BUSCA PELA CATEGORIA "Saúde"

O jovem que viveu dois meses enclausurado em seu próprio corpo e se recuperou para contar a experiência

  • 13 Mar 2017
  • 19:04h

(Foto: Reprodução)

Ao contrário de outros pacientes que sofrem da síndrome do encarceramento, Juan não conseguia se comunicar nem com o movimento dos olhos. E assim permaneceu por pouco mais de dois meses.Margarita conta que às vezes era difícil manter o otimismo, pois "se passaram muitos dias e muitas horas sem que houvesse sinal algum" na tentativa de se comunicar com o filho. Até que um dia, por razões ainda desconhecidas, ocorreu algo extraordinário."Era um dia ensolarado, lindo. Foi o primeiro dia em que ele saiu do quarto; eu e meu marido o levamos para fora", lembra Margarita.Juan lembra que, sem mais nem menos, conseguiu rir depois que sua mãe disse algo como "você sempre será minha pequena Branca de Neve..."."Eles perceberam", relata Juan.Margarita conta que ela e o marido estavam rindo quando, de repente, o filho começou a rir também. "Para mim, foi um sinal muito específico de que iria se recuperar".Finalmente Juan havia conseguido sinalizar às pessoas que o rodeavam que ele estava consciente."Ficaram eufóricos, cheios de alegria", lembra.

 

Segundo a apresentadora da BBC, a ciência ainda não consegue explicar por que de repente Juan conseguiu se comunicar."Como e por que isto ocorre com alguns pacientes, o que desencadeia a síndrome... São algumas das grandes interrogações da medicina", disse Weston.Essa a área investigada por Adrian Owen, da Universidade de Ontario Ocidental (Canadá), que tenta identificar quais pacientes estão realmente em estado vegetativo e quais estão conscientes, mas incapazes de se comunicar.Owen examinou Juan quando este estava em "coma" e, novamente, quando começou a se recuperar. Seu caso é importante para ajudá-lo a entender quando há ou não consciência."Naquele momento (quando estava em aparente estado vegetativo), não havia absolutamente nenhuma resposta a estímulos. Seus olhos estavam abertos, mas não havia mais nada", ressalta Owen.Mesmo assim, Owen confirmou que Juan reconhecia o rosto de seu ajudante e lembrava de lugares e de situações que tinham ocorrido. Em sua pesquisa, o neurocientista usou ressonância magnética para analisar o fluxo sanguíneo no cérebro de pacientes em aparente estado vegetativo.Owen pedia que eles se imaginassem jogando tênis. Se entendessem e seguissem a instrução, o pesquisador conseguia confirmar a funcionalidade do cérebro.Desta maneira, o neurocientista concluiu que 20% dos pacientes em estado aparentemente vegetativo têm consciência do que ocorre ao seu redor.Quase quatro anos depois, Juan cursa a graduação de Ciências Naturais e, aos poucos, reaprende a caminhar."Lembro de repetir com frequência a mim mesmo: vou voltar a andar. Isto me motivou a seguir em frente", conta Juan. "Acho que daqui a um ano estarei caminhando de novo".Já Margarita, com um sorriso no rosto, afirma: "Percebemos agora a vida de uma maneira totalmente diferente. É extraordinário".

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OMS afirma que consumo de drogas causa 500 mil mortes anuais

  • G1
  • 13 Mar 2017
  • 15:07h

(Foto: Reprodução)

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, fez um alerta nesta segunda-feira (13) em Viena de que as drogas causam cerca de meio milhão de mortes anuais e que, em alguns aspectos, a situação piorou nos últimos anos."A OMS estima que o consumo de drogas é responsável por cerca de meio milhão de mortes a cada ano. Mas este número só representa uma pequena parte do dano causado pelo problema mundial das drogas", disse Chan durante seu discurso perante a Comissão de Narcóticos da ONU, que reúne-se em Viena.O número contrasta com a estimativa oferecida pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o crime (UNODC), que no ano passado estimou que as mortes devido ao consumo de drogas eram pouco mais de 200 mil."Em alguns aspectos, a situação está piorando e não melhorando. Muitos países estão experimentando uma crise de emergência sanitária devido às mortes por overdose", acrescentou a diretora da OMS.

Chan não deu mais detalhes sobre esse dado, mas um recente relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) indicava que nos EUA quase duplicaram as mortes por overdose entre 2013 e 2014, quando o país registrou mais de 47 mil mortes por essa causa.A diretora da OMS pediu perante os 53 países da Comissão que o consumo de drogas seja abordado como um problema de saúde pública e não apenas como uma questão criminal. Entre os países da Comissão estão Irã e China, países com castigos severos para o consumo de drogas e o narcotráfico, que podem inclusive chegar à pena de morte."Gostaríamos de ver mais consumidores de drogas atendidos pelo sistema sanitário ao invés de processados pelos tribunais", pediu Chan. "O principal objetivo do controle de drogas é salvar vidas" e reduzir "os danos sociais" causados por seu consumo, lembrou."Quase todos nesta sala conhecerão ou saberão de pais que têm um filho com problemas de drogas. Esses pais querem que seu filho receba um tratamento, não o querem na prisão", disse.Chan também defendeu as conhecidas políticas de redução de danos que consistem, entre outras coisas, em programas de tratamento substitutivo com metadona e que em países como Irã ou Rússia são proibidos. "As políticas sobre drogas devem estar baseadas em evidências e não em emoções ou ideologias", concluiu.

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Número de brasileiros doadores de órgãos bate recorde em 2016

  • 12 Mar 2017
  • 15:07h

(Foto: Reprodução)

Em 2016, o Brasil registrou o maior número de doadores efetivos da história: foram 2.983 doadores. O  número representa uma taxa de 14,6 PMP (por milhão da população), 5% maior em comparação a 2015. Além disso, registrou-se crescimento de 103% no número de potenciais doadores entre 2010 e 2016, passando de 4.997 para 10.158. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. Outro recorde ocorreu em relação aos transplantes de coração. Em 2016, foram 357 procedimentos, crescimento 13% em relação ao ano anterior. O decreto nº 8.783, assinado pelo presidente Michel Temer, em junho de 2016, viabilizou aumento de 13% dos transplantes de coração, passando de 5, em 2015, para 46 órgãos transportados, somente pela Força Aérea Brasileira (FAB). Somando todos os órgãos transportados pela FAB, como coração, fígado, pulmão e rim, houve aumentou de 3.340%, passando de cinco para 172 após a publicação da lei. O decreto estabeleceu que a Aeronáutica deve manter um avião em solo, à disposição, para qualquer chamado de transporte de órgãos ou de pacientes em aguardo de transplantes no Sistema Único de Saúde (SUS). 

