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Demanda de frete rodoviário no agronegócio cresce 8,6% em julho, aponta levantamento da Repom

  • rePOM
  • 27 Ago 2020
  • 12:19h

No comparativo de janeiro a julho, mesmo com a pandemia, o aumento na quantidade de fretes realizados frente a 2019 foi de 10,3% | Foto: Reprodução

Segundo o Índice de Fretes e Pedágios Repom (IFPR), a demanda por frete rodoviário no Agronegócio, mesmo com os impactos da pandemia, cresceu 8,6% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado. Ao considerar os primeiros sete meses do ano, é possível notar um aumento de 10,3% na quantidade de operações de frete realizados para este setor da economia. Ao analisar a evolução das atividades da Indústria e do Varejo, sem levar em consideração o Agronegócio, o mês de julho representou um crescimento de 7,8% frente a 2019. Ao comparar a média dos dias do mês de julho com o período pré-pandemia, é possível notar um aumento na demanda de 2,1%. “O dado mostra o reaquecimento e a retomada das atividades, já que, em junho, tivemos uma queda de 2,1%”, afirma Thomas Gautier, Head de Mercado Rodoviário da Edenred Brasil. Já no acumulado de janeiro a julho, comparando 2019 com 2020, houve um crescimento de 6,7% nas operações, o que confirma uma estabilidade frente ao compilado até junho, além de um forte retorno da economia para estes setores. A previsão de aumento na demanda por frete para este ano, se não fosse a pandemia, seria em torno de 10%. Nas rotas portuárias, o destaque ficou por conta de destinos como Paranaguá, que cresceu 58%, Miritituba, com 22%, e Santos, com aumento representativo de 23%.

A Repom, marca líder em soluções de gestão e pagamento de despesas para frota própria e terceirizada da Edenred Brasil, traz mensalmente os dados e as análises do período. Neste levantamento, foram analisadas de janeiro a julho de 2019, 2,1 milhões de operações e, em 2020, este número subiu para 2,2 milhões. 

O estudo também traz um cenário para o universo das passagens nas praças de pedágio, considerando o recorte dos sete primeiros meses de 2020 e 24 milhões de passagens emitidas. O ritmo mensal de passagens apresentou queda na média diária de 12% nos últimos dois meses - junho e julho - considerando o mesmo período para os meses pré pandemia. Ainda assim, eles apresentaram uma melhora ao analisar os meses de maio e junho, com queda de 20%.

O tráfego de veículos apresentou queda média de 12,7% em julho comparado com o período pré pandemia. Ainda assim, já apresenta melhora de 10 pontos percentuais frente a junho (23%) e uma melhora de 14 pontos percentuais nos últimos dois meses (27%).

FLUXO NAS RODOVIAS BRASILEIRAS

A rodovia que apresentou maior recuperação das passagens foi a SP-330, com queda de 1,5% frente a junho. A rodovia é um importante hub de entrada e saída de carga da cidade de São Paulo rumo ao interior e a outros estados do Centro-oeste. Já a BR-116 registrou queda de quase 30%. Os veículos leves e médios apresentaram queda de 22%, com melhora de 10 pontos percentuais frente ao mês anterior, e nos veículos pesados a dinâmica foi de crescimento de 1,6%. “Tendo em vista o contexto geral das estradas, podemos notar que os transportes menos afetados foram os de carga pesada com melhora de 11% comparada ao mês de junho”, completa o executivo.

Na análise estadual, a movimentação de julho apresentou queda em praticamente todos os estados e já mostrou uma dinâmica de retomada e aceleração do ritmo frente aos meses anteriores - se comparado a junho, São Paulo registrou queda de 18,8%, o Rio de Janeiro de 12,3%, Minas Gerais de 7,2% e o Paraná de 21,5%. “A exceção ficou por conta do Mato Grosso, pólo agroindustrial do Brasil, que se beneficia dos efeitos do fim da safra e apresentou um aumento de 42% no comparativo com o mesmo período pré-pandemia”, elucida Gautier.

