BUSCA PELA CATEGORIA "Brasil"
- Thaise Constancio, Agência Estado
- 14 Abr 2014
- 14:15h
Cansados de conviver com relatos diários de violência urbana como assaltos e roubos, os estudantes de Ciências da Computação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Márcio Vicente e Filipe Norton, resolveram colocar em prática o que aprendiam na faculdade e criaram o site colaborativo Onde Fui Roubado. Desde que foi lançada, em junho de 2013, a plataforma já recebeu mais de 17 mil denúncias de 399 cidades em todo o Brasil. São Paulo é a recordista, seguida por Fortaleza, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. “Queríamos mostrar nosso trabalho e, ao mesmo tempo, dar um retorno positivo para a sociedade. Então, desenvolvemos um espaço onde é possível compartilhar informações sobre assaltos com todos os cidadãos”, explicou Vicente. Eles também oferecem dicas de segurança como evitar locais mal iluminados, não abrir bolsas e carteiras perto de estranhos ou deixar documentos no carro. Disponível em 60% das cidades brasileiras (aquelas que são alcançadas pelo Google Maps), o site ajuda a mapear as ocorrências a partir das denúncias anônimas das próprias vítimas. Na página, a pessoa informa local, data, horário, objetos roubados e o próprio sexo. Além de fazer um breve relato sobre a ocorrência, é possível selecionar sete tipos de crime, desde furto até assalto à mão armada e sequestro relâmpago.
- Por Luciano Martins Costa / OI
- 13 Abr 2014
- 14:13h
O jornal Valor Econômico publicou em manchete, na segunda-feira (7/4), reportagem relatando como especuladores perderam dinheiro ao apostar em um desastre na economia brasileira. “Os ventos do mercado mudaram de direção, a tempestade perfeita não veio, e isso reduziu bastante os ganhos de quem apostou na alta do dólar e na queda das ações”, dizem os autores do texto. Na manhã de terça-feira (8/4), analistas já registram que a frustração provocou um desvio da manada de investidores, das carteiras de maior risco para opções mais conservadoras. O episódio revela como uma parte do movimento financeiro se processa no campo da irracionalidade, onde o chamado wishful thinking, expressão que pode ser traduzida por “autoengano” ou “autossugestão”, substitui frequentemente os indicadores formais da economia. Mas o mais grave é constatar que esse autoengano é frequentemente provocado pela imprensa hegemônica, com a publicação seguida de manchetes negativas que induzem um grande número de pessoas a um clima de pessimismo. Alguns entendem que podem ganhar dinheiro com uma crise, mas a realidade acaba desmentindo os profetas do apocalipse, e está pronta a receita para o prejuízo. No caso presente, a expressão “tempestade perfeita” vem sendo repetida por jornais e revistas desde o final do ano passado. Ela apareceu pela primeira vez, associada a críticas à política econômica do governo, numa análise do economista e ex-ministro Delfim Netto, publicada no Estado de S. Paulo no dia 13 de novembro de 2013. Seu alerta era condicionado a medidas que, segundo ele, deveriam ser tomadas pelo governo para controlar as contas externas, o câmbio e os gastos públicos. No entanto, a previsão foi tomada pela imprensa como muito provável e, curiosamente, um dos primeiros veículos a enxergar a tormenta que não havia foi o Valor, em artigo de um de seus editores executivos, publicado no mesmo dia (ver aqui). Em seguida, a revista Exame, da Editora Abril (ver aqui), elevou a profecia ao grau de catástrofe inevitável. Muitos investidores passaram, então, a valorizar as nuvens escuras.
Mudança dos ventos
O Valor Econômico voltou atrás ao produzir o caderno especial “Cenários 2014”, no mês seguinte, desmentindo seu editor executivo (ver síntese aqui). No entanto, os três jornais genéricos de circulação nacional – Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo – seguiram anunciando o apocalipse.
