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(Foto: Reprodução)
Que deputado não gostaria de ganhar repercussão nacional? Uma das grandes dificuldades de parlamentares hoje é adquirir espaço na mídia e se tornar mais conhecido pela sociedade em meio à grande competição por cargos políticos. De qualquer forma, temos certeza de que ninguém no mundo gostaria de ganhar o infeliz rótulo do deputado João Rodrigues (PSD-SC), pego por reportagem do SBT assistindo a um vídeo pornográfico durante a sessão sobre a reforma política na Câmara realizada na última quarta-feira (27). Para além do episódio dessa semana, aproveitamos a ocasião para introduzir ao leitor o parlamentar e como tem sido sua atuação no campo da política nacional. Natural Chapecó (SC) e radialista da Rádio Centro-Oeste de Pinhalzinho por doze anos, João Rodrigues, 48, tem mais filiações partidárias do que mandatos em Brasília. O parlamentar, que nasceu no PFL e migrou para o DEM com o fim da primeira sigla, está em sua segunda legislatura na Câmara, desta vez, pelo PSD. Em 2014, foi o segundo deputado mais votado em seu estado, com 221.409 votos - pouco mais de 8 mil a menos que o primeiro colocado.
- Brumado Urgente
- 30 Mai 2015
- 18:20h
Foto: Max Moreno I Brumado Urgente
O Arnold Classic Brasil é maior evento direcionado ao fisiculturismo do país, e, diante de existir em Brumado um grande público amante do fisiculturismo, enviamos o repórter fotográfico Maxuel Graia “Max Moreno” ao Rio de Janeiro para uma cobertura exclusiva do evento que conta com a presença do Ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger. Em entrevista coletiva concedida no Windsor Barra, o ator relatou que: "Amo sempre voltar ao Brasil”. Meus três primeiros dias serão totalmente dedicados ao Arnold Classic e os três seguintes, à promoção do meu mais recente filme, "O Exterminador do Futuro: Gênesis", e logo após a coletiva de imprensa a qual o Brumado Urgente se fez presente, foi realizado a abertura oficial do evento ontem (29) por Arnold e pelos organizadores do evento. Confira algumas fotos do primeiro dia.
(Foto: Reprodução)
A Justiça condenou a Lojas Renner a pagar R$ 40 mil de indenização por danos morais a uma funcionária que era chamada de "filho de macaco" e "lixo" no trabalho de acordo com o site Brasil Post. Segundo o Tribunal Superior do Trabalho, a vendedora afirmou ter passado por longo processo seletivo e foi selecionada pra trabalhar na loja da rede em um shopping em São Paulo. A costureira da loja se referia à funcionária como "filhote de macaco" e "lixo" constantemente. Já a gerente dizia que ela deveria continuar "trabalhando com vassouras e baldes". No período das agressões, a vítima de injúria racial chegou a conversar com a psicóloga da empresa e com a supervisora da do setor da loja. Elas teriam orientado a costureira a pedir desculpas, mas nada mudou em relação às ofensas.
Testemunhas confirmaram os xingamentos constantes à vendedora. Após a decisão, a loja de departamento recorreu, alegando que a vendedora nunca sofreu humilhação, mas teve recurso negado pelo Tribunal Regional, que manteve a sentença considerando a conduta "desrespeitosa, humilhante e discriminatória (em razão da raça e origem)" da vítima:"O empregado, ao firmar o contrato de trabalho com o seu empregador, não se despoja dos direitos inerentes à sua condição de ser humano, que devem ser respeitados pelo tomador dos serviços, em face dos postulados da dignidade da pessoa humana e da boa-fé objetiva." A Renner foi procurada pela equipe do Brasil Post para falar sobre o assunto, mas não se pronunciou até o fechamento da matéria.
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- Por Norma Couri | OI
- 30 Mai 2015
- 10:42h
(Foto: Reprodução)
Triste não é ler a matéria mal intencionada sobre um show de Cauby Peixoto, aos 84 anos, no Bar Brahma, em São Paulo. Triste é não ver na imprensa matérias investigativas e venenosas sobre temas importantes que certamente dariam mais trabalho e requisitariam mais conhecimento. Na reportagem “‘Hoje falta brilho à música’, diz Cauby” (Folha de S.Paulo, 21/5), a repórter acha engraçado começar o texto com o alfinete do colete do terno que voa longe quando o cantor espirra diante de um quadro onde ele foi pintado aos 17 anos. Está mais gordo, ela revela, surpresa. Depois, acha mais graça do boato sobre sua morte que “grudou com a força do fixador da peruca que ele usa desde os anos 1980, quando a famosa cabeleira começou a rarear”. E coloca o cantor numa situação ridícula, obrigando-o a afirmar: “Não tenho problema, não, tô na ativa”.
