Bahia: Após sequestro, corpo é enterrado e família descobre após 8 meses

  • 22 Mar 2017
  • 07:08h

(Foto: Reprodução)

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apura e acompanha a denúncia de uma família de Salvador que afima que o corpo de um parente, identificado no Instituto Médico Legal (IML) da capital baiana, foi enterrado sem o conhecimento dos familiares. O sepultamento ocorreu em junho de 2016, mas a família só tomou conhecimento do paradeiro da vítima no mês de fevereiro deste ano.Conforme a família, o mecânico Synval Oliveira Pimental, de 51 anos, foi visto pela última vez no dia 22 de maio, na Avenida Barros Reis, em Salvador, a caminho de casa. Segundo a polícia, a vítima foi sequestrada por três homens e colocada na mala de um carro. O corpo de Synval foi encontrado no dia seguinte, na BA-526, conhecida como CIA-Aeroporto Sul, e levado para o IML.No entanto, a filha da vítima, a auxiliar administrativa Laís Lopes, disse que foi diversas vezes ao Instituto Médico Legal de Salvador, mas foi informada que o corpo do pai dela não estava lá. "Perdi as contas de quantas vezes eu estive lá. Não só eu. Meu esposo também foi, outras duas tias minhas também estiveram lá várias vezes e disseram que meu pai não estava lá", disse ao G1.

De acordo com o IML, no dia 24 de maio, o corpo de Synval foi apresentado ao perito do órgão e identificado no dia 4 de junho, no Instituto Pedro Melo, na capital baiana, através das impressões digitais. Synval foi enterrado no dia 20 de junho.A filha Laís afirma que não foi informada pelo IML que o corpo do pai dela havia sido identificado e enterrado. Após tomar conhecimento de que podia fazer a busca pelo mecânico no setor de antropologia, que analisa as ossadas, também no IML, a auxiliar administrativa teve informações do paradeiro do corpo do pai."Como eu ia lá [no IML] e não achava, me interessei em ver as ossadas. Aí pedi no DHPP [Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa] um encaminhamento [para poder ter autorização e fazer a busca no setor]. No dia 8 de fevereiro ligaram informando que acharam as informações de meu pai. Me mostraram guia de sepultamento, laudo cadavérico e duas fotos dele", relatou Laís ao G1.A auxiliar administrativa conta que durante as várias buscas que fez no Instituto Médico Legal de Salvador, foram apresentadas fotos de outros corpos a ela e aos outros familiares que estiveram no local, mas as imagens do pai dela não estavam entre os documentos.


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