Até que se produziu a conjunção sonhada pelos especuladores: o anúncio do rebaixamento do Brasil por parte da agência de avaliação de risco Standard & Poor’s, o escândalo da Petrobras e, finalmente, a pesquisa Datafolha sobre intenção de voto, que supostamente iria marcar a queda das chances de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Mas aconteceu que os ventos econômicos mudaram de direção, afastando as nuvens negras e o cenário eleitoral na verdade mostra que a atual presidente pode ser reeleita no primeiro turno.
A situação econômica ainda é de instabilidade, contexto que deve perdurar ao longo do ano, em parte sob influência da disputa eleitoral. O que a imprensa não diz é que uma parcela significativa dessa instabilidade é provocada pela própria imprensa.
Façamos, por exemplo, uma varredura no noticiário de terça-feira (8/4): pelos mesmos jornais que seguem apostando em manchetes negativas, o leitor fica sabendo, em reportagens com menor destaque, que houve uma “enxurrada” de capital estrangeiro no Brasil no mês de março. O BNDES já captou no primeiro trimestre um total de recursos superior ao previsto para todo o ano de 2014, em condições consideradas excelentes, o que demonstra a credibilidade dos títulos brasileiros. Nas notas curtas, pode-se ler uma lista de investimentos de empresas multinacionais, entre eles a criação de uma fábrica de grandes motores da Rolls-Royce no Rio de Janeiro.
Agora, vejamos como a imprensa produz no público opiniões equivocadas. Meio escondida nas edições digitais dos jornais, pode-se garimpar um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( IPEA) anunciando que a Copa do Mundo pode render R$ 30 bilhões ao Produto Interno Bruto em 2014, criando 48 mil empregos só no setor de turismo.
E qual é a percepção que o noticiário sobre o mesmo assunto induz no público? Pesquisa Datafolha publicada com destaque na terça-feira afirma que 55% dos brasileiros acreditam que a Copa vai trazer prejuízos.
É assim que funciona.
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- Edson Sardinha
- 13 Abr 2014
- 11:57h
(Foto: Reprodução)
Três projetos que tratam de direitos dos animais estão na lista de prioridades da Câmara, definida pelos líderes partidários. Além de tornar crime o uso de animais em filmes pornôs, como mostrou o Congresso em Foco, os deputados também podem proibir o sacrifício de cães e gatos pelos centros de zoonose e canis públicos e instituir a castração como política de controle de natalidade. Essas propostas estão entre as 48 proposições que os deputados selecionaram para votar no chamado esforço concentrado. Na sema passada, porém, apenas três foram votadas. Os demais 45 itens tiveram sua apreciação adiada para esta semana.
Castração
De autoria do ex-deputado Affonso Camargo (PSDB-PR), falecido em 2011, o PL 1376/03 adota a castração como política pública nacional de controle da natalidade de cães e gatos de rua. O objetivo é controlar o número de animais de rua e fazer com que o procedimento cirúrgico seja de responsabilidade total do governo municipal. Atualmente, esses animais acabam sendo sacrificados.
O projeto, que retornou à Câmara após ser alterado no Senado, cria um programa de esterilização para controlar o crescimento desordenado da população canina e felina em todo o país, por meio de métodos de castração cirúrgica, que é permanente, ou qualquer outro disponível e eficiente do mesmo modo. A possibilidade de uso de outro método de controle, além da castração, foi incluída no Senado, o que obrigou a Câmara a reexaminar o projeto. Caso seja aprovado pelos deputados, estará apto a virar lei, dependerá apenas da sanção da presidenta Dilma.
O controle populacional de cachorros e gatos é feito atualmente com a captura pelas chamadas carrocinhas e o sacrifício de animais, conforme regras estabelecidas em 1973 e já em desuso em boa parte dos países. O projeto também prevê a criação de campanhas educativas e noções de ética sobre a posse responsável de animais domésticos.
Sacrifícios
Outra proposta (PL 3490/13) que deve ser votada pelo plenário proíbe órgãos de controle de zoonose e canis públicos de matarem cães e gatos. Segundo o projeto, o poder público ficará autorizado a celebrar parcerias com entidades de proteção animal, organizações não-governamentais e universidades, para que sejam desenvolvidos programas ou feiras de adoção em todo o território nacional.
