OMS diz que zika não vai desaparecer e pede US$ 121,9 milhões

  • 19 Jun 2016
  • 14:03h

(Foto: Reprodução)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que vai precisar de US$ 121,9 milhões (R$ 420 milhões) para lidar com o impacto do zika até o fim de 2017. O apelo faz parte de um novo plano estratégico anunciado nesta sexta-feira (17) e criado diante da constatação da entidade de que o vírus não vai simplesmente desaparecer e que seu impacto poderá ser de longa duração, principalmente para famílias com crianças com microcefalia e má-formação. Mas, por enquanto, a OMS recebeu meros US$ 4 milhões. O plano prevê ações por um ano e meio diante da constatação de que o zika continuará se espelhando. Na avaliação da entidade, essa realidade exige que sistemas de saúde terão de ser fortalecidos para atender a esse novo cenário e que famílias sejam atendidas. O programa é anunciado quatro dias depois que a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) admitiu que o vírus, e não apenas a microcefalia, é uma emergência internacional. A entidade, porém, não recomendou o cancelamento dos Jogos Olímpicos no Rio, justificando que não fará mais diferença a realização ou não para a proliferação da doença. Para a OMS, existe o potencial de uma proliferação ainda maior do vírus pelo mundo, diante da presença do mosquito em diversas regiões. "A falta de imunidade das populações permite que a doença se espalhe rapidamente", indicou o plano. A OMS também admite que a estratégia é necessária diante da "ausência de vacinas, de tratamentos específicos e de testes". A entidade, porém, deixa claro que o problema é exacerbado diante das "desigualdades em acesso ao saneamento, informação e serviços de saúde em áreas afetadas".


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