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- Por Folhapress
- 03 Fev 2025
- 08:00h
Foto: Reprodução/ Youtube
O Canadá imporá tarifas sobre produtos americanos em represália às taxas anunciadas neste sábado (1) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o primeiro-ministro Justin Trudeau.
"O Canadá imporá tarifas de 25% sobre um total de 155 bilhões de dólares canadenses [cerca de 106 bilhões de dólares] em produtos norte-americanos", anunciou Trudeau, ao alertar sobre uma ruptura nos antigos laços entre Ottawa e Washington.
A primeira rodada de impostos afetará, na terça-feira, mercadorias no valor de 30 bilhões de dólares canadenses. Os outros 155 bilhões serão taxados nos próximos 21 dias.
Mais cedo, Trump assinou uma ordem executiva impondo tarifas de 25% sobre todos os produtos do Canadá e do México a partir de terça-feira, com exceção dos produtos energéticos canadenses, que estarão sujeitos a uma taxa de 10%.
Para a China, que também é alvo da ação de Trump, a taxação foi de 10%.
A justificativa dos EUA para a execução das tarifas havia sido a da imigração. Segundo Trump, Canadá e México haviam afrouxado a segurança nas fronteiras.
Ao mesmo tempo, ambos os países, ao lado da China, não fizeram o suficiente para conter o fluxo de opioides mortais nos EUA.
Posicionamentos de China e México
Ainda sem anunciar represálias como as do Canadá, a China informou no fim deste sábado (1) e início de domingo (2) que desafiará as tarifas dos Estados Unidos por meio da OMC (Organização Mundial do Comércio).
"A imposição de tarifas pelos EUA viola seriamente as regras da OMC", afirmou o Ministério do Comércio chinês em um comunicado, instando os EUA a "engajarem-se em um diálogo franco e fortalecerem a cooperação."
Já a presidente do México, Claudia Sheinbaum, também uitlizou o X (antigo Twitter) para dizer que instruiu seu ministério da economia a também criar tarifas retaliatórias - mas sem dar maiores detalhes.
"Rejeitamos categoricamente a calúnia feita pela Casa Branca ao Governo do México de ter alianças com organizações criminosas", escreveu a governante de esquerda na rede social X.
Do lado americano, Donald Trump afirmou que os decretos de taxação possuem uma cláusula anti-retaliação. Dessa forma, se algum país decidir revidar, medidas adicionais serão implementadas, provavelmente na forma de novos aumentos em tarifas.
- Bahia Notícias
- 29 Jan 2025
- 14:20h
Foto: Divulgação / STF
O Senado Federal registrou em seu sistema, em janeiro, sete novos pedidos de impeachment contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Os pedidos foram protocolados ao longo de 2024, mas só agora foram inseridos na base de dados da Casa Legislativa.
Entre as solicitações, seis são direcionadas a Moraes e uma a Toffoli. Um dos pedidos foi apresentado em agosto de 2024 pelo deputado Bibo Nunes (PL-RS), que argumenta que Moraes teria agido de forma irregular no episódio em que relatou ter sido agredido no aeroporto de Roma.
Os demais pedidos foram protocolados por cidadãos sem mandato e, no caso de Moraes, abordam temas como a multa imposta ao Partido Liberal (PL) após questionamentos sobre as eleições de 2022.
As informações são do Metrópoles.
- Bahia Notícias
- 28 Jan 2025
- 14:15h
Foto: Marcelo Camargo / EBC
O vice-líder da bancada de oposição, deputado federal Capitão Alden (PL-BA), assinou um novo pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A solicitação de afastamento acusa Lula de cometer crime de responsabilidade após a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de bloquear um total de R$ 6 bilhões de verbas do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação.
Para Alden, a decisão do TCU, reforça a “irregularidade na gestão dos recursos públicos”. O parlamentar considera que essa decisão do TCU é “suficiente para justificar o pedido de impeachment”.
