BUSCA PELA CATEGORIA "Saúde"

Aplicativo Hemovida facilitará doações de sangue no Brasil

  • Bahia Notícias
  • 27 Nov 2023
  • 11:28h

Foto: Tomáz Silva/Agência Brasil

Os estoques de sangue dos hemocentros podem ser reforçados por meio de um novo instrumento: o mini app Hemovida, que está integrada ao ConecteSUS. A criação do Ministério da Saúde pretende facilitar a ação voluntária de doadores. 

Com o aplicativo, poderá ser obtida a carteira virtual do doador que terá informações de saúde, tipo sanguíneo e a data da última doação. Além disso, o doador terá um registro pessoal e útil em situações de emergência; histórico completo de doações, incluindo as realizadas, canceladas e agendadas e ainda pode optar por fazer autodeclaração de doação de sangue para manter um registro do compromisso com a causa.

Também fica disponível a localização da rede de saúde mais próxima, para identificar onde doar e receber informações sobre os serviços disponíveis em cada unidade. Outra funcionalidade esperada é conscientizar a população sobre a importância de manter os estoques de sangue em níveis seguros. 

O aplicativo estará disponível para download nas principais lojas de aplicativos, a partir desta segunda-feira (27).  O login no app é feito pelo acesso único do Governo Federal (gov.br).

Na plataforma, o doador poderá ainda convidar amigos e familiares, compartilhar experiências nas redes sociais e incentivar outras pessoas a se tornarem doadoras. “O aplicativo Hemovida estimula a doação de sangue voluntária, um ato de amor que salva vidas”, afirma a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad.

CRITÉRIOS DE DOAÇÃO

O aplicativo trará ainda informações detalhadas sobre como e quem pode doar, além dos cuidados necessários no dia da doação. “[O aplicativo] garante que os doadores estejam bem informados e preparados”, acrescenta o ministério.

 

Para fazer doações de sangue no Brasil, é necessário ter de 16 a 69 anos – na faixa entre 16 e 18 anos, é preciso ter consentimento dos responsáveis. Aqueles que têm de 60 a 69 anos só podem doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.

Também é preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde.Por ano, homens só podem fazer quatro doações e mulheres, três. “O intervalo mínimo entre doações deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.”

Segundo o Ministério da Saúde, o sangue doado voluntariamente é usado nos atendimentos de urgência, na realização de cirurgias de grande porte e no tratamento de pessoas com doença falciforme e talassemias, além de doenças oncológicas variadas que frequentemente necessitam de transfusão.

Além dos procedimentos hospitalares, o sangue doado também pode ser transferido pelos bancos de sangue para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) produzir hemoderivados, fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à população necessitada.

“Aproximadamente 1,4% da população brasileira doa sangue, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde trabalha constantemente para aumentar esse índice, conscientizando a população da importância desse gesto na saúde coletiva”, diz a pasta.

As taxas de doação de sangue cresceram este ano no Brasil. Enquanto entre janeiro e setembro de 2022 foram coletadas 2.340.048 bolsas de sangue (com 450 a 500ml cada), no mesmo período deste ano, a coleta chegou a 2.452.425, o que representa aumento de 112.377 no número de bolsas. “Cada doação pode ajudar a salvar até quatro vidas”, lembra o ministério.

CONTINUE LENDO

Anvisa determina proibição de venda de suplementos falsificados

  • Por Raquel Lopes | Folhapress
  • 25 Nov 2023
  • 10:08h

Fotos: divulgação/Anvisa

 A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a apreensão e a proibição da fabricação, comercialização e propaganda de suplementos alimentares falsificados.

Fazem parte da lista os seguintes suplementos: Coenzima Q10, Krill VIT, Ômega 3 - EPA DHA e Omegafor Vision. Os produtos são divulgados e comercializados em diversas plataformas eletrônicas de vendas.

A empresa distribuidora dos produtos, Vida Forte Nutrientes Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda, comunicou à Anvisa a falsificação de seus produtos e disponibilizou imagens com as diferenças entre os produtos originais e os falsificados.

Para saber diferenciá-los, é necessário ficar atento às características das embalagens e dos rótulos, pois, em algumas situações, as diferenças podem ser sutis. Há diferenças também nas características das cápsulas.

CONFIRA FOTOS

No caso do Coenzima Q10, por exemplo, o suplemento é apresentado em cápsulas gelatinosas moles na cor laranja, enquanto há versões falsificadas em cápsulas duras e cápsulas gelatinosas moles em outra cor. Além disso, o frasco é mais brilhoso que o do produto original e o rótulo falsificado possui letras em tamanho maior. As informações sobre lote e validade do produto original estão descritas no fundo do frasco, enquanto as do produto falsificado estão no rótulo lateral. 

Fotos: divulgação/Anvisa

Já o Krill Vit original é apresentado em cápsulas gelatinosas pretas, enquanto o falsificado é apresentado em cápsulas duras. O rótulo do produto falsificado possui tonalidade de azul mais clara. 

Fotos: divulgação/Anvisa

O Ômega 3 EPA DHA falsificado é apresentado em cápsulas gelatinosas transparentes, com pouca diferença do original. A tampa do rótulo original é azul, enquanto nas versões do produto falsificado a tampa é branca.  As informações de rotulagem dos painéis secundários do rótulo do produto original são coloridas e as do produto falsificado são em preto e branco. 

Fotos: divulgação/Anvisa

"Se você adquiriu um produto e está em dúvida se é falsificado, entre em contato com a fabricante do produto original, pelo e-mail [email protected]", disse a Anvisa, em nota, que disponibilizou as fotos dos produtos originais e falsificados em seu site.