De acordo com o autor da proposição, o deputado Ricardo Izar (PSD-SP), o objetivo é preencher lacunas que existem na legislação brasileira sobre o assunto. “É primordial não permitir que animais sadios sejam cruelmente exterminados, estando esses em plenas condições de salubridade para ser adotados, por exemplo”, defende. Se for aprovada, a proposta seguirá para o Senado.
Saúde animal
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Direito Animal, Izar diz
que o Congresso precisa levar mais a sério a pauta dos animais e entender que as propostas que tratam do assunto não se restringem ao bem-estar dos animais, mas beneficiam também a saúde humana.
“Não é por falta de informação. No começo, até entendo que achassem que era brincadeira falarmos de pauta animal. Mas estamos falando também de saúde humana. A leishmaniose mata mais do que a dengue no Brasil. Como podemos evitar as zoonoses? Não é só respeito por aos animais, é pela saúde humana também. Para cada real aplicado em zoonose, o Estado economiza R$ 27 em saúde humana mais na frente”, afirmou ao Congresso em Foco o deputado, que também preside o Conselho de Ética da Câmara.
Antes de analisar o mérito dos projetos que beneficiam os animais, os deputados terão de aprovar os respectivos requerimentos de urgência, mecanismo que permite a rápida apreciação das propostas em plenário.
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- Estadão Conteúdo
- 13 Abr 2014
- 09:19h
(Foto: Reprodução)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editou uma nova regra que deverá facilitar a certificação de produtos de saúde. As novidades estão presentes na resolução nº 15 da Anvisa, sobre os requisitos relativos à comprovação do cumprimento de Boas Práticas de Fabricação para fins de registro de Produtos para Saúde, publicada esta semana no Diário Oficial da União. A agência acredita que essa resolução favorecerá o registro de novas tecnologias no País. A Anvisa explica que foram estabelecidas três mudanças importantes. Uma das novidades é que a Anvisa poderá utilizar relatório de auditoria emitido por terceiros como subsídio para emissão do Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF). Nesse sentido, atualmente a agência participa de um projeto-piloto de auditoria única que reúne Canadá, Estados Unidos, Austrália e Japão. “Um trabalho articulado entre as agências reguladoras de todo o mundo é essencial em um contexto onde a produção dos equipamentos é global, pois nenhuma agência, de forma isolada, dará conta da demanda de inspeções e auditorias que vem se desenhando para os próximos anos”, comenta o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano. A segunda novidade é que a Anvisa não vai mais emitir o CBPF para os produtos das classes I e II, que são as classes de menor risco, como luvas, seringas e alguns instrumentais cirúrgicos. Tal simplificação atingirá cerca de 400 empresas que atualmente aguardam a emissão do Certificado, o que equivale a 25% dos pedidos que aguardam a certificação, informa a Anvisa. A terceira medida é a permissão para que o protocolo de solicitação do CBPF seja aceito para a apresentação dos pedidos de registro, revalidação e alterações de produtos das classes III e IV, de maior risco. Isso significa que o fabricante não terá que aguardar a concessão do certificado para que a análise dos seus produtos seja iniciada. Com os dois processos ocorrendo em paralelo, o tempo de chegada de novos equipamentos no mercado deve ser reduzido, já que a análise do produto poderá ser feita enquanto a fábrica aguarda a certificação.