“O novo pedido de impeachment do Lula já tem mais de 90 assinaturas de deputados federais. A minha assinatura consta nesta relação e assinarei quantos pedidos forem necessários para livrarmos o Brasil do descondenado”, afirmou Alden.
A decisão do TCU foi tomada para permitir a apuração de possíveis irregularidades na execução do programa do Ministério da Educação, que funciona como uma poupança para ajudar estudantes do ensino médio a completarem os estudos. O TCU mira os recursos do Pé-de-Meia oriundos do Fundo de Incentivo à Permanência no Ensino Médio (Fipem), que é privado e tem patrimônio próprio.
A análise do órgão apontou que parte dos valores transferidos ao Fipem não passaram pelo processo orçamentário adequado. A partir da decisão, o MEC fica impedido de destinar para o Pé-de-Meia recursos de duas fontes de recursos do Fipem, o Fundo Garantidor de Operações (FGO) e o Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc).
Segundo o TCU, a decisão não compromete o funcionamento do programa de imediato, suspendendo apenas parte do repasse de recursos até a adequação do programa governamental à lei orçamentária.
- Por Edu Mota, de Brasília/Bahia Notícias
- 03 Jan 2025
- 17:30h
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), marcou para o sábado, dia 1º de fevereiro, a primeira sessão do ano de 2025, na qual acontecerá a eleição do seu sucessor. A sessão, marcada para as 10h, chamada de "Sessão Preparatória", está destinada somente para eleger o novo presidente, que permanecerá no cargo até 1º de fevereiro de 2027.
Pacheco também agendou para o mesmo dia a realização de uma outra sessão do Senado, na qual serão eleitos o 1º e o 2º Vice-Presidente. Essa sessão já conduzida pelo novo presidente eleito, que comandará também a escola do 1º, 2º, 3º e 4º Secretários, além do 1º, 2º, 3º e 4º Suplentes de Secretário da Mesa do Senado Federal.
Até o momento, o favorito para suceder Pacheco na cadeira de presidente é o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que já presidiu a Casa entre os anos de 2019 a 2021. Alcolumbre conta com o apoio declarado do PSD, do MDB, do PT, do PL, do PP, do PDT e do PSB, além de seu partido, o União Brasil.
Até o dia da eleição ainda podem surgir novos postulantes à cadeira do senador Rodrigo Pacheco. Até o momento, além de Alcolumbre, anunciaram candidatura à presidência os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos do Val (Podemos-ES).
Já na Câmara dos Deputados, ainda não foi oficializada a data da eleição da nova Mesa Diretora. O mais provável é que a eleição do presidente e dos demais cargos aconteça no dia 3 de fevereiro, uma segunda-feira.
O favorito para suceder o atual presidente Arthur Lira é o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Até o momento, o único deputado além de Motta que se apresentou para a disputa foi o Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ).
- Por Ricardo Della Coletta | Folhapress
- 03 Jan 2025
- 15:35h
Foto: Marcelo Camargo / EBC
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá escalar a embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, para representar o país na posse do ditador Nicolás Maduro. A cerimônia está marcada para 10 de janeiro.
A escolha de Glivânia, que representa o Brasil em Caracas desde o início de 2024, mantém a linha adotada pela diplomacia brasileira a partir da contestada eleição que, segundo autoridades eleitorais controladas pelo chavismo, deu a Maduro um terceiro mandato.
As relações entre o regime e o governo Lula atingiram seu nível mais baixo após o pleito, mas o petista manteve a embaixadora na Venezuela sob o argumento de que era preciso ter algum canal de interlocução com o chavismo.
O nível de representação numa posse presidencial é um sinal da importância que o Brasil atribui às relações com o outro país. Lula, por exemplo, prestigiou a posse de Claudia Sheinbaum na Presidência do México, enquanto o vice, Geraldo Alckmin, foi escalado para posses na Guatemala e no Irã.
Mesmo no caso da cerimônia de posse do ultraliberal argentino Javier Milei, desafeto de Lula, o representante brasileiro foi o chanceler Mauro Vieira —uma escolha que destacou a importância das relações entre Brasil e Argentina apesar da distância ideológica dos dois governantes.