Em 15 anos, tratamento de feridos por arma de fogo custou quase R$ 900 milhões ao SUS

  • Por Leonardo Zvarick | Folhapress
  • 01 Nov 2023
  • 15:06h

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

As hospitalizações de vítimas com ferimentos causados por arma de fogo tiveram custo de R$ 886 milhões ao SUS (Sistema Único de Saúde) nos últimos 15 anos. Os dados fazem parte de levantamento do Instituto Sou da Paz, que aponta a violência armada como causa de aproximadamente 300 mil internações no país entre 2008 e 2022.
 

De acordo com o estudo, as estatísticas apresentam tendência de queda desde 2018, mas continuam em patamar elevado. No ano passado, o sistema público de saúde desembolsou R$ 41 milhões para atendimento hospitalar de 17,1 mil baleados, segundo dados do SIH (Sistema de Informações Hospitalares) do SUS. O montante seria suficiente para custear quase 1 milhão de mamografias ou 10 milhões de hemogramas completos.
 

"O custo de cada internação por arma de fogo é 3,2 vezes maior que o gasto federal com saúde per capita ao ano. Isso mostra que são casos bastante complexos, e que, apesar da queda, continua sendo um valor alto proporcionalmente ao que se gasta com saúde", diz Carolina Ricardo, diretora-executiva do Sou da Paz.
 

 

Em 2022, o valor médio da internação por agressão com arma de fogo foi de R$ 2.391, enquanto a despesa pública federal per capita foi de R$ 737,89. O valor não retrata a totalidade dos gastos públicos com o atendimento a essas vítimas, já que estados e municípios possuem despesas próprias com saúde.
 

A pesquisa atribui a queda nos gastos com internações a um conjunto de fatores, como a diminuição dos crimes violentos, a defasagem dos preços de referência da tabela SUS e a gravidade dos casos que demandaram atendimento. "Quando a gente olha os casos mais graves, que são os mais caros [para o sistema de saúde], eles também caem bastante nos últimos anos", diz Ricardo.
 

As internações mais complexas costumam ter duração mais longa e frequentemente demandam a realização de mais procedimentos médicos. São casos em que a vítima sofreu, por exemplo, traumatismo craniano, no tórax ou em órgãos no interior do abdômen –ferimentos que frequentemente levam à morte. Já os casos de menor gravidade consideram lesões, por exemplo, em braços e pernas.
 

Os casos de alta letalidade deixaram de ser predominantes em 2015, segundo o levantamento, e seguem em queda desde então. As internações de pacientes menos graves, por outro lado, registraram alta nos últimos dois anos, após queda acentuada entre 2017 e 2020. No ano passado, os casos de baixa gravidade representaram 44% das internações frente a 27% de casos mais grave - há ainda 29% de casos de gravidade "intermediária".
 

Para a pesquisadora do Sou da Paz, esta variação pode estar associada à maior circulação de armas no país, decorrente da facilitação do acesso para a população civil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
 

"Uma hipótese é que esse tipo de internação pode ser fruto de situações mais corriqueiras, quando alguém atira em uma briga, por exemplo, que é algo diferente de uma execução. Me chamou a atenção também que na região sul e centro-oeste, o percentual de acidentes é maior que em outras regiões, e são áreas que têm muita concentração de armas de fogo", acrescenta Ricardo.
 

Em todo o país, as agressões intencionais prevalecem como principal causa dos ferimentos por arma de fogo, correspondendo a 75% dos casos. Os acidentes, por sua vez, foram apontados como causa em 17% das ocorrências.
 

As regiões citadas pela pesquisadora foram as únicas em que os acidentes ficaram acima da média nacional –32% no centro-oeste e 26% no sul.
 

A pesquisa também mostra que 9 em cada 10 pacientes internados por violência armada no Brasil são homens. Jovens correspondem a pouco mais da metade das vítimas e pessoas negras são 57%.
 

A população preta é justamente a que conta com o sistema de saúde mais deficitário, de acordo com o Sou da Paz. "A disponibilidade de recursos humanos em termos de médicos anestesistas e cirurgiões, fundamental para a assistência de casos de acidentes e violências na rede hospitalar do SUS, apresenta um padrão quanto à sua distribuição espacial: a taxa de profissionais é menor nos estados onde a população negra tem maior representação", diz o estudo.

CONTINUE LENDO

Bahia lidera ranking de cirurgias eletivas no país, diz levantamento do Ministério da Saúde

  • Bahia Notícias
  • 20 Out 2023
  • 17:26h

Foto: Leonardo Rattes / Saúde GovBA

A Bahia ocupa a primeira posição no ranking do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF), apontam dados levantados pelo Ministério da Saúde. 

 

Com 44.113 cirurgias realizadas de março a agosto, a Bahia figura em primeiro lugar no número total de procedimentos executados. O estado que ocupa a segunda posição fez 29.452 cirurgias.

 

O PNRF foi instituído pelo Ministério da Saúde em fevereiro deste ano com o objetivo de expandir a realização de cirurgias eletivas em todo o território brasileiro e diminuir a espera por exames e consultas especializadas. A Bahia aderiu ao programa logo no seu início, garantindo mais de R$ 42 milhões para execução das cirurgias. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) está executando cerca de R$ 27,7 milhões do total destinado ao estado, sendo responsável pela realização de procedimentos cirúrgicos em 381 dos 417 municípios.