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O ecossistema agro e os desafios pós-pandemia

  • Rodrigo Berté
  • 26 Ago 2020
  • 10:19h

(Foto: Ilustrativa)

A existência de uma crise ambiental concatena com a vasta e incontrolável destruição da biodiversidade a nível mundial, a poluição desenfreada de solo, mares e rios se unem a ações que direcionam para reações avassaladoras como as observadas nas mudanças climáticas do globo.  A teoria da ecologia de doenças surge dessa visão de que as relações entre meio ambiente e seres humanos, são indissociáveis, e quando ocorre uma ruptura desse processo, abre-se margem para o surgimento de doenças emergentes. Precisamos evoluir e pensar como unidade, somos feitos de uma tríade entre saúde humana, saúde animal e saúde ambiental, ou seja, Saúde Única. E com toda certeza, o surgimento do novo coronavírus está relacionado com a quebra da homeostase dessa tríade, a quebra do viver em Saúde Única.

 

É preciso entender a importância do equilíbrio, ter um olhar mais crítico sob o pós- pandemia e os desafios, em especial do agronegócio e a produção de grãos no desafiador mercado internacional.

O mercado brasileiro retomará o seu crescimento no mercado agro rapidamente, reduzindo as consequências negativas do seu setor, ou seja, o uso de tecnologia no campo e um conjunto de informações adequadas podem ser grandes aliados. Conhecer os dados do mercado e estar bem assessorado farão a diferença na tomada de decisão dos produtores rurais.

O Brasil já tem recuperado o seu espaço no mercado internacional das exportações de produtos agrícolas, a China tinha diminuído as exportações durante o pico da crise da COVID-19, mas contratos já foram retomados com todos os países asiáticos, refletindo um bom desempenho na exportação brasileira. A produção das commodities brasileiras foi pouco afetada a curto prazo, a soja já foi colhida, o milho no mesmo desempenho, tendo em vista a mecanização e uso de tecnologias nas lavouras. O desempenho se deve aos investimentos na produção e na exportação, o que melhora a performance do Brasil como um grande exportador de grãos e carne de alta qualidade, e leva os compradores a formarem um processo de acreditação junto aos produtores rurais brasileiros.

O que deverá ser analisado daqui para frente é a diminuição da renda da população com o poder de compra e consumo e o dólar alto, o que para a safra 2021, poderá dar um desconforto na compra de defensivos agrícolas, bem como, a renovação da frota mecanizada nas lavouras.  A mudança no consumo a longo prazo terá como consequência a baixa dos preços para alguns produtos, em especial para o abastecimento do mercado interno, o que não poderá afetar as exportações no mercado externo.

Por fim, devemos acreditar no agro forte, ou seja, o que tem segurado a economia em diferentes crises e, em especial da força do produtor rural no enfrentamento ano a ano de questões climáticas, econômicas e de saúde.

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Ipea reduz estimativa de crescimento do PIB agrícola para 1,5%

  • Redação
  • 26 Ago 2020
  • 08:19h

Expectativa do instituto é que, no segundo semestre, ocorra uma retomada com a reabertura de bares e restaurantes e aumento dos postos de trabalho | Foto: Reprodução

A expectativa de crescimento para o PIB – Produto Interno Bruto – do setor agropecuário para este ano foi revista de 2% para 1,5%. Para o ano que vem, a projeção é que o índice chegue a 3,2%. A análise foi divulgada nesta terça-feira (25), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O Ipea aponta a mudança no padrão de consumo de alimentos por causa do isolamento social: aumentou a alimentação em casa e diminuiu em restaurantes e lanchonetes. A expectativa do instituto é que, no segundo semestre, ocorra uma retomada com a reabertura do setor de bares e restaurantes e aumento da ocupação no mercado de trabalho.

A estimativa para a lavoura neste ano passou de 3% para 3,6%. Espera-se crescimento da produção dos seguintes gêneros: trigo (41%), café (18,2%), arroz (7,3%), soja (5,9%) e cana-de-açúcar (2,4%).

A pecuária aponta para queda de 2,8%, principalmente por causa da produção de carne bovina, com redução projetada em 6,3%. A estimativa do Ipea se baseia na diminuição da oferta desde o começo do ano, após a forte alta verificada no 2º semestre de 2019, além da paralisação de alguns frigoríficos provocada pela pandemia da Covid-19.