Insiste ainda em revelar que Cauby precisa de ajuda para andar – “escuta pouco, fala menos ainda e, quando fala, divaga”. Prefere cantar, explica a repórter, sem se dar conta de que está entrevistando um cantor. Ainda ridiculariza mais um pouquinho o entrevistado que é praticamente obrigado a dizer que “às vezes ouço minha voz e ela é perfeita. Sou muito afinado”. Em seguida, a matéria diz que ele repete pela terceira vez os discos que planeja para o final do ano, como “Cauby Sings Nat King Cole”, revelando o que julga ser um furo entre nossos artistas que tentam a vida lá fora: Ron Coby, o nome artístico adotado, não vingou por lá.
“Dualidade intrigante”
Descobrindo que alguma coisa acontece em seu coração com ponte de safena desde que começou cantar em 2004, na esquina celebrada por Caetano Veloso, da Avenida São João com Ipiranga, a repórter nos conta que vai sair o documentário Cauby – Começaria Tudo Outra Vez, de Nelson Hoineff. E que Diogo Vilela recriará os trejeitos do cantor no musical “Cauby, Cauby”, de 2006. Diogo avisa: “Ele deveria ser reconhecido como o nosso Sinatra. É o último dos românticos”. E o primeiro dos roqueiros.
Continuando o perfil do artista, a repórter diz que ele já trocou os dentes, é fã da Era do Rádio (“tece loas à longínqua Era do Rádio…”), e fã também de frango ao molho pardo que almoça com a amiga de 86 anos, Ângela Maria. Posava para revistas lutando jiu-jitsu quando começaram a duvidar de sua masculinidade. Repetiu sua entrevista aoRoda Viva: “Já fui muito promíscuo. Quando garoto, transei com porca, galinha, papagaio”.
Reproduz trechos da biografia de Rodrigo Faour, Bastidores (Record, 2001), título da música que Chico Buarque compôs para ele em 1980 (“Com muitos brilhos me vesti/ depois me pintei, me pintei”). E a repórter não esquece de observar o manual de Glória Kalil, Chic, na mesa da sala adornada por dois dragões chineses, pilastras gregas e flores de plástico.
De quem a repórter falava mesmo? De um ladrão? Um colarinho branco apanhado com mão no caixa ou com a boca na botija? De um assassino? De um personagem que ela custou a achar e teve dificuldade em entrevistar; um malfeitor, um general da ditadura, um torturador? Um personagem da Segunda Guerra dentro de uma matéria espinhosa, um nazista disfarçado em empresário que ela penou para descobrir com identidade falsa no sul do Brasil ou na Argentina?
Era um cantor, um cantor que a revista Time já chamou de “Elvis brasileiro”, e eu queria ver se repórter da Folha faria esse papel “investigativo” ao retratar o americano revirando a genitália e por isso mesmo apelidado de “Elvis, the pelvis”.
Era um cantor, gente. Um cantor de 84 anos que revela com propriedade não ter ideia do que seja o funk, e que a música está muito comercial. “Sem brilho, sem beleza.” Um cantor que atravessou décadas de música brasileira desde a era do rádio. Apenas um cantor, que foi tratado com respeito na reportagem de O Estado de S.Paulo no mesmo dia (21/5), e no documentário de Nelson Hoineff. Ao contrário da repórter da Folha, o Estadão analisa a voz do cantor, ativa, com graves atuando para dar cor, contrastando com os agudos que não desapareceram, com sua força migrando das regiões mais altas onde habitava um vibrato de respiração longa, para as médias e baixas. O Estadão analisa a dinâmica dos volumes pianíssimos contrastando com as explosões da voz do cantor octogenário que, ao contrário de outros de sua idade, não o obrigou a baixar as tonalidades originais. E de como Cauby comoveu a UTI do Hospital Santa Isabel ao cantar “Conceição”.
Diz o jornalista do Estadão: “A voz parece representar a integridade de sua alma e transmite uma dualidade intrigante entre corpo e espírito. Enquanto o primeiro vive as limitações impostas pelo tempo, o segundo pega o caminho contrário ganhando força e recursos que antes não tinha”. É um homem frágil, descreve o repórter.
Mais respeito
Sobre o CD com músicas de Nat King Cole, o Estadão diz que é um tributo de Cauby ao homem que, um dia, também se emocionou com sua voz. “Fui convidado por ele para cantarmos em Nova York. Foi uma grande noite”. Ilustra com uma foto dos dois juntos, além de outra com Ângela Maria e uma terceira com os irmãos do músico, ambos músicos, Araken e Moacir. Ao contrário da
Não omite a sexualidade de Cauby ao descrever o documentário de Hoineff: “Cauby diz que logo cedo, quando garoto, descobriu que o amor entre homens era perfeito, como o amor entre um homem e uma mulher. ‘Eu era um garoto quando ia para o morro transar com os veados. Eu também andava com eles. Transar (assim) era uma coisa natural. Depois eu comecei a ter namoradas’”. Vistas assim, as duas reportagens publicadas no mesmo dia parecem focar pessoas diferentes.