 

 

Entre os procedimentos executados estão tratamento cirúrgico de varicocele, plástica mamária feminina não estética, histerectomia, litotripsia, retirada de placa e/ou parafuso e ressecção endoscópica de próstata. O acesso dos pacientes aos procedimentos elencados no Programa está sendo a partir do cadastro Sistema Lista Única, no caso da gestão estadual. No caso da gestão municipal, a partir dos sistemas próprios de regulação.

 

Na Bahia, os procedimentos mais executados são facoemulsificacão com implante de lente dobrável, capsulotomia Yag laser, colecistectomia por videolaparoscopia, histerectomia total e hernioplastia inguinal unilateral.

A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, afirma que a Sesab já vinha trabalhando para que a fila de cirurgias eletivas seja zerada. “Não estamos poupando esforços para que todos os procedimentos possam ser realizados. Cada cirurgia realizada é uma vida transformada”, afirma a Secretária.

 

Além do PNRF, a Bahia já vinha executando o Programa Estadual de Ampliação do Acesso às Cirurgias Eletivas. Iniciado em abril de 2022,o projeto tinha expectativa inicial de realizar 79 mil cirurgias, número que já foi superado, chegando a cerca de 200 mil. Estão sendo disponibilizados diversos procedimentos como cirurgia de catarata, remoção de mioma, histerectomia (remoção do útero), colecistectomia (retirada de vesícula), cirurgias de hérnias inguinais, umbilical, epigástrica dentre outros, em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, urologia e cirurgia vascular.

 

A oferta das cirurgias vem ocorrendo de forma descentralizada e regionalizada, priorizando as filas de espera existentes, sendo os serviços executados por 91 unidades da rede de saúde pública, filantrópica e privada, no âmbito do Estado, de acordo com o respectivo perfil e complexidade.

CONTINUE LENDO

Ministério da Saúde abre consulta pública sobre efeitos do uso de telas por jovens no país

  • Por Folhapress
  • 11 Out 2023
  • 07:53h

Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil

O Ministério da Saúde abre nesta terça-feira (10) consulta pública para ouvir a sociedade sobre estratégias para o uso consciente de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes.
 

Segundo estudos científicos recentes, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos como smartphones por jovens nesta faixa etária traz riscos à saúde, além de aumentar o risco de vitimização e abusos, inclusive sexuais.
 

A Folha de S.Paulo mostrou como plataformas como o Discord se tornaram "terra sem lei", com abusos sexuais e agressões envolvendo jovens.
 

Não há, no entanto, uma orientação governamental específica sobre essa temática no país.
 

A proposta da pasta da saúde é justamente utilizar as informações coletadas durante a consulta pública para a elaboração de diretrizes específicas, com formulação de um guia oficial para uso consciente de dispositivos digitais, tendo como ponto de partida o diagnóstico que pais, mães, familiares, responsáveis pelas crianças e jovens e profissionais de educação apresentarem, com orientações baseadas em evidências, ajudando a lidar com a nova realidade do uso abusivo de telas e eletrônicos por crianças e adolescentes.
 

A consulta pública estará disponível pela plataforma Participa.br pelo período de 45 dias a partir da data de lançamento, nesta terça (10). Serão ouvidas famílias, educadores, usuários de serviços e dispositivos digitais, organizações da sociedade civil e o setor privado.
 

A elaboração do guia será feita com base nos subsídios coletados na consulta, com o auxílio de um grupo de trabalho de especialistas no assunto, e deve ocorrer ao longo de 2024.
 

A iniciativa é conjunta da Secretaria de Políticas Digitais da SECOM/PR (Secretaria de Comunicação do Paraná) e dos Ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos e da Cidadania e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Inteligência artificial é utilizada em diagnóstico precoce do câncer de mama por clínicas baianas; entenda

  • Por Victor Hernandes/Bahia Notícias
  • 07 Out 2023
  • 12:24h

Foto: Leonardo Rattes / Saúde GovBA

Mesmo com o avanço de campanhas, ações e iniciativas em prol do combate ao câncer de mama, a doença ainda é uma das que registram diferentes números de internações e óbitos na Bahia. De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a Bahia obteve 21.159 internações por câncer de mama e 6.008 óbitos nos últimos cinco anos.  

 

Em meio a doença atingir e afetar diferentes mulheres - e até homens -, cientistas brasileiros aproveitaram o avanço tecnológico para criar uma ferramenta que auxiliasse no diagnóstico precoce da doença. Trata-se do uso de algoritmos de inteligência artificial (IA), que contribuem na detecção precoce do câncer de mama. A ferramenta passou a ser utilizada por hospitais, unidades de saúde e clínicas inclusive de Salvador, para o diagnóstico da doença. 

 

Uma clínica da capital baiana, passou a utilizar no ano passado, o instrumento para ajudar a diagnosticar de forma mais rápida indícios da doença em pacientes. Segundo a médica radiologista da clínica Image, Elen Freitas, a ferramenta tem um importante papel na redução entre o tratamento do câncer de mama e o diagnóstico. 

 

 

 

“A gente utiliza a inteligência artificial para detectar e rastrear os casos que são suspeitos de câncer de mama, através de uma verificação dos laudos emitidos. Existe um algoritmo de inteligência que rastreia todos os laudos e identifica aqueles cujo os achados são suspeitos  e logo depois disponibilizam isso em uma tabela. Existe uma equipe, um núcleo de assessoria que revisa essa tabela, entra em contato com o médico assistente que solicitou o exame e avisa do achado, dessa possibilidade de ser um câncer e oferece também uma possibilidade do paciente ser encaminhado de maneira mais rápida”, explicou. 

 

A médica frisou também que o uso da inteligência artificial contribui na redução do tempo entre o exame e o início do tratamento de pacientes que foram diagnosticadas com a enfermidade. 