- Andreza Matais e Murilo Rodrigues Alves, Agência Estado
- 13 Abr 2014
- 09:07h
(Foto: Reprodução)
Relatório do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) recomenda que os responsáveis pela negociação de compra da refinaria de Pasadena sejam responsabilizados por eventuais perdas da estatal. O negócio, que contou com o aval da hoje presidente da República, Dilma Rousseff, foi iniciado em 2006 e concluído em 2012, após um longo litígio e gasto superior a US$ 1 bilhão. O documento da procuradoria de contas, ao qual o Estado teve acesso, e que subsidiará a decisão dos ministros do tribunal, afirma que a alta cúpula da Petrobrás, “incluindo os membros do Conselho de Administração”, respondam “por dano aos cofres públicos, por ato antieconômico e por gestão temerária”, caso sejam comprovadas irregularidades. Para o MP, as falhas dos gestores da Petrobrás na condução do negócio foram “acima do razoável”. Em 2006, Dilma, que era chefe da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva, presidia o Conselho de Administração da Petrobrás. No mês passado, ao saber que o Estado publicaria uma reportagem que revelaria seu voto favorável à compra de 50% da refinaria naquele ano, a presidente divulgou nota na qual afirmou só ter apoiado o negócio porque foi mal informada sobre as cláusulas do contrato. Em 2008, ainda como presidente do Conselho de Administração, Dilma passou a ser contra o negócio e atuou para tentar barrar a compra de 100% da refinaria, algo que, em razão de custos judiciais, encareceu ainda mais a transação, que precisou ser concretizada.
- Da Redação
- 12 Abr 2014
- 09:08h
(Foto: Reprodução)
A Mega-Sena pode pagar R$ 30 milhões neste sábado, 12. Com a bolada do concurso 1.590 é possível ter uma renda mensal de 158 mil se o dinheiro for aplicado na poupança. Quem quiser testar a sorte, pode jogar até as 19 horas de sábado em qualquer casa lotérica. O valor mínimo do bilhete é de R$ 2.
- Juliana Santos / Veja
- 11 Abr 2014
- 17:20h
Eclipse Lunar no Muro das Lamentações em Israel (Foto: Reprodução)
Um dos principais eventos astronômicos do ano está se aproximando. Na madrugada de terça-feira, 15 de abril, a partir da 1h53 da manhã (horário de Brasília), começa o eclipse total da Lua, aquele em que o satélite fica totalmente encoberto pela parte mais escura da sombra da Terra. O fenômeno poderá ser observado em todo território nacional e marca o início de uma série de eclipses nos próximos dois anos. A tétrade, como é chamado o conjunto de quatro eclipses totais da Lua que ocorrem em uma sequência de dois anos, termina em setembro de 2015.
Esse evento é especial porque eclipses normalmente se intercalam entre totais, parciais (quando a Lua fica parcialmente encoberta pela parte mais escura da sombra da Terra) e penumbrais (quando a parte mais clara da sombra da Terra encobre a Lua). A tétrade é relativamente rara: no século XXI haverá oito delas, sendo a que se inicia no dia 15 a segunda — a primeira ocorreu de 2003 para 2004, e a terceira será em 2032 e 2033. Todo o continente americano poderá visualizar o eclipse na terça-feira. Na primeira hora, no entanto, o fenômeno será praticamente invisível a olho nu, pois a Lua estará na parte externa e mais clara da sombra da Terra, a penumbra. A partir das 2h58 (horário de Brasília), o satélite começa a adentrar a umbra, parte central e mais escura da sombra, e poderá ser visto "sumindo". Essa etapa será concluída às 4h06 da manhã, quando a Lua estará totalmente encoberta pela umbra. Ela permanecerá assim por mais de uma hora, e começará a sair da sombra às 5h24, reaparecendo no céu. O evento está previsto para chegar ao fim às 7h30, mas antes disso a Lua já terá saído completamente da parte mais escura da sombra, além de estar muito baixa do horizonte, dificultando a visão. "No Brasil, o melhor horário para observar o eclipse será entre 3h e 4h30 da manhã, quando se visualizará toda a primeira fase parcial e boa parte da totalidade", diz Gustavo Rojas, astrofísico da Universidade Federal de São Carlos. Quem quiser ver o fenômeno deve olhar para o lado oeste. Binóculos ou telescópios amadores podem ser usados, embora o evento seja totalmente visível a olho nu. De acordo com o especialista, ao contrário dos eclipses solares, neste caso não é necessário adotar nenhuma medida especial de proteção para os olhos. Lua vermelha — Mesmo quando estiver totalmente encoberta pela sombra da Terra, a Lua não vai desaparecer no céu — ela ficará um pouco menos brilhante e com um tom avermelhado. "No momento do eclipse, a luz do Sol não chega diretamente à Lua. A atmosfera da Terra age como uma lente e desvia alguns raios solares até o satélite. Como a nossa atmosfera tem partículas que espalham mais a luz azul e menos a vermelha, a luz que atinge a Lua é predominantemente vermelha", explica Eduardo Cypriano, professor e pesquisador do departamento de astronomia da Universidade de São Paulo. Esse fenômeno também explica porque o Sol fica avermelhado ao entardecer: nesse momento, a luz está atravessando uma camada mais grossa de atmosfera, de modo que sobra mais luz vermelha.
