Em carta, Lula exalta legado do PT e pede união contra 'aventura fascista'

  • Uol
  • 24 Out 2018
  • 19:17h

Em carta divulgada nesta quarta-feira (24) por sua equipe de comunicação, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu a união dos democratas em torno do candidato do PT , contra uma "aventura fascista", sem no entanto mencionar o nome de Jair Bolsonaro (PSL). Preso desde abril na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba, Lula disse ter orgulho do legado dos governos petistas e afirmou que isso estaria contrariando "interesses poderosos dentro e fora do país". "Tenho muito orgulho do legado que deixamos para o país, especialmente do compromisso com a democracia. Nosso partido nasceu na resistência à ditadura e na luta pela redemocratização do país, que tanto sacrifício, tanto sangue e tantas vidas nos custou". O ex-presidente voltou a se dizer alvo de perseguição política, o que teria impedido sua presença na disputa. Em setembro, Lula foi barrado da corrida pelo Planalto em função de sua condenação no processo do tríplex, o que o tornou ficha suja. "Todos sabem que fui condenado injustamente, num processo arbitrário e sem provas, porque seria eleito presidente do Brasil no primeiro turno", escreveu, citando que Haddad substituí-lo como candidato foi uma demonstração de resistência. Lula, então, conclama "todos e todas que defendem a democracia a se juntar ao nosso povo mais sofrido, aos trabalhadores da cidade e do campo, à sociedade civil organizada, para defender o estado democrático de direito". "Se há divergências entre nós, vamos enfrentá-las por meio do debate, do argumento, do voto. Não temos o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988. Não podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história", disse. De acordo com a última pesquisa de intenção de votos, divulgada pelo Ibope na última terça-feira (23), Bolsonaro aparece na liderança com 57% dos votos válidos, enquanto Haddad tem 43%. Nesta quarta, o candidato do PT disse ainda confiar na vitória e que deverá crescer principalmente junto às periferias das grandes cidades.


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