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- Bahia Notícias
- 20 Ago 2024
- 14:30h
Foto: Bahia Notícias
Algumas pessoas que utilizaram ozempic (medicamento utilizado para ajudar pessoas a controlar o apetite e, consequentemente, perder peso) relataram melhora da libido e um aumento no desejo sexual, após o consumo do produto. Os relatos foram feitos especialmente por mulheres, que consideraram um impulso na vida sexual como um dos efeitos colaterais do remédio.
Ao The Wall Street Journal, via Metrópoles, pessoas perguntaram se era normal os efeitos dos medicamentos e se o crescimento no desejo sexual era comum. “Alguém mais está lidando com um desejo insaciável por sexo?”, questionou uma pessoa.
Em contrapartida, outro usuário questionou a melhora sexual depois de utilizar a ozempic. “Alguém teve o seu desejo sexual diminuído com Ozempic?", indagou outro paciente.
O último questionamento chega após alguns homens afirmarem que a ozempic estaria enfrentando disfunção erétil como um dos efeitos colaterais, de acordo com postagens do fórum on-line Reddit.
Mesmo com as publicações, ainda não existe nenhuma comprovação científica sobre o efeito colateral sexual. Mesmo existindo um risco potencial para mulheres grávidas e aquelas que desejam engravidar, como indica os próprios remédios, ainda não há indícios acerca desses efeitos sexuais em seus rótulos.
Há poucos estudos também sobre a relação da ozempic, Wegovy e Mounjaro com a vontade e comportamento sexual de pacientes.
Um porta-voz da Novo Nordisk, responsável pelo Ozempic, afirmou ao site The Wall Street Journal que a entidade tem acompanhado esses relatos de reações adversas ao medicamento, incluindo disfunção sexual.
“A segurança do paciente é de extrema importância para a Novo Nordisk”, disse o porta-voz.
Já a farmacêutica Eli Lilly afirmou que está avaliando essas informações.
“Nós nos envolvemos ativamente no monitoramento, avaliação e relato de informações de segurança para todos os nossos medicamentos”, observou um porta-voz.
Segundo o Metropóles, especialistas da área de saúde afirmam que o efeito colateral tem relação com o fato do Ozempic ser um semiglutida. O medicamento pode ter potencialidade para contribuir para a impotência por conta dos efeitos no músculo lisovascular e no fluxo sanguíneo.
Outro efeito estaria relacionado com alterações na pele, onde os tecidos conjutivos estariam mais finos e fracos, conforme constatado por cirurgiões plásticos dos Estados Unidos.
- Por Ana Bottallo | Folhapress
- 29 Jul 2024
- 09:21h
Foto: Divulgação / Fiocruz
A União Europeia, por meio da Cepi (Coalizão para Inovações de Preparação Epidêmica, na sigla em inglês), vai investir mais US$ 41,3 milhões (cerca de R$ 233 mi) nos próximos cinco anos para expandir o acesso à vacina chikungunya em países de baixa e média renda.
O montante também vai apoiar o desenvolvimento de estudos de fase 4, que ocorrem após a aprovação do imunizante, em crianças, adolescentes e grávidas em lugares de alta circulação do vírus, como o Brasil.
O repasse da UE é destinado à farmacêutica Valneva, produtora e detentora da tecnologia do imunizante, o primeiro aprovado contra chikungunya no mundo, e se soma aos US$ 24,6 mi (cerca de R$ 139 mi) já cedidos à fabricante para ajudar no desenvolvimento de ensaios clínicos de eficácia e na comercialização do imunizante em países de baixa e média renda.
Com a primeira parte do financiamento, a Valneva realizou estudos de eficácia do seu imunizante em adolescentes no Brasil em 2021 em parceria com o Instituto Butantan, que mostraram uma capacidade da vacina induzir anticorpos contra o vírus em 98,9% dos participantes, um dado considerado excelente.
A vacina, conhecida como Ixchiq, foi aprovada pela FDA (agência que administra drogas e alimentos nos Estados Unidos) para pessoas maiores de 18 anos em novembro de 2023.
Após a aprovação da FDA, os produtores da vacina enviaram um pedido de registro à EMA (Agência Europeia de Medicamentos), que concedeu a autorização em junho último, e à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), cujo processo encontra-se em análise.
Para Richard Hatchett, diretor executivo da Cepi, o acesso a uma vacina contra chikungunya em áreas onde a doença provoca muitos casos é uma prioridade do órgão. "Milhões de pessoas foram afetadas pela chikungunya e, hoje, mais de um bilhão de pessoas vivem em áreas de incidência [elevada]. Esses estudos clínicos e a transferência de tecnologia irão acelerar o acesso em países epidêmicos, além de informar estratégias futuras de implantação de vacinas e aliviar a carga em saúde de futuros surtos", diz.
Segundo o diretor do Butantan, o infectologista Esper Kallás, há discussão de projetos entre a farmacêutica e a instituição de saúde pública brasileira para ampliar estudos chamados pós-licenciamento da vacina, que são aqueles feitos depois de uma autorização para uso do imunizante.
