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Conhecimento sobre câncer de mama é menor entre mulheres pretas e pardas, diz Datafolha

  • Por Folhapress /Bahia Notícias
  • 28 Set 2023
  • 09:37h

Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

A disseminação do conhecimento sobre câncer de mama já atinge 9 em cada 10 (97%) mulheres no país, das quais 69% se consideram bem informadas e 28% mais ou menos informadas.
 

Porém, essas taxas caem entre as mulheres negras, com até o ensino fundamental completo, e das classes D e E, nas quais os índices daquelas que se consideram menos informadas sobre o câncer de mama são maiores.
 

As mulheres pretas (28%) e pardas (33%) relatam mais dificuldade para obter informação sobre câncer de mama em comparação às brancas (20%).
 

 

Entre aquelas que têm nível superior, por outro lado, 78% se classificam como bem informadas, contra 64% entre quem só tem o fundamental completo.
 

Na separação por classes econômicas, as mulheres de classes A e B são classificadas como bem informadas (82%), enquanto 58% das respondentes de classes D/E afirmam ter conhecimento sobre a condição.
 

Essa disparidade também aparece nas regiões do país: enquanto em cidades das regiões Sul e Sudeste 78% e 75%, respectivamente, se consideram bem informadas sobre o câncer, essa taxa cai para 64% na região Nordeste e 51% no Norte/Centro-Oeste.
 

Os dados do estudo revelam como as barreiras ao acesso no conhecimento sobre câncer afetam de maneira desproporcional mulheres dos estados fora do eixo Sul-Sudeste, pobres, com baixa escolaridade e negras.
 

A pesquisa, feita pelo Datafolha a pedido da farmacêutica Gilead Sciences, mapeou o nível de conhecimento das mulheres brasileiras sobre o câncer de mama e as suas percepções sobre a doença. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira (27) durante a 10ª edição do congresso Todos Juntos Contra o Câncer, que reúne mais de 300 organizações da sociedade civil, em São Paulo.
 

Foram ouvidas 1.007 mulheres de 25 a 65 anos, via telefone celular, de todas as regiões do país, incluindo capitais, regiões metropolitanas e interior, entre os dias 24 de novembro e 14 de dezembro de 2022. O IC (índice de confiança) é de 95%, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
 

Entre as entrevistadas, 54% tinham idade entre 30 e 49 anos, 56% eram negras (pretas e pardas) e 48% das entrevistadas eram da classe C (17% A/B e 36% D/E). Em relação ao nível de escolaridade, 33% tinham apenas o ensino fundamental, 44% o ensino médio e 23% diploma de nível superior.
 

Em relação a onde as entrevistadas disseram buscar informação sobre câncer de mama, quem tem ensino superior completo disse buscar mais informação na internet (47%) e no médico (39%), assim como aquelas de classe A/B (48% e 41%, respectivamente). Essas taxas caem para 9% e 20%, entre as respondentes com ensino fundamental, e 14% e 18%, das classes D/E, respectivamente.
 

Por outro lado, os postos de saúde e UBSs são procurados por 11% das mulheres com ensino fundamental, número que vai a 5% entre aquelas com diploma universitário.
 

"Essa pesquisa foi muito clara em mostrar como essa população que tem menor escolaridade, menor renda, e que tem essa coincidência que obviamente não é uma coincidência, ser a população negra, tem menor acesso à informação", avalia a médica oncologista Ana Amélia Viana, professora do Ambulatório de Oncologia da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
 

Segundo ela, essa é a população em que a incidência de fatores de risco para câncer, como obesidade, diabetes e hipertensão, também é maior. "Elas estão expostas a menos oportunidades para acessar conhecimento e especialmente qualidade na informação", diz ela, que também faz parte do Comitê de Diversidade da Sboc (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica).
 

Quando perguntadas sobre os fatores que levam ao aparecimento do câncer de mama, a maioria das respondentes (69%) diz que mulheres com uma vida saudável, com boa alimentação e a prática de exercícios regularmente, têm menos chances de desenvolver câncer, mas esse índice cai para 41% entre mulheres pretas.
 

"Existem poucos estudos de caráter nacional no país, mas algumas pesquisas americanas mostram que as mulheres negras em relação às brancas não têm maior incidência de câncer de mama, as brancas chegam a ter mais casos diagnosticados. A diferença é que entre as negras a mortalidade é 40% maior", explica.
 

E, como muitos desses fatores de risco para câncer são previníveis, faltam informações sobre prevenção de saúde, segundo Luciana Holtz, presidente-fundadora do Instituto Oncoguia. "Nosso papel, como associação, está mais focado em atuar no conhecimento para as pacientes, mas também notamos barreiras relacionadas ao medo e desinteresse. Por exemplo, existem mitos ainda de que o assunto de câncer de mama é de mulheres mais velhas, que mulheres jovens não devem fazer mamografia, que vemos ainda como esse é um desafio e uma ação contínua [o acesso à informação]", diz.
 