“O Brasil tem avançado, cada vez mais, na área de transplantes. Em 2016, com a assinatura do decreto do presidente Michel Temer, demos um importante passo. Esse esforço conjunto do governo federal, para garantir a logística de órgãos para transplante, já salvou 162 vidas. Ainda precisamos avançar mais, especialmente diminuindo a taxa de recusa das famílias brasileiras em relação à doação de órgãos”, afirmou o ministro Ricardo Barros. Entre 2010 e 2016, houve aumento de 19% no número geral de transplantes, com destaque para quatro órgãos, além do coração: rim (aumento de 18%, passando de 4.660 para 5.492 transplantes); fígado (aumento de 34%, passando de 1.404 para 1.880); medula óssea (crescimento de 39%, saltando de 1.695 para 2.362); e pulmão (crescimento de 53%, passando de 60 para 92). Em relação à fila de espera, em dezembro do ano passado, havia 41.042 pessoas aguardando por um transplante, sendo a maior parte delas (24.914) para rim. Já a taxa de aceitação familiar, em 2016, foi de 57% (anos anteriores: 2013 – 56%; 2014 – 58%; e 2015 – 56%). 

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Sesab inicia distribuição de repelentes a gestantes no próximo dia 15

  • 05 Mar 2017
  • 12:08h

(Foto: Reprodução)

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) inicia no próximo dia 15, cinco dias antes do fim do verão, a distribuição de repelentes adquiridos pelo Ministério da Saúde, destinados a gestantes beneficiárias do programa Bolsa Família. O quantitativo previsto pelo Ministério da Saúde prevê a entrega de mais de 109 mil repelentes por mês, tendo o Diethyl Toluamide (DEET) como substância ativa, que oferece proteção por até 10 horas contra insetos como Aedes aegypti, Culex e Anopheles aquasalis, de até 10 horas. Há sete lotes de distribuição, de acordo com o cronograma estabelecido – desses, dois estarão disponíveis na primeira entrega. Os municípios que recebem a maior quantidade são Salvador (9.810), Feira de Santana (2.904), Juazeiro (2.104), Vitória da Conquista (2.032), Itabuna (1.150), Jequié (1.236), Ilhéus (1.108), Porto Seguro (1.090), Lauro de Freitas (1.068) e Barreiras (1.046). Para a retirada, as 417 secretarias municipais de saúde devem apresentar à Central Farmacêutica da Bahia (Cefarba) os mesmos documentos solicitados para entrega de medicamentos do componente básico de assistência farmacêutica. É preciso agendamento prévio, com antecedência mínima de três dias, pelo e-mail [email protected]. Os gestores podem esclarecer dúvidas no número (71) 3376-3697. A lista completa de municípios está disponível no site da Sesab.

Doação de leite, de medula e de sangue; Veja como funcionam e quem pode doar

  • 05 Mar 2017
  • 07:08h

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A Dra. Ana Escobar explica qual é o tipo de câncer mais comum entre as crianças e quais as chances de cura. E você sabe como funciona o nosso sistema imunológico? Do que depende a eficiência no combate aos vírus e bactérias? E quando tudo falha? O hematologista Philip Bachour explica como funciona o transplante de medula e o tratamento com células-tronco. E mais: a importância dos bancos de leite para a saúde dos bebês prematuros. Como o Isaac, que com apenas três meses já teve problemas no intestino, no cérebro e no coração.

Leite – Uma atitude que não dói, não custa dinheiro e faz um bem enorme para a alma das mães é doar o leite materno excedente, aquele que sobra depois que o bebê mamou. Esta doação é fundamental para salvar quem chegou ao mundo já precisando de ajuda. O leite pode durar até 10 dias guardado no congelador. Todo leite retirado ao longo desse período pode ser colocado no mesmo frasco, mas é importante marcar a data do primeiro depósito, porque é a partir dela que vai ser contada a validade. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, ligada à Fiocruz, tem postos de coleta em várias cidades brasileiras. 

 Medula óssea – A medula é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, conhecido popularmente por “tutano”. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. O transplante de medula reforça todo o sistema imune, é como uma injeção de ânimo para o corpo debilitado. A substituição da medula óssea realizada no transplante, além de restaurar a produção das células sanguíneas, substitui o sistema imunológico do paciente pelo do doador. Quando a compatibilidade acontece, a medula é uma arma eficiente para combater o câncer. O transplante pode ser indicado para tratamento de um conjunto de cerca de 80 doenças, incluindo casos de mieloma múltiplo, linfomas e doenças autoimunes. O Brasil possui o terceiro maior banco de medula óssea do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha, porém, nosso maior problema é a mistura de raças, que torna o processo de compatibilidade complexo e difícil de achar doadores que tenham o mesmo perfil genético do paciente. Para doar é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e boa condição de saúde. O candidato a doador deve procurar o hemocentro mais próximo de sua casa para esclarecer as dúvidas e fazer a coleta de uma amostra de sangue.

Sangue – O plasma sanguíneo é responsável por 66% de seu volume, além das hemácias, dos leucócitos e das plaquetas, responsáveis por aproximadamente 33% de sua composição. A maior parte do plasma é composta por água (93%), daí a importância de sempre nos mantermos hidratados ingerindo bastante líquido. Nos 7% restantes encontramos: oxigênio, glicose, proteínas, hormônios, vitaminas, gás carbônico, sais minerais, aminoácidos, lipídios, ureia, etc.

Doação de sangue – Requisitos básicos: estar em boas condições de saúde, ter entre 18 e 69 anos (a primeira doação deve ser feita até os 60), pesar, no mínimo, 50 quilos e estar descansado e bem alimentado. Se tiver entre 16 e 18 anos, precisa de autorização dos pais. Homens podem fazer até 4 doações ao ano, com intervalo de 60 dias a cada uma. Mulheres podem fazer até 3 doações por ano com intervalo de 90 dias entre uma e outra.