"O primeiro estudo é de fase 4 [de eficácia em vida real] e o segundo vai avaliar se a utilização da vacina em lugares endêmicos apresenta os mesmos dados obtidos no estudo de imunogenicidade, comparado com placebo. E esses estudos vão envolver a participação de centros de pesquisa em locais onde tem circulação de chikungunya, sendo o principal deles o Brasil, e, no nosso caso, é o Butantan que coordena essas atividades", diz.
O infectologista explica que os dados foram submetidos para avaliação das agências em paralelo e, tão logo recebam uma resposta da Anvisa, o instituto já tem autorização para envase e produção do imunizante, podendo comercializá-lo. "Aí vêm os processos de incorporação, caso seja assim o desejo, do Ministério da Saúde. Mas nós recebendo o aval da Anvisa já temos como aplicar a vacina no dia seguinte", diz.
Procurada, a Anvisa não respondeu até a publicação desta reportagem.
A chikungunya é uma arbovirose (doença transmitida por mosquito) com incidência em lugares onde há populações do Aedes aegypti, transmissor do vírus. Os sintomas incluem febre alta, dores no corpo e na cabeça, manchas avermelhadas e dores nas articulações, que podem ser incapacitantes. Em pessoas com comorbidades, o quadro clínico pode ser ainda pior.
No país, em 2024, foram registrados mais de 356 mil casos de chikungunya até o último dia 20 de julho, de acordo com o boletim epidemiológico da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde).
Kallás afirma que o instituto teria condições de seguir com a fase 4 independentemente do apoio da Valneva, mas que o aporte de recursos ajuda a alcançar mais rapidamente os objetivos. "É importante avançar nos estudos de fase 4, além de um cenário de aprovação, para já no próximo ano aplicar a vacina, porque mesmo com o registro de uso provisório da Anvisa, pendente à realização desses estudos, podemos já começar o uso em 2025."
Para o médico, porém, um desafio será qual a prioridade de produção na fábrica de vacinas do instituto, uma vez que a mesma tecnologia é usada para a vacina contra a dengue. "Precisamos avaliar ainda com o Ministério da Saúde qual vai ser a prioridade, mas de qualquer forma o Butantan vai ter [cada vez mais] um papel importante na fabricação desses imunizantes na América Latina", completa.
- Bahia Notícias
- 10 Mar 2024
- 09:20h
Foto: Bahia Notícias
O Ministério da Saúde anunciou esta semana a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste para detecção de HPV em mulheres classificado pela própria pasta como inovador. A tecnologia utiliza testagem molecular para a detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero. Professor e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o ginecologista Júlio César Teixeira conduz, há quase sete anos, um programa de rastreamento de HPV que utiliza o teste agora será disponibilizado na rede pública.
Em entrevista à Agência Brasil, o médico confirmou o caráter inovador do teste e explicou que a proposta é que ele passe a substituir o exame popularmente conhecido como Papanicolau. “É um teste feito por máquina, ou seja, tem um erro próximo de zero, enquanto o Papanicolau tem muitas etapas onde há muita interferência humana”.
Ainda de acordo com o ginecologista, a tecnologia permite que a testagem seja feita apenas de cinco em cinco anos, enquanto o rastreio do HPV pelo Papanicolau deve ser realizado a cada três anos.
Teixeira também detalhou a relação da infecção por HPV com alguns tipos de câncer que vão além do câncer de colo de útero, como o de boca, na vulva, no pênis e no canal anal. Para o especialista, a testagem do HPV, somada à vacinação precoce em adolescentes com até 15 anos, pode mudar o cenário de saúde pública no país.
- Bahia Notícias
- 04 Fev 2024
- 08:45h
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse neste sábado (3) que o governo estuda ampliar a oferta de vacinas contra a dengue no país. A informação foi repassada durante a abertura do Centro de Operações de Emergências (COE) contra a dengue, em Brasília. Segundo a ministra, foram realizadas reuniões com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantã para tratar do tema.
“Todo o nosso esforço será para ampliar essa oferta [de vacinas]”, disse a ministra.
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema de saúde pública. A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil em 20 de janeiro. O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica responsável pela Qdenga. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro. A previsão é que o país receba 5,2 milhões de doses este ano. Inicialmente, a vacina será aplicada na população de regiões endêmicas, em 521 municípios. Para 2025, a pasta já contratou outras 9 milhões de doses.
Mesmo com a ampliação, a ministra destacou que a oferta do imunizante não trará impactos imediatos para o combate à doença.
“Elas [as vacinas] significam muito, até porque adquirimos vacinas para 2024 e 2025 e todo o nosso esforço será para ampliar essa oferta, mas não vai ter um impacto nesse intervalo inicial de poucos meses”, apontou.
