Oi considera vender divisão de telefonia móvel

  • Olhar Digital
  • 07 Set 2016
  • 18:03h

(Foto: Reprodução)

Em seu plano de recuperação judicial, a Oi afirma que poderia vender a sua divisão de telefonia celular como opção para seus credores. Segundo informações do Estado de São Paulo, a empresa de telecomunicações pretende se concentrar na divisão fixa, especialmente na área de internet de banda larga. A empresa deve um total de cerca de R$ 65,4 bilhões, e seu processo de recuperação judicial é o maior da história do Brasil. Seu plano de recuperação, apresentado à justiça ontem de noite, prevê que a dívida total da empresa seja quitada apenas 19 anos após a homologação. Do total da dívida da empresa, ao menos R$ 13 bilhões são devidos a órgãos públicos: a Oi deve cerca de R$ 10 bilhões à Anatel (echegou a entrar na justiça para não pagar parte desse valor) e R$ 3,327 bilhões ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). O anúncio do plano provocou uma valorização imensa nas ações da Oi. Os papéis preferenciais subiram 23% para R$ 3,47 após a divulgação do plano. Chegando nesse valor, eles atingem um crescimento de mais de 200% com relação a junho.

Condições

Créditos trabalhistas - ou seja, aquilo que a Oi deve a seus funcionários - serão pagos em cinco parcelas mensais iguais, começando seis meses após a homologação do plano. Os valores devidos por conta de processos trabalhistas que ainda estão correndo começarão a ser pagos quando do fim do julgamento e homologação do valor. Pequenos credores (de até R$ 1000) serão pagos em parcela única 20 dias úteis após a homologação do plano. Caso o valor devido seja um pouco maior, os credores poderão optar por abrir mão da diferença e receber os R$ 1000 nesse prazo. Fornecedores a quem a empresa deve até R$ 150 mil poderão receber da mesma forma; acima desse valor, o pagamento será em duas parcelas, 20 dias úteis após homologação. Finalmente, para credores que têm garantia na forma de depósitos judiciais, a empresa propõe pagar apenas metade da dívida. Segundo o Estadão, uma fonte afirmou que o plano apresentado "parece muito longe do que seria algo aceitável pelos credores". Trata-se de um processo de recuperação judicial tão grande que a própria empresa criou o site www.recuperacaojudicialoi.com.brpara facilitar o acesso de credores a informações sobre o processo. 


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