Como as grandes marcas de carros e brinquedos, os jornais deveriam fazer recall de matérias com defeito que podem causar grandes estragos. E causar reações como a do leitor Fabio Cesar Alves, professor de Literatura da USP, que enviou à Folha uma mensagem, dada no “Painel do Leitor” do jornal no dia seguinte (22/5) à publicação da matéria maldosa que o professor acusou de ser “permeada de ironia grosseira”. “Por tudo o que representa para a música brasileira, Cauby merece mais respeito”, afirmou – com razão.
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A sinalização para o próximo ano é de redução do custo da energia, afirmou ontem o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. Entre os fatores que indicam essa redução está a renovação de um conjunto de concessões de hidrelétricas cuja tarifa será reduzida e uma provável melhora do regime hidrológico do país. “A renovação das concessões aponta para essa direção. E esperamos um regime hidrológico mais favorável”, afirmou, durante o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio de Janeiro. Segundo ele, diante de uma melhora do cenário de chuvas no futuro, não será necessário operar todas as termelétricas, principalmente as mais caras. Essa medida pode alterar a cor da “bandeira tarifária”, indicando uma melhora no quadro de abastecimento e uma redução nas tarifas de energia. Romeu Rufino afirmou que espera um cenário mais favorável à modicidade tarifária, quando o valor das tarifas cobradas é bastante próximo aos dos custos de produção. “A grande questão para a modicidade tarifária é o custo da energia”, afirmou Rufino. Segundo ele, a sinalização é para uma redução do custo de energia no próximo ano. A outra pressão pela alta na conta de luz, os encargos antes assumidos pelo Tesouro, já começaram a ser repassados para os consumidores, reduzindo a pressão em 2016, afirmou. O ano de 2015 está sendo melhor em termos de chuvas e níveis de reservatórios hidrelétricos do que foi o anterior, segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. Ainda assim, acrescentou, o cenário “não é o desejado”. Segundo o ONS, o consumo residencial e comercial ainda não foi afetado pelas campanhas publicitárias de uso racional da energia e continua em patamares elevados, apesar da alta na tarifa.
- RPM Comunicação
- 29 Mai 2015
- 22:06h
Foto: Max Moreno I Brumado Urgente
O ator e ex-Governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger abriu hoje a terceira edição do Arnold Classic Brasil, que prossegue ao longo do fim de semana, reafirmando seu carinho pelo povo brasileiro e contando que, dessa vez, sua missão no país é ainda mais especial: "Amo sempre voltar ao Brasil. Meus três primeiros dias serão totalmente dedicados ao Arnold Classic e os três seguintes, à promoção do meu mais recente filme, "O Exterminador do Futuro: Gênesis".
Em entrevista coletiva concedida no Windsor Barra, em que dividiu a mesa com o presidente do Arnold Sports Festival, Robert Lorimer, o presidente da IFBB (Federação Internacional de Bodybuilding), Rafael Santorra, e os diretores do Arnold Classic Brasil, Ana Paula Leal Graziano e Luiz Felipe Bonilha, Arnold comemorou as conquistas e ampliação da edição brasileira do evento, que este ano se prepara para receber 80 mil pessoas e 10 mil atletas. "Obrigado, Arnold Classic Brasil, pela parceria. Sem vocês, seria impossível fazer um evento tão incrível", festejou.
Segundo Schwarzenegger, sua relação com o fisiculturismo sempre foi além do culto ao corpo. "Penso no fisiculturismo como um meio de promoção e celebração do esporte, ferramenta essencial para manter a saúde. Não importa o esporte, nossa cruzada é por incentivar uma vida mais saudável para todos e para as futuras gerações", acrescentou. Sobre a participação feminina, defendeu que as mulheres estejam em todos os esportes, sem preconceito, lembrando que foi o criador do campeonato Miss Olympia, que inclui mulheres no fisiculturismo. Perguntado sobre o potencial dos atletas brasileiros, Schwarzenegger não hesitou: "o Brasil tem grandes atletas em várias modalidades e isso inclui o bodybuilding".
A coletiva foi aberta pelo diretor do Arnold Classic Brasil e diretor da empresa Excalibur, Luiz Felipe Bonilha, que lembrou a importância da realização da terceira edição do evento em uma cidade olímpica que respira esportes: "Estamos trazendo mais de 30 mil pessoas para o Rio de Janeiro e gerando um impacto econômico de mais de R$ 50 milhões na cidade. O Arnold é um grande presente para todos nós e para esta cidade que está completando 450 anos".
Ana Paula Leal Graziano, diretora do Arnold Classic Brasil e da Savaget Promoções, falou sobre as novidades do evento, incluindo o novo Espaço Paradesportivo e a proposta de levar eventos para fora dos pavilhões: "Queríamos aproveitar a beleza e o clima da cidade. Por isso, estamos realizando a primeira Arnold Speedo Run, corrida com 2 mil atletas inscritos, o campeonato de Strongman Profissional, e o de frescobol na praia da barra".
