Médicos reguladores encerram greve na Bahia

  • 10 Mar 2016
  • 11:41h

(Foto: Reprodução/TV Bahia)

Os médicos reguladores do estado da Bahia encerraram a greve que começou no dia 14 de janeiro e voltaram ao trabalho com a totalidade da categoria na manhã desta quinta-feira (10). O sindicato que representa a categoria (Sindimed) informou que os trabalhadores continuarão com as negociações em busca do atendimento das reivindicações. A regulação é o setor da saúde estadual responsável pelo encaminhamento de pacientes às vagas nos leitos dos hospitais conveniados à rede pública de saúde Ainda conforme o Sindimed, o retorno dos médicos do setor ao trabalho não significa que os atendimentos serão regularizados, já que segundo dados do sindicato, há déficit de trabalhadores na regulação e também no número de vagas em unidades de saúde.

 

"O fim da greve não significa que a regulação vai funcionar da maneira como a população espera porque o déficit de trabalhadores é grande, e o déficit de vagas também. Um levantamento feito no dia de 6 de janeiro, quando a greve ainda não tinha começado, apontou que havia 1.560 pedidos de regulação na tela. Era 76 solicitações para UTI de adultos, e tinham quatro vagas. Outros 12 pedidos de UTI pediátrica, sem nenhuma vaga. E 177 pedidos para internação ortopédica, com oferta de 14 vagas", aponta a médica Débora Angeli. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), são 36 hospitais e quatro maternidades, além de leitos contratualizados em unidades particulares da capital e do interior do estado. Ao todo, segundo dados da secretaria, a Bahia possui 31.653 leitos, destes, 24.927 pertencem ao Sistema Único de Saúde (SUS). Entre eles, estão leitos cirúrgicos, clínicos, obstétricos, pediátricos, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e complementares. A média de solicitações diárias de regulação é de 1200 casos, aponta a Sesab.

Caso
A juíza Carmen Lúcia Pinheiro, do Tribunal de Justiça da Bahia, considerou ilegal a greve dos médicos reguladores do estado. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Judiciário do dia 19 de janeiro. Segundo determinação da juíza à época, os médicos deveriam retornar ao trabalho imediatamente, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. De acordo com o sindicat da categoria, durante a greve foram mantidos em atividade na regulação 30% dos profissionais da área. A categoria quer melhorias nas condições de trabalho e retorno do pagamento do adicional de insalubridade. A Secretaria de Saúde disse que a retirada da insalubridade foi uma ação de correção da Secretaria de Administração respaldada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) e pela Auditoria Geral do Estado (AGE) e que os servidores que avaliam trabalhar em condições de insalubridade devem se dirigir ao RH da unidade pro processo ser reavaliado.


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