As eleições de julho de 2024 foram marcadas por acusações de fraude feitas pela oposição, que se declarou vitoriosa e divulgou atas eleitorais que comprovariam o triunfo do diplomata Edmundo González.
Mesmo diante da pressão feita pelos Estados Unidos e por países da Europa e da América Latina, incluindo o Brasil, Maduro não divulgou as atas que respaldariam a vitória anunciada pelas autoridades eleitorais.
O impasse desencadeado após a eleição abriu ainda uma crise diplomática entre o governo Lula e o regime de Maduro.
A ditadura passou a criticar Lula, e com mais intensidade ainda o Itamaraty. A pasta chegou a ser acusada de ser vinculada ao Departamento de Estado americano, e Celso Amorim, assessor de Lula que esteve em Caracas para a eleição, foi chamado de "mensageiro do imperialismo norte-americano".
Em outra frente, o Brasil assumiu a proteção diplomática da embaixada argentina em Caracas, onde um grupo de opositores está há meses asilado. O chavismo chegou a anunciar que havia retirado a custódia brasileira, num gesto interpretado como ameaça de invasão do prédio. No final, não houve entrada de agentes venezuelanos no edifício, e os asilados continuam no local.
A situação na embaixada argentina pesou na decisão de González de deixar a Venezuela e pedir refúgio na Espanha, em setembro.
Apesar de González ter reiterado que pretende retornar a Caracas para tomar posse como presidente legítimo do país, não há qualquer sinal de que o regime pretenda promover uma transição no poder.
- Bahia Notícias
- 27 Dez 2024
- 15:05h
Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, apoia a aprovação de uma proposta de reforma à legislação eleitoral que acabaria com a reeleição para cargos do Poder Executivo a partir de 2030. Partidos mais à esquerda, entretanto, são contrários à proposta, mas defendem outras reformas, como voto único para senadores e votação em lista.
O fim da reeleição tem também o apoio de partidos do centro e governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Eduardo Leite (PSDB-RS). A proposta prevê um mandato de cinco anos sem a possibilidade de um mandato consecutivo. A mudança está prevista para 2030 e não afetaria para quem já está no poder, apenas futuros políticos eleitos.
A proposta é uma das principais bandeiras do atual presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas também conta com a simpatia do franco favorito para a sua sucessão, Davi Alcolumbre (União-AP). Atualmente, a proposta está, ainda, nas etapas iniciais, tramitando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
PROPOSTAS DO GOVERNO
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já manifestou, em diálogos com senadores aliados, ser contra o fim da reeleição. O Partido dos Trabalhadores, no entanto, também defende mudanças na legislação eleitoral, como a adoção de votação em lista aberta e mudanças em relação à votação para o Senado.
Um projeto apresentado pelo líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), propõe que, em vez de uma votação dupla a cada oito anos para o Senado Federal, os eleitores votem apenas em um candidato nestes pleitos, sendo os dois candidatos com mais votos totais escolhidos como representantes na Casa Legislativa.
A oposição, entretanto, é contrária a iniciativa, principalmente devido à previsão ser de que a mudança já ocorra para o pleito de 2026, quando o PL planeja lançar ‘dobradinhas’, a fim de montar a maior bancada do Senado.
- Brumado Urgente
- 10 Nov 2024
- 10:31h
Foto: Reprodução / Blog do Anderson
O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com um recurso neste sábado (9) pedindo a aprovação da candidatura da prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (União). A candidatura dela havia sido negada pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), que a declarou inelegível para as eleições deste ano. Embora Sheila tenha sido a mais votada, ela não foi declarada vencedora.
No recurso, o vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa Bravo Barbosa, argumentou que, em 2020, a então vice-prefeita Irma Lemos, mãe de Sheila, assumiu a prefeitura em um período fora do prazo permitido (seis meses antes das eleições), mas o fez por um curto período de tempo — apenas 13 dias — e em uma situação excepcional, já que o prefeito Herzem Gusmão (MDB) precisou ser internado.
