Brasil está à frente da Argentina para entrar na OCDE, diz Bolsonaro

  • G1
  • 15 Jan 2020
  • 13:06h

((Foto: Brendan Smialowski / AFP))

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (15) que o Brasil está "bastante adiantado" nos critérios para entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), "inclusive na frente da Argentina". Na terça-feira (14), a embaixada dos Estados Unidos em Brasília divulgou uma nota na qual afirmou que apoia a entrada do Brasil na OCDE, espécie de "clube dos países ricos". Os EUA devem formalizar a posição em uma reunião do conselho da OCDE, nesta quarta, em Paris. Após a manifestação da embaixada, assessores do ministro da Economia, Paulo Guedes, disseram que o Brasil passa a ser a prioridade dos EUA para o órgão. Em outubro, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, enviou uma carta à OCDE manifestando apoio à entrada da Argentina e da Romênia na organização. Ao comentar a nota da embaixada, na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que a notícia era "bem-vinda". "São mais de cem requisitos para você ser aceito. Estamos bastante adiantados, inclusive na frente da Argentina. E as vantagens para o Brasil são muitas. Equivale ao país entrar na primeira divisão", disse o presidente. "A gente vinha trabalhando há meses em cima disso, de forma reservada, obviamente", completou. Segundo assessores de Bolsonaro, a Argentina perdeu prioridade do apoio dos EUA em razão da mudança do governo. O novo presidente, Alberto Fernández, é menos alinhado com ideias de Washington do que o seu antecessor, Maurício Macri. Bolsonaro afirmou ainda que, se a decisão dependesse do presidente norte-americano Donald Trump, o Brasil já estaria na OCDE. "Eu não posso falar em prazo. Isso depende. Não é apenas do Trump. Se fosse do Trump, [o Brasil] já estava lá. Depende de outros países também. E nós estamos vencendo resistências e mostrando que o Brasil é um país viável", concluiu o presidente. A OCDE atua como uma organização para cooperação e discussão de políticas públicas e econômicas que devem guiar os países que dela fazem parte. Para entrar no acordo, são necessárias a implementação de uma série de medidas econômicas liberais, como o controle inflacionário e fiscal. Em troca, o país ganha um "selo" de investimento que pode atrair investidores ao redor do globo.


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