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Ministério da Saúde anuncia ampliação do público-alvo de seis vacinas

  • 03 Mar 2017
  • 16:56h

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira, 3, mudanças no Calendário Nacional de Vacinação de 2017, entre elas a ampliação do público-alvo de seis vacinas no País: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A. A medida já é válida em todos os postos de saúde do Brasil desde o início de 2017. O objetivo é aumentar a proteção de crianças, ampliar a imunidade de adolescentes e diminuir casos de caxumba entre adultos. Segundo o ministro da pasta, Ricardo Barros, a alteração foi possível devido à economia de R$ 66,5 milhões na negociação da compra das doses das vacinas contra hepatite A, dTpa gestantes e HPV, que tiveram redução nos custos de cerca de 10% cada. Assim, o orçamento anual para vacinação, estimado em R$ 3,9 bilhões, não sofrerá alterações. "Estamos comprando vacinas mais baratas, apertando os fornecedores, e com isso estamos ampliando a vacinação para outras faixas etárias e permitindo que as pessoas possam se vacinar em uma faixa de tempo mais ampliada", declarou Barros. 

Com a economia, também foram compradas este ano 11,5 milhões de doses a mais da vacina contra a febre amarela. O novo calendário amplia a idade máxima para vacinação contra hepatite A e varicela, de até 2 anos para até 5 anos. A tetra viral (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela), que antes era administrada até os 2 anos de idade, passa a ser aplicada de 15 meses até 4 anos. Outra alteração é o aumento na idade máxima para crianças e adolescentes receberem reforço de vacinas, como é o caso da meningite C. A idade máxima mudou de até 2 anos para até 4 anos. Também será oferecido um reforço para adolescentes de 12 a 13 anos. De acordo com o ministro, o intuito da ampliação do período para reforços da vacinação é dar uma "nova chance" para os pais que não vacinaram os filhos na infância. "Hoje, 95% das crianças são vacinadas regularmente, mas queremos dar uma chance para que as poucas mães que não puderam comparecer no período correto também possam cumprir o calendário", disse. A partir deste ano, as meninas terão o período de vacinação contra HPV ampliado de 9 a 14 anos - até o ano passado, a idade máxima era de 13 anos. Como já havia sido anunciado, em 2017 a vacina contra HPV passou a ser oferecida para os meninos na faixa etária de 12 a 13 anos. A vacina também se estenderá para homens vivendo com HIV e aids, entre 9 e 26 anos, e para pessoas com baixa imunidade. Desde 2015, mulheres (de 9 a 26 anos) com HIV/aids já recebem a vacina. O Ministério anunciou que será ofertada vacina da tríplice viral em adultos para diminuir a incidência de caxumba. No ano passado, houve um surto da doença no País em 19 unidades da Federação. Antes, adultos recebiam a segunda dose da vacina até 19 anos. Agora, a segunda dose pode ser aplicada para a população de 20 a 29 anos ou é recomendada uma dose única dos 30 aos 49 anos. A dose da vacina também é usada contra o sarampo e a rubéola. Antes recomendada para grávidas entre a 27.ª e 36.ª semana de gestação, a dTpa passa a ser ofertada mais cedo e por um período mais longo: a partir da 20.ª semana ou no puerpério, ou seja, até 45 dias após o parto. O objetivo é aumentar a proteção dos bebês e mães contra coqueluche, cujos casos vêm crescendo. Além da ampliação na oferta de vacinas, Barros também confirmou que a vacinação contra a gripe será disponibilizada para a população a partir do dia 17 de abril. Os profissionais da saúde receberão a dose antes, a partir do dia 10 do próximo mês. O ministro disse que alguns Estados poderão ter recebimento antecipado, principalmente "os mais frios". Como mudanças no público-alvo, o ministério anunciou que os professores também poderão se vacinar este ano. A expectativa é de vacinar 54 milhões de brasileiros, cerca de 4 milhões a mais do que o ano passado.

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Sobe para 16 número de casos suspeitos de febre amarela na Bahia

  • 03 Mar 2017
  • 12:40h

A Sesab recomendou vacinação contra a doença em 45 cidades baianas

O número de casos suspeitos de febre amarela na Bahia em 2017 aumentou para 16, conforme balanço divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) nesta quinta-feira, 2. Os casos foram registrados até quarta, 1º, em oito municípios: Feira de Santana (1 caso), Itiúba (1) Coribe (4), Teixeira de Freitas (3), Itamaraju (2), Mucuri (1), Nova Viçosa (1) e Ilhéus (1).  Os outros dois são de dois moradores do estado de Alagoas que, segundo a Sesab, podem ter contraído a doença durante passagem pela Chapada Diamantina. Ainda sob investigação, os casos não foram confirmados. Esse balanço poderia ser maior. Isso porque sete foram descartados laboratorialmente (4 em Coribe, 1 em Mucuri e 2 de Teixeira de Freitas).

Vacina

Depois de um surto de febre amarela em Minas Gerais, estado que faz divisa com a Bahia, a Sesab recomendou no mês de janeiro, a vacinação contra a doença em 45 cidades baianas. A Sesab ressalta que a recomendação não é uma campanha de imunização, por isso não foram informadas data de início ou limite para que as pessoas possam tomar o medicamento. As doses da vacina já estão disponíveis nos municípios, Como em Salvador ainda não há casos notificados de febre amarela, um paciente para ter acesso à vacina na capital precisa apresentar um comprovante de viagem confirmando ida em uma das regiões identificadas como áreas de risco da doença.

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'Estamos mais perto da vacina contra o HIV', diz infectologista

  • iBahia
  • 01 Mar 2017
  • 07:10h

(Foto: Reprodução)

Enquanto aumenta a epidemia de HIV/Aids no Brasil — os casos em jovens de 15 a 24 anos, por exemplo, cresceram 85% nos últimos dez anos —, aumentam também os esforços da comunidade científica para multiplicar os meios de prevenção. A mais nova iniciativa é o primeiro estudo mundial, liderado no Brasil pela Fiocruz, a avaliar o uso de um anticorpo desenvolvido em laboratório, o VRC01, que promete combater 90% dos subtipos do HIV. Somente no continente americano, 24 centros realizarão a pesquisa com participantes voluntários. E, em território nacional, a empreitada será coordenada por Brenda Hoagland, infectologista do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). A instituição receberá cem voluntários para os testes a partir de março, entre gays, bissexuais, travestis e transexuais.