O TRE-BA havia tornado Sheila inelegível com base na alegação de que ela teria exercido um "terceiro mandato consecutivo", uma vez que sucedeu sua mãe no cargo de prefeita de Vitória da Conquista.
O MPE reforçou o entendimento da Procuradoria Regional Eleitoral da Bahia (PRE-BA), que, segundo o procurador Samir Cabus Nachef Júnior, considera que não existe "terceiro mandato familiar" nesse caso.
- Por Mauricio Leiro/Bahia Notícias
- 08 Nov 2024
- 13:12h
Foto: Reprodução/Bahia Notícias
Apesar de distantes, temporal e fisicamente, as eleições nos Estados Unidos da América já começam a impactar no cenário político brasileiro. O xadrez político nacional é tradicionalmente influenciado pelo “Tio Sam”, principalmente com o vitorioso pelas bandas de lá. A retumbante vitória de Donald Trump, retornando ao comando do país após quatro anos, já tem animado e aquecido o ex-presidente brasileiro Jair Messias Bolsonaro e os seus aliados.
Na esteira do movimento conservador mundial, o Brasil, sem dúvidas, será impactado por essa nova onda. Com pendências judiciais semelhantes, Trump e Bolsonaro respondem pelos ataques a marcos da democracia de seus países. Porém, com a vitória de Trump, um movimento de indultos também pode ser “exportado” pelos americanos. Animado com a possibilidade de ter seus atos absolvidos pelo Judiciário brasileiro, Bolsonaro já cravou: “serei o candidato em 2026”.
Mas, e se Bolsonaro, de fato, for o nome da oposição na disputa em 2026? A principal pergunta, que incide diretamente na Bahia, é: como o ex-prefeito de Salvador ACM Neto irá se comportar com mais um embate entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro? O último pleito serviu como alerta de que uma posição neutra com relação ao candidato à presidência impactou diretamente na eleição de 2022. Ainda buscando um candidato para chamar de seu, ACM Neto tem reforçado o coro para uma candidatura do governador de Goiás Ronaldo Caiado, integrante de seu partido.
Pensando em um plano B, o nome do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas também sido cotado para a disputa, como algo mais “light” para realizar a representação da direita. Mas o chefe do Executivo paulista terá peito para encarar o embate ideológico necessário para uma disputa presidencial, com esse formato mais leve do bolsonarismo? O nome de Tarcísio agradaria Neto, que também poderia ser incluído em uma possível chapa, ocupando a vice, em caso de uma composição partidária.
A combinação do nome do PT na Bahia, neste caso o do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que deve disputar a reeleição, apoiado pelo presidente Lula, pleiteando mais um mandato nacional, tem se mostrado mais do que competitiva. Com um cenário de ainda dois ex-governadores entrando na chapa majoritária, com Rui Costa e Jaques Wagner querendo uma cadeira no Senado Federal, a já encorpada combinação pode ganhar traços de insuperável.
A previsão de polarização pode, mais uma vez, também sufocar governadores que tendam ao centro, sem se comprometer com os polos. No caso de Neto, enfrentar, mais uma vez, o aperto entre Lula e Bolsonaro na Bahia pode ser preponderante para a decisão de uma candidatura, ou talvez um recuo. Longe de mandatos eletivos desde o final de 2020, Neto viria para a eleição ao governo com seis anos sem o endosso do voto popular, além de não poder repetir a estratégia do “tanto faz” usada em 2022. No mínimo arriscado.
- Bahia Notícias
- 02 Nov 2024
- 12:20h
Foto: Reprodução / Poder 360
O governo brasileiro respondeu com panos quentes à escalada retórica da Venezuela. Em mais um capítulo da crise diplomática entre os países, o Itamaraty emitiu uma nota nesta sexta-feira (1º) para se contrapor às recentes declarações inflamadas de autoridades venezuelanas.