Centro de emergência
O Ministério da Saúde informou que o COE vai ampliar o monitoramento da situação da dengue no país, para orientar ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e de controle de vetores. A estrutura, em coordenação com estados e municípios, vai realizar coleta e análise de dados, produção de relatórios e divulgação de informações por meio de boletins e informes epidemiológicos.
Dados do painel de atualização de casos de arboviroses da pasta mostram que, de janeiro até agora, o Brasil registrou 243.721 casos prováveis de dengue. A doença já causou pelo menos 29 mortes confirmadas, outras 170 estão em investigação
Epidemia local
Durante a cerimônia, Nísia frisou que a situação da dengue é mais preocupante neste momento em alguns municípios do Acre, no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e também no Paraná.
“Agora, temos concentração nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, mas isso não caracteriza um quadro de emergência nacional, quadro de epidemia nacional, mas de epidemia a nível local", afirmou.
O período de chuvas e as altas temperaturas no Brasil são o ambiente propício para o aumento de arboviroses, como a dengue.
Prevenção
O Ministério da Saúde reforça que a principal medida é a eliminação dos criadouros do mosquito. E destaca a importância de a população receber os agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde, que vão ajudar a encontrar e eliminar possíveis criadouros.
“Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais”, explica.
A orientação é procurar o serviço de saúde mais próximo de casa assim que surgirem os primeiros sintomas.
- Apesar de não ser uma dieta nova, estudos recentes evidenciam os benefícios para a longevidade e a qualidade de vida. Confira
- Thaiz Brito/Metrópoles
- 21 Jan 2024
- 14:30h
Foto :Getty Images
Eis que reacende um modelo alimentar de sucesso prometendo, inclusive, ser uma bela concorrente ao padrão mediterrâneo: a dieta atlântica. Não se trata de um modelo novo, contudo, a ciência trouxe evidências dos benefícios reais para a longevidade que colocaram os holofotes sobre essa dieta.
Um estudo realizado pela Universidade Autônoma de Madrid (UAM), pelo Centro de Pesquisa Biomédica em Rede de Epidemiología e Saúde Pública (CIBERESP, sigla em espanhol) e pelo Instituto ImDea e publicado no European Journal of Preventive Cardiology evidenciou que o padrão alimentar em questão está associado a um menor risco de mortalidade na Espanha, na República Checa, na Polônia e nos Estados Unidos.
A essência da dieta atlântica está, basicamente, no fato dela ser rica em peixe, carne, laticínios, vegetais, legumes, batata e pão integral, tendo evoluído ao longo dos séculos, adaptando-se às condições geográficas e climáticas da Galiza, na Espanha, e do norte de Portugal.
O nome não é à toa e está relacionado com a proximidade com o Oceano Atlântico , o que favorece o maior consumo de pescado, enquanto as pastagens abundantes favorecem a pecuária e, com ela, o consumo de carne vermelha e laticínios. As hortaliças, por sua vez, são essenciais nesta dieta, sendo consumidas em forma de caldos ou no tradicional caldo verde. Já o pão é normalmente integral, produzido com farinha de centeio, milho ou trigo. Assim como a dieta mediterrânea, o vinho também está incluso na dieta atlântica e pode acompanhar algumas refeições, de forma moderada.
Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que os indivíduos adeptos desse modelo alimentar apresentaram melhores indicadores de saúde cardiovascular, além de riscos menores de infarto do miocárdio. Entretanto, esses estudos tinham como foco apenas as populações espanholas.
As novas evidências buscaram confirmar se os benefícios da dieta atlântica se estendiam a outros países europeus. Os resultados, baseados em dados de 36 mil indivíduos de quatro regiões europeias, após um acompanhamento por mais de 13 anos, indicaram que aqueles que se alimentam de forma mais semelhante à dieta do Atlântico têm uma mortalidade 15% menor, principalmente devido à redução de doenças cardiovasculares.
Os benefícios da dieta atlântica podem ser atribuídos, principalmente, à baixa ingestão de itens industrializados, concentrando os alimentos in natura ou minimamente processados. Além disso, ela conta com uma alta ingestão de fibras devido ao maior consumo de frutas e hortaliças e também conta com boa qualidade no preparo.
A maior ingestão de pescados também está associada à maior ingestão de ômega-3, uma substância anti-inflamatória com benefícios à saúde cognitiva e cardiovascular. Dessa forma, fica evidente que contextos alimentares diferentes das dietas modernas, que são marcadas pela alta ingestão de fast-food, itens industrializados, sódio e outros compostos nocivos, são facilmente associadas a melhores parâmetros de saúde e valem todo o investimento.
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- Bahia Notícias
- 28 Dez 2023
- 15:14h
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apontaram, que as reclamações de usuários de planos de saúde registraram um aumento de 49,7% entre os primeiros dez meses deste ano. O número de reclamações assistenciais e não assistenciais em 2023 ultrapassou os últimos três anos em todos os meses do ano e atingiu a maior marca em agosto, com 36.799 reclamações de usuários dos planos de saúde.