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- Informações da Agência Estado
- 10 Abr 2014
- 09:23h
A febre chikungunya tem sintomas semelhantes aos da dengue (Foto: Reprodução)
Velho conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti pode se tornar transmissor de mais uma doença no País, além da dengue e da febre amarela. Pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz, publicada no Journal of Virology, mostra que os insetos que circulam por aqui têm alta capacidade para transmitir a febre chikungunya, provocada por vírus de mesmo nome que circula por 40 países e chegou recentemente ao Caribe. O trabalho, realizado em parceria com o Instituto Pasteur, mostrou que além do A. aegypti, o Aedes albopictus têm potencial elevado de disseminar a febre. A preocupação dos pesquisadores é maior com a proximidade da Copa do Mundo, com o aumento de turistas no País. A febre chikungunya tem sintomas semelhantes aos da dengue – dor de cabeça, febre alta, dor muscular. O que diferencia as doenças são as fortes dores nas articulações, que em alguns casos pode durar meses. O chikungunya também não provoca alterações sanguíneas, como queda de plaquetas, que leva à forma hemorrágica, no caso da dengue. Os pesquisadores começaram a investigar a transmissão do vírus depois que foram registrados os primeiros casos no Brasil, em São Paulo e no Rio, a partir de 2010. Os infectados haviam visitado a Indonésia, mas a doença não se espalhou pelo País. “Nos perguntamos se os nossos mosquitos, nas Américas, não eram suscetíveis. Fizemos o estudo com amostras de cepas isoladas na África, e em regiões dos oceanos Índico e Pacífico. Quando estávamos terminando o estudo – e concluímos o potencial de transmissão -, começou o surto nas ilhas francesas do Caribe”, afirmou o pesquisador do laboratório de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz, Ricardo Lourenço, que coordenou o estudo. “Estamos muito assustados de o vírus se espalhar pelo Brasil. Porque além de termos os mosquitos transmissores, temos uma população suscetível, que nunca teve contato com esses anticorpos”.
- Por Arnaldo Jabor
- 09 Abr 2014
- 16:43h
(Imagem Ilustrativa)
Nunca vi o Brasil tão esculhambado como hoje. Perdoem a palavra grosseira, mas não há outra para nos descrever. Já vi muito caos no País, desde o suicídio de Getúlio até o porre do Jânio Quadros largando o poder, vi a morte de Tancredo na hora de tomar posse, vi o País entregue ao Sarney, amante dos militares. Vi o fracasso do Plano Cruzado, vi o escândalo do governo Collor, como uma maquete suja de nossos erros tradicionais, já vi a inflação a 80% num só mês, vi coisas que sempre nos deram a sensação fatalista de que a vaca iria docemente para o brejo, de que o Brasil "sempre" seria um país do futuro. Eu já senti aquele vento mórbido do atraso, o miasma que nos acompanha desde a Colônia, mas nunca vi o país assim. Parece uma calamidade pública sem bombeiros, parece um terremoto ignorado. Por que será? É óbvio que não é apenas o maluco governo do PT, mas também as marolas que ele espalha, os nós frouxos de uma política inédita no País que nem atam nem desatam. Agora, tudo vai muito além da tradicional incompetência que sempre tivemos: linear, a boa e velha incompetência pública de sempre. Dá até saudades. A incompetência de agora é ramificada, "risômica", em teia, destrutiva, uma constelação de erros óbvios que eu nunca tinha visto. No dia a dia só vemos fracassos, obras que não terminam, maquiagem de números, roubalheiras infinitas e danosas, vemos o adiamento de tudo por causa das eleições. Tudo vai explodir em 2015, o ano da verdade feia de ver. O mal que essa gente faz ao País talvez demore muitos anos pra se reverter.