Esse dado é compartilhado por 51% das mulheres com escolaridade até o fundamental, mas cai para 21% entre as que possuem ensino superior. "Esse momento de conscientização, da campanha Outubro Rosa, tem que ser usado para falar de prevenção e da importância da mamografia para diagnóstico precoce, porque a gente vê cada vez mais os diagnósticos ocorrendo antes dos 50 anos", avalia Viana.
 

Dentre as respondentes, 75% disseram ser usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde). Nesta faixa, são 40% das mulheres que usam exclusivamente o serviço de saúde público que acreditam que a mamografia em mulheres jovens pode ser prejudicial à saúde.
 

"Ainda temos um trabalho de sensibilizar o estado, ir atrás dos serviços de saúde que estão voltados ao tratamento oncológico, mas também atingir o maior número de pessoas possível, na atenção primária mesmo. E isso passa também pelo treinamento dos médicos de atenção básica a como identificar e abordar a questão do câncer", completa a médica.

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Os riscos de tomar Omeprazol contra gastrite por muito tempo

  • BBC
  • 12 Set 2023
  • 15:07h

Foto: GETTY IMAGES via BBC

Disponível no mercado há mais de 30 anos, o omeprazol promete um alívio rápido e eficaz daquela queimação na barriga e no peito causada pelo excesso de acidez.

Ao lado de pantoprazol, lansoprazol, dexlansoprazol, esomeprazol e rabeprazol, ele faz parte da classe farmacêutica dos inibidores da bomba de prótons (conhecidos também pela sigla IBP).

???? Para ter ideia da popularidade dessas medicações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) calcula que 64,9 milhões de unidades de omeprazol foram consumidas no país apenas em 2022.

???? O que muita gente não sabe é que, em geral, esses remédios só devem ser usados por um prazo bem curto, de no máximo dois ou três meses.

Há exceções: para pessoas com algumas condições de saúde, como pacientes oncológicos, profissionais de saúde recomendam o uso contínuo de omeprazol ou outras medicações dessa classe (entenda abaixo).

Como você vai entender ao longo desta reportagem, o consumo dos IBPs por períodos prolongados — como muitas pessoas acabam fazendo no dia a dia sem orientação de um profissional da saúde — está relacionado a desequilíbrios no sistema digestivo e dificuldades na absorção de vitaminas e minerais.

Alguns estudos sugerem que esse desbalanço causado pelo abuso desses fármacos pode causar até doenças mais graves, como osteoporose, câncer e demência. Mas essas repercussões à saúde ainda não são consenso na comunidade científica e precisam ser estudadas a fundo, como apontam especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.

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Número de casos de câncer entre jovens cresce 79% em 30 anos

  • g1
  • 08 Set 2023
  • 19:36h

Foto: Ewa Krawczyk, National Cancer Institute/Georgetown Lombardi Comprehensive Cancer Center

O número de casos de câncer entre pessoas com menos de 50 anos aumentou 79% nas últimas três décadas. Isso é o que revela um estudo publicado na revista científica "BMJ Oncology" nesta semana.

O trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, e da Universidade de Zhejiang, na China, analisou dados de 29 tipos de câncer em 204 países e regiões, incluindo o Brasil.

De acordo com os dados, em 2019 foram registrados um total de 3,26 milhões de novos casos de câncer em pessoas com menos de 50 anos. Já em 1990, essa taxa estava próxima de 1,8 milhão de casos.

E as mortes também aumentaram. Mais de 1 milhão de pessoas com menos de 50 anos morreram de câncer em 2019, um aumento de quase 28% em relação a 1990.

Após o câncer de mama, os tipos que mais causaram mortes e impactaram negativamente a saúde foram os de traqueia, pulmão, estômago e intestino, com os maiores aumentos nas taxas de morte entre pessoas com câncer de rim ou ovário.

?Mas o que explica tudo isso? Os pesquisadores atribuem o aumento do número de casos de câncer entre jovens a uma combinação de fatores, incluindo:

???? Obesidade: já que o excesso de peso está associado ao aumento do risco de câncer de mama, intestino, pâncreas, esôfago e cânceres ginecológicos.

????Álcool: visto que o consumo de álcool está associado ao aumento do risco de câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, fígado, mama e intestino.

????Tabagismo: fumar é o principal fator de risco para câncer de pulmão, mas também está associado ao aumento do risco de câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, bexiga, rim, colo do útero e leucemia.

????????Fora isso, os fatores genéticos provavelmente desempenham um papel nesse aumento, mas na pesquisa os autores enfatizam um ponto ainda mais importante: dietas ricas em carne vermelha e sal, com baixa ingestão de frutas e leite também são um indicativo de risco.

