Esquema criminoso vendia programas de computador superfaturados a prefeituras baianas
- 14 Jul 2015
- 17:40h

Agentes da PF deixam a Assembleia Legislativa, no CAB, após busca e apreensão em gabinete de deputado (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
A Polícia Federal deflagrou, na madrugada de ontem, a operação Águia de Haia, que revelou umesquema de desvio de mais de R$ 57 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), recurso que é repassado pelo governo federal às prefeituras para ser aplicado na educação. Prefeitos e secretários de 21 cidades estão envolvidos no esquema - 19 delas ficam na Bahia, outras três em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. O nome da operação, que cumpriu 96 mandados de busca e apreensão, além de duas prisões na Bahia, é uma referência ao jurista Ruy Barbosa, conhecido como Águia de Haia. Cerca de 450 agentes participaram da operação, que começou a investigar denúncias em 2013. Os criminosos ofereciam sistemas de gestão educacional para convencer os gestores de participar do esquema. No pacote vendido, havia a promessa de criação de um portal na internet e implantação de um programa de aulas interativas, além de gestão informatizada da educação municipal e capacitação de professores e alunos. Os criminosos convenciam as prefeituras a contratar o serviço, com a promessa de melhorar o desempenho da cidade no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e, consequentemente, aumentar os repasses do Ministério da Educação (MEC).




