 

“A principal vantagem é que o paciente tem uma redução no tempo inicial entre o exame Inicial e o tratamento. A gente vai conseguir abreviar bastante esse tempo, já que o levantamento já foi realizado. Esse tempo entre o exame inicial e o próprio exame que vai dar o diagnóstico vai ser reduzido mais ou menos em 11 dias, é onze dias mais rápido do que se o paciente tivesse entrado no fluxo normal. Isso representa uma redução de 65% do tempo, um dado objetivo que já fizeram no estudo”, disse. 

 

MAMOGRAFIA 

O procedimento de saúde mais importante no tratamento da doença, a mamografia também é analisada pela ferramenta. Para a oncologista Vanessa Dybal, a inteligência artificial auxilia na análise da mamografia feita por pacientes. 

 

“Do ponto de vista em relação à imagem eles analisam a mamografia, que é o grande exame hoje de triagem que a gente tem e que o olho humano ainda é imprescindível, mas os estudos têm caminhado para ter cada vez uma triagem melhor. Acho que a inteligência artificial tem ajudado hoje muito no estudo de dados dos grandes volumes de informações que a gente tem hoje de estudos de proteínas celulares em relação quais são as alterações das células”, observou Dybal. 

 

De acordo com a especialista, o exame que a tecnologia analisa acontece antes do paciente realizar consulta com o oncologista. A médica disse que o instrumento contribui também para definir qual o tratamento que a paciente vai passar e aponta também qual o nível de agressividade da doença.   

 

“Esses exames são antes de passar com a gente. Esses mecanismos de inteligência artificial eles fazem um uma pré-triagem para casos mais suspeitos. Uma vez que já tenha feito o diagnóstico já tem alterado, o paciente passa com o oncologista. Esse teste serve para definir tratamento e ajuda na definição de tratamento pois ele consegue predizer o risco de agressividade da doença”, contou. 

CONTINUE LENDO

Sesab inicia repasse de R$ 40 milhões para organizações sociais pagarem piso nacional de enfermagem

  • Bahia Notícias
  • 05 Out 2023
  • 13:40h

Foto: Pedro Ventura / Agência Brasília/ Divulgação

Após reunir informações enviadas pelas organizações sociais que administram unidades estaduais e ofertam serviços multiprofissionais, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), vai começar nesta semana a repassar R$40 milhões para a implementação do piso nacional de enfermagem nessas entidades. 

 

O montante refere-se ao período de maio a agosto de 2023 e será destinado a 15.895 profissionais dessas organizações. 

O repasse foi possível após serem assinados os instrumentos contratuais que o viabilizaram, na forma orientada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). A Sesab efetuará repasses complementares referente ao piso salarial considerando os recursos do Governo Federal.

 

Segundo a Lei nº 14.434/2022, que institui o piso salarial da Enfermagem (enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras), sancionada em agosto de 2022, cada uma dessas modalidades profissionais receberá um valor mínimo único em todo o país. O Piso Nacional da Enfermagem beneficia aqueles que realizam atividades em instituições de saúde públicas e privadas.

Para os enfermeiros, o valor do piso é R$ 4.750, para os técnicos de enfermagem, é de R$ 3.325, e para os auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375 por 44 horas de trabalho semanais. Para trabalhadores submetidos a carga horária inferior a 44 horas, o valor do piso deve ser proporcional à carga horária respectiva. Serão beneficiados pelo piso apenas os profissionais que recebem menos que o valor instituído pela lei para sua respectiva categoria.

Sesab amplia número de vagas em mamografias e consultas para campanha do Outubro Rosa na Bahia

  • Bahia Notícias
  • 04 Out 2023
  • 18:39h

Foto: Divulgação/Bahia Notícias

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) ampliou o número de vagas para a realização de exames e consultas na campanha do Outubro Rosa na Bahia. A programação de ações que contava inicialmente com a oferta de 20 mil mamografias e 2,7 mil consultas com ginecologistas e mastologistas, agora vai passar a oferecer 24 mil mamografias e 4.500 consultas na Bahia. A meta inicial da Sesab teria sido superada em menos de três dias. 

 

A nova unidade móvel que fará os exames de mamografia estará localizada em Cajazeiras, a partir desta quinta-feira (5). Já as consultas com mastologista serão realizadas no Hospital da Mulher ao longo dos meses de outubro e novembro, sempre aos finais de semana.

 

“A campanha de conscientização e detecção precoce do câncer de mama superou as nossas expectativas, tanto que estamos abrindo cerca de 4 mil novas vagas de mamografia e 1.700 novas consultas com mastologista", disse a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana.

 

 

Para agendar o exame é necessário acessar o site e escolher dia, local e turno, mas é importante estar atenta para os requisitos exigidos. São eles: não ter feito o exame há menos de seis meses, não ter feito cirurgia na mama e ter entre 40 e 69 anos. E, no dia do exame, a paciente deve levar o RG, CPF, Cartão do SUS e comprovante de residência. Não é necessária a requisição médica. Já as consultas com mastologista têm como pré-requisito a requisição médica ou um exame indicando alteração na mama.

 

De acordo com a Superintendência de Gestão dos Sistemas de Regulação da Bahia, foi identificado um vazio assistencial, sobretudo em Salvador, onde milhares de mulheres agendaram consultas e exames que são de responsabilidade da rede municipal. Do total de agendamentos realizados, 94% são de soteropolitanas.

