou que há alguns critérios já estabelecidos: gestantes com sintomas de zika, gestantes que tenham feito exames de ultrassom que indiquem a suspeita de que o feto apresenta má-formação no sistema nervoso central, adultos de ambos os sexos com suspeita de zika e que apresentem um quadro mais grave, com sintomas de problemas neurológicos. “Pela primeira vez, temos um laboratório público, que não é a Fiocruz, produzindo um teste diagnóstico de ponta”, comemorou o secretário estadual da Saúde, Fábio Villas Boas.

Ministério da Saúde quer implementar prontuário eletrônico até dezembro

  • 25 Out 2016
  • 07:02h

Alckmin participa de evento com ministro da Saúde em São Paulo (Foto: Carolina Dantas/G1)

O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou na manhã desta segunda-feira (24), em São Paulo, um projeto de digitalização do atendimento e dos dados dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. A digitalização do prontuário eletrônico deverá ser feita pelas prefeituras de todos os municípios até o dia 10 de dezembro. O sistema já está instalado em 1.920 cidades do país.“Nós demos um prazo até 10 de dezembro para que todos os sistemas estejam integrados ao Ministério da Saúde. Sabemos que há um grande impacto positivo na saúde dos brasileiros quando aplicamos novos recursos, investindo na atenção básica. Mais da metade da população brasileira é atendida em municípios que utilizam prontuário eletrônico, portanto, basta fazer a integração”, ressaltou o ministro Ricardo Barros. 

Caso a medida não seja tomada, o Ministério anunciou que deverá cortar a verba direcionada para o Piso de Atenção Básica Variável (PAB) do município. Este recurso é responsável por abastecer os programas Saúde da Família, Brasil Sorridente e para os Centro de Atenção Psicossocial (CAPs). De acordo com o ministro, os prefeitos podem enviar uma justificativa para um atraso na implementação e isso deverá ser notificado ao governo federal. Cerca de R$ 89 milhões deverão fazer base para que o sistema passe a funcionar. Em até 60 dias, todo o projeto deverá estar funcionando, diz o Ministério. Além do prontuário, deverá ocorrer uma unificação de 9 sistemas do SUS, criação da biometria dos pacientes e uma tramitação 100% digital dos documentos gerados do sistema de saúde.

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'Epidemia silenciosa', osteoporose atinge 10 milhões de brasileiros

  • 23 Out 2016
  • 20:02h

(Foto: Reprodução)

Dia 20 de outubro comemorou-se o dia mundial da prevenção a osteoporose, porque sim, é possível prevenir essa doença que afeta cerca de 10 milhões de brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso). A osteoporose é uma fragilidade na microarquitetura do osso, causando a perda da densidade óssea, e é diagnosticada por meio do exame de densitometria óssea. "O raio-x ajuda, mas é impreciso, afinal o problema só aparece no raio-x quando há mais de 30% de perda da densidade do osso", explica o reumatologista e fisiatra Arnaldo Libman, do Centro de Reumatologia Ortopédica Botafoto (CREB), no Rio de Janeiro. De acordo com o especialista, o maior problema dessa doença é que ela é uma "epidemia silenciosa" e, geralmente, sóé diagnosticada após uma fratura mais grave. Muitas vezes, as pessoas nem sabem que os ossos já estavam fraturados e só vão ao médico quando sentem dores. Mas antes do desenvolvimento de uma osteoporose, geralmente desenvolve-se uma osteopenia. Nesse estágio, os ossos já perderam uma quantidade considerável de cálcio e, consequentemente, da massa óssea. Se tratado nesse estágio, os efeitos do tratamento são mais positivos. Se a perda dessa massa for muito profunda, a doença evolui para uma osteoporose. 

Conhecida como uma doença de idosos, a osteoporose começa a se desenvolver desde a juventude, mas só costuma se manifestar após os 50 anos. Isso porque, segundo Libman, "quando a gente nasce, a gente faz uma 'caderneta de poupança' de cálcio até uns 20 e poucos anos. A partir daí, existe uma perda de cálcio natural". A substância é obtida através do leite, inicialmente o materno, depois o de vaca e seus derivados. Mas não é só de cálcio que o osso precisa. "Não adianta tratar a osteoporose só com a reposição de cálcio. Quase sempre existe a ausência de vitamina D. E isso é muito discutido entre os médicos, por que como num país tropical como o nosso, em que há excesso de sol, há ausência de vitamina D, que é metabolizada através dos estímulos dos raios solares? É importante informar a população sobre isso", explica o reumatologista. Além disso, há fatores de risco para o desenvolvimento da doença, como as mulheres. No Brasil, cerca de 30% das pessoas do sexo feminino têm osteoporose no período pós-menopausa. Nos Estados Unidos, estima-se que o número total de pacientes com a condição seja de 9 milhões de pessoas e, dessas, 7 milhões são mulheres.

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‘Profissionais devem reconhecer limite de procedimentos estéticos’, defende cirurgiã

  • 23 Out 2016
  • 18:02h

Cada profissional deve reconhecer o limite de procedimentos estéticos e demonstrar sua opinião ao paciente. Esse é o entendimento da cirurgiã dentista Thamires Souza, que explicou ao Bahia Notícias que as técnicas de harmonização facial, como botox, bichectomia e preenchimento devem ser realizadas de acordo com a queixa do paciente, mas sempre com uma indicação do profissional. A harmonização facial, técnica que tem ganhado a atenção de pessoas com alguma insatisfação com o próprio rosto, busca dar um contorno e forma à face do paciente sem retirar as características principais e naturais da pessoa. No entanto, não é o que vemos em alguns casos, como destaca Thamires. 

“Hoje o que vemos são celebridades, tanto nacionais, como internacionais, fazendo procedimentos que descaracterizam o rosto, que deixam artificial. E o maior problema disso é que as intervenções faciais não podem ser escondidas, como os outros”, afirmou. A busca crescentes pelos homens chegou a alcançar um aumento de 30% nos últimos três meses, de acordo com ela. O Brasil é o vice campeão em número de cirurgias estéticas realizadas, perdendo apenas para os Estados Unidos. Um relatório divulgado em 2015 pela Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética apontou que, só em 2014, os homens foram submetidos a mais de 1 milhão de tratamentos estéticos não cirúrgicos, sendo botox o mais procurado. Mesmo criticando os procedimentos que são feitos sem necessidade, Thamires afirmou que geralmente não é o perfil atendido nas clínicas diariamente.  “Eu acredito que as pessoas sempre querem fazer tratamentos que tragam a naturalidade. Os pacientes buscam dar harmonia, não artificialidade”, avaliou.

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