As notificações relacionadas à assistência dos planos somaram 82,7% das reclamações registradas pela agência até outubro. Os dados da ANS possibilitam também analisar o Índice Geral de Reclamações, que cresce de acordo com a insatisfação dos usuários. Os planos de assistência médica obtiveram 55,1 queixas para cada 100 mil beneficiários. Já a proporção foi de 24,1 em 2020; de 30,2 em 2021 e de 36,8 no ano passado.
Os planos odontológicos tiveram em média 1,3 reclamação para a mesma quantidade de beneficiários nos primeiros 10 meses de 2023 e proporções semelhantes nos anos anteriores.
- Bahia Notícias
- 27 Nov 2023
- 11:28h
Foto: Tomáz Silva/Agência Brasil
Os estoques de sangue dos hemocentros podem ser reforçados por meio de um novo instrumento: o mini app Hemovida, que está integrada ao ConecteSUS. A criação do Ministério da Saúde pretende facilitar a ação voluntária de doadores.
Com o aplicativo, poderá ser obtida a carteira virtual do doador que terá informações de saúde, tipo sanguíneo e a data da última doação. Além disso, o doador terá um registro pessoal e útil em situações de emergência; histórico completo de doações, incluindo as realizadas, canceladas e agendadas e ainda pode optar por fazer autodeclaração de doação de sangue para manter um registro do compromisso com a causa.
Também fica disponível a localização da rede de saúde mais próxima, para identificar onde doar e receber informações sobre os serviços disponíveis em cada unidade. Outra funcionalidade esperada é conscientizar a população sobre a importância de manter os estoques de sangue em níveis seguros.
O aplicativo estará disponível para download nas principais lojas de aplicativos, a partir desta segunda-feira (27). O login no app é feito pelo acesso único do Governo Federal (gov.br).
Na plataforma, o doador poderá ainda convidar amigos e familiares, compartilhar experiências nas redes sociais e incentivar outras pessoas a se tornarem doadoras. “O aplicativo Hemovida estimula a doação de sangue voluntária, um ato de amor que salva vidas”, afirma a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad.
CRITÉRIOS DE DOAÇÃO
O aplicativo trará ainda informações detalhadas sobre como e quem pode doar, além dos cuidados necessários no dia da doação. “[O aplicativo] garante que os doadores estejam bem informados e preparados”, acrescenta o ministério.
Para fazer doações de sangue no Brasil, é necessário ter de 16 a 69 anos – na faixa entre 16 e 18 anos, é preciso ter consentimento dos responsáveis. Aqueles que têm de 60 a 69 anos só podem doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
Também é preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde.Por ano, homens só podem fazer quatro doações e mulheres, três. “O intervalo mínimo entre doações deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.”
Segundo o Ministério da Saúde, o sangue doado voluntariamente é usado nos atendimentos de urgência, na realização de cirurgias de grande porte e no tratamento de pessoas com doença falciforme e talassemias, além de doenças oncológicas variadas que frequentemente necessitam de transfusão.
Além dos procedimentos hospitalares, o sangue doado também pode ser transferido pelos bancos de sangue para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) produzir hemoderivados, fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à população necessitada.
“Aproximadamente 1,4% da população brasileira doa sangue, o que representa 14 pessoas a cada mil habitantes. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde trabalha constantemente para aumentar esse índice, conscientizando a população da importância desse gesto na saúde coletiva”, diz a pasta.
As taxas de doação de sangue cresceram este ano no Brasil. Enquanto entre janeiro e setembro de 2022 foram coletadas 2.340.048 bolsas de sangue (com 450 a 500ml cada), no mesmo período deste ano, a coleta chegou a 2.452.425, o que representa aumento de 112.377 no número de bolsas. “Cada doação pode ajudar a salvar até quatro vidas”, lembra o ministério.
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- Por Raquel Lopes | Folhapress
- 25 Nov 2023
- 10:08h
Fotos: divulgação/Anvisa
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a apreensão e a proibição da fabricação, comercialização e propaganda de suplementos alimentares falsificados.
Fazem parte da lista os seguintes suplementos: Coenzima Q10, Krill VIT, Ômega 3 - EPA DHA e Omegafor Vision. Os produtos são divulgados e comercializados em diversas plataformas eletrônicas de vendas.
A empresa distribuidora dos produtos, Vida Forte Nutrientes Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda, comunicou à Anvisa a falsificação de seus produtos e disponibilizou imagens com as diferenças entre os produtos originais e os falsificados.
Para saber diferenciá-los, é necessário ficar atento às características das embalagens e dos rótulos, pois, em algumas situações, as diferenças podem ser sutis. Há diferenças também nas características das cápsulas.