Mas, aqui, não quero falar da corrupção, burocracia, clientelismo e outras mazelas. Como é o "rationale" que usam para justificar o desmembramento do País que estão a executar? Quais são as principais neuroses da velha cabeça da esquerda, suas doenças infantis, etc.? Interessa ver o mapa do inconsciente petista. Interessa ver a incompetência dessa gente que conheço desde a adolescência, quando participava das infindáveis reuniões políticas para "mudar" o País - muito cigarro e a sensação de viver uma "missão profunda". As discussões sem-fim: "Questão de ordem, companheiro!", "o companheiro está numa posição revisionista" ou "a companheira está sendo sectária em não querer dar para mim". Os fins eram magníficos, os diagnósticos tinham pontos corretos, mas, no fim das madrugadas, alguém perguntava: "O que fazer?" (como queria Lenin...). Aí, todo mundo embatucava. Ninguém sabia nada. E tentavam agir, mas só apareciam erros desastrosos e a incapacidade de organização concreta; mas, tudo era desculpado pela arrogância de quem se achava na "linha justa". O povão era usado para a "boa" consciência, o povão era o salvo-conduto para a alma pacificada, sem culpas - o povão era nossa salvação. Pensávamos: "Um dia eles serão 'homens totais', 'sujeitos da história', enquanto os mendigos vomitavam no meio-fio - os que a gente chamava com desprezo de "lumpens". O ponto de partida da incompetência é se sentir competente. A incompetência atual é competente como nunca. O homem "bom" do partido não precisa estudar nem Marx nem nada, apenas derramar sua "missão" para o povo. Administrar é coisa de burguês, de capitalista. E dá trabalho, é chato pacas examinar estatística, analisar contratos da PTbrás, tarefas menores, indignas de líderes da utopia. Para eles, o Estado é o pai de tudo. Logo, o dinheiro público é deles, a empresa pública é deles, roubar é "desapropriar" a grana da burguesia. Os petistas se sentem "bons". Eles são o 'Bem' e o resto é ou massa de manobra, a massa atrasada, ou "elementos neoliberais da direita". Ser o Bem te absolve; é irresistível entrar para um partido assim. É prato feito para os narcisistas da pesada ou psicopatas - nada melhor do que um partido do "bem" para a arrogância descarada e legitimação de qualquer roubo e a mentira. Outra doença infantil (ou senil) é a permanência de (não riam...) de Hegel nas mentes da "esquerda". O filósofo que formou Marx continua nos corações petistas. Por esse pensamento, qualquer erro é justificável por ser uma "contradição negativa", ou seja, qualquer cagada (perdão...) é o passo inicial para um acerto que virá, um dia. Como escreveu o filósofo Carlos Roberto Cirne Lima em Depois de Hegel, de 2006, Hegel tem a tendência muito forte de dizer que tudo que "é", a rigor, tinha que ser. Hegel diz que para entender a história é preciso afastar a contingência. Hegel vai provocar o grande erro de Marx de que a história é inexorável e que, portanto, a revolução comunista é um momento da história, que necessariamente vai acontecer. Esse é o primeiro grande erro de Hegel. E Cirne Lima reclama: "Nenhum lógico lê nosso trabalho porque ele trata de Hegel, e nenhum hegeliano o lê porque é lógica". Assim, se organiza a burrice, a estupidez (notem que falo do "id" petista), a negação de qualquer facticidade, a adoção só de ideias gerais, dedutivas, o desejo de fazer o mundo caber num ideário superado ('aufheben'). Daí a desconfiança no mercado, nos empreendedores, contra todos que trabalham indutivamente, com o mistério das coisas singulares no centro da sociedade civil que eles veem como uma anomalia atrapalhando o Estado. Os esquerdistas se sentem parte de uma dinastia desde Stalin - as palavras e conceitos ainda são usados. E, como no tempo do Grande Irmão, há o desejo de apagamento do sujeito ou seja, nem a morte tem importância para sujeitos que viram objetos. Vide Coreia. Até o assassinato pode ser absolvido como uma necessidade histórica. Um dia, um companheiro (que morreu há pouco...) me disse: "Não tema a morte. Marx disse que somos seres sociais. O indivíduo é uma ilusão. Para o comunista, a morte não existe". E eu sonhei com a vida eterna. Essas são algumas das doenças mentais que estão levando o Brasil para um pântano institucional. Temos que nos salvar desse determinismo suicida. Se houver a vitória de Dilma ou a volta de Lula estaremos, como diria Hegel, fo&#dos - numa 'contradição negativa' que vai durar décadas para ser "superada".