Por isso, com base nas tendências observadas nas últimas três décadas, os pesquisadores estimam ainda que o número global de novos casos de câncer de início precoce e as mortes associadas aumentarão em mais 31% e 21%, respectivamente, até 2030, com pessoas na faixa dos 40 anos sendo as mais afetadas.

E as taxas mais altas de câncer de início precoce em 2019 foram observadas na América do Norte, Australásia e Europa Ocidental. No entanto, países de baixa a média renda também foram afetados, com as maiores taxas de morte entre os menores de 50 anos na Oceania, Europa Oriental e Ásia Central.

Além disso, em países de baixa a média renda, o câncer de início precoce teve um impacto muito maior nas mulheres do que nos homens, tanto em termos de mortes quanto de consequências para a saúde.

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Baixa vacinação de meningite deixa Sesab em alerta para possível aumento de casos

  • Bahia Notícias
  • 01 Set 2023
  • 10:10h

Foto: Arquivo / Agência Brasil

A baixa procura pela vacinação de meningite na Bahia, em 2023, tem preocupado especialistas da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A pasta ligou o alerta para a cobertura vacinal da doença, já que o imunizante é a principal maneira de prevenção. O alerta chega após uma paciente ser diagnosticada com meningite bacteriana, na cidade de Alagoinhas, na última terça-feira (29).

De acordo com dados do órgão, a cobertura vacinal na Bahia neste ano registrou somente 48,7% da população elegível vacinada.  Desde 2019, os resultados têm sido inferiores ao esperado pela Sesab. Entre 2019 e 2021, a imunização de meningite já havia registrado uma queda, quando passou de 73,8% a 63,7.

Para a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Vânia Rebouças, o número é inferior ao que era esperado pela pasta.  

 

“De fato a população não está priorizando atualizar a caderneta de vacinação como priorizava antigamente. Temos um retrato de baixa adesão da população. Somente metade do público elegível foi efetivamente vacinado. Então o que eu tinha de dado formal no sistema oficial é somente metade, quando dos 95% temos somente quase 50%. Isso é muito baixo e tem nos preocupado”, avaliou. 

 

Apesar do baixo número de pessoas imunizadas, a Secretaria Estadual de Saúde descartou o surto da doença. No entanto, a coordenadora alertou ainda para a possibilidade de crescimento de casos de meningites, se não houver maior adesão da população a vacinas. 

 

“Considerando os baixos índices de coberturas vacinais, nós temos um risco aumentado de a gente ter um maior número de casos de meningites, visto que eu teria um maior número de pessoas suscetíveis ao adoecimento por agentes que poderiam ter se prevenidos efetivamente com a vacinação”, indicou.   

 

CASOS

A Bahia teve, entre 1º de janeiro e 8 de agosto deste ano, 251 casos de meningite. Desses, 106 foram de meningite bacteriana, 55 viral, 15 por outra etiologia e 75 não especificados. Do total de pacientes confirmados com a doença, 47 foram a óbito. No mesmo período de 2022 foram confirmados 253 casos de meningite e 48 óbitos. 

 

Em relação a outros meningococos (neisseria meningitidis) - diplococos que causam meningite e meningococemia -, em 2023, de 1º de janeiro até o último dia 19, foram 16 casos confirmados na Bahia. A faixa etária de 20 a 29 anos foi a mais acometida, com cinco casos. Foram confirmados dois óbitos, com letalidade de 18,8%. Os óbitos ocorreram em pessoas de 20 a 29 anos (02) e em menor de um ano (01).

 

O sorogrupo B foi o mais prevalente, com oito casos isolados, seguido do sorogrupo C, com cinco casos; e três não tiveram identificação do sorogrupo. Os casos foram registrados pelos municípios de Iraquara (01), Itamari (01), Boa Vista do Tupim (01), Candeias (01), Salvador (03), Aporá (01), Euclides da Cunha (01), Tanque Novo (01), Salinas da Margarida (01), Itabuna (01), Vitória da Conquista (02) e Camaçari (01) Mata de São João (01)

 

Vânia alertou também que é preciso ter atenção com essas outras doenças do tipo, que não possuem vacinação direta disponível na rede pública.

 

“Vale lembrar que as meningites bacterianas, a grande maioria delas, eu já tenho vacina disponível na rede pública, não para todas, mas para alguns grupos. A gente chama atenção principalmente para os grupos das vacinas que protegem a contra as meningites, no caso o imunizante ACWY, por exemplo. [...] Temos ainda outros grupos de meningites, a exemplo da meningite B, que não temos ainda vacina disponível na rede pública”, explicou. 

 

“Temos desafios contra as meningites virais e alguns vírus que também podem provocar meningite. Até o vírus do sarampo pode provocar uma meningite e a vacina do sarampo pode estar prevenindo, além do sarampo, a possibilidade de ter meningite”, contou. 

