Prefeitura de Vitória da Conquista cancela contrato com empresa de ônibus que teve 90% da frota retida

  • G1
  • 31 Ago 2018
  • 08:25h

Ônibus foram retidos após vistoria (Foto: Reprodução/TV Sudoeste)

A Prefeitura de Vitória da Conquista, cidade no sudoeste da Bahia, cancelou o contrato com a empresa Viação Vitória, que atuava no transporte público do município. Com isso, de acordo com decreto publicado pela administração, a empresa Cidade Verde passou a ser a única a operar na cidade. O G1 tentou falar com a Viação Vitória, mas não conseguiu contato com a empresa até a publicação desta reportagem. A decisão da prefeitura foi publicada no Diário Oficial, na última terça-feira (28), mais de um mês após 90% da frota da Viação Vitória ser retida por irregularidades. Durante o período, a prefeitura chegou a declarar situação de emergência no transporte público e a Cidade Verde assumiu algumas linhas. Agora, todas são de responsabilidade da empresa. Segundo a prefeitura, o cancelamento foi determinado por descumprimento das obrigações contratuais da Viação Vitória, que não estava atendendo à população. Cerca de 80 mil usuários do serviço sofrem com a falta de ônibus, que ainda atinge alguns pontos da cidade. Atualmente, conforme a prefeitura, a população conta com 126 ônibus, sendo 76 veículos correspondentes às linhas regulares da Cidade Verde, e mais 50 veículos adicionados para atender, em caráter emergencial, as linhas da Viação Vitória. No entanto, a previsão da administração municipal é de que 170 coletivos estejam em operação até a meados de setembro. A Viação Vitória operava com 80 ônibus, mas 76 deles foram impedidos de deixar a garagem da empresa, após uma vistoria da prefeitura, no dia 17 de julho. No local, foram encontrados ônibus com pneus carecas, sinalização deficiente e tacógrafo em mau estado, entre outros problemas. Ao longo do mês, a empresa adaptou alguns veículos, que passaram a operar novamente na cidade, mas muitas linhas ficaram sem cobertura. Funcionários da empresa entraram em greve e chegaram a protestar por falta de pagamento. Na época, a empresa informou que não tinha como pagar pois, com os ônibus retidos, estava sem faturamento.


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