 

REFERÊNCIA NACIONAL 

 

A Bahia é referência nacional no rastreio, diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Nos últimos dez anos, o Estado realizou 3.384.408 exames de mamografia. Somente as 25 novas Policlínicas Regionais implantadas recentemente já realizaram 283 mil exames.

 

Outra estratégia consolidada no rastreamento do câncer de mama é a estratégia itinerante. Na última década, as unidades móveis da Sesab estiveram nos 417 municípios baianos, tendo realizado cerca de 1 milhão de mamografias bilaterais e 82 mil ultrassonografias.

 

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, em 2023, o número de novos casos de câncer de mama no Brasil seja de 73.610. Na Bahia, a estimativa é de 4.230. Segundo a secretária da Saúde do Estado, “a principal causa de morte por câncer entre mulheres se dá pelo câncer de mama e o diagnóstico precoce pode levar à cura em 90% dos casos. Além disso, quando o câncer precocemente descoberto, pode-se evitar o procedimento cirúrgico de retirar a mama por completo ou ainda evitar procedimentos complementares como quimioterapia ou radioterapia, aumentando a sobrevida dessas pacientes e reduzindo a morbidade”, ressalta Roberta Santana.

 

Para as mulheres com diagnóstico positivo, o tratamento cirúrgico, quimioterápico ou radioterápico será realizado em unidades de alta complexidade em oncologia da rede de atendimento da Sesab.

CONTINUE LENDO

OMS anuncia recomendação de nova vacina contra malária

  • Bahia Notícias
  • 03 Out 2023
  • 15:36h

Foto: Divulgação/WHO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira (3), a recomendação oficial de uma nova vacina contra a malária. O imunizante é mais barato e poderá ser produzido em maior escala do que a antiga fórmula aprovada em 2021. 

 

O novo imunizante, denominado de R21/MatrixM, foi desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e deverá ser comercializado a menos de quatro dólares por dose, metade do preço da anterior. A vacina deve começar a ser aplicada oficialmente em alguns países africanos, como Gana. 

 

Quem fabricará o imunizante será a farmacêutica Serum Institute of India. A empresa deve produzir até 100 milhões de doses por ano. A vacina atual, a RTS, já obteve 18 milhões de doses produzidas. 

 

“É uma felicidade para mim, que dediquei minha vida a combater a malária, saber que agora não há apenas uma, mas duas vacinas contra esta doença, e que ambas podem reduzir os casos sintomáticos em até 75% após três doses”, explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, durante entrevista coletiva.

 

A organização disse ainda que vai auxiliar 28 países a colocar a vacina para malária em seus programas de imunização até o começo de 2024. 

 

A nova vacina da malária tem eficácia comprovada apenas contra os parasitas mais comuns do continente africano. Assim como o imunizante de 2021,  95% das mortes por malária no mundo acontecem em países da África e Índia.

 

No entanto, este não é o mesmo parasita que circula no Norte do Brasil. Por isso, as autoridades de saúde brasileiras devem fazer testes específicos para analisar se a recomendação da OMS será útil também no território nacional.

Exames gratuitos de mamografia serão oferecidos na BA durante mês de outubro

  • É preciso fazer agendamento prévio no site. Ação faz parte de campanha Outubro Rosa, contra câncer de mama.
  • Por g1 BA
  • 30 Set 2023
  • 12:28h

Foto: Divulgação Sesab/G1 Bahia

Vinte mil mamografia gratuitas serão oferecidos pelo Governo da Bahia durante outubro, mês em que é feita a campanha Outubro Rosa, que visa combater o câncer de mama. Os exames poderão ser realizados entre os dias 1º de outubro e 4 de novembro.

Os exames já podem ser agendados no site da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Eles são voltados apenas para mulheres entre 40 e 69 anos.

No domingo (1º), a Sesab fará uma ação em Salvador para iniciar a campanha do Outubro Rosa. No Largo de Roma, a partir de 7h, as mulheres poderão fazer exames gratuitos de mamografia e preventivo, consultas com ginecologista e mastologista, além de nutricionista. Todas as consultas deverão ser agendadas.

O público ainda terá acesso a rodas de conversa e ações de musicoterapia e atividades de valorização da beleza feminina.

Ministério da Saúde firma contrato de R$ 87 milhões sem licitação e fica sem receber medicamentos

  • Bahia Notícias
  • 28 Set 2023
  • 17:28h

Foto: Farma Medica / Reprodução Metropoles

O Ministério da Saúde firmou contrato com uma empresa para fornecer 90 mil frascos de imunoglobulina humana, com um valor de R$ 87 milhões. Após o fechamento do contrato que aconteceu com dispensa de licitação, a pasta ainda não recebeu nenhum dos medicamentos solicitados, segundo publicação do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. 

Após o contrato ser firmado em abril, a previsão de entrega de cinco parcelas tinha o prazo máximo até o próximo dia 30 de setembro. 

“Até o momento, não há registro de recebimento de insumos, e, em consequência, não foram realizados quaisquer pagamentos à empresa”, disse o ministério.

 

 

A empresa do contrato é a Farma Medical, que assina o contrato na condição de representante nacional da Prime Pharma LLC, dos Emirados Árabes. Em nota ao Metrópoles, a empresa garantiu que os primeiros lotes estão disponíveis desde o dia 13 de junho.

 

“A importação do referido produto é de responsabilidade única e exclusiva do Ministério da Saúde”, disse. Conforme a Farma Medical, a disponibilização ocorreu 13 dias depois da autorização de excepcionalidade da importação emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A autorização era necessária porque o medicamento que estava sendo oferecido pela empresa não é registrado na agência”, disse o documento. 