O que é esse estudo?

Ele foi nomeado com a sigla AMP, que significa Anticorpos Mediando Prevenção. Trata-se de prevenir o HIV utilizando um anticorpo neutralizante, feito em laboratório e aplicado na veia. Esse anticorpo não tem o vírus HIV nele, então é importante entender que a pessoa que recebê-lo não vai, de modo algum, entrar em contato com o vírus. Ele foi criado com base nos anticorpos produzidos por pessoas que conseguem controlar naturalmente o HIV no corpo. Esta é uma porcentagem bem pequena da população, mas há quem neutralize o HIV de forma espontânea, e é nesse mecanismo que o AMP se baseia.

Esse anticorpo foi criado no Brasil?

Não, ele foi criado nos Estados Unidos há cinco anos, em laboratórios do que seria o equivalente ao Ministério da Saúde do Brasil. Desde então, ele foi testado em 140 pessoas saudáveis que não tinham risco claro de infecção por HIV. Agora, testaremos em pessoas também saudáveis, mas que fazem parte do grupo mais vulnerável para a infecção, aquele que estatisticamente é o mais afetado. Na América, esse grupo reúne gays, bissexuais, travestis e transexuais. Já na África, são as mulheres. Faremos testes em muito mais pessoas nesta fase do estudo: 2.700 na América e 1.500 mulheres na África Subsaariana

Qual é o principal objetivo?

Criar um novo medicamento de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). As pessoas poderiam tomá-lo antes de situações em que estarão expostas ao HIV. Já existem algumas PrEPs, mas ainda não estão disponíveis no Brasil. Esta em que estamos trabalhando não será necessariamente melhor do que as outras, mas será mais uma boa opção, se passar nos testes. Eu comparo muito ao anticoncepcional feminino: existem vários tipos de pílula e isso é muito bom, porque cada mulher vai se adaptar melhor com uma. O mesmo vale para quem quer se prevenir do HIV.

Mas estamos perto de uma vacina?

Ainda não, mas estamos mais perto do que jamais estivemos, porque agora temos um melhor entendimento de como o anticorpo funciona. Se ele for bem-sucedido, isso vai nos dar também informações sobre como elaborar uma vacina eficiente. Termos o anticorpo já é um grande passo nisso. Na sua visão, qual seria o impacto do surgimento de uma vacina segura e eficaz contra o HIV? Seria muito importante, mas quem trabalha com prevenção não acredita que um único método, mesmo uma vacina, seja suficiente. Não se pretende aqui substituir o preservativo. Falamos sempre em prevenção combinada.

Como anda atualmente o número de novas infecções por HIV no país?

Os dados mais recentes mostram que houve 44 mil novos casos em 2015. A epidemia está aumentando, com certeza. E o Brasil responde por 40% dos novos casos de HIV na América Latina. No continente americano, onde exatamente o estudo será realizado? Ele será feito em 19 centros dos EUA, quatro do Peru e um do Brasil, que é o da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Por que só um no Brasil?

Porque era importante ter um laboratório com certa estrutura para esse estudo e se achou melhor fazer só aqui.

Até quando a Fiocruz receberá voluntários?

Começaremos a receber em março, e nossa meta é chegar aos cem voluntários, o que deve ocorrer até setembro. Eles vão passar por uma análise, para ver se se encaixam no perfil, e os primeiros devem começar a receber o anticorpo em abril. Esta fase do estudo deve durar dois anos, período no qual os voluntários receberam a aplicação intravenosa a cada dois meses.

Que tipo de pessoa pode se voluntariar?

Precisa ter entre 18 e 50 anos e ser homem que se identifica como gay ou bissexual, e homem ou mulher que se declara travesti ou transexual. O foco são esses grupos não para alimentar o estigma sobre eles, e sim porque são eles os que, nas estatísticas, aparecem como os que mais se infectam nas Américas.

Qual será a próxima etapa?

Seguiremos para a fase 3, que definirá melhor os efeitos colaterais. A boa notícia é que esse estudo já começou em outros países, e 500 pessoas já receberam o anticorpo, sem registro de problemas. Mas é bom destacar que ainda não temos certeza se ele realmente previne o HIV, então as pessoas não devem buscar o estudo achando que estarão protegidas.

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Veja os maiores erros que você pode cometer antes e depois da malhação

  • 26 Fev 2017
  • 15:11h

(Foto: Reprodução)

Várias pessoas frequentam regularmente a academia em busca do corpo dos sonhos, algumas chegam a praticar exercícios extenuantes visando minimizar o tempo até a obtenção de resultados, mas, seja para ganhar massa ou para perder peso, o que muitas delas acabam esquecendo é a alimentação, um dos fatores cruciais para o sucesso desse processo. Muitos cometem erros nutricionais que sabotam todo o esforço dedicado durante os treinos, por isso, traçar um plano alimentar de acordo com as condições físicas e objetivos de cada indivíduo é essencial para alcançar o êxito e não acabar prejudicando a saúde.

 

Os erros mais clássicos

O senso comum acredita que para perder peso e ganhar massa muscular é necessário malhar muito e comer pouco, porém, isso é apenas mais um mito em torno do emagrecimento. Assim como os excessos, ser radical demais também atrapalha, fazer jejuns por longos períodos podem desencadear a compulsão na hora de se alimentar, assim como um cardápio restrito pode fazer com que a pessoa enjoe ou perca a motivação. De acordo com a nutricionista Sinara Menezes, o segredo para atingir os resultados almejados está na dosagem. “É preciso saber medir e alcançar um equilíbrio entre treino e dieta para atingir os objetivos de forma saudável.” Sendo assim, veja os erros mais recorrentes cometidos tanto por quem busca emagrecer quanto por quem deseja definir os músculos:

Seguir dietas restritivas: Cortar de vez a ingestão de um determinado grupo alimentar em vista do emagrecimento ou ganho de massa pode acabar saindo como um tiro no pé. Além de ser prejudicial à saúde é um grande desmotivador para quem está começando a praticar atividades físicas. Apostar somente em saladas também é muito perigoso, pois a proteína é essencial para a regeneração e tonificação dos músculos após os exercícios. O ideal é buscar uma reeducação alimentar e adotar um cardápio variado, de preferência sob a orientação de um nutricionista.