 

A meningite é transmitida quando pequenas gotas de saliva da pessoa infectada entram em contato com as mucosas do nariz ou da boca de um indivíduo saudável. Pode ser por meio de tosse, espirro ou secreções eliminadas pelo trato respiratório (nariz e boca).

 

Para que essa transmissão ocorra, há necessidade de contato direto, íntimo e frequente com a pessoa doente (troca de secreção). 

 

A enfermidade, contudo, pode ser confundida com a gripe em alguns casos, porém as sequelas são graves e ela pode até levar a óbito. A doença ocorre quando há alguma inflamação desse revestimento, causado por micro-organismos, alergias a medicamentos, câncer e outros agentes.

 

A doença pode ter sequelas, como surdez, perda dos movimentos e danos ao sistema nervoso. As crianças estão no grupo de uma das mais atingidas. Os pacientes diagnosticados com meningite devem ter um acompanhamento por pelo menos seis meses após a doença.

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Brasil tem alta da Covid em onda que deve durar até 6 semanas

  • g1
  • 31 Ago 2023
  • 20:13h

Foto: Arquivo/NIAID-RML via AP

A taxa de testes positivos para Covid-19 aumentou no Brasil nas primeiras semanas de agosto, segundo dois relatórios independentes divulgados na quarta-feira (30). A alta em ambos os levantamentos é da ordem de 7 pontos percentuais, o que representa o dobro de pessoas que testaram positivo para o vírus Sars-Cov-2.

???? ENTENDA O CENÁRIO

O aumento ocorre diante de um cenário distinto do já verificado em momentos anteriores da pandemia, com a maioria da população já vacinada e menos risco de casos graves:

 

  1. Variante: OMS monitora o aumento da circulação da Éris, uma subvariante da Ômicron, que é um dos fatores apontados por especialistas para o aumento dos casos.
  2. Gravidade: Apesar de mais transmissível, a Éris não está associada a casos mais graves ou mortes; para a OMS, ela é uma "variante de interesse", grau inferior ao das "variantes de preocupação".
  3. Vacinação: Brasil enfrenta a sazonalidade dos casos com maioria da população já tendo tomado as doses básicas da vacina, mas o reforço da vacina bivalente só foi aplicado em 15% do público-alvo.
  4. Grupos vulneráveis: pessoas imunossuprimidas (com baixa imunidade, seja por doenças ou por transplante) devem redobrar o cuidado com aglomerações e sempre manter o uso de máscaras.
  5. Duração da onda: na avaliação de Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a atual onda da Covid deve durar entre 4 a 6 semanas.

Em meio a polêmicas, Larissa Manoela retoma cuidados com endometriose

  • Bahia Notícias
  • 30 Ago 2023
  • 17:07h

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em meio as polêmicas financeiras com seus pais, que incluem até corte no plano de saúde, Larissa Manoela usou seu perfil no Instagram na noite desta terça-feira (29) para contar aos seus seguidores que retornou ao acompanhamento médico para tratar a endometriose.

Em setembro do ano passado, a atriz revelou ter sido diagnosticada com endometriose e síndrome do ovário policístico e alertou sobre os cuidados com a saúde.

Em seu Story, Larissa agradeceu ao médico pelo acompanhamento da sua saúde e ressaltou a importância de se cuidar.

“Dr. Mauricio Abrão, não é de hoje que te agradeço por tanto cuidado comigo! Mas é sempre bom reforçar o quanto faz a diferença ter um acompanhamento médico pra cuidar da nossa saúde. Retornar sempre às minhas consultas para acompanhar a minha endometriose faz toda a diferença e eu não abro mão”, escreveu.

A endometriose é uma modificação no funcionamento normal do organismo em que as células do tecido que reveste o útero (endométrio), em vez de serem expulsas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.

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Doenças do coração matam quase um terço dos brasileiros; estilo de vida é um dos fatores de risco

  • g1
  • 28 Ago 2023
  • 14:19h

Foto: FREEPIK

Uma das principais causas de morte no país, as doenças do coração são responsáveis por 30% dos óbitos no Brasil, o que corresponde a 400 mil mortes por ano, segundo o Ministério da Saúde.

???? E os médicos são categóricos em afirmar: muitas delas poderiam ter sido evitadas com detecção precoce, prevenção e controle dos fatores de risco, como tabagismo, diabetes, hipertensão e obesidade. (Leia mais abaixo.)

???? Atualmente, cerca de 14 milhões de pessoas têm alguma enfermidade cardiovascular no Brasil.

Em parte, isso se deve ao ritmo da vida moderna, dietas com muito sal, gordura e açúcares, além de estresse e pouca atividade física.

— César Jardim, cardiologista e diretor clínico do Hcor

???? Apesar da importância da prevenção, um estudo da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) aponta que cerca de 23% dos brasileiros nunca foram ao cardiologista.

Somente entre 2017 e 2021, mais de 7 milhões de brasileiros perderam a vida devido a doenças do coração. Os dados são do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), ligado ao ministério, e levam em conta todas as doenças que afetam o órgão e/ou os seus vasos sanguíneos.