CONFIRA FOTOS
No caso do Coenzima Q10, por exemplo, o suplemento é apresentado em cápsulas gelatinosas moles na cor laranja, enquanto há versões falsificadas em cápsulas duras e cápsulas gelatinosas moles em outra cor. Além disso, o frasco é mais brilhoso que o do produto original e o rótulo falsificado possui letras em tamanho maior. As informações sobre lote e validade do produto original estão descritas no fundo do frasco, enquanto as do produto falsificado estão no rótulo lateral.
Fotos: divulgação/Anvisa
Já o Krill Vit original é apresentado em cápsulas gelatinosas pretas, enquanto o falsificado é apresentado em cápsulas duras. O rótulo do produto falsificado possui tonalidade de azul mais clara.
Fotos: divulgação/Anvisa
O Ômega 3 EPA DHA falsificado é apresentado em cápsulas gelatinosas transparentes, com pouca diferença do original. A tampa do rótulo original é azul, enquanto nas versões do produto falsificado a tampa é branca. As informações de rotulagem dos painéis secundários do rótulo do produto original são coloridas e as do produto falsificado são em preto e branco.
Fotos: divulgação/Anvisa
"Se você adquiriu um produto e está em dúvida se é falsificado, entre em contato com a fabricante do produto original, pelo e-mail [email protected]", disse a Anvisa, em nota, que disponibilizou as fotos dos produtos originais e falsificados em seu site.
- Por Leonardo Zvarick | Folhapress
- 01 Nov 2023
- 15:06h
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
As hospitalizações de vítimas com ferimentos causados por arma de fogo tiveram custo de R$ 886 milhões ao SUS (Sistema Único de Saúde) nos últimos 15 anos. Os dados fazem parte de levantamento do Instituto Sou da Paz, que aponta a violência armada como causa de aproximadamente 300 mil internações no país entre 2008 e 2022.
De acordo com o estudo, as estatísticas apresentam tendência de queda desde 2018, mas continuam em patamar elevado. No ano passado, o sistema público de saúde desembolsou R$ 41 milhões para atendimento hospitalar de 17,1 mil baleados, segundo dados do SIH (Sistema de Informações Hospitalares) do SUS. O montante seria suficiente para custear quase 1 milhão de mamografias ou 10 milhões de hemogramas completos.
"O custo de cada internação por arma de fogo é 3,2 vezes maior que o gasto federal com saúde per capita ao ano. Isso mostra que são casos bastante complexos, e que, apesar da queda, continua sendo um valor alto proporcionalmente ao que se gasta com saúde", diz Carolina Ricardo, diretora-executiva do Sou da Paz.
Em 2022, o valor médio da internação por agressão com arma de fogo foi de R$ 2.391, enquanto a despesa pública federal per capita foi de R$ 737,89. O valor não retrata a totalidade dos gastos públicos com o atendimento a essas vítimas, já que estados e municípios possuem despesas próprias com saúde.
A pesquisa atribui a queda nos gastos com internações a um conjunto de fatores, como a diminuição dos crimes violentos, a defasagem dos preços de referência da tabela SUS e a gravidade dos casos que demandaram atendimento. "Quando a gente olha os casos mais graves, que são os mais caros [para o sistema de saúde], eles também caem bastante nos últimos anos", diz Ricardo.
As internações mais complexas costumam ter duração mais longa e frequentemente demandam a realização de mais procedimentos médicos. São casos em que a vítima sofreu, por exemplo, traumatismo craniano, no tórax ou em órgãos no interior do abdômen –ferimentos que frequentemente levam à morte. Já os casos de menor gravidade consideram lesões, por exemplo, em braços e pernas.
Os casos de alta letalidade deixaram de ser predominantes em 2015, segundo o levantamento, e seguem em queda desde então. As internações de pacientes menos graves, por outro lado, registraram alta nos últimos dois anos, após queda acentuada entre 2017 e 2020. No ano passado, os casos de baixa gravidade representaram 44% das internações frente a 27% de casos mais grave - há ainda 29% de casos de gravidade "intermediária".
Para a pesquisadora do Sou da Paz, esta variação pode estar associada à maior circulação de armas no país, decorrente da facilitação do acesso para a população civil durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
"Uma hipótese é que esse tipo de internação pode ser fruto de situações mais corriqueiras, quando alguém atira em uma briga, por exemplo, que é algo diferente de uma execução. Me chamou a atenção também que na região sul e centro-oeste, o percentual de acidentes é maior que em outras regiões, e são áreas que têm muita concentração de armas de fogo", acrescenta Ricardo.
Em todo o país, as agressões intencionais prevalecem como principal causa dos ferimentos por arma de fogo, correspondendo a 75% dos casos. Os acidentes, por sua vez, foram apontados como causa em 17% das ocorrências.
As regiões citadas pela pesquisadora foram as únicas em que os acidentes ficaram acima da média nacional –32% no centro-oeste e 26% no sul.
A pesquisa também mostra que 9 em cada 10 pacientes internados por violência armada no Brasil são homens. Jovens correspondem a pouco mais da metade das vítimas e pessoas negras são 57%.