O diretor do Arnold Sports Festival, Robert Lorimer, contou que o evento, que começou em 1989 em Ohio, por iniciativa do pai dele junto com Arnold Schwarzenegger, agora já alcança cinco continentes e chegará ao sexto em 2016. "Neste ano, o festival de Ohio recebeu 20 mil atletas e 200 mil pessoas", uma grande conquista para todos nós.
Competições
No Riocentro, hoje foi o primeiro dia das competições. Na categoria amadora do Poledance, da qual 30 atletas participaram, a campeã foi Francini de Oliveira Brasil, que conquistou a vitória depois de ter ficado em segundo lugar ano passado.
"Senti que evoluí tecnicamente. Na minha rotina faço treinos de força e flexibilidade e seis meses antes da competição foco na coreografia. Foi uma conquista e tanto. Estou muito feliz", disse.
A grande novidade deste ano, o Espaço Arnold Paradesportivo, mostrou que veio para ficar. Entre as modalidades apresentadas nesta sexta-feira estavam: submition, judô, rugby, futebol de sete, handball e futsal.
No Bodybuilding amador vale destacar a categoria Classic Bodybuilding, que foi apresentada hoje no Brasil pela primeira vez no evento. Essa categoria é a aposta da Confederação para transformar o Fisiculturismo em modalidade olímpica.
A competição de Strongman amador, categoria feminino absoluto, foi uma das mais emocionantes do dia. A diferença de uma atleta para a outra foi de apenas um ponto. A vencedora foi Flavia Carvalho e em segundo lugar ficou Mirian Fernandes, que veio competir com o braço quebrado.
ARNOLD CONFERENCE
Na área técnica, 80 palestras com especialistas em nutrição, medicina esportiva, educação física e até gestão de lojas de suplementos integram o congresso técnico Arnold Conference., que traz ainda, pela primeira vez, o painel "Arnold Showcase" - uma entrevista ao vivo com Arnold Schwarzenegger, conduzida pelo apresentador Marcos Mion. "Nosso objetivo é trazer sempre um panorama atualizado das novidades do mercado fitness nacional e internacional e promover um ambiente favorável para que os profissionais possam descobrir, dialogar, vender, comprar e, claro, celebrar a saúde", aposta Ana Paula Leal Graziano, diretora geral do Arnold Classic Brasil.
Sobre o Arnold Sports Festival
O Arnold Sports Festival foi criado há 27 anos por Arnold Schwarzenegger e Jim Lorimer, em Ohio (EUA), se tornando o maior evento multiesportivo do mundo. Desde 2011 o evento vem expandindo suas fronteiras. Primeiro ganhou uma versão europeia, o Arnold Classic Europe, que já teve três edições em Madri (Espanha). Em seguida foi a vez de o Rio de Janeiro sediar a edição da América Latina, que acontece pelo terceiro ano consecutivo. Em março de 2015, a Austrália sediou o evento pela primeira vez. Para maio de 2016 já está confirmada a primeira edição da África, na África do Sul, e a China está sendo estudada como sede para o primeiro evento na Ásia.
Serviço Arnold Classic Brasil
Data: 29 a 31 de maio
Local: Riocentro - Av. Salvador Allende, 6555 - Barra da Tijuca
Horários:
29 e 30 | sexta e sábado (Profissionais do setor: das 10h às 14h / Visitantes: das 14h às 20h)
31 | domingo (Visitantes e Profissionais do setor: das 10h às 18h)
Ingressos:
Público geral:
Menores de 16 anos acompanhados dos responsáveis
Crianças de até 12 anos têm entrada gratuita
Meia entrada: estudantes, professores, aposentados, idosos e portadores de necessidades especiais, mediante documento comprobatório
A partir de 29 de maio (bilheteria local)
Ingresso: R$ 80,00
Não haverá a opção de passaporte
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Repórter faz pergunta a homem morto durante o programa 'Tolerância Zero', de uma TV afiliada da Record Foto: Reprodução
A equipe estava cobrindo uma perseguição policial na periferia de Aracaju e quando chegou ao local encontrou três suspeitos no chão. De acordo com a polícia, os três homens haviam praticado assalto a uma mercearia e tinham fugido. Houve troca de tiros e um deles morreu. "Você é maior ou menor?", perguntou o repórter a dois suspeitos. "E você, tem quantos anos?", perguntou ao terceiro homem, que estava morto. Após alguns segundos sem resposta, o jornalista percebeu o que havia feito. "Esse daqui está ferido. Por incrível que pareça, eu ia entrevistar um cara que já está morto", explicou, sem graça.