No documento, o governo brasileiro diz constatar "com surpresa o tom ofensivo adotado por manifestações de autoridades venezuelanas em relação ao Brasil e aos seus símbolos nacionais".
Declara ainda que a "opção por ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o governo brasileiro trata a Venezuela e o seu povo".
O desentendimento entre os países depois que o Brasil não reconheceu a vitória do ditador Nicolás Maduro nas eleições em julho e cobrou o regime vizinho a apresentação das atas eleitorais com os resultados. Caracas, por sua vez, negou-se a divulgar os documentos e se respaldou na certificação da vitória feita pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) —também cooptado pela ditadura— quase um mês depois do pleito.
Amostras das atas de votação verificadas por organismos independentes indicam que o vitorioso foi o opositor Edmundo González, atualmente exilado na Espanha após ser alvo de um mandado de prisão. O ex-diplomata era, na verdade, o plano C da oposição venezuelana, uma vez que o plano A, María Corina Machado, foi declarada inelegível pela Justiça, e o plano B, Corina Yoris, disse ter sido impedida pelo regime de registrar oficialmente sua candidatura.
Não bastasse o caldo eleitoral, a crise entre Brasília e Caracas aumentou após o veto brasileiro ao ingresso de Caracas como parceira do Brics. Na cúpula do bloco em outubro, os chefes de Estado e de governo dos países-membros fecharam a lista de outras 13 nações convidadas a aderir sob o status de parceiras.
A Venezuela era candidata e tinha o apoio dos dos anfitriões russos, mas sua adesão foi vetada pela delegação brasileira —e mesmo Vladimir Putin precisou admitir que a entrada do país de Maduro só seria possível com o aval do Brasil.
Maduro acusou o Itamaraty de estar vinculado ao Departamento de Estado americano e chamou um diplomata brasileiro de fascista em reação ao veto. Depois, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela informou que convocou seu embaixador em Brasília para consultas após declarações de autoridades brasileiras —dentre elas, o "mensageiro do imperialismo norte-americano" Celso Amorim, nas palavras da pasta.
Nas relações diplomáticas, a convocação de um embaixador é um evidente sinal de contrariedade e primeiro passo para potencial rompimento de relações bilaterais.
A crise diplomática ganhou ares mais grotescos quando a Polícia Nacional Bolivariana, controlada pelo chavismo, publicou em suas redes sociais uma imagem que mostra a silhueta do presidente Lula e a bandeira brasileira acompanhada da mensagem de que Caracas "não aceita chantagens de ninguém".
Na imagem ainda havia a hashtag "Quem mexe com a Venezuela se dá mal". "Nossa pátria é independente, livre e soberana. Não aceitamos chantagem de ninguém, não somos colônia de ninguém. Estamos destinados a vencer", dizia a postagem, sem citar Lula diretamente, mas deixando inequívoco recado. A instituição apagou a publicação nesta sexta-feira.
Na nota desta sexta , o Itamaraty afirmou: "A opção por ataques pessoais e escaladas retóricas, em substituição aos canais políticos e diplomáticos, não corresponde à forma respeitosa com que o governo brasileiro trata a Venezuela e o seu povo".
E finalizou declarando que "o governo brasileiro segue convicto de que parcerias devem ser baseadas no diálogo franco, no respeito às diferenças e no entendimento mútuo".
- Por Victor Hernandes/Bahia Notícias
- 15 Out 2024
- 13:13h
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Terceiro partido do estado com o maior número de prefeituras conquistadas (49), o Partido dos Trabalhadores (PT) obteve um resultado maior no número de vice-prefeitos nas eleições municipais de 2024. Segundo um levantamento realizado pela reportagem do Bahia Notícias, a sigla registrou cerca de 65 candidatos a vice eleitos na Bahia.
Na comparação entre prefeito e o “braço direito”, o partido comandado pelo governador Jerônimo Rodrigues ficou com uma “gordura” de 16 vice a mais que gestores municipais, ficando mais forte na segunda vaga mais importante da administração pública das cidades.