A população preta é justamente a que conta com o sistema de saúde mais deficitário, de acordo com o Sou da Paz. "A disponibilidade de recursos humanos em termos de médicos anestesistas e cirurgiões, fundamental para a assistência de casos de acidentes e violências na rede hospitalar do SUS, apresenta um padrão quanto à sua distribuição espacial: a taxa de profissionais é menor nos estados onde a população negra tem maior representação", diz o estudo.
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- Bahia Notícias
- 20 Out 2023
- 17:26h
Foto: Leonardo Rattes / Saúde GovBA
A Bahia ocupa a primeira posição no ranking do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF), apontam dados levantados pelo Ministério da Saúde.
Com 44.113 cirurgias realizadas de março a agosto, a Bahia figura em primeiro lugar no número total de procedimentos executados. O estado que ocupa a segunda posição fez 29.452 cirurgias.
O PNRF foi instituído pelo Ministério da Saúde em fevereiro deste ano com o objetivo de expandir a realização de cirurgias eletivas em todo o território brasileiro e diminuir a espera por exames e consultas especializadas. A Bahia aderiu ao programa logo no seu início, garantindo mais de R$ 42 milhões para execução das cirurgias. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) está executando cerca de R$ 27,7 milhões do total destinado ao estado, sendo responsável pela realização de procedimentos cirúrgicos em 381 dos 417 municípios.
Entre os procedimentos executados estão tratamento cirúrgico de varicocele, plástica mamária feminina não estética, histerectomia, litotripsia, retirada de placa e/ou parafuso e ressecção endoscópica de próstata. O acesso dos pacientes aos procedimentos elencados no Programa está sendo a partir do cadastro Sistema Lista Única, no caso da gestão estadual. No caso da gestão municipal, a partir dos sistemas próprios de regulação.
Na Bahia, os procedimentos mais executados são facoemulsificacão com implante de lente dobrável, capsulotomia Yag laser, colecistectomia por videolaparoscopia, histerectomia total e hernioplastia inguinal unilateral.
A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, afirma que a Sesab já vinha trabalhando para que a fila de cirurgias eletivas seja zerada. “Não estamos poupando esforços para que todos os procedimentos possam ser realizados. Cada cirurgia realizada é uma vida transformada”, afirma a Secretária.
Além do PNRF, a Bahia já vinha executando o Programa Estadual de Ampliação do Acesso às Cirurgias Eletivas. Iniciado em abril de 2022,o projeto tinha expectativa inicial de realizar 79 mil cirurgias, número que já foi superado, chegando a cerca de 200 mil. Estão sendo disponibilizados diversos procedimentos como cirurgia de catarata, remoção de mioma, histerectomia (remoção do útero), colecistectomia (retirada de vesícula), cirurgias de hérnias inguinais, umbilical, epigástrica dentre outros, em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, urologia e cirurgia vascular.
A oferta das cirurgias vem ocorrendo de forma descentralizada e regionalizada, priorizando as filas de espera existentes, sendo os serviços executados por 91 unidades da rede de saúde pública, filantrópica e privada, no âmbito do Estado, de acordo com o respectivo perfil e complexidade.
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- Por Folhapress
- 11 Out 2023
- 07:53h
Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil
O Ministério da Saúde abre nesta terça-feira (10) consulta pública para ouvir a sociedade sobre estratégias para o uso consciente de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes.
Segundo estudos científicos recentes, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos como smartphones por jovens nesta faixa etária traz riscos à saúde, além de aumentar o risco de vitimização e abusos, inclusive sexuais.
A Folha de S.Paulo mostrou como plataformas como o Discord se tornaram "terra sem lei", com abusos sexuais e agressões envolvendo jovens.
Não há, no entanto, uma orientação governamental específica sobre essa temática no país.
A proposta da pasta da saúde é justamente utilizar as informações coletadas durante a consulta pública para a elaboração de diretrizes específicas, com formulação de um guia oficial para uso consciente de dispositivos digitais, tendo como ponto de partida o diagnóstico que pais, mães, familiares, responsáveis pelas crianças e jovens e profissionais de educação apresentarem, com orientações baseadas em evidências, ajudando a lidar com a nova realidade do uso abusivo de telas e eletrônicos por crianças e adolescentes.
A consulta pública estará disponível pela plataforma Participa.br pelo período de 45 dias a partir da data de lançamento, nesta terça (10). Serão ouvidas famílias, educadores, usuários de serviços e dispositivos digitais, organizações da sociedade civil e o setor privado.
A elaboração do guia será feita com base nos subsídios coletados na consulta, com o auxílio de um grupo de trabalho de especialistas no assunto, e deve ocorrer ao longo de 2024.
A iniciativa é conjunta da Secretaria de Políticas Digitais da SECOM/PR (Secretaria de Comunicação do Paraná) e dos Ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos e da Cidadania e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
- Por Victor Hernandes/Bahia Notícias
- 07 Out 2023
- 12:24h
Foto: Leonardo Rattes / Saúde GovBA
Mesmo com o avanço de campanhas, ações e iniciativas em prol do combate ao câncer de mama, a doença ainda é uma das que registram diferentes números de internações e óbitos na Bahia. De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a Bahia obteve 21.159 internações por câncer de mama e 6.008 óbitos nos últimos cinco anos.
