Problemas de infraestrutura atrasam aulas de escolas municipais na Bahia

  • G1
  • 21 Fev 2017
  • 12:52h

(Foto: Divulgação)

As aulas em algumas escolas municipais de cidades da Bahia ainda não começaram por conta de problemas de infraestrutura. O calendário escolar, na maior parte do estado, foi iniciado no dia 6 de fevereiro. Falta de materiais, de transporte, além de mesas e carteiras quebradas são os principais problemas enfrentados pelos alunos. A situação foi registrada em escolas no norte, sul e sudoeste da Bahia. Em Juazeiro, no norte do estado, famílias até dormiram na fila para conseguir vagas para os filhos em uma creche. A unidade é nova, mas a obra não foi concluída. A Secretaria de Educação do município disse que as aulas devem começar dia 13 de março, e que os professores vão repor as aulas atrasadas.

A superintendente de gestão de Juazeiro explicou o motivo do atraso no ano letivo nas unidades. "A escola foi construída, ela já está pronta, mas nós não temos, no depósito, o mobiliário. A Secretaria de Educação fez essa compra logo no início de janeiro e nós ficamos aguardando a empresa mandar o mobiliário", disse. A filha da dona de casa, Janaína da Silva, tem 4 anos e já deveria estar estudando, mas a creche onde ela foi matriculada, no Residencial Juazeiro I, no bairro Itaberaba, ainda não começou a funcionar. A mãe da menina está preocupada com o atraso no ano letivo e porque não tem onde deixar a filha. "Quero começar a trabalhar. Eu achava melhor, para começar, deixar ela na creche", disse. Situação semelhante ocorre com Joana Darc da Silva. Ela já fazia planos para trabalhar, porque com a creche no Residencial, teria onde deixar a filha de dois anos. Contudo, a expectativa virou frustração, porque ela não conseguiu vaga. "Fica difícil porque a gente não pode trabalhar. A ajuda que a gente recebe do governo pode ser cortada devido a essa falta de estudo dos nossos filhos", falou. Uma creche e uma escola de ensino fundamental foram construídas no Residencial no ano passado. A obra já terminou, mas as aulas não começaram. Nos dois locais vão estudar 290 crianças e adolescentes. Keliane Santos conta que chegou até a dormir na fila para tentar vaga paras as filhas e para uma sobrinha na escola, e na creche do Residencial. Contudo, só conseguiu para a filha mais velha. "Perdemos vagas nas outras escolas esperando essa daqui. A gente está muito triste com essa situação", contou.


Comentários

    Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.