O Partido Socialista Brasileiro também obteve maior número de gestores na vice-prefeitura do que de gestores municipais, sendo quatro a mais, já que conquistou 24 cargos de prefeituráveis.
Saindo da base governista, o PSDB foi uma das siglas da oposição que registrou mais vitórias de vices, sendo 11 contra os nove prefeitos eleitos do grupo político.
O PDT também conseguiu maior espaço na segunda cadeira mais importante de prefeituras, com 10 vices e oito prefeitos.
O Podemos seguiu a mesma linha e obteve 22 coparticipação da 2ª colocação e 6 municípios como “cabeça de chave”. O Republicanos foi um desses partidos que totalizou uma diferença de nove vices a mais que candidatos que ganharam como líder municipal.
O PV também entrou nessa lista tendo oito vices e quatro gestores, mesmo número de Solidariedade, de PRD e do PL.
PSD LIDERA RANKING
Além de liderar a lista de vencedores das prefeituras baianas, o Partido Social Democrático (PSD) liderou o número de vice-prefeituras nas cidades da Bahia. De acordo com um levantamento realizado pelo o Bahia Notícias, a sigla comandada pelo senador Otto Alencar obteve 83 cadeiras de vices nos municípios.
Atrás do partido, apareceram o PT com 65 cargos, PP com 37, Avante com 36, União Brasil (32); PSB (28); MDB (27) e Podemos (22). Vale lembrar ainda que no ranking de prefeituras, o partido social-democrata registrou 115 prefeituras no total, entre elas Alagoinhas, Conceição do Coité e Eunápolis.
- Por Folhapress
- 15 Out 2024
- 11:25h
Foto: Reprodução / YouTube
Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) levaram o apagão que atinge a capital paulista ao centro do debate da Band, nesta segunda-feira (14), o primeiro encontro entre eles no segundo turno.
O embate no primeiro bloco se deu em relação às responsabilidades da prefeitura, da empresa Enel e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Os dois estão usando o apagão, que começou após temporal na sexta-feira (11), como campo de batalha eleitoral, com cobranças mútuas de responsabilidade e trocas de acusações nas redes sociais. O tema, visto como uma oportunidade pela campanha do PSOL, também foi levado às propagandas de TV e rádio.
O apagão, que afetou mais de 2 milhões de residências em São Paulo, completou três dias nesta segunda. Balanço divulgado à noite pela Enel afirmou que cerca de 340 mil imóveis continuavam sem luz.
Os dois candidatos já chegaram à emissora antecipando o tom do debate, com Boulos afirmando na entrada que Nunes é omisso, e o prefeito rebatendo o deputado com a crítica de que ele quer "lacrar". O parlamentar disse que cerca de 500 mil pessoas, sem energia, não conseguiriam assistir ao debate.
O programa teve o modelo de banco de tempo nos blocos de confronto direto, e os concorrentes podiam transitar pelo estúdio, o que provocou alguns embates dos dois frente a frente e trocas de alfinetadas.
Os dois usaram a questão elétrica para alfinetarem os respectivos padrinhos, o presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A estratégia do atual prefeito na crise elétrica é culpar o governo federal, dizendo que cabe a ele romper o contrato, já que a concessão de energia é federal.
Boulos provocou Nunes, atribuindo-lhe culpa pelo problema e dizendo que ele se esquiva. "Sempre o problema é do outro, né? Você não faz poda de árvore, e o culpado é o Lula?", indagou. "Eu vou tirar a Enel de São Paulo, porque precisa ter um prefeito com pulso, com firmeza, não um prefeito vacilante."
O emedebista disse que o deputado nem "sequer leu o contrato" da concessão e que "o governo federal não fez nada", ao questionar por que o contrato com a empresa não foi rompido e lembrar, segundo ele, que desde novembro do ano passado, defende a extinção do contrato.
