Seca: Rio Paraguaçu pede socorro
- Informações do Jornal da Chapada
- 12 Nov 2014
- 08:51h
A situação do leito do rio mostra a gravidade da situação (Foto: Reprodução Facebook)
O Rio Paraguaçu é o maior rio genuinamente baiano. Ele nasce no Morro do Ouro, Serra do Cocal, município de Barra da Estiva, na Chapada Diamantina, e segue passando pelos municípios de Ibicoara, Mucugê e até cerca de 5 quilômetros da cidade de Andaraí, quando recebe o rio Santo Antônio. Muda de direção em seu curso para oeste e leste, servindo como divisor entre os municípios de Itaetê, Boa Vista do Tupim, Marcionílio Souza, Itaberaba, Iaçu, Rafael Jambeiro, Santa Teresinha, Antônio Cardoso, Castro Alves, Santo Estevão, Cruz das Almas, Governador Mangabeira, Cabaceiras do Paraguaçu, Conceição da Feira, Muritiba de São Félix, e as cidades de São Felix de Cachoeira e Maragogipe, desembocando na Baía de Todos os Santos, entre os municípios de Maragogipe e Saubara. Com a construção da barragem de Pedra do Cavalo, responsável pelo controle de suas cheias, ganhou mais uma utilização, a de responder pelo abastecimento de água de todo o Recôncavo, Feira de Santana e a Grande Salvador. Com a longa estiagem que assola diferentes regiões da Bahia, a situação do Paraguaçu só tende a piorar, pois está em constante ameaça devido à poluição e ao desmatamento. Em seus 600 quilômetros de curso, ao longo do qual banha cidades importantes, inclusive sob o ponto de vista turístico, o problema do Paraguaçu segue sendo afetado também por diversas comunidades que vivem nas margens do rio, que ainda despejam outros tipos de poluição, inclusive esgoto. O rio corre sérios riscos de assoreamento, por causa do desmatamento, que continua nas regiões de matas ciliares, e da extinção dos vários riachos que desaguavam no Paraguaçu. Para recuperar essa imensa perda seria necessário que mais de 1700 quilômetros de matas ciliares sejam reflorestados.