Apostar sempre no mesmo prato: a combinação queridinha de quem frequenta academias e deseja ganhar massa muscular é a dupla imbatível de frango com batata doce, porém, as chances de enjoar rapidamente e sair dos trilhos são muito grandes, o ideal é incrementar as refeições com alimentos saudáveis como ovos cozidos, peixes, carnes e vegetais ricos em proteínas e de baixo índice glicêmico. Já para aqueles que visam a perda de peso, o consumo excessivo de batata doce, apesar de saudável, pode sabotar o emagrecimento. Ela não deve ser excluída do cardápio, mas é preciso moderação em seu consumo.

Cortar carboidratos: A dieta de “zero carboidrato” não é uma boa opção. Eles são a principal fonte de energia do corpo humano, e se dividem em 2 grupos: os simples e os complexos. O primeiro grupo gera energia instantaneamente no organismo, o que faz com que haja um pico de insulina para regular os níveis de glicose no sangue. Já os complexos geram menos energia, porém, por um período maior, fazendo com o que o organismo trabalhe constantemente. O ideal é o consumo desse segundo grupo, que é proveniente de frutas e vegetais.

Exagerar na dose: malhar exaustivamente é um dos erros mais comuns entre aqueles que estão começando o processo de emagrecimento ou hipertrofia. Muitas pessoas se sentem determinadas a alcançar os resultados em um curto espaço de tempo e acabam excedendo os limites do corpo, o que pode resultar em lesões e até mesmo desacelerar o processo, já que, devido aos exercícios constantes, o organismo não encontra tempo suficiente para a regeneração muscular e acaba aumentado a fadiga. É fundamental respeitar o tempo de descanso entre os treinos e, principalmente, dormir adequadamente para que aconteça a recuperação da musculatura.

Os melhores aliados

Os resultados dos exercícios físicos não estão relacionados apenas as horas que investimos durante a pratica das atividades. A alimentação é a base para a saúde em geral e, nesse caso, não é diferente. Segundo profissional da Nature Center, os nutrientes fornecidos ao corpo através dos alimentos ingeridos são determinantes para garantir a eficácia de todo o esforço dedicado aos treinos e podem até potencializa-los: “um plano alimentar bem programado e que saiba equilibrar os nutrientes pode proporcionar mais força, velocidade e resistência na hora dos treinos e ainda favorecer a queima de gorduras, já um cardápio mal planejado pode colocar a perder todo o tempo investido nas atividades, por isso é preciso se organizar e saber o que é ideal consumir antes e depois do treino”.

Definir os objetivos - Perder peso? Ganhar massa muscular? Tratar doenças? Antes de tudo é necessário ter em mente onde se quer chegar. “É importante diferenciar o objetivo, pois, assim como nos exercícios, a dieta de quem visa o emagrecimento é diferente de quem quer ganhar massa muscular e atingir a hipertrofia, assim como também é diferente para quem só procura a manutenção do peso. Para um grupo é necessário favorecer alimentos que para outros devem ser reduzidos, portanto, o ideal é buscar o acompanhamento de um especialista para auxiliar nesse processo e ajustar a dieta de acordo com a necessidade particular de cada pessoa” – explica Sinara.

Antes do treino - Segundo a nutricionista, em geral, os carboidratos complexos são a melhor pedida antes das atividades físicas. Eles garantem o estoque suficiente de energia durante toda a atividade física, evitando que ocorra a perda muscular. Eles estão presentes em alimentos integrais, ricos em fibras. Não é recomendado abusar do consumo de proteínas nessa etapa, pois elas dão a sensação de estomago pesado e atrapalham o desempenho.

Depois do treino – Cuidado para não repor mais do que gastou! Esse é o princípio básico da alimentação após os exercícios. Nessa etapa é bastante importante não perder o foco, mas isso não significa deixar de se alimentar. O consumo de proteínas é muito indicado, elas auxiliam na regeneração da musculatura, além disso, as hortaliças e leguminosas também são bem-vindas, pois dão saciedade e ainda repõem as vitaminas e minerais que o corpo perdeu. Os carboidratos complexos também são liberados nesse período, com moderação.

O que não pode faltar no cardápio

Tanto para perder medidas e conquistar um corpo delineado quanto para definir a musculatura e conseguir um abdômen sarado, ou simplesmente melhorar a saúde e ter um corpo saudável, é fundamental manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas de forma moderada e regular.

Confira os alimentos que não podem ficar de fora de nenhuma dieta:

Acelerando o metabolismo - Alguns alimentos tem o poder de acelerar o metabolismo devido ao seu efeito termogênico, isso ocorre porque eles possuem substâncias que aumentam a temperatura corporal e induzem o organismo a queimar mais energia na digestão, acelerando o ritmo de trabalho e favorecendo a queima de lipídios para estabilizar a temperatura interna. É o caso do café, por exemplo. A bebida possui grande concentração de cafeína, substância termogênica com efeito estimulante capaz de aumentar a disposição para malhar, pois ela diminui a percepção do esforço físico e ainda adia a sensação de fadiga ao poupar os estoques de glicogênio muscular. Outro alimento poderoso é o chá verde. Considerado um dos melhores termogênicos naturais, o chá da planta Camellia sinensis, também possui alta concentração de cafeína, que acelera o metabolismo, e catequina, capaz de aumentar o gasto calórico e auxiliar no processo da digestão e funcionamento do intestino.

Vitaminas são indispensáveis - As vitaminas são nutrientes que contribuem para o desenvolvimento e funcionamento adequado de todo o organismo. Elas fortalecem o sistema imunológico, melhoram a saúde, fazem a manutenção do corpo e previnem doenças como anemias e problemas hormonais. Elas se dividem em dois grupos: as lipossolúveis (A, D, E, K – presentes na gordura dos alimentos) e as hidrossolúveis (B e C – solúveis em água). Ricas em antioxidantes, elas combatem os radicais livres, contribuem para a renovação celular, melhoram o aspecto da pele e crescimento dos cabelos e ainda podem aliviar cãibras e distensões musculares: é o caso da vitamina E, conhecida como a “queridinha dos atletas e esportistas”, pois ela também faz a manutenção estrutural e funcional do sistema esquelético, muscular e cardíaco. Elas podem ser encontradas em diversos alimentos naturais como proteínas, frutas, vegetais e oleaginosas, e devem ser incluídas na dieta. A nutricionista alerta sobre a importância de um cardápio balanceado: “Cada uma delas tem sua característica particular e o ideal é que haja uma quantidade equilibrada de todas para a manutenção do organismo. Tanto a deficiência quanto o excesso podem causar danos ao funcionamento do corpo” Afirma Menezes.