Em 2023, a Sociedade Brasileira de Cardiologia estima, por meio de seu "Cardiômetro", ferramenta que considera cálculos estatísticos e dados oficiais de óbitos, que mais de 264 mil mortes ligadas a essas condições haviam sido registradas no país até a manhã desta segunda (28).

???????? Globalmente, as doenças cardiovasculares, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca, também prevalecem, sendo responsáveis por 17,9 milhões de mortes em 2019, ou 32% do total das mortes no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Neste domingo (27), o apresentador Fausto Silva passou por um transplante de coração após ser identificada uma insuficiência cardíaca.

Abaixo, veja as causas das doenças do coração, diagnóstico e cuidados:

1. Fatores genéticos e comportamentais

 

?? Algumas pessoas já nascem com alguma malformação na estrutura do coração. Elas são chamadas de cardiopatias congênitas e podem ser identificados em exames pré-natais, embora nem sempre isso ocorra.

Segundo o NHS, o serviço de saúde britânico, alguns fatores de risco que aumentam a probabilidade de cardiopatias congênitas incluem:

 

  • Síndrome de Down - distúrbio genético que afeta o desenvolvimento físico e cognitivo do bebê;
  • Infecções maternas, como rubéola, ao longo da gestação;
  • Uso de certos medicamentos pela mãe durante a gravidez;
  • Tabagismo ou consumo de álcool pela mãe durante a gravidez;
  • Diabetes tipo 1 ou tipo 2 mal controlado da mãe;
  • E outras anomalias cromossômicas, que podem ser hereditárias.

 

?? As doenças cardíacas podem surgir ao longo da vida devido a fatores de risco comportamentais: dieta não saudável, sedentarismo, tabagismo, uso prejudicial de álcool e estresse emocional.

Esses fatores podem levar ao aumento da pressão arterial e dos níveis de glicose e lipídios no sangue, ao excesso de peso e à obesidade.

 

"Geralmente, as doenças cardiovasculares decorrem da combinação de fatores genéticos e ambientais clássicos, que podem ser relacionados a mutações genéticas específicas herdadas e se manifestar em pessoas mais jovens", explica Rafael Amorim, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

 

 

2. Evolução silenciosa, exames e diagnóstico precoce

 

Para garantir tratamentos mais eficazes, especialistas reforçam a importância de iniciar a prevenção o quanto antes.

Diversos problemas cardiovasculares podem ser identificados em estágios iniciais por exames como eletrocardiogramas, testes de estresse durante exercícios, radiografias e exames de sangue.

No caso da insuficiência cardíaca, por exemplo, o exame que dá o diagnóstico é o ecocardiograma, que usa ondas sonoras para examinar o coração.

Como o histórico genético tem peso importante no risco cardiovascular, o cardiologista César Jardim ressalta que é necessário um cuidado adicional com os fatores de risco e que pacientes saudáveis, mas com histórico familiar de doença cardíaca, devem iniciar avaliações de check-up mais cedo.

Boa parte desses fatores evoluem de forma silenciosa. Portanto, é através de exames rotineiros que se identifica a doença.

— César Jardim, cardiologista e diretor Clínico do Hcor.

Aliado a isso, a maioria dos jovens pensam que doenças cardíacas só acometem idosos, o que não é verdade.

Como mostrou o podcast "O Assunto", os casos de infartos registrados por mês mais que dobraram nos últimos 15 anos no Brasil, e a média mensal de internações decorrentes subiu quase 160% no mesmo período - entre jovens de até 30 anos, o crescimento foi 10% acima da média.

"Hoje, temos um arsenal diagnóstico muito apurado, capaz de detectar doença cardiovascular numa fase muito precoce. Ainda que as pessoas não apresentem sintomas, é muito importante realizar os exames, pois tanto os fatores de risco, como a própria doença cardíaca, podem evoluir de forma assintomática (silenciosa) numa fase inicial", acrescenta Jardim.

Ele afirma ainda que: "não é porque eu não sinto nada que não tenho problema".

 

3. Cuidados com a saúde e exercícios físicos

 

O excesso de peso do paciente é outro fator que afeta o coração por colocar mais pressão nas artérias, dificultando o trabalho do órgão.

Dois estudos renomados, o InterHeart e InterStroke, que analisaram mais de 30 mil indivíduos em 52 países para avaliar os fatores de risco de ataques cardíacos e derrames trouxeram resultados claros: 90% dos riscos relacionados a esses problemas podem ser evitados por meio de ações preventivas, como a prática regular de atividade física e a adoção de hábitos alimentares saudáveis.

 

"A prevenção da obesidade é muito importante para reduzir a incidência de doença cardiovascular, mas ela é complexa", pondera Amorim.

 

A obesidade é uma condição crônica e que pode ser difícil perder peso e mantê-lo.