A carne suína deve subir 5,2% este ano e a produção de ovos, 2,8%. A produção de frango está com previsão de queda de 0,6% e a de leite deve diminuir 0,2%.

Crédito rural 

Para o próximo ano, a projeção do Ipea é que o PIB da lavoura cresça 3,2%, com a produção de milho avançando 9,1% e a de soja 10,5%, conforme previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Já o PIB da pecuária deve aumentar 5%, com a perspectiva de recuperação em todos os segmentos, liderados pelo crescimento de 6,3% da carne bovina.

Mesmo com a incerteza econômica causada pela pandemia, o instituto prevê que o crédito rural manterá favorável as condições de juros, inadimplência e prazo para a próxima safra, em especial para o pequeno e médio produtor. O volume de crédito contratado em julho chegou a R$ 23,9 bilhões, o que representa aumento de 48,8% em relação a julho do ano passado.

Agricultores baianos terão oferta de serviços de consultoria agrícola online

  • Redação
  • 23 Ago 2020
  • 10:06h

(Foto: Reprodução)

Agricultores familiares do Nordeste do Brasil vão passar a contar com o serviço de consultoria agrícola digital. O projeto é uma parceria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com o Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA). O programa é desenvolvido pela organização Agricultura de Precisão para o Desenvolvimento e o Brasil (PAD) será o primeiro país da América Latina a implantá-lo.  De acordo com o Brasil 61, o agricultor familiar receberá informações de extensão rural por meio de mensagens de celular, duas vezes por semana. De maneira simples, os agricultores vão receber informações meteorológicas, datas de plantio, preocupação com pragas, manejo das culturas, informações sanitárias e rendimento das colheitas. As mensagens chegam até mesmo aos cultivadores que vivem em locais sem internet, pois, segundo o Mapa, o sinal de telefonia é suficiente para recebê-las. O PAD já alcançou 3,6 milhões de agricultores em oito países da África e da Ásia, entre eles Bangladesh, Etiópia, Índia, Quênia, Paquistão, Ruanda, Uganda e Zâmbia. Nos dois continentes houve aumento dos ganhos de produtividade em 4%, crescimento do uso de insumos em 22% e incremento da renda das famílias em situação de vulnerabilidade. “Nesse momento da pandemia, com tudo que ela trouxe de ruim, algumas coisas boas ela trouxe também, que seria essa mudança de cultura e talvez a conscientização da importância de termos meios alternativos e usarmos a tecnologia da informação para ajudar os pequenos produtores, que muitas vezes não têm assistência técnica que deveriam. Cabe destacar que esse programa não substitui os meios tradicionais de assistência técnica de extensão rural”, destaca o diretor do departamento de desenvolvimento comunitário da Secretaria de Agricultura Familiar, Pedro Arraes. 

 

 

“O impacto da agricultura digital pode ser enorme. Estamos tentando fazer um programa estruturante, envolvendo as EMATERES, alguns pilotos, esse é um dos pilotos que vamos fazer. Nós acreditamos que, quando tivermos interação, vamos ter condições de organizar as informações a nível local e regional, e essas informações poderão chegar com mais facilidade aos agricultores”, completa.  O projeto piloto no Nordeste deve atender 100 mil pequenos produtores rurais, entre eles criadores de caprinos e ovinos, forte atividade econômica na região, e produtores de milho e de variedades locais de feijão. A ideia é alcançar um milhão de agricultores familiares na região. O PAD também representa diminuição de custos. O envio de uma mensagem semanal com uma recomendação técnica custa US$ 1,5 por família ao ano, valor 200 a 300 vezes menor em comparação aos métodos tradicionais de assistência técnica. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, chama atenção para importância da agricultura na retomada econômica do Brasil no período pós-pandemia. Segundo a ministra, a nova forma de assistência vai ampliar a base de atendimento aos agricultores familiares. “Para o governo brasileiro, a agricultura ocupa espaço estratégico para a recuperação da nossa economia. A agricultura familiar não poderia estar fora desse contexto. O cenário atual nos leva, cada vez mais, a buscar tecnologias inovadoras e avançadas. Hoje o conhecimento é um dos principais insumos para o crescimento da agricultura e para o aumento da renda do agricultor”, pontua a ministra.  “É uma parceria que nos traz metodologias compostas por processos ágeis e mais rentáveis e com uma tecnologia já testada e avaliada. Atuaremos em várias cadeias produtivas. Este modelo permite que pequenos agricultores tenham acesso a informações precisas, por meio de seus telefones celulares”, complementa Tereza Cristina. 