 

A Farma Medical possui capital social de R$ 100 milhões e está presente em seis estados.Silvio de Azevedo Pereira Júnior, dono da empresa, afirmou que 30 mil frascos foram efetivamente entregues ao ministério ainda em junho, no entanto não foram disponibilizados documentos que comprovem a entrega. 

 

No final de fevereiro, a pasta abriu processo para a compra de 383,5 mil frascos de imunoglobulina com dispensa de licitação, indicando urgência. Ao alegar urgência, o Ministério da Saúde alegou que a primeira parcela dos remédios deveriam ser entregues em abril, para não correr o risco de desabastecimento. 

 

No entanto, a primeira parcela só foi entregue somente no meio do mês de junho pela empresa Auramedi Farmacêutica, que garantiu a maior parte da compra.O Ministério solicitou a documentação à empresa brasileira e fez o pedido no dia 16 de maio. No entanto, a agência só autorizou a importação no dia 29 daquele mês, o que impossibilitaria, de qualquer forma, que a primeira parcela fosse entregue dentro do prazo, que era dia 30.

 

Após o caso, o senador Rogério Marinho (PL-RN) apresentou na última quarta-feira (27), uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU) contra o Ministério da Saúde para apurar o caso. 

CONTINUE LENDO

Conhecimento sobre câncer de mama é menor entre mulheres pretas e pardas, diz Datafolha

  • Por Folhapress /Bahia Notícias
  • 28 Set 2023
  • 09:37h

Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

A disseminação do conhecimento sobre câncer de mama já atinge 9 em cada 10 (97%) mulheres no país, das quais 69% se consideram bem informadas e 28% mais ou menos informadas.
 

Porém, essas taxas caem entre as mulheres negras, com até o ensino fundamental completo, e das classes D e E, nas quais os índices daquelas que se consideram menos informadas sobre o câncer de mama são maiores.
 

As mulheres pretas (28%) e pardas (33%) relatam mais dificuldade para obter informação sobre câncer de mama em comparação às brancas (20%).
 

 

Entre aquelas que têm nível superior, por outro lado, 78% se classificam como bem informadas, contra 64% entre quem só tem o fundamental completo.
 

Na separação por classes econômicas, as mulheres de classes A e B são classificadas como bem informadas (82%), enquanto 58% das respondentes de classes D/E afirmam ter conhecimento sobre a condição.
 

Essa disparidade também aparece nas regiões do país: enquanto em cidades das regiões Sul e Sudeste 78% e 75%, respectivamente, se consideram bem informadas sobre o câncer, essa taxa cai para 64% na região Nordeste e 51% no Norte/Centro-Oeste.
 

Os dados do estudo revelam como as barreiras ao acesso no conhecimento sobre câncer afetam de maneira desproporcional mulheres dos estados fora do eixo Sul-Sudeste, pobres, com baixa escolaridade e negras.
 

A pesquisa, feita pelo Datafolha a pedido da farmacêutica Gilead Sciences, mapeou o nível de conhecimento das mulheres brasileiras sobre o câncer de mama e as suas percepções sobre a doença. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira (27) durante a 10ª edição do congresso Todos Juntos Contra o Câncer, que reúne mais de 300 organizações da sociedade civil, em São Paulo.
 

Foram ouvidas 1.007 mulheres de 25 a 65 anos, via telefone celular, de todas as regiões do país, incluindo capitais, regiões metropolitanas e interior, entre os dias 24 de novembro e 14 de dezembro de 2022. O IC (índice de confiança) é de 95%, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
 

Entre as entrevistadas, 54% tinham idade entre 30 e 49 anos, 56% eram negras (pretas e pardas) e 48% das entrevistadas eram da classe C (17% A/B e 36% D/E). Em relação ao nível de escolaridade, 33% tinham apenas o ensino fundamental, 44% o ensino médio e 23% diploma de nível superior.
 

Em relação a onde as entrevistadas disseram buscar informação sobre câncer de mama, quem tem ensino superior completo disse buscar mais informação na internet (47%) e no médico (39%), assim como aquelas de classe A/B (48% e 41%, respectivamente). Essas taxas caem para 9% e 20%, entre as respondentes com ensino fundamental, e 14% e 18%, das classes D/E, respectivamente.
 

Por outro lado, os postos de saúde e UBSs são procurados por 11% das mulheres com ensino fundamental, número que vai a 5% entre aquelas com diploma universitário.
 

"Essa pesquisa foi muito clara em mostrar como essa população que tem menor escolaridade, menor renda, e que tem essa coincidência que obviamente não é uma coincidência, ser a população negra, tem menor acesso à informação", avalia a médica oncologista Ana Amélia Viana, professora do Ambulatório de Oncologia da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
 

Segundo ela, essa é a população em que a incidência de fatores de risco para câncer, como obesidade, diabetes e hipertensão, também é maior. "Elas estão expostas a menos oportunidades para acessar conhecimento e especialmente qualidade na informação", diz ela, que também faz parte do Comitê de Diversidade da Sboc (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica).
 

Quando perguntadas sobre os fatores que levam ao aparecimento do câncer de mama, a maioria das respondentes (69%) diz que mulheres com uma vida saudável, com boa alimentação e a prática de exercícios regularmente, têm menos chances de desenvolver câncer, mas esse índice cai para 41% entre mulheres pretas.
 

"Existem poucos estudos de caráter nacional no país, mas algumas pesquisas americanas mostram que as mulheres negras em relação às brancas não têm maior incidência de câncer de mama, as brancas chegam a ter mais casos diagnosticados. A diferença é que entre as negras a mortalidade é 40% maior", explica.
 