"Deputado, explica aí por que você não fez nada. Eu tô falando que fui lá, cobrei pra tirar a Enel, você não fez nenhum projeto pra alterar a lei federal. Como é que a gente vai acreditar em você?", disse Nunes.
Nunes também reagiu após o rival citar Bolsonaro, afirmando que o presidente da Aneel, Sandoval Feitosa, foi indicado por Bolsonaro. Ele disse que o ex-presidente e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), responsável por endossar a indicação de Feitosa, deveriam pressioná-lo a tomar atitudes.
Segundo pesquisa Datafolha de quinta-feira (10), Nunes tem 55% das intenções de voto, enquanto Boulos registra 33%, nesta que é a campanha mais acirrada da história da redemocratização na capital.
Os dois oponentes confirmaram participação no debate organizado por pool composto de Folha, UOL e RedeTV!., marcado para a próxima quinta-feira (17), às 10h20. O segundo turno será no dia 27.
- Bahia Notícias
- 12 Out 2024
- 11:00h
Foto: Divulgação;Ricardo Stuckert/PR
Dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) mostram que mais de 67 mil pessoas anularam o voto para prefeito de São Paulo no primeiro turno ao votar nos números do PT ou PL, partidos, respectivamente, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O número mais alto foi registrado em votos no número 13, do PT de Lula, que apoiou o candidato do PSOL, Guilherme Boulos. Inclusive, a candidata a vice-prefeita na chapa do Psolista é a ex-prefeita da cidade pelo PT, Marta Suplicy. No total foram 48.131 votos direcionados ao PT no 1º turno.
Esta foi a primeira eleição, desde a redemocratização, que o PT não colocou nenhum nome na disputa da capital paulista, optando por apadrinhar o candidato de esquerda.
Já o PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, que usa o número 22, recebeu 18.899 votos na capital paulista. Bolsonaro nestas eleições apoiou o candidato Ricardo Nunes (MDB), mesmo que discretamente. Ainda assim, o candidato a vice de Nunes é o coronel Melo Araújo (PL), do mesmo partido de Bolsonaro.
Conforme o TRE, ainda houveram 756 votos no número 17, do extinto partido PSL, pelo qual o presidente Bolsonaro concorreu nas eleições de 2018, quando foi eleito presidente. Em 2022, o partido se fundiu com o Democratas, resultando no União Brasil.
Estes votos poderiam ter influenciado na colocação dos candidatos no primeiro turno. Nunes saiu do pleito com 25.012 votos a mais que Boulos. Se o candidato do PSOL tivesse recebido todos os votos do PT, teria terminado a frente de Nunes, mesmo que todos os votos destinados a Bolsonaro tivessem ido para o atual prefeito.
Estes votos também poderiam ter influenciado no avanço para o segundo turno na capital paulista, uma vez que o candidato Pablo Marçal (PRTB) terminou a disputa 56 mil votos atrás de Guilherme Boulos. A situação, no entanto, é muito improvável devido ao fato que Marçal é um ferrenho crítico e opositor ao presidente da República.
Os 67 mil votos destinados ao PT, PL e o PSL representam 16,03% dos 422 mil votos nulos no primeiro turno do pleito em São Paulo.
- Bahia Notícias
- 12 Out 2024
- 07:55h
Foto: Reprodução/Bahia Notícias
Apesar das eleições terem encerrado, a discussão em torno do próximo prefeito do município de Ruy Barbosa ainda segue em discussão. O vencedor do pleito na cidade, o ex-prefeito Bonifácio (MDB), possui pendências junto à Justiça e está com a candidatura sub judice e pode nem chegar a assumir o mandato. Um caso parecido acontece com a reeleição de Sheila Lemos (União), em Vitória da Conquista.
A situação de Bonifácio se refere a inelegibilidade por contas negadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) no período em que foi prefeito de Ruy Barbosa, entre 2013 e 2016. A rejeição das contas, inclusive, foi endossada pela Câmara de Vereadores da cidade.