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Banco do Nordeste disponibiliza R$ 3,5 bilhões para agricultura familiar

  • Redação
  • 14 Jul 2020
  • 12:49h

Para a Bahia, o orçamento previsto é de R$ 765 milhões | Foto: Banco do Nordeste

O Banco do Nordeste liberou o montante de R$ 3,5 bilhões para aplicar no segmento de agricultura familiar, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Incluído no Plano Safra 2020-2021, o valor deve ser aplicado em 570 mil contratações. Os recursos representam crescimento de 7,6% em relação ao volume aplicado na agricultura familiar no período 2019-2020 (R$ 3,2 bilhões) e de 5,16% na quantidade de operações (541,9 mil contratações) que beneficiaram agricultores familiares dos nove estados da Região e do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Os financiamentos no âmbito do Pronaf, destinados a investimento e custeio, têm taxas de juros que variam de 2,75% a 4% ao ano. Os produtores, a exemplo de assentados da reforma agrária e de beneficiários do Crédito Fundiário e Menor Renda, enquadrados no Grupo B do programa, terão taxa de 0,5% ao ano e bônus de adimplência de até 40%. Para a Bahia, onde o Banco do Nordeste investiu no segmento, no período 2019-2020, R$ 702,1 milhões, correspondentes a 121,5 mil operações, o orçamento previsto para 2020-2021 é da ordem de R$ 765 milhões, equivalentes a um total estimado de aproximadamente 128 mil operações.

Novidades – Os agricultores familiares serão beneficiados, no Plano Safra 2020-2021, com a elevação de R$ 15 mil para R$ 20 mil no limite por operação, no caso de clientes atendidos no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO). Já o limite de endividamento passou de R$ 30 mil para R$ 40 mil. Por meio do Pronaf, os agricultores familiares também poderão financiar atividades de assistência técnica e extensão rural (Ater), de forma isolada, e os filhos ou filhas de agricultores familiares que possuam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) terão acesso ao crédito para financiamento e reforma de casas rurais no limite de até R$ 50 mil. O limite de Cobertura do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF) relativamente aos custeios foi ampliado de R$ 3,5 mil para R$ 5 mil, e os investimentos de R$ 1,5 mil para R$ 2 mil, por mutuário, garantindo às famílias que acessam o Pronaf desconto no pagamento do financiamento. A medida configura bônus, para quando os preços no mercado estiverem abaixo do preço garantido pelo programa e definido com base no custo de produção. Nos investimentos coletivos para atividades específicas de suinocultura, avicultura, aquicultura, carcinicultura e fruticultura, o limite de financiamento por beneficiário por ano agrícola passou de R$ 165 mil para R$ 339 mil.

Nem tudo vai mal na pandemia. No agronegócio, os ventos sopram a favor

  • Levi Vasconcelos
  • 13 Jul 2020
  • 11:38h

'O preço está bom e não temos frutas para entregar. A procura é grande demais' | Foto: Reprodução

Se há um segmento da economia que não tem do que se queixar com a pandemia é o agronegócio. Pelo contrário, alguns segmentos como o de frutas está ganhando, porque a procura no mercado internacional subiu, como diz o deputado Tum (PSC), produtor de manga e uva em Casa Nova: — O preço está bom e não temos frutas para entregar. A procura é grande demais. O cenário também é sorridente para os mais de 1.300 produtores de soja. O Brasil retomou a liderança da produção mundial, com 247,4 milhões de toneladas. A Bahia, que tem seu grande núcleo produtor no oeste, entra com 6 milhões de toneladas, a segunda melhor safra da história (a maior foi em 2017).