E, como muitos desses fatores de risco para câncer são previníveis, faltam informações sobre prevenção de saúde, segundo Luciana Holtz, presidente-fundadora do Instituto Oncoguia. "Nosso papel, como associação, está mais focado em atuar no conhecimento para as pacientes, mas também notamos barreiras relacionadas ao medo e desinteresse. Por exemplo, existem mitos ainda de que o assunto de câncer de mama é de mulheres mais velhas, que mulheres jovens não devem fazer mamografia, que vemos ainda como esse é um desafio e uma ação contínua [o acesso à informação]", diz.
 

Esse dado é compartilhado por 51% das mulheres com escolaridade até o fundamental, mas cai para 21% entre as que possuem ensino superior. "Esse momento de conscientização, da campanha Outubro Rosa, tem que ser usado para falar de prevenção e da importância da mamografia para diagnóstico precoce, porque a gente vê cada vez mais os diagnósticos ocorrendo antes dos 50 anos", avalia Viana.
 

Dentre as respondentes, 75% disseram ser usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde). Nesta faixa, são 40% das mulheres que usam exclusivamente o serviço de saúde público que acreditam que a mamografia em mulheres jovens pode ser prejudicial à saúde.
 

"Ainda temos um trabalho de sensibilizar o estado, ir atrás dos serviços de saúde que estão voltados ao tratamento oncológico, mas também atingir o maior número de pessoas possível, na atenção primária mesmo. E isso passa também pelo treinamento dos médicos de atenção básica a como identificar e abordar a questão do câncer", completa a médica.

CONTINUE LENDO

Os riscos de tomar Omeprazol contra gastrite por muito tempo

  • BBC
  • 12 Set 2023
  • 15:07h

Foto: GETTY IMAGES via BBC

Disponível no mercado há mais de 30 anos, o omeprazol promete um alívio rápido e eficaz daquela queimação na barriga e no peito causada pelo excesso de acidez.

Ao lado de pantoprazol, lansoprazol, dexlansoprazol, esomeprazol e rabeprazol, ele faz parte da classe farmacêutica dos inibidores da bomba de prótons (conhecidos também pela sigla IBP).

???? Para ter ideia da popularidade dessas medicações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) calcula que 64,9 milhões de unidades de omeprazol foram consumidas no país apenas em 2022.

???? O que muita gente não sabe é que, em geral, esses remédios só devem ser usados por um prazo bem curto, de no máximo dois ou três meses.

Há exceções: para pessoas com algumas condições de saúde, como pacientes oncológicos, profissionais de saúde recomendam o uso contínuo de omeprazol ou outras medicações dessa classe (entenda abaixo).

Como você vai entender ao longo desta reportagem, o consumo dos IBPs por períodos prolongados — como muitas pessoas acabam fazendo no dia a dia sem orientação de um profissional da saúde — está relacionado a desequilíbrios no sistema digestivo e dificuldades na absorção de vitaminas e minerais.

Alguns estudos sugerem que esse desbalanço causado pelo abuso desses fármacos pode causar até doenças mais graves, como osteoporose, câncer e demência. Mas essas repercussões à saúde ainda não são consenso na comunidade científica e precisam ser estudadas a fundo, como apontam especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.

CONTINUE LENDO

Número de casos de câncer entre jovens cresce 79% em 30 anos

  • g1
  • 08 Set 2023
  • 19:36h

Foto: Ewa Krawczyk, National Cancer Institute/Georgetown Lombardi Comprehensive Cancer Center

O número de casos de câncer entre pessoas com menos de 50 anos aumentou 79% nas últimas três décadas. Isso é o que revela um estudo publicado na revista científica "BMJ Oncology" nesta semana.

O trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, e da Universidade de Zhejiang, na China, analisou dados de 29 tipos de câncer em 204 países e regiões, incluindo o Brasil.

De acordo com os dados, em 2019 foram registrados um total de 3,26 milhões de novos casos de câncer em pessoas com menos de 50 anos. Já em 1990, essa taxa estava próxima de 1,8 milhão de casos.

E as mortes também aumentaram. Mais de 1 milhão de pessoas com menos de 50 anos morreram de câncer em 2019, um aumento de quase 28% em relação a 1990.

Após o câncer de mama, os tipos que mais causaram mortes e impactaram negativamente a saúde foram os de traqueia, pulmão, estômago e intestino, com os maiores aumentos nas taxas de morte entre pessoas com câncer de rim ou ovário.

?Mas o que explica tudo isso? Os pesquisadores atribuem o aumento do número de casos de câncer entre jovens a uma combinação de fatores, incluindo:

???? Obesidade: já que o excesso de peso está associado ao aumento do risco de câncer de mama, intestino, pâncreas, esôfago e cânceres ginecológicos.

????Álcool: visto que o consumo de álcool está associado ao aumento do risco de câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, fígado, mama e intestino.

????Tabagismo: fumar é o principal fator de risco para câncer de pulmão, mas também está associado ao aumento do risco de câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, bexiga, rim, colo do útero e leucemia.

????????Fora isso, os fatores genéticos provavelmente desempenham um papel nesse aumento, mas na pesquisa os autores enfatizam um ponto ainda mais importante: dietas ricas em carne vermelha e sal, com baixa ingestão de frutas e leite também são um indicativo de risco.

Por isso, com base nas tendências observadas nas últimas três décadas, os pesquisadores estimam ainda que o número global de novos casos de câncer de início precoce e as mortes associadas aumentarão em mais 31% e 21%, respectivamente, até 2030, com pessoas na faixa dos 40 anos sendo as mais afetadas.