Vitaminas do complexo B fazem toda a diferença - Muitas pessoas desconhecem o poder que essas vitaminas têm, não apenas para o desempenho físico, mas para a saúde em geral. Aliadas poderosas do organismo, elas estão entre as mais importantes para a manutenção do corpo e são capazes de otimizar o rendimento e resultados das atividades físicas, especialmente da musculação, isso porque, elas fazem parte do processo que converte os alimentos em energia. A vitamina B12, por exemplo, conhecida também como Cobalamina, está relacionada diretamente ao metabolismo de carboidratos e lipídeos, pois ela atua na formação de glóbulos vermelhos, responsáveis por fornecer o oxigênio necessário aos músculos, gerando mais energia durante a realização de atividades intensas e favorecendo o ganho de massa magra. A falta de vitaminas do complexo B, além de interferir na performance durante as atividades do dia a dia e a prática de exercícios, também pode impedir que o corpo absorva os nutrientes necessários para seu funcionamento correto. Elas são encontradas especialmente na proteína animal e frutos do mar e em vegetais de coloração verde escura como couve e espinafre.

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Cansaço e falta de ar podem ser indicativos de problemas no pulmão, coração e até no cérebro

  • G1
  • 26 Fev 2017
  • 09:06h

(Foto: Reprodução)

Cansaço e falta de ar costumam aparecer juntos, mas podem ter causas bem diferentes. Pode ser asma, um problema de fôlego que atinge quase 20% dos brasileiros, como pode ser outras doenças que também provocam falta de ar em praticamente todas as atividades do dia a dia! 

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Respirar é um ato involuntário e inconsciente. É um impulso que faz com que a caixa torácica mude de posição para o ar entrar no pulmão. Depois, o sangue passa para levar oxigênio e retirar o gás carbônico. Esses mecanismos de encher o pulmão e passar o sangue determinam se a pessoa tem ou não falta de ar. O ar pode faltar pelo excesso de esforço ou porque a troca gasosa não está sendo feita como deveria e chega pouco oxigênio aos pulmões.

  

Algumas causas para a falta de ar:

No cérebro – A falta de ar ocorre quando o comando do cérebro para a respiração não é bem feito ou não é suficiente. Isso pode ocorrer em um tipo de apneia onde o cérebro não consegue transmitir sinais para os músculos da respiração e a pessoa acorda com falta de ar ou tem dificuldades para respirar quando vai dormir. Doenças neurológicas também podem deixar a musculatura do sistema respiratório fraca e o paciente não consegue fazer o esforço para respirar.

No sistema respiratório – Problemas primários deixam os pulmões mais duros e menos maleáveis. Nesse caso, fica mais difícil fazer o movimento para entrar o ar e a troca gasosa também é dificultada. A pneumonia é um exemplo de quando os pulmões estão infiltrados e mais resistentes. Asma e bronquite também levam à falta de ar, mas nesses casos, é uma obstrução (inflamação nos brônquios) que dificultam a passagem do oxigênio.

No coração – A cada batimento cardíaco, metade do volume de sangue vai para o corpo e a outra metade para os pulmões. Quando a bomba de sangue dos pulmões não está funcionando corretamente, ocorre a falta de ar pelas doenças cardíacas, a insuficiência cardíaca, por exemplo. Quando a pessoa se deita, o sangue volta para os pulmões, não consegue passar e acontece a falta de ar. Quando a pessoa levanta, o sangue vai para as pernas, por isso, a falta de ar dormindo e o inchaço nas pernas são sintomas dessa doença. Existem outras doenças que podem dar falta de ar, a anemia é um exemplo porque o sangue fica fraco e não consegue oxigenar os pulmões como deveria. Uma dica importante é colocar o corpo sob esforço. Só é possível identificar se a pessoa tem ou não falta de ar quando o corpo está em movimento: subir escada, ir andando até a padaria, brincar com os filhos. Para a falta de ar ocorrer sentado ou em situações muito simples, como escovando os dentes, é porque a doença está muito avançada. Muitos pacientes dizem não sofrer de falta de ar porque não fazem nenhum tipo de esforço, mas isso é preocupante. Outra dica é notar se o mesmo esforço traz sensações diferentes. É o mesmo cansaço subindo a mesma escada? Ou piorou? Muitos pacientes deixam de realizar tarefas por causa da falta de ar e isso ocasiona um impacto grande na qualidade de vida. Por isso, procurar um médico e dar atenção à falta de ar e a progressão dela é muito importante.

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Pessoas com diabetes têm mais chance de ter tuberculose; palestra fala sobre cuidados

  • 25 Fev 2017
  • 18:41h

(Foto: Reprodução)

Os pacientes com diabetes têm mais chance de desenvolver tuberculose do que a população em geral, risco que aumenta se o diabetes estiver fora de controle. O tema será abordado em uma palestra do médico Afonso Roberto Batista, especialista em Pneumologia pela Escola Nacional de Saúde Pública. O evento ocorrerá no dia 7 de março, das 9 às 12h, no auditório do Centro de Atenção à Saúde (CAS). A palestra é promovida pelo Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), por meio da Coordenação de Educação em Diabetes e Apoio à Rede (Codar). Segundo o especialista, o diabetes bem controlado é muito importante para evitar doenças infecciosas que, ao serem instaladas, aumentam a glicemia. E com a tuberculose não é diferente. Por isso, é importante que o diabetes seja identificado precocemente, ao contrário da realidade atual, em que uma parcela significativa dos pacientes só tem o diagnóstico quando já apresenta complicações. 