Cafezinho

Incrível, mas os perturbadores do agronegócio seriam justamente do time de Bolsonaro, que grande parte dos produtores adota, com provocações a árabes e chineses, fortes clientes. Mas, dizem lá, isso não fedeu nem cheirou, até porque a safra de hoje já foi vendida ano passado. João Lopes Araújo, presidente da Associação Bahiana de Produtores de Café, diz que o segmento também vai bem no país, com uma produção de 70 milhões de sacas. A Bahia com 4,5 milhões, 20 mil produtores espalhados por 100 municípios. — De preço e mercado vamos bem. Claro que a pandemia afeta as fazendas. Temos que tomar os devidos cuidados, mas o distanciamento é quase normal, faz parte. Se assim o é, agora só faltou um cafezinho.

Conab enviará R$ 15,2 milhões para cooperativas e associações da Bahia

  • Mário Bittencourt
  • 27 Mai 2020
  • 11:45h

(Foto: Reprodução)

 A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) enviará para cooperativas e associações da Bahia R$ 15.225.000, referentes ao montante nacional de R$ 1 bilhão que o Governo Federal destinou para o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA). Uma outra parte do recursos, não informada, ainda será enviada para o estado, mas será gerido por prefeituras e o Governo da Bahia. Estado que, segundo a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), a verba servirá para retomar projetos que estavam parados por falta de repasses do PAA.“A Conab já começou a entrar em contato com as cooperativas, buscando o que já tem na certeira, vários projetos que ainda não foram executados. Então, acho que vão dar prioridades a esses projetos”, afirmou Leninha Alves, diretora da Unicafes nesta terça-feira (26), durante a Agrolive News, no Blog do Mário Bittencourt, no Instagram. O assunto da conversa foi cooperativismo e agricultura familiar. “O recurso é pouco para atender a Bahia toda, precisamos de mais recursos. Estamos na calamidade com a pandemia, precisamos desenvolver ações para que esses recursos precisam chegar de forma igualitária para todos. Quem está precisando mesmo são os pequenos”, disse Leninha. A diretora da Unicafes afirmou ainda que as cooperativas de agricultura familiar da Bahia necessitam de assistência técnica continuada, não só na produção agrícola, mas na gestão administrativa e na comercialização dos produtos. “Fica difícil a gente dar uma assistência continuada a todos, tem de ser da porteira pra fora e para dentro”, disse Leninha, segundo a qual a burocracia administrativa também prejudica as cooperativas.

Em 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa segundo a qual a Bahia possui cerca de 593 mil agricultores familiares. Eles representam quase 78% dos 762 mil estabelecimentos agropecuários do estado.

Boa parte desses agricultores estão organizados em associações e cooperativas, muitas das quais têm conseguido se desenvolver economicamente por meio do aproveitamento dos produtos nativos de cada região.

É o caso da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), que possui 271 cooperados, cerca de 70% mulheres. A cooperativa utiliza o umbu para fazer produtos diversos: doces, geleias, polpas e até cerveja, que tem ganhado mercado em outros estados e aberto caminho para os doces.

“A cerveja gravetero é o produto com maior valor agregado, e o doce de corte e o umbu bom. Nossa lógica não é ganhar mercado de cerveja, não agrega muito para os cooperados, porque trás produtos de fora para fazer a cerveja, mas tem aberto mercado. Algumas lojas que não vendiam, passaram a vender a cerveja e está abrindo mercados para os doces”, disse Denise Cardoso, presidente Coopercuc, durante a Agrolive News desta terça-feira.

O umbu da cooperativa é produzido de forma orgâncica e está sendo exportado em forma de doce para a Europa. A certificação de produto orgânico já tem dez anos, e facilitou o processo para obteção de uma certificação de Indicação Geográfica (IG), já em fase final.

“Quando a gente atende aos processos de certificação orgânica fica mais fácil para a IG, na lógica da colheita e do cuidado com as plantas. Uma coisa importante para nós é a certificação orgânica, os cooperados conseguem entender que é preciso cuidar da caatinga, o umbuzeiro precisa da caatinga”, declarou. | 

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Secretaria da Agricultura adota medidas para ajudar produtores rurais na BA durante a pandemia do Covid-19

  • Informações do G1/BA
  • 17 Mai 2020
  • 14:23h

Secretaria da Agricultura adota medidas para ajudar produtores rurais na Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia

Há mais de dois meses a população enfrenta a pandemia do coronavírus, que afetou todos os setores, inclusive a produção rural na Bahia. O secretário