‘Podem dar as costas para mim, mas que fiquem de frente para os 10 mil alunos que estão sem aula’, afirma prefeito de Brumado

  • Daniel Simurro | Brumado Urgente
  • 06 Nov 2015
  • 12:45h

O prefeito Aguiberto frisou que espera que os professores avaliem melhor o fato dos 10 mil alunos estarem sem aula (Foto: Daniel Simurro | Brumado Urgente)

A tensão decorrente da falta de um acordo entre APLB, que representa os professores municipais de Brumado e o Poder Executivo, começa a ganhar uma densidade ainda maior, tendo no meio desse cabo de guerra, alunos e pais, que já têm deixado bem claro o sentimento de preocupação e o anseio para que o impasse termine o quanto antes e as aulas sejam retomadas, o que, ainda parece distante, já que o enfrentamento entre as partes fica cada vez maior. Na manhã desta quinta-feira (05), durante a inauguração do escritório regional do Setaf, isso ficou evidente, pois os professores, mesmo antes do evento acontecer, marcharam resolutos com faixas e cornetas, fazendo protestos veementes contra o prefeito Aguiberto Lima Dias, gritando “professores na rua, prefeito a culpa é sua”. Mostrando determinação, eles entraram no ambiente inaugural e, durante a fala do prefeito viraram as costas em sinal de protesto. A atitude foi comentada pelo gestor, que, primeiramente frisou que “eu quero cumprimentar os professores que estão aqui fazendo as suas reivindicações, mas quero deixar bem claro que já fizemos todos os esforços para buscarmos um acordo, mas até agora eles se mostraram inflexíveis, o que vem dificultando a solução”. Em tom de desafio, o prefeito elevou o clima de suas palavras declarando que “eu até aceito que virem as costas para mim, mas espero que o bom senso impere e que eles não virem, isso sim, as costas, como estão fazendo, para os 10 mil alunos que estão aflitos querendo que as aulas voltem o mais rápido possível”. Em contato com membros do comando da greve dos professores eles afirmaram que o acordo ainda está distante e que esperam sim é o bom senso do prefeito. “A questão não é a falta de dinheiro e sim o fato dele manter centenas de cargos comissionados e contratados, em detrimento da nossa causa. Se ele desse valor para a Educação exoneraria esses cargos e concederia o reajuste que nós estamos pedindo, que é justo, pois está de acordo com a atual realidade”. Em seguida nossa equipe falou com o prefeito que reafirmou que “espero que o fiel da balança seja os 10 mil alunos que estão fora da sala de aula. Já oferecemos o melhor, a justiça já declarou o movimento ilegal, tanto que a baderna começa a ser a tônica dos protestos e deixo aqui o questionamento de quem ganhará com isso. A verdade é que todos perdem, principalmente os alunos que serão os mais prejudicados”.  

Os professores ficaram de costas durante a fala do prefeito em sinal de protesto (Foto: Daniel Simurro | Brumado Urgente)


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