No caso da tuberculose, o diagnóstico precoce também é fundamental, apesar de, em muitos casos, a confirmação da doença aconteça quatro meses depois de instalada. No Brasil, de acordo com o especialista, o número de pessoas com tuberculose continua crescendo no Brasil, depois do aumento de pessoas infectadas pelo HIV, pelas multidrogas resistentes e pelo abandono do tratamento, que exige o uso de quatro drogas durante seis a nove meses. Também fatores sociais, como a pobreza, que refletem na baixa qualidade de habitação, alimentação e saneamento contribuem para o aumento da doença. Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que 30% da população possui o bacilo de Koch (tuberculose infeccção), condição que difere da tuberculose doença, que exige tratamento. No caso do paciente diabético, o Ministério da Saúde recomenda para o teste positivo de PPD (avalia a presença do bacilo de Koch) maior que 5%, o início do tratamento com uma droga, em vez de quatro (usada na tuberculose doença) no prazo de seis a nove meses.

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5 coisas que você deveria saber sobre o vírus sexualmente transmissível que afeta 80% dos adultos

  • G1
  • 25 Fev 2017
  • 17:27h

(Foto: Reprodução)

As infecções do vírus do papiloma humano (HPV) são extremamente comuns e contagiosas, mas não apresentam sintomas na maioria dos casos.Assim, as pessoas infectadas não percebem que têm a doença nem que podem transmiti-la a parceiros ou parceiras.O contágio acontece por meio do contato com a pele na zona genital e anal, de forma que não é necessária a penetração para que o vírus possa ser transmitido de uma pessoa para a outra.Nem mesmo o uso da camisinha pode prevenir totalmente o contágio, que pode acontecer durante a relação sexual ou no sexo oral.Confira cinco fatos que você deveria saber sobre essas infecções:

 

1. O HPV afeta mais de 80% de homens e mulheres sexualmente ativos em algum momento da vida

As infecções de HPV são tão comuns que podem ser consideradas quase uma evidência de que a pessoa é ou foi sexualmente ativa.Elas afetam 80% das pessoas sexualmente ativas em algum momento de suas vidas, segundo estimativas do Serviço de Saúde Nacional britânico (NHS, na sigla em inglês) e da Associação Americana de Saúde Sexual.Nos EUA, é a doença sexualmente transmissível mais comum. Entre os 2 mil homens que participaram de uma pesquisa nacional da revista científica JAMA Oncology, nos Estados Unidos, metade deles estava infectada.

2. As variações de HPV de alto risco podem causar 6 diferentes tipos de câncer com o tempo

São eles: câncer cervical ou do colo uterino (associado ao HPV em 99% dos casos, segundo o sistema de saúde britânico), anal (associado ao HPV em 84% dos casos), de pênis (47% dos casos), vulva, vagina, boca e garganta.Há mais de 100 tipos de HPV e um terço deles afeta a zona genital. As variações de HPV de alto risco incluem os tipos 16 e 18, que segundo estimativas causam mais de 70% dos casos de câncer cervical.Uma infecção de longa duração, especialmente quando causada por tipos de HPV de alto risco, pode causar câncer com o passar dos anos.Segundo a pesquisa americana publicada na JAMA Oncology, um em cada quatro homens tem uma cepa potencialmente cancerígena.Nas mulheres, o vírus é responsável por praticamente todos os casos de câncer do colo do útero, o terceiro mais incidente entre as brasileiras, atrás dos tumores de mama e intestino.Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2016, surgirão 16 mil novos casos desse tipo de câncer no Brasil e 5,4 mil pessoas morrerão por causa da doença.

3. Não é fácil de detectar porque não há sintomas

No caso das mulheres, é possível detectar o vírus com uma amostra de células do cérvix (porção inferior e estreita do útero), por meio do exame de Papanicolau ou de citologia vaginal.O exame específico de HPV pode identificar em uma amostra uma ou mais variações de maior risco do vírus - aquelas associadas ao câncer.Às vezes, esse exame é feito depois que "células anormais" são detectadas no cérvix ao fazer uma de rotina.No caso dos homens, segundo o NHS, "não existe atualmente um teste confiável para detectar o HPV e é muito difícil diagnosticá-lo, já que as cepas de maior risco do vírus não apresentam sintomas".Se uma pessoa tem um alto risco de ter uma infecção anal de HPV ou de desenvolver câncer anal, é possível fazer uma citologia anal.Por outro lado, as cepas do vírus consideradas menos perigosas têm como sintoma verrugas que podem ser vistas ou sentidas na região genital, tanto em homens quanto mulheres.

4. A infecção não tem cura, mas é possível tratar os efeitos

Não há tratamento disponível para se livrar do HPV, mas é possível tratar a infecção quando há efeitos.A maioria das infecções não causa danos graves e desaparece sozinha "em um período de dois anos".As verrugas genitais podem ser tratadas com cremes, loções ou produtos químicos. Também podem ser extraídas ou ter seu tecido destruído através de congelamento ou queima.Nas mulheres, uma infecção persistente de um tipo de HPV considerado de alto risco pode causar alterações nas células do cérvix, o que aumenta o risco de desenvolver câncer cervical, também chamado de câncer de colo uterino.A presença de células consideradas "anormais" no cérvix pode ser tratada se detectada a tempo.Por isso, especialistas recomendam que as mulheres façam citologia regularmente como prevenção. Em 99% dos casos de câncer de colo uterino, a causa é o HPV, segundo o NHS.Outros tipos de câncer associados ao HPV não apresentam sintomas na fase inicial, como o câncer de boca, garganta e pênis.

5. Há vacinas para os jovens

Há várias vacinas disponíveis no mercado. Algumas protegem contra duas variáveis do HPV de risco mais alto, a 16 e a 18, que causam mais de 70% dos casos de câncer cervical, segundo estimativas.Outra vacina mais recente oferece uma proteção de 90% contra o câncer associado ao HPV, ao evitar mais variações do vírus de alto risco.Em alguns países, essas vacinas são oferecidas a meninas na fase adolescente como medida de saúde nacional.No entanto, um número cada vez maior de especialistas afirma que os meninos também devem ser vacinados.