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- Informações da Agência Brasil
- 09 Abr 2014
- 09:19h
O ministro Dias Toffoli foi eleito ontem (8) presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele vai substituir o ministro Marco Aurélio, que deixará a presidência no mês que vem, quando completará quatro anos no tribunal, prazo de permanência no TSE. Toffoli vai comandar as eleições presidenciais de outubro. O vice-presidente será o ministro Gilmar Mendes. A posse será no dia 13 de maio. A votação foi simbólica, pelo fato da presidência ser ocupada por ordem de antiguidade entre os três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que também compõem o TSE. Além de Toffoli, Mendes e Marco Aurélio também pertencem ao Supremo. Também fazem parte do TSE dois ministros oriundos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois membros da advocacia. Toffoli foi empossado como ministro efetivo do TSE em maio de 2012. Ele nasceu em Marília (SP), no dia 15 de novembro de 1967. Formou-se em direito, em 1990, na Universidade de São Paulo (USP), e especializou-se em direito eleitoral. Em 1995, ele começou a atuar como assessor parlamentar do PT. Também foi advogado do PT nas campanhas eleitorais do ex-presidente Lula em 1998, 2002 e 2006. Toffoli também ocupou o cargo de advogado-geral da União.
- Blog do Camarotti
- 09 Abr 2014
- 06:40h
O deputado ao lado da presidente Dilma (Foto: Reprodução)
Numa mensagem de celular enviada para um interlocutor, o deputado licenciado André Vargas, vice-presidente da Câmara, disse que mantém a disposição de não renunciar. “Não mudarei de posição”, escreveu Vargas em mensagem à qual o Blog teve acesso. Durante o dia, o deputado petista foi pressionado a renunciar para evitar constrangimentos ao partido em razão da denúncia de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal, acusado de lavagem de dinheiro. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a dizer, em entrevista a blogueiros, que o PT é que "paga o pato” e disse que Vargas deve explicar os fatos. Internamente, as correntes petistas Mensagem e Democracia Socialista têm defendido a renúncia de André Vargas.
- Informações da Agência Brasil.
- 09 Abr 2014
- 06:28h
(Foto Ilustrativa)
O governo liberou nesta terça-feira (8) R$ 1,5 bilhão de ajuda financeira para custeio dos municípios. É a segunda parcela de um total de R$ 3 bilhões prometidos pela presidenta Dilma Rousseff durante a Marcha dos Prefeitos, em julho do ano passado. O primeiro pagamento foi feito em setembro de 2013. Pelo Twitter, a presidenta disse que o dinheiro já está disponível na conta das prefeituras e que os recursos deverão ser usados para garantir a melhoria dos serviços públicos nos municípios. “Todos nós – governo federal, Estados e prefeituras – temos o compromisso de responder às demandas por melhores serviços públicos, mais médicos, mais educação, mais transporte de qualidade, mais segurança”, escreveu Dilma em sua conta pessoal na rede social.