Segundo decisão do TCM, Bonifácio teria desviado R$ 1.170.554,35, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) em 2015. Além disso, o tribunal constatou que o ex-prefeito não investiu o percentual mínimo em educação.
O emedebista também é acusado de superfaturar contratos com a Cooperativa de Trabalho de Profissionais (Cooprofisa) e da empresa DAM Construtora e Incorporadora. Ao todo, tratos entre a prefeitura e as companhias chegam na casa dos R$ 4,4 milhões.
O gestor foi multado em R$ 50 mil pelas irregularidades identificadas durante a análise das contas e foi determinado que ele teria que restituir os R$ 4,4 milhões aos cofres da prefeitura, com recursos pessoais.
Ao todo, o prefeito tem contas rejeitadas nos anos de 2014, 2015 e 2016.
Bonifácio foi eleito com 55,06% dos votos válidos, sendo escolhido por 9.999 eleitores. Em segundo lugar ficou Marivaldo Leite (PSD), chegando a 41,77% com 7.568 votos.
CASO SHEILA LEMOS
No caso da prefeita reeleita em Vitória da Conquista, ela tem enfrentando acusações de irregularidades eleitorais relacionadas à continuidade familiar no poder. O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) formou maioria para declarar sua inelegibilidade em setembro, alegando que a candidatura representaria um terceiro mandato familiar consecutivo.
Sheila Lemos, que assumiu a prefeitura após a morte de Herzem Gusmão, contestou a decisão, argumentando que sempre atuou dentro dos parâmetros legais e que há jurisprudência favorável no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A mesma recorreu à decisão e seguiu no pleito nas eleições com liderança em pesquisa publicada no Bahia Notícias.
- Bahia Notícias
- 09 Out 2024
- 18:27h
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai viajar, nos próximos dias, a duas capitais onde candidatos apoiados por ele disputam com adversários da oposição.
Ele foi cobrado a ser mais ativo no segundo turno das eleições de 2024 - que acontece no dia 27 de outubro.
As atenções do petista agora devem ser voltadas para Fortaleza (CE), onde o PT é representado por Evandro Leitão, atual presidente da Assembleia Legislativa do estado.
Lula também deve passar por Belém, onde o deputado estadual Igor Normando (MDB-PA) enfrenta o deputado federal Eder Mauro (PL) nas urnas pela prefeitura da capital do Pará.
- Bahia Notícias
- 09 Out 2024
- 12:20h
Foto: Prefeitura de Coiânia
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade) exonerou e dispensou em torno de 2 mil comissionados e servidores públicos, dois dias após perder a eleição municipal na capital goiana.
As exonerações foram publicadas no Diário Oficial do Município nesta terça-feira, logo após o pleito, do qual o atual prefeito saiu derrotado com apenas 3,14% dos votos, terminando na penúltima colocação da disputa. Cruz recebeu pouco mais de 20 mil votos.
Por meio de uma nota oficial, a prefeitura de Goiânia afirmou que as exonerações fazem parte de uma reorganização da máquina pública nos últimos meses da gestão de Cruz. A prefeitura também afirmou que a medida foi tomada a fim de garantir o cumprimento das metas fiscais e manter a saúde financeira do município até o final do ano.
Pouco mais de um mês antes da eleição, uma pesquisa da Quaest indicou que o prefeito tinha 53% de reprovação e 17% de aprovação na cidade.
Radialista e pastor evangélico, Rogério Cruz foi eleito vereador em 2012, atuando no cargo até 2020, quando concorreu como vice-prefeito na chapa de Maguito Vilela (MDB), sendo eleito. No entanto, Maguito nunca assumiu como prefeito e acabou falecendo no dia 13 de janeiro de 2021, vítima de COVID-19.
O segundo turno na capital goiana será disputado pelos candidatos Fred Rodrigues (PL) e Sandro Mabel (União). O pleito põe em disputa o poder de influência de dois importantes nomes na região, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que apoia Rodrigues, e o Governador Ronaldo Caiado (União), que apoia Mabel.