Em meio a doença atingir e afetar diferentes mulheres - e até homens -, cientistas brasileiros aproveitaram o avanço tecnológico para criar uma ferramenta que auxiliasse no diagnóstico precoce da doença. Trata-se do uso de algoritmos de inteligência artificial (IA), que contribuem na detecção precoce do câncer de mama. A ferramenta passou a ser utilizada por hospitais, unidades de saúde e clínicas inclusive de Salvador, para o diagnóstico da doença.
Uma clínica da capital baiana, passou a utilizar no ano passado, o instrumento para ajudar a diagnosticar de forma mais rápida indícios da doença em pacientes. Segundo a médica radiologista da clínica Image, Elen Freitas, a ferramenta tem um importante papel na redução entre o tratamento do câncer de mama e o diagnóstico.
“A gente utiliza a inteligência artificial para detectar e rastrear os casos que são suspeitos de câncer de mama, através de uma verificação dos laudos emitidos. Existe um algoritmo de inteligência que rastreia todos os laudos e identifica aqueles cujo os achados são suspeitos e logo depois disponibilizam isso em uma tabela. Existe uma equipe, um núcleo de assessoria que revisa essa tabela, entra em contato com o médico assistente que solicitou o exame e avisa do achado, dessa possibilidade de ser um câncer e oferece também uma possibilidade do paciente ser encaminhado de maneira mais rápida”, explicou.
A médica frisou também que o uso da inteligência artificial contribui na redução do tempo entre o exame e o início do tratamento de pacientes que foram diagnosticadas com a enfermidade.
“A principal vantagem é que o paciente tem uma redução no tempo inicial entre o exame Inicial e o tratamento. A gente vai conseguir abreviar bastante esse tempo, já que o levantamento já foi realizado. Esse tempo entre o exame inicial e o próprio exame que vai dar o diagnóstico vai ser reduzido mais ou menos em 11 dias, é onze dias mais rápido do que se o paciente tivesse entrado no fluxo normal. Isso representa uma redução de 65% do tempo, um dado objetivo que já fizeram no estudo”, disse.
MAMOGRAFIA
O procedimento de saúde mais importante no tratamento da doença, a mamografia também é analisada pela ferramenta. Para a oncologista Vanessa Dybal, a inteligência artificial auxilia na análise da mamografia feita por pacientes.
“Do ponto de vista em relação à imagem eles analisam a mamografia, que é o grande exame hoje de triagem que a gente tem e que o olho humano ainda é imprescindível, mas os estudos têm caminhado para ter cada vez uma triagem melhor. Acho que a inteligência artificial tem ajudado hoje muito no estudo de dados dos grandes volumes de informações que a gente tem hoje de estudos de proteínas celulares em relação quais são as alterações das células”, observou Dybal.
De acordo com a especialista, o exame que a tecnologia analisa acontece antes do paciente realizar consulta com o oncologista. A médica disse que o instrumento contribui também para definir qual o tratamento que a paciente vai passar e aponta também qual o nível de agressividade da doença.
“Esses exames são antes de passar com a gente. Esses mecanismos de inteligência artificial eles fazem um uma pré-triagem para casos mais suspeitos. Uma vez que já tenha feito o diagnóstico já tem alterado, o paciente passa com o oncologista. Esse teste serve para definir tratamento e ajuda na definição de tratamento pois ele consegue predizer o risco de agressividade da doença”, contou.
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- Bahia Notícias
- 05 Out 2023
- 13:40h
Foto: Pedro Ventura / Agência Brasília/ Divulgação
Após reunir informações enviadas pelas organizações sociais que administram unidades estaduais e ofertam serviços multiprofissionais, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), vai começar nesta semana a repassar R$40 milhões para a implementação do piso nacional de enfermagem nessas entidades.
O montante refere-se ao período de maio a agosto de 2023 e será destinado a 15.895 profissionais dessas organizações.
O repasse foi possível após serem assinados os instrumentos contratuais que o viabilizaram, na forma orientada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). A Sesab efetuará repasses complementares referente ao piso salarial considerando os recursos do Governo Federal.
Segundo a Lei nº 14.434/2022, que institui o piso salarial da Enfermagem (enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras), sancionada em agosto de 2022, cada uma dessas modalidades profissionais receberá um valor mínimo único em todo o país. O Piso Nacional da Enfermagem beneficia aqueles que realizam atividades em instituições de saúde públicas e privadas.
Para os enfermeiros, o valor do piso é R$ 4.750, para os técnicos de enfermagem, é de R$ 3.325, e para os auxiliares de enfermagem e parteiras, de R$ 2.375 por 44 horas de trabalho semanais. Para trabalhadores submetidos a carga horária inferior a 44 horas, o valor do piso deve ser proporcional à carga horária respectiva. Serão beneficiados pelo piso apenas os profissionais que recebem menos que o valor instituído pela lei para sua respectiva categoria.