Além disso, especialistas ressaltam que a pandemia trouxe desafios adicionais para problemas de saúde relacionados ao coração.

Isso porque muitas pessoas reduziram atividades físicas desde então, adotando comportamentos sedentários, aumentando o consumo de álcool e tabaco, e enfrentando altos níveis de estresse, que em particular, pode desencadear hormônios que elevam a pressão arterial e a frequência cardíaca, aumentando os riscos cardiovasculares.

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Governo Federal sanciona lei que determina divulgação de estoques de medicamentos do SUS

  • Bahia Notícias
  • 24 Ago 2023
  • 19:31h

Foto: iStockphoto

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, sancionou  a lei que estabelece a divulgação dos estoques de medicamentos das farmácias que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS). A sanção foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira (24).

A proposição determina que as diferentes instâncias gestoras do SUS devem disponibilizar na internet os estoques de medicamentos que estão sob sua gestão. O texto obriga que as informações e os dados devem ser atualizados a cada 15 dias, além de estarem acessíveis para consulta do cidadão.

O texto já tinha sido aprovado pelo Senado Federal, desde o início do mês de agosto e esperava somente a sanção presidencial. O projeto é de autoria do ex-deputado Eduardo Cury (PSDB-SP) e teve relatoria da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP).

Entre os benefícios destacados pela relatora na época em que o Projeto tramitava no Senado, está o de permitir aos gestores um planejamento adequado para garantir suprimento ininterrupto de remédios de uso contínuo aos pacientes, além da garantia de disponibilidade de todos os medicamentos.

 

A medida chega após o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), revelar um risco de desabastecimento de medicamento, em julho do ano passado. Itens indispensáveis ao SUS e listados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, como antibiótico, amoxicilina e dipirona estavam na lista de medicamentos que poderiam faltar. 

 

Outro benefício trazido pela medida é a possibilidade de ter um controle oficial, como do Ministério Público, para evitar o desabastecimento, além de evitar possíveis desperdícios.

 

De acordo com O Globo, desde o final do ano passado, após as eleições, a equipe de transição do presidente Lula alertava sobre a falta de informações consideradas estratégicas no Ministério da Saúde, entre elas o estoque e a validade de medicamentos.

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Quase 3 mil baianos esperam na fila de transplante de órgãos

  • g1 BA e TV Bahia
  • 23 Ago 2023
  • 07:16h

Foto: Freepik

Quase 3 mil pessoas estão na fila de transplantes de órgãos na Bahia, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). os dados são referentes ao período entre janeiro e julho deste ano. As 2.871 pessoas aguardam doações de rins, córneas e fígados para voltarem a viver de forma saudável.

Segundo a secretaria, a maior espera é referente ao transplante de rins, com 1.597 de pessoas na fila. Mais 1.252 aguardam o transplante de córnea e, 22, de fígado.

Com apenas 5% dos rins em funcionamento, o pedreiro Silvanio Melo da Silva é um dos pacientes que aguarda pela doação. Atualmente, ele precisa fazer três sessões de hemodiálise por semana, que duram quatro horas cada.

"Minhas pernas começaram a inchar, e eu comecei a ter dificuldade de andar. Durante o serviço, me deitei no chão e não consegui levantar mais. Quando fiz o exame, vi que 95% dos meus rins estavam afetados", contou.

Por causa da doença, Silvanio não consegue mais trabalhar. Além disso, o mau funcionamento dos rins o obriga a tomar 25 comprimidos por dia e ter diversas restrições alimentares. Carne, por exemplo, é um alimento que ele só pode comer uma vez por mês.

Assim como os outros pacientes, não há uma previsão para que Sivanio receba o órgão. As doações dependem do grau de urgência do paciente, da disponibilidade do órgão e da compatibilidade do órgão.

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Após alerta da Sesab, especialista diz que mais surtos de catapora podem acontecer em escolas baianas

  • Bahia Notícias
  • 19 Ago 2023
  • 16:38h

Foto: iSTock

Considerada uma doença endêmica, a catapora ou varicela como também é conhecida tem preocupado órgãos de saúde, especialistas e pais de crianças e adolescentes. Na última terça-feira (16), a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) emitiu um alerta sobre o aumento de casos da doença no estado.

Segundo o órgão, até o último dia 12 de agosto, foram contabilizados 443 casos da enfermidade na Bahia. A notificação chega após surtos em unidades escolares de algumas cidades baianas.

Para a técnica da coordenação de imunização da Sesab, Adriana Dourado, um fator que tem contribuído para a proliferação da doença é o período de sazonalidade, já que é entre agosto e setembro que os casos de catapora aumentam. A especialista apontou também que a Bahia pode registrar mais surtos da doença entre crianças e adolescentes nas instituições de ensino.