- Informações da Agência Brasil
- 08 Abr 2014
- 17:10h
(Foto: Reprodução)
Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal fizeram hoje (8) mais um ato de protesto por aumento salarial e melhores condições de trabalho. Desde o início de fevereiro, os policiais têm promovido paralisações pontuais com o objetivo de fazer com que o governo federal negocie com a categoria. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal, Flávio Werneck, diante da “intransigência” do governo nas negociações, a categoria está avaliando a possibilidade de uma paralisação por tempo indeterminado. “Por enquanto, estamos fazendo as paralisações, mas poderemos parar por tempo indeterminado caso as negociações não avancem”, disse Werneck à Agência Brasil. Segundo ele, agentes, escrivães e papiloscopistas reivindicam reposição inflacionária aproximada de 38%, que corresponde ao período de sete anos. Além disso, a categoria tem pressionado o órgão a apresentar uma proposta para definição das atribuições dos policiais federias. Segundo Werneck, hoje não estão estabelecidas as regras, os procedimentos e a definição de cargos para os policiais que atuam, principalmente, nas áreas de fronteira (marítima e terrestres), nos aeroportos e no controle químico e de armas. “Sem atribuição, muito policiais estão atuam fora da atividade-fim. Aqui no edifício-sede da Polícia Federal, cerca de 70% dos policiais estão com desvio de função, trabalhando em áreas administrativas”, criticou Werneck. Procurada pela Agência Brasil, a direção da Polícia Federal não se manifestou.
- Informações do Bahia24Horas
- 07 Abr 2014
- 14:38h
(Foto: Reprodução)
Três baianos foram escalados para participar da comissão externa que irá a Holanda, investigar suspeita de pagamento de propina pela empresa SBM Offshore a funcionários da Petrobras. Farão parte da excursão os deputados federais Paulo Magalhães (PSD), Mário Negromonte (PP) e Luiz Alberto (PT). O mais curioso na seleção dos nomes é que Negromonte é citado em reportagem da revista Veja, publicada neste fim de semana, como um dos beneficiários de um esquema de pedágio abastecido por fornecedores da Petrobras. Outro suspeito, que teria enviado mensagem cobrando 120 (provavelmente R$ 120 mil) ao doleiro Alberto Youssef, foi identificado somente pelas iniciais: “L.A.”.
- As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
- 07 Abr 2014
- 09:24h
(Imagem Reprodução)
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, rebateu as críticas recebidas após a admissão do erro, na última sexta-feira (4), no estudo sobre a percepção dos brasileiros em relação à violência contra as mulheres, divulgado uma semana antes. O órgão informou que 26% dos brasileiros, e não 65%, concordam, total ou parcialmente, com a afirmação de que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". Para ele, o erro foi "uma fatalidade", não está relacionado a uma suposta perda de foco do Ipea, como sugeriram alguns críticos, e não invalida as conclusões gerais do estudo. "Foi o famoso erro de planilha", disse Neri, também ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo. Destacando a importância de o erro ter sido reconhecido publicamente, Neri comparou o caso a uma troca de dados identificada em um famoso artigo de coautoria de Kenneth Rogoff, professor da Universidade Harvard e ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), que seria descoberto ano passado, três anos após publicado. "Nesse caso, foi até certa fatalidade. Houve um erro de troca de números. Agora, o resultado geral da pesquisa, a tendência não muda. Muda o grau, mas não muda a conclusão geral, de que existe certa permissividade, certa tolerância com a violência contra a mulher. O crítico que fala que o Ipea está perdendo o foco pode perguntar o que o instituto tem a ver com a questão de gênero. Se você olhar a agenda da ONU (Organização das Nações Unidas), do Banco Mundial, da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), vai ver que essa questão é fundamental. As mulheres não são a minoria da população. São a maioria e há políticas que precisam ser desenhadas", afirmou Néri.