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Médicos alertam para doenças que podem ser contraídas durante o Carnaval

  • 25 Fev 2017
  • 14:05h

(Foto: Reprodução)

A chegada do Carnaval é esperada com grande entusiasmo durante o ano inteiro por algumas pessoas. A expectativa de pular atrás dos trios elétricos ou descansar nas praias ou no campo é um momento apoteótico para muitos. Mas, mesmo nos dias de folga e de folia, é preciso ter atenção com a saúde. Nesta época do ano, centenas de pessoas são acometidas por males como viroses respiratórias, conjuntivites, hepatites e mononucleose - conhecida popularmente como a doença do beijo. A ocorrência desses males é fruto da combinação entre as costumeiras aglomerações, a brincadeira dos muitos beijos e a falta de descanso e de alimentação corretos durante a festa, que provoca a diminuição da imunidade do organismo. A maioria dessas doenças é transmitida pelo contato entre as pessoas. Para ajudar na preservação da sua saúde durante os dias de folia, médicos dão dicas para se proteger das doenças carnavalescas mais comuns. Confira:

Viroses respiratórias

Geralmente, acometem os foliões nos primeiros dias pós-festa e chegam a ser tão tradicionais na folia quanto os blocos de rua. — Nesses casos, os sintomas costumam ser febre, diarreia, náuseas, tontura e sensação de fraqueza — diz o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) no Distrito Federal, o infectologista Dalcy Albuquerque Filho.

Conjuntivite

Segundo oftalmologistas, nesse período há um maior número de casos da doença, devido ao aumento do contato com diversas outras pessoas, muitas das quais previamente infectadas. Além disso, há o problema das altas temperaturas - os raios ultravioletas baixam a imunidade - e da falta de cuidado com a higiene das mãos. — As conjuntivites mais comuns são causadas pelas mãos sujas levadas aos olhos, o que ocorre com grande frequência durante a folia — explica João Luís Pacini, oftamologista do Visão Institutos Oftalmológicos Associados.

Hepatite A

Segundo os médicos, também é outro mal comum transmitido pelo contato. No Carnaval, umas das principais formas de contágio é compartilhar utensílios. — Se a pessoa estiver com o vírus, o indivíduo que beber no mesmo copo, por exemplo, pega — diz o infectologista Albuquerque Filho. Outra forma pela qual a hepatite A pode ser transmitida é consumir alimentos e bebidas contaminados. Albuquerque Filho alerta que nas praias é comum haver comida contaminada pela falta de saneamento adequado. — Por isso, é importante saber se a procedência do que será consumido é segura — completa.

DSTs

A sensação de liberdade típica do carnaval, associada ao consumo excessivo de álcool, também aumenta as chances de contrair hepatite B e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), dentre elas a Aids e o papilomavírus humano (HPV). Por isso, o uso do preservativo é imprescindível. No caso do HPV, porém, a camisinha não garante 100% de proteção, pois as lesões podem ser microscópicas. — Muitas vezes, as lesões são imperceptíveis ou ficam em locais nos quais o indivíduo não dá muita atenção, como o períneo — esclarece o infectologista Albuquerque Filho. Nesse caso, o ideal é diminuir o número de parceiros.

Herpes e mononucleose 

O surgimento de doenças relacionadas ao beijar, como mononucleose e herpes, não é nenhuma novidade. Na maioria das vezes, não há como ter certeza de que a pessoa que vai ser beijada tenha a doença, mas observar os pequenos detalhes é sempre bom. Feridas e vesículas (bolhas com líquido) são sintomas de algumas delas. É importante ressaltar que não é sempre que os sintomas aparecem, tornando mais difícil a identificação de problemas. O jeito é escolher quem vai beijar e ter bom senso.

Tétano

Albuquerque Filho destaca ainda o problema do tétano, que é de fácil contágio por meio de cortes: — A bactéria está por aí e ninguém está livre de acidentes. Por isso, todos devem estar com o calendário de vacinas atualizado. A bactéria é encontrada no solo, em fezes de animais ou humanas que se depositam na areia, ou na terra sob uma forma resistente (esporos). A infecção se dá pela entrada de esporos por qualquer tipo de ferimento na pele contaminado com areia ou terra.

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Endocrinologista dá dicas para curtir o carnaval sem exageros

  • 23 Fev 2017
  • 19:12h

(Foto: Reprodução)

Com vários dias seguidos de diversão, festa e dança, o carnaval é uma data muita esperada. No entanto, para manter o pique e a saúde é preciso estar atento à alimentação e também aos exercícios físicos antes e durante as comemorações. De acordo com a endocrinologista e metabologista Dra. Cassandra Pauperio, a alimentação no período pré-carnaval deve ser equilibrada, incluindo o consumo de carnes magras, alimentos cozidos a vapor e grelhados. Além de exercícios físicos regulares por pelo menos três vezes durante a semana. No entanto, quando de fato começar o carnaval é preciso ainda mais atenção, principalmente, em relação ao controle de bebidas alcoólicas, já que álcool demais pode sobrecarregar o fígado com excesso de toxinas. 

“Além de não consumir álcool de estômago vazio, é preciso lembrar que essa substância desidrata o corpo rapidamente. Por isso, se não quiser deixar de tomar, alterne bebendo água também para se manter hidratado", complementa a especialista. Para quem pretende frequentar longas festas, como participar de vários bloquinhos seguidos, é preciso estar atento e não passar mais de quatro horas sem comer. A indicação é levar lanches práticos de casa e evitar consumir alimentos de rua, que podem ser muito gordurosos e causar problemas de digestão, como azia, e diminuição da disposição. E para pessoas que vão entrar na avenida, a recomendação é ingerir um lanche leve, porém, com uma dose de carboidrato. Durante os dias de festas, além de ingerir os alimentos apropriados, é imprescindível que o folião não se esqueça de se hidratar corretamente, já que além do maior consumo de bebidas alcoólicas, o calor comum dessa época também contribui para intensificar a perda de líquidos. Por isso, aposte em água de coco ou mineral e sucos para manter ocorpo hidratado.

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Notificações de doenças transmitidas pelo 'Aedes' registram queda

  • 22 Fev 2017
  • 06:10h

(Foto: Reprodução)

Uma queda significativa de casos de dengue, zika e chikungunya foi registrada no Brasil neste ano em comparação com o mesmo período de 2016. Foram 21.174 pacientes com dengue em janeiro, 10 vezes menor do que no ano passado, quando foram registrados 212.510 casos. Neste ano foram 3.754 notificações de chikungunya, contra 15.420 reportados em 2016. A zika causou 316 infecções, contra 30.683 registros.