“Esse período agora de agosto e setembro é quando a gente registra um aumento de casos da doença, que é chamado o período de sazonalidade da doença. É quando ocorrem mais casos. Nós temos observado também o aumento de registro de surtos de varicela nas escolas. Isso já acende o alerta para a possibilidade de se ter um momento maior além do esperado. A Bahia tem um risco de ter mais surtos de catapora nos colégios entre as crianças”, diz Dourado.

Outro fator que impacta no avanço da varicela é a baixa cobertura vacinal. Segundo a profissional de imunização, o nível de cobertura da vacina adequada é em torno de 95%. Porém, no ano passado a Bahia obteve 73,3% do índice de pessoas vacinadas contra a doença. Já em 2023, a Bahia registrou somente 49,87% de pessoas com o imunizante até o mês de maio, conforme apontou Adriana.

“É por isso que a gente tem que alertar a população sobre a necessidade de atualizar a vacinação das crianças de um a quatro anos. Desde 2015 a gente vem vivenciando a queda gradativa das coberturas vacinais. Talvez por isso mesmo que a gente esteja nesse momento identificando surtos em escolas. Essa população já deveria ter sido vacinada”, comentou a especialista. 

 

CATAPORA NA INFÂNCIA E VIDA ADULTA

Patologia mais comum em crianças, o “ melhor tempo” de ser contaminado pela doença é uma das grandes dúvidas entre pacientes e pais. Na infância, é explicado por pessoas mais velhas, que o “melhor período” para ter a doença é na infância.

 

De acordo com Adriana Dourado, o raciocínio realmente faz sentido. A especialista explicou que ser contaminado na vida adulta traz sintomas mais intensos, principalmente se não houver vacinação durante a infância e o adulto pode apresentar uma maior quantidade de bolhas no corpo, em comparação às crianças. 

 

“A gente não quer que a doença aconteça em ninguém, mas os estudos mostram que a varicela na criança tem uma evolução mais benigna. Quando acontece depois de 15 anos e na população adulta existe um risco maior de complicações, do tipo de pneumonia, varicela hemorrágica e infecção de pele”, esclareceu. 

 

A técnica da coordenação de imunização da Sesab observou ainda que outras complicações na saúde de pacientes contaminados quando adultos podem acontecer e comentou se a doença pode acontecer mais de uma vez. 

 

“Essas pessoas podem ter ainda manchas vermelhas que evoluem para as vesículas, coceira intensa, síndrome da varicela congênita de grávidas para seus filhos e outras série de complicações. Além disso, a infecção pela varicela  mesmo uma vez a pessoa sendo curada pode ficar com o vírus latente no organismo. Na idade mais avançada, a partir dos 50 anos, esse vírus pode ficar latente no organismo, se reativar e causar outra doença decorrente também da infecção pelos que é o Herpes Zoster”, completa. 

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Ministério da Saúde confirma primeiro caso da nova variante da Covid-19 no Brasil

  • Bahia Notícias
  • 18 Ago 2023
  • 18:10h

Foto: Getty Images

O Ministério da Saúde confirmou na manhã desta quinta-feira (17), a notificação do primeiro caso de contaminação da variante EG.5 no Brasil.  O caso aconteceu no Estado de São Paulo. A doença foi detectada em uma mulher, com 71 anos de idade. Segundo o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), a paciente já está curada.

Ela foi diagnosticada com a doença após apresentar sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça no último dia 30 de julho e realizar a coleta para exame laboratorial no último dia 8 de agosto. O Ministério da Saúde apontou que a mulher estava com o esquema vacinal completo.

A Éris como é conhecida popularmente é uma subvariante da Ômicron. A cepa já tinha sido detectada em outros 51 países pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES) informou ao Ministério que a confirmação da variante aconteceu por meio de sequenciamento genético.

O Ministério Público monitora e avalia o cenário epidemiológico da covid-19. A Pasta está atenta às informações sobre novas subvariantes e mantém contato permanente com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o cenário internacional.

Conselho atribui aumento de casos de catapora a baixa vacinação

  • g1 BA
  • 17 Ago 2023
  • 14:06h

Foto: getty images

O Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA) atribuiu, nesta quarta-feira (16), o aumento de casos de catapora em algumas cidades baianas a baixa cobertura vacinal da doença no estado. Na terça-feira (15), a de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) emitiu um alerta sobre a catapora.

De acordo com a CES-BA, o índice de vacinação em Salvador, por exemplo, é de 33,95%, sendo que o recomendado pelo Ministério da Saúde é de 95%. O órgão não informou os números da cobertura nas cidades em que foram registrados surtos, nem em outros municípios baianos.

A imunização é feita em duas doses. A primeira é aplicada a partir do 15º mês de vida e faz parte da Campanha Nacional de Multivacinação. Segundo o Conselho, para conter o aumento de casos, os municípios precisam fazer ações de incentivo para que as crianças sejam vacinadas.