(Reprodução)
A Câmara dos Deputados discutirá na próxima semana se amplia de quatro para cinco anos os mandatos de deputados, governadores, prefeitos, vereadores e presidente da República. Apenas os mandatos atuais de senadores, de oito anos, ficariam preservados. Anteontem a Câmara aprovou, em primeiro turno, um artigo da reforma política que acaba com a reeleição de chefes dos poderes executivos. A medida foi aprovada com o apoio majoritário de todos os partidos políticos. No total 452 votos a favor, 19 contra e uma abstenção. Da bancada baiana, dos 39 deputados, 36 votaram favoráveis ao fim da reeleição, um votou contra – José Carlos Aleluia (DEM) – e dois não participaram da votação – João Gualberto (PSDB) e Mário Negromonte, ele, inclusive afirmou que não estava se sentindo bem e teve que deixar o plenário antes do término da votação, já na madrugada. Apesar de não participar da sessão, o progressista informou ser favorável ao fim da reeleição. A bancada do PP orientou votar a favor da emenda. O deputado federal João Gualberto, que presidirá o PSDB na Bahia, justificou a ausência devido a uma reunião. O tucano informou à reportagem que precisou deixar o Congresso e, quando retornou, a votação já tinha sido encerrada. “Foi muito rápido. Achei que voltaria a tempo, mas, como foi praticamente unânime, se votou logo. Sou favorável ao fim da reeleição, inclusive meu partido defendeu nas eleições passadas”, afirmou o tucano.
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, também comentou, em sua conta no Facebook, ontem, a aprovação do fim da reeleição. “Tivemos a experiência da reeleição. Não nos arrependemos dela, mas é preciso que tenhamos a capacidade de avaliar se foi boa e se foi ruim. Acho que a presidente da República acabou por desmoralizar a reeleição”, postou o tucano, que defende o mandato de cinco anos. Único baiano a votar contra o fim da reeleição, José Carlos Aleluia (DEM) subiu à tribuna no plenário para justificar seu voto. “O momento pode ser propício para que alguns entendam que a reeleição não é boa. A nível federal, o primeiro momento em que a reeleição não está cumprindo o seu papel, mas não é por causa do fracasso da presidente Dilma que vamos impedir que o próximo presidente da República possa ter a possibilidade de governar por oito anos o Brasil, para arrumar o que ele vai receber que será uma grande herança maldita”, discursou. Para Aleluia, o que tem que ser feito é buscar mecanismos para se ter no país eleições “mais sérias, fiscalizadas e livres”. “Defendo a manutenção do direito de se reeleger, tanto para os atuais quanto para os novos. Estudos mostram que prefeituras e Estados onde os governadores e prefeitos tiveram a oportunidades de governar por oitos anos ostentam índices melhores do que aqueles que mudam governadores ou prefeitos a cada quatro anos”, defendeu. O autor da PEC que criou a reeleição em 1997, o atual líder do Democratas na Câmara, Mendonça Filho (PE), orientou sua bancada à votar a favor da emenda. No entanto, o parlamentar também votou contra o fim da reeleição. Já o líder do Solidariedade na Câmara, deputado Arthur Maia, argumentou que o uso da máquina pública pelo governante que está no poder torna desigual a disputa com outros candidatos. “É desigual e injusto alguém disputar eleição contra o governante que está no poder com todos os favorecimentos que este poder proporciona”, discursou. O deputado federal Luiz Caetano (PT), duas vezes consecutivas prefeito de Camaçari, votou a favor do fim da reeleição e defendeu um mandato de cinco anos para os próximos eleitos. No entendimento do petista, que deseja governar, pela terceira vez, a cidade economicamente mais importante da Bahia, o período de quatro anos é curto para a consolidação de políticas públicas governamentais. “Ainda há um segundo turno na Câmara e dois turnos no Senado Federal. Só com intensa mobilização será possível evitar o retrocesso”, alertou. O fim da reeleição não se aplicará aos governadores eleitos em 2014 e aos prefeitos eleitos em 2012, nem a quem os suceder ou substituir nos seis meses anteriores ao pleito subsequente, exceto se já tiverem exercido os mesmos cargos no período anterior. Dentro do pacote da reforma política em discussão no Congresso Nacional, ontem a Câmara dos Deputados rejeitou, por 236 votos a 206 e cinco abstenções, acabar com a coligação eleitoral nos cargos para o Legislativo. Na prática, a decisão mantém as regras atuais, pelas quais os partidos políticos podem se coligar nos pleitos para vereador, deputado estadual e federal. O texto do destaque assegurava coligações eleitorais nas eleições majoritárias - prefeito, governador, presidente da República, senador. O PSDB foi o partido que mais defendeu a aprovação da emenda, mas acabou derrotado. O argumento é que as coligações são formadas sem identidade ideológica entre as legendas e de olho apenas na partilha do tempo de televisão. Para os tucanos, o atual modelo vota em alguém e elege uma pessoa de outro partido e de outra ideologia. “A proposta pelo fim das coligações teve o propósito de fortalecimento dos partidos. Entendemos que não houve o avanço, mas respeitamos a decisão da maioria”, afirmou à Tribuna, o deputado federal Antonio Imbassahy. A aprovação do fim das coligações nas eleições proporcionais foi prejudicada porque PT e PMDB e outros partidos fizeram acordo com as legendas menores nas votações dos dois principais temas da reforma política: o sistema eleitoral e o financiamento de campanhas eleitorais. O PT fez acordo com alguns partidos pequenos e com o PRB e acabou evitando a aprovação do distritão. O PMDB e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fizeram acordo com PCdoB e PHS para tentar aprovar o distritão e conseguiram demover a postura do PRB e dos partidos do bloco, que somam 38 deputados, e garantir com o apoio deles a aprovação da doação empresarial a partidos. Também na noite de ontem o plenário da Câmara dos Deputados aprovou ainda, por 369 votos a 39 e cinco abstenções, a cláusula de desempenho segundo a qual o acesso dos partidos aos recursos do Fundo Partidário e a tempo gratuito de rádio e TV dependerá da eleição de, ao menos, um representante em qualquer das Casas do Congresso Nacional. “Usar dinheiro público para financiar campanha não é correto. Dinheiro que deveria ir para saúde, educação, segurança pública não pode ir para campanha política. Defendemos que os recursos sejam de origem privada, desde que sejam abertos e reduzidos”, defendeu Imbassahy. Todos os 39 deputados baianos votaram favoráveis. Após reunião de líderes, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anunciou que ficarão para a próxima semana três temas da reforma política: duração de mandatos, coincidência das eleições e cotas para eleições de mulheres.