E as taxas mais altas de câncer de início precoce em 2019 foram observadas na América do Norte, Australásia e Europa Ocidental. No entanto, países de baixa a média renda também foram afetados, com as maiores taxas de morte entre os menores de 50 anos na Oceania, Europa Oriental e Ásia Central.

Além disso, em países de baixa a média renda, o câncer de início precoce teve um impacto muito maior nas mulheres do que nos homens, tanto em termos de mortes quanto de consequências para a saúde.

CONTINUE LENDO

Baixa vacinação de meningite deixa Sesab em alerta para possível aumento de casos

  • Bahia Notícias
  • 01 Set 2023
  • 10:10h

Foto: Arquivo / Agência Brasil

A baixa procura pela vacinação de meningite na Bahia, em 2023, tem preocupado especialistas da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A pasta ligou o alerta para a cobertura vacinal da doença, já que o imunizante é a principal maneira de prevenção. O alerta chega após uma paciente ser diagnosticada com meningite bacteriana, na cidade de Alagoinhas, na última terça-feira (29).

De acordo com dados do órgão, a cobertura vacinal na Bahia neste ano registrou somente 48,7% da população elegível vacinada.  Desde 2019, os resultados têm sido inferiores ao esperado pela Sesab. Entre 2019 e 2021, a imunização de meningite já havia registrado uma queda, quando passou de 73,8% a 63,7.

Para a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Vânia Rebouças, o número é inferior ao que era esperado pela pasta.  

 

“De fato a população não está priorizando atualizar a caderneta de vacinação como priorizava antigamente. Temos um retrato de baixa adesão da população. Somente metade do público elegível foi efetivamente vacinado. Então o que eu tinha de dado formal no sistema oficial é somente metade, quando dos 95% temos somente quase 50%. Isso é muito baixo e tem nos preocupado”, avaliou. 

 

Apesar do baixo número de pessoas imunizadas, a Secretaria Estadual de Saúde descartou o surto da doença. No entanto, a coordenadora alertou ainda para a possibilidade de crescimento de casos de meningites, se não houver maior adesão da população a vacinas. 

 

“Considerando os baixos índices de coberturas vacinais, nós temos um risco aumentado de a gente ter um maior número de casos de meningites, visto que eu teria um maior número de pessoas suscetíveis ao adoecimento por agentes que poderiam ter se prevenidos efetivamente com a vacinação”, indicou.   

 

CASOS

A Bahia teve, entre 1º de janeiro e 8 de agosto deste ano, 251 casos de meningite. Desses, 106 foram de meningite bacteriana, 55 viral, 15 por outra etiologia e 75 não especificados. Do total de pacientes confirmados com a doença, 47 foram a óbito. No mesmo período de 2022 foram confirmados 253 casos de meningite e 48 óbitos. 

 

Em relação a outros meningococos (neisseria meningitidis) - diplococos que causam meningite e meningococemia -, em 2023, de 1º de janeiro até o último dia 19, foram 16 casos confirmados na Bahia. A faixa etária de 20 a 29 anos foi a mais acometida, com cinco casos. Foram confirmados dois óbitos, com letalidade de 18,8%. Os óbitos ocorreram em pessoas de 20 a 29 anos (02) e em menor de um ano (01).

 

O sorogrupo B foi o mais prevalente, com oito casos isolados, seguido do sorogrupo C, com cinco casos; e três não tiveram identificação do sorogrupo. Os casos foram registrados pelos municípios de Iraquara (01), Itamari (01), Boa Vista do Tupim (01), Candeias (01), Salvador (03), Aporá (01), Euclides da Cunha (01), Tanque Novo (01), Salinas da Margarida (01), Itabuna (01), Vitória da Conquista (02) e Camaçari (01) Mata de São João (01)

 

Vânia alertou também que é preciso ter atenção com essas outras doenças do tipo, que não possuem vacinação direta disponível na rede pública.

 

“Vale lembrar que as meningites bacterianas, a grande maioria delas, eu já tenho vacina disponível na rede pública, não para todas, mas para alguns grupos. A gente chama atenção principalmente para os grupos das vacinas que protegem a contra as meningites, no caso o imunizante ACWY, por exemplo. [...] Temos ainda outros grupos de meningites, a exemplo da meningite B, que não temos ainda vacina disponível na rede pública”, explicou. 

 

“Temos desafios contra as meningites virais e alguns vírus que também podem provocar meningite. Até o vírus do sarampo pode provocar uma meningite e a vacina do sarampo pode estar prevenindo, além do sarampo, a possibilidade de ter meningite”, contou. 

 

A meningite é transmitida quando pequenas gotas de saliva da pessoa infectada entram em contato com as mucosas do nariz ou da boca de um indivíduo saudável. Pode ser por meio de tosse, espirro ou secreções eliminadas pelo trato respiratório (nariz e boca).

 

Para que essa transmissão ocorra, há necessidade de contato direto, íntimo e frequente com a pessoa doente (troca de secreção). 

 

A enfermidade, contudo, pode ser confundida com a gripe em alguns casos, porém as sequelas são graves e ela pode até levar a óbito. A doença ocorre quando há alguma inflamação desse revestimento, causado por micro-organismos, alergias a medicamentos, câncer e outros agentes.

 

A doença pode ter sequelas, como surdez, perda dos movimentos e danos ao sistema nervoso. As crianças estão no grupo de uma das mais atingidas. Os pacientes diagnosticados com meningite devem ter um acompanhamento por pelo menos seis meses após a doença.

CONTINUE LENDO