Sesab emite alerta sobre casos de catapora na Bahia; veja dados

  • g1 BA
  • 16 Ago 2023
  • 11:05h

Foto: Getty Images via BBC

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) emitiu um alerta sobre a catapora nesta terça-feira (15). Até 12 de agosto deste ano, foram contabilizados 443 casos da doença em todo o estado.

A Sesab não divulgou o número de casos no mesmo período de 2022 para comparação, mas revelou que o alerta desta terça-feira ocorreu depois de um aumento na notificação de surtos em unidades escolares de alguns municípios.

Em Fátima, cidade que fica no norte da Bahia, as aulas foram suspensas após um surto de catapora.

De acordo com a secretária de Saúde da cidade, Mônica Reis, 18 casos foram notificados nesta semana. Também há relatos de pessoas que não procuraram atendimento médico.

Apesar do ocorrido em Fátima, o alerta da Sesab não indica suspensão das atividades escolares em casos isolados da doença. Nessas situações, devem ser adotadas medidas específicas para as crianças que tenham tido contato com casos suspeitos e confirmados.

O alerta do órgão de saúde tem como objetivo promover medidas de prevenção e controle da catapora, que teve o maior coeficiente de incidência entre crianças menores de um ano de idade.

O documento da Sesab ainda aponta que toda a rede de saúde deve fazer notificação imediata de casos suspeitos de catapora às autoridades sanitárias municipais e estadual (vigilância epidemiológica).

O alerta também descreve que as baixas coberturas vacinais representam risco iminente para ocorrência de surtos e casos graves de catapora no estado - e consequente aumento dos internamentos.

Após 'apagão', Embasa diz que 90% do abastecimento de água foi restabelecido na Bahia

  • g1 BA
  • 16 Ago 2023
  • 09:12h

Foto: Igor Jácome/g1

Após o 'apagão' que afetou todos os municípios da Bahia na manhã desta terça-feira (15), a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) informou que 90% dos sistemas de água impactados foram retomados até as 19h40. Com a retomada, estima-se que o fornecimento seja totalmente regularizado em 48h.

A Embasa atua em 367 dos 417 cidades baianas e, de acordo com a empresa, todos esses municípios sofreram as consequências do apagão no abastecimento de água.

Em Salvador e nas cidades da região metropolitana como Lauro de Freitas, Candeias, Simões Filho, São Francisco do Conde e Madre de Deus, os sistemas de abastecimento começaram a ser restabelecidos somente durante a tarde.

Enquanto o sistema não opera em 100% é recomendado que os consumidores utilizem a água da forma mais econômica possível.

A religação dos sistemas obedece as instruções do Operador Nacional do Sistema (ONS). Por isso, as primeiras cargas religadas foram as residenciais, de baixa tensão, depois as de média tensão e, por último, as de alta tensão.

Durante o 'apagão', algumas estações de esgotamento sanitário mantiveram o funcionamento por meio de geradores.

Samu será ampliado para atender até 97% do país após verbas do PAC na Saúde

  • Folhapress
  • 15 Ago 2023
  • 11:07h

Foto: Divulgação

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que a pasta irá receber R$ 30,5 bilhões do Novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) e que entre os investimentos está a ampliação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que atende pelo 192.

Nísia disse que a Saúde ampliará o atendimento do Samu, para que ele cubra 97% do país dentro de quatro anos. A prioridade é para as regiões consideradas mais vulneráveis.

Segundo a pasta, a cobertura do Samu estagnou em 2017, com uma cobertura de 87%, o que significa que 28 milhões de brasileiros não são contemplados pelo serviço de urgência.

A área específica do Samu receberá investimento de R$ 400 milhões.

OUTROS INVESTIMENTOS
 

A verba do Novo PAC contemplará também a construção de mais 3 mil unidades básicas de saúde, "com prioridade a municípios mais pobres e com destaque à saúde indígena, e a bucal". A abertura de mais 90 policlínicas, para atendimentos especializados, e compras de materiais também são metas do governo.

A radioterapia será expandida no SUS (Sistema Único de Saúde) e o Inca (Instituto Nacional de Câncer) será reforçado com uma verba de R$ 994 milhões.

A ministra disse que "o país viu dobrar a taxa de mortalidade materna, esse é um dos piores indicadores de saúde do Brasil" e dedicará parte do orçamento para uma atualização da Rede Cegonha, um pacote de ações do ministério para a saúde das gestantes.

Além disso, R$ 400 milhões, divididos em quatro anos, serão utilizados para maior cobertura de serviços para pessoas com deficiência -cerca de 8,4% da população, segundo o ministério. A meta é ampliar em 16,5% a capacidade dos CERs (Centro Especializado em Reabilitação) e em 25%, as oficinas ortopédicas.
 

COMO SERÁ DIVIDIDO O ORÇAMENTO?
 

R$ 29,3 bilhões em 2023 a 2026;
 

R$ 1,2 bilhão após 2026.

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