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(Foto: Reprodução)
Por votação simbólica, o Senado aprovou a Medida Provisória 668, que aumenta impostos sobre mercadorias importadas, incluindo cerveja, produtos farmacêuticos e cosméticos. Pelo texto aprovado, no geral, a alíquota do PIS-Pasep para a entrada de bens importados no Brasil passa de 1,65% para 2,1%. No caso da Cofins, vai de 7,6% para 9,65%. A medida integra o pacote de ajuste fiscal do governo, para o qual, além de aumentar a arrecadação, a iniciativa protegerá a indústria nacional. A estimativa da equipe econômica é de que, com essa MP, a arrecadação anual com importações aumentará em R$ 1,19 bilhão a partir de 2016. Só neste ano, o impacto seria de R$ 694 milhões. Na votação dessa MP, o Senado aprovou também dispositivo nela inserido pela Câmara Dos Deputados, que autoriza o Parlamento a celebrar parcerias público-privadas (PPPs), prerrogativa hoje exclusiva do Executivo. Pelas PPPs, a iniciativa privada arca com a obra e, em contrapartida, pode explorar serviços do empreendimento. O dispositivo é de interesse do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, porque viabiliza a construção de um shopping, assunto hoje em discussão naquela Casa.
- Wilma Santana I Brumado Urgente
- 28 Mai 2015
- 10:18h
(Foto: Ilustração)
Servidores das Universidades federais iniciam hoje (28) paralização por tempo indeterminado em todo o país. Devido aos cortes de repasses da União, as federais apresentaram dificuldades para fechar as contas e terão de lidar nas próximas semanas com greves de servidores e de docentes. Instituições já sofrem com a redução nos repasses; na Bahia, verba é 30% menor que o previsto, diz reitor. As entidades temem que o corte de R$ 9,4 bilhões na educação, anunciado pelo governo, aprofunde a crise --a redução das verbas já tem afetado o funcionamento das instituições, causando demissões e suspensão de contratos. O Ministério da Educação informa que tem atuado para garantir os recursos necessários ao funcionamento das universidades e afirma que os repasses têm sido normalizados desde março. Contudo, informa que as universidades têm autonomia administrativa e que, "após a liberação financeira, não possui qualquer ingerência sobre os processos de pagamento".
(Foto: Reprodução)
Em votação na noite desta quarta-feira (27), a Câmara Federal aprovou, por 452 votos a favor e 19 contra, o fim da reeleição para mandatos executivos - presidente da República, governadores e prefeitos. Houve ainda uma abstenção. O texto da emenda deverá agora ser votada em segundo turno na Câmara e segue para o Senado caso aprovada. A votação faz parte do pacote de reforma política em discussão no Legislativo, a PEC 182/2007. O texto aprovado é de autoria de Rodrigo Maia (DEM-RJ), e prevê transição. O fim da reeleição não se aplicará aos governadores eleitos em 2014 e aos prefeitos eleitos em 2012, nem a quem os suceder ou substituir nos seis meses anteriores à eleição seguinte. Dilma Rousseff, reeleita em 2014, já não poderia se candidatar ao cargo em 2018. Segundo o texto, deputados estaduais e federais, senadores e vereadores continuam aptos a disputar a reeleição. Todos os partidos votaram em maioria a favor da emenda que acaba com a reeleição. O partido com maior número de votos contra o fim da reeleição foi o Democratas, com cinco votos 'não' de um total de 20 parlamentares. PT e PMDB, principal aliado na bancada governista, tiveram três votos contra a emenda cada um. Outros três votos contra vieram de deputados do PTB. A única abstenção também veio do PT, com Weliton Prado (MG). Confira a lista completa de como votou cada parlamentar. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ser favorável à medida mais pelo efeito em cidades pequenas, onde, segundo ele, prefeitos acabam governando para se reelegerem. No entanto, ele diz duvidar do efeito em governos estaduais e na Presidência. "Já tive momentos com uma posição favorável e momentos com uma posição desfavorável, mas hoje estou consciente de que é melhor para o Brasil o fim da reeleição", disse Cunha. "A gente vê muitos problemas em prefeituras, especialmente as menores, em que o prefeito acaba, na realidade, fazendo o mandato em função da reeleição. Isso de uma certa forma impede a renovação dos quadros políticos, mas para as prefeituras, não sei se nos Estados e até na União tem o mesmo impacto", completou. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da reforma política começou a ser votada nesta semana. Na última terça-feira (26), o plenário rejeitou uma proposta que incluía na Constituição a permissão para que empresas fizessem doações para candidatos e partidos. Após a votação, a Ordem do Dia foi encerrada. Nesta quinta-feira, a partir das 12 horas, os deputados continuam a votar a reforma política por temas.