- Bahia Notícias
- 04 Out 2023
- 18:39h
Foto: Divulgação/Bahia Notícias
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) ampliou o número de vagas para a realização de exames e consultas na campanha do Outubro Rosa na Bahia. A programação de ações que contava inicialmente com a oferta de 20 mil mamografias e 2,7 mil consultas com ginecologistas e mastologistas, agora vai passar a oferecer 24 mil mamografias e 4.500 consultas na Bahia. A meta inicial da Sesab teria sido superada em menos de três dias.
A nova unidade móvel que fará os exames de mamografia estará localizada em Cajazeiras, a partir desta quinta-feira (5). Já as consultas com mastologista serão realizadas no Hospital da Mulher ao longo dos meses de outubro e novembro, sempre aos finais de semana.
“A campanha de conscientização e detecção precoce do câncer de mama superou as nossas expectativas, tanto que estamos abrindo cerca de 4 mil novas vagas de mamografia e 1.700 novas consultas com mastologista", disse a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana.
Para agendar o exame é necessário acessar o site e escolher dia, local e turno, mas é importante estar atenta para os requisitos exigidos. São eles: não ter feito o exame há menos de seis meses, não ter feito cirurgia na mama e ter entre 40 e 69 anos. E, no dia do exame, a paciente deve levar o RG, CPF, Cartão do SUS e comprovante de residência. Não é necessária a requisição médica. Já as consultas com mastologista têm como pré-requisito a requisição médica ou um exame indicando alteração na mama.
De acordo com a Superintendência de Gestão dos Sistemas de Regulação da Bahia, foi identificado um vazio assistencial, sobretudo em Salvador, onde milhares de mulheres agendaram consultas e exames que são de responsabilidade da rede municipal. Do total de agendamentos realizados, 94% são de soteropolitanas.
REFERÊNCIA NACIONAL
A Bahia é referência nacional no rastreio, diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Nos últimos dez anos, o Estado realizou 3.384.408 exames de mamografia. Somente as 25 novas Policlínicas Regionais implantadas recentemente já realizaram 283 mil exames.
Outra estratégia consolidada no rastreamento do câncer de mama é a estratégia itinerante. Na última década, as unidades móveis da Sesab estiveram nos 417 municípios baianos, tendo realizado cerca de 1 milhão de mamografias bilaterais e 82 mil ultrassonografias.
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que, em 2023, o número de novos casos de câncer de mama no Brasil seja de 73.610. Na Bahia, a estimativa é de 4.230. Segundo a secretária da Saúde do Estado, “a principal causa de morte por câncer entre mulheres se dá pelo câncer de mama e o diagnóstico precoce pode levar à cura em 90% dos casos. Além disso, quando o câncer precocemente descoberto, pode-se evitar o procedimento cirúrgico de retirar a mama por completo ou ainda evitar procedimentos complementares como quimioterapia ou radioterapia, aumentando a sobrevida dessas pacientes e reduzindo a morbidade”, ressalta Roberta Santana.
Para as mulheres com diagnóstico positivo, o tratamento cirúrgico, quimioterápico ou radioterápico será realizado em unidades de alta complexidade em oncologia da rede de atendimento da Sesab.
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- Bahia Notícias
- 03 Out 2023
- 15:36h
Foto: Divulgação/WHO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira (3), a recomendação oficial de uma nova vacina contra a malária. O imunizante é mais barato e poderá ser produzido em maior escala do que a antiga fórmula aprovada em 2021.
O novo imunizante, denominado de R21/MatrixM, foi desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e deverá ser comercializado a menos de quatro dólares por dose, metade do preço da anterior. A vacina deve começar a ser aplicada oficialmente em alguns países africanos, como Gana.
Quem fabricará o imunizante será a farmacêutica Serum Institute of India. A empresa deve produzir até 100 milhões de doses por ano. A vacina atual, a RTS, já obteve 18 milhões de doses produzidas.
“É uma felicidade para mim, que dediquei minha vida a combater a malária, saber que agora não há apenas uma, mas duas vacinas contra esta doença, e que ambas podem reduzir os casos sintomáticos em até 75% após três doses”, explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, durante entrevista coletiva.
A organização disse ainda que vai auxiliar 28 países a colocar a vacina para malária em seus programas de imunização até o começo de 2024.
A nova vacina da malária tem eficácia comprovada apenas contra os parasitas mais comuns do continente africano. Assim como o imunizante de 2021, 95% das mortes por malária no mundo acontecem em países da África e Índia.
No entanto, este não é o mesmo parasita que circula no Norte do Brasil. Por isso, as autoridades de saúde brasileiras devem fazer testes específicos para analisar se a recomendação da OMS será útil também no território nacional.