Foto: Marri Nogueira / Agência Senado
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) perdeu uma ação que movia na Justiça desde 2013 contra os sites de busca, Yahoo, Google e Bing. Ele pedia que pesquisas com seu nome não levassem a notícias sobre casos de desvio de recursos públicos no seu governo em Minas Gerais. A decisão foi tomada pelo juiz Rodrigo Garcia Martinez, do Tribunal de Justiça de São Paulo. "Se numa biblioteca pedimos um livro, eles o localizam e o trazem. Se o conteúdo é apto a cometer ilícito, o autor é quem deve responder, não a biblioteca ou o bibliotecário, sob pena de realizarmos práticas fascistas, comunistas ou nazistas", justificou. De acordo com a Folha de S. Paulo, o Ministério Público de Minas Gerais investigava se o senador cometeu improbidade quando declarou R$ 4,3 bilhões gastos em saneamento básico como aplicados em saúde. O processo de Aécio era contra notícias que o apontavam como réu em um caso de "desvio de R$ 4,3 bilhões na saúde". Para seus advogados, elas induzem o leitor a acreditar que ele havia se apropriado do dinheiro. A Justiça de Minas extinguiu o processo. O juiz reconheceu que as notícias eram "falsas", mas na sua decisão ele argumentou que "inibir o acesso às informações por meio de filtros na ferramenta de busca representa retrocesso à livre manifestação". A defesa do senador vai recorrer.
(Foto: Reprodução)
Lideranças do PSDB, DEM, PPS e Solidariedade protocolaram nesta terça-feira (26) representação junto à PGR (Procuradoria-Geral da República) na qual pedem a abertura de investigação contra a presidente Dilma Rousseff pela prática de crimes contra as finanças públicas e de falsidade ideológica. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), ressaltou que a ação jurídica se complementa à proposta de cunho político que será apresentada nesta quarta-feira (27) pelos movimentos de rua requerendo o impeachment da petista. Sampaio lembrou ainda que ambas tem um propósito comum: afastar Dilma do Palácio do Planalto. “São duas alternativas: temos o caminho do impeachment, que é de natureza politica, e a representação ao procurador-geral da República, de natureza jurídica. São medidas que se complementam. Da mesma forma que estamos aqui representando contra Dilma por conta dos crimes que cometeu, amanhã estaremos acompanhando os movimentos de rua que protocolarão o pedido de impeachment”, disse Sampaio.
O pedido foi entregue diretamente ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na saída, o líder da Oposição na Câmara, Bruno Araújo (PE), manifestou a expectativa de que o Ministério Público atue com “absoluta isenção” na análise das “fartas provas” apresentadas na peça. “O Brasil aguarda com expectativa a palavra a ser dada pela PGR. Foi uma conversa de elevado espírito público, com a compreensão do papel das oposições tem, de representar a expectativa de milhões de pessoas. Com serenidade, Janot distribuiu a matéria para ter o primeiro parecer da sua assessoria e então, no momento propício, se pronunciar”, disse. “Esperamos ter um parecer em breve”, completou Sampaio. Caso a PGR acolha a ação e proponha a investigação, o efeito imediato será uma solicitação por parte do STF para que a Câmara autorize o afastamento de Dilma por 180 dias. “Evidentemente para que a representação tenha os frutos que esperamos, o PGR tem que aceitar e propor a ação penal contra a presidente”, ponderou o líder na Câmara.
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O poderoso presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sofreu uma dupla derrota na noite de terça-feira (26) com a rejeição das suas duas principais propostas de reforma política – incluir na Constituição Federal a permissão de doações de empresas a campanhas eleitorais e alterar a forma como elegemos deputados e vereadores, adotando o sistema chamado de distritão. Deputados e assessores parlamentares ouvidos pela BBC Brasil atribuíram parte da derrota a uma reação da casa à atitude "prepotente e autoritária" de Cunha, após ele atropelar o trabalho da Comissão Especial de Reforma Política.
Isso ficou bem nítido no caso do distritão – modelo para eleição de deputados e vereadores em que os mais bem votados se elegem, independentemente do desempenho total dos partidos.
Ferrenhamente defendido por Cunha, esse sistema foi amplamente criticado por cientistas políticos ouvidos na comissão. Segundo eles, a mudança beneficiaria os candidatos já conhecidos do grande público, capazes de atrair grande número de votos, em detrimento de candidatos novos ou representantes de minorias, por exemplo.
Por causa dessas críticas, o relator da matéria, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), se posicionou contrariamente ao distritão e não queria incluí-lo em seu relatório.
Cunha decidiu então substituí-lo pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RF) e levar o relatório diretamente ao plenário da Câmara, sem votá-lo na comissão. O presidente chegou a dizer que umas das propostas de Castro – alterar a duração dos mandatos de senador – era burrice política.
O episódio foi considerado humilhante para Castro e acabou ampliando a rejeição ao sistema defendido pelo presidente da Câmara.
"O imperador deu um tiro no pé. Houve um sentimento de solidariedade a Castro", disse um deputado do PTB a dois colegas, logo após o resultado da votação, em conversa presenciada pela BBC Brasil.
Antes da aprovação da medida, Castro distribuiu panfletos entre os deputados criticando o distritão. Ainda antes da votação, ele recebeu aplausos calorosos do plenário ao ser citado no discurso do deputado Alessandro Molon (PT-RJ).
O assessor de um importante parlamentar estimou que entre 40 e 50 deputados teriam mudado de lado por causa da "humilhação" imposta a ela por Cunha.
"Acho que houve esse sentimento (de solidariedade). Recebi mais de cem abraços de apoio hoje (ontem)", disse Castro à BBC Brasil, após o resultado.
"Ele (Cunha) foi muito desrespeitoso comigo e com a comissão. Acho que ele terá que refletir agora", acrescentou o deputado, que era aliado de Cunha até esse episódio.
No caso do distritão, havia dúvida sobre se ele seria rejeitado e as apostas eram de uma votação apertada. O que mais surpreendeu foi a margem do resultado amplamente contrária a sua aprovação.
Por ser uma proposta de alteração da Constituição Federal, sua aprovação dependia do apoio de 60% dos deputados (308 votos do total de 513).
Em um bolão realizado entre jornalistas que cobrem a Câmara, do qual três deputados também participaram, a aposta mais baixa era de a proposta teria 243 votos favoráveis. Recebeu 210 apenas.
Quando o resultado foi divulgado, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) não se conteve: bateu forte com uma mão aberta sobre a outra fechada e saiu correndo para fora do plenário em comemoração.
Com esse resultado, ficou mantido o modelo atual, em que a eleição de vereadores, deputados estaduais e deputados federais é proporcional ao total de votos recebidos por cada coligação de partidos. Esse modelo maximiza o potencial de cada voto, pois tanto os votos "excedentes" dos candidatos mais bem votados como os votos "insuficientes" dos menos votados são redistribuídos entre os candidatos de votação intermediária de cada coligação.
Já no caso das doações de empresas, a expectativa era de uma vitória de lavada da proposta de Cunha de incluir sua permissão na Constituição Federal, já que a maioria dos deputados foi eleita após campanha que incluiu recursos recebidos de empresas.
A votação favorável, porém, também não alcançou o mínimo necessário: foram 264 manifestações a favor e 207 contra (o restante dos deputados não votou ou se absteve).
Para o deputado Molon, o resultado refletiu a pressão da sociedade contra o financiamento de campanhas por empresas.
Essas doações estão na berlinda devido às revelações de irregularidades pela Operação Lava Jato. As investigações apontam que empresas teriam financiado campanhas de políticos de diversos partidos com recursos públicos desviados da Petrobras.
"Foram duas grandes derrotas de Cunha. A maioria dos deputados entendeu que a continuidade desse modelo, de campanhas dependentes das empresas, não é mais sustentável", disse Molon, último deputado a deixar o plenário, quase à 1h da madrugada desta quarta-feira.
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- Wilma Santana I Brumado Urgente
- 27 Mai 2015
- 09:40h
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A medida provisória 665 que torna mais rigoroso o acesso a benefícios trabalhistas como o seguro-desemprego e o abono salarial foi aprovada pelo Senado nesta terça-feira (26) por 39 votos favoráveis e 32 contrários. Como já havia sido aprovada pela Câmara e não sofreu alterações no Senado, a matéria segue para sanção presidencial. A medida causou fortes polêmicas pelo impacto que terá sobre os trabalhadores em um cenário de retração da economia e de aumento do desemprego. Uma das remodelações propostas pelo governo, que foi criticada por todos os sindicatos, estabelece que o trabalhador que perder seu emprego pela primeira vez somente receberá o seguro-desemprego se já tiver cumprido pelo menos 12 meses de contrato e não seis, que era o prazo mínimo até agora. Além disso, para ter acesso ao seguro-desemprego, os trabalhadores terão a obrigação de fazer cursos de aperfeiçoamento profissional enquanto estejam fora do mercado de trabalho. Essas propostas foram rechaçadas pela oposição e até por alguns senadores do PT, mas mesmo assim a base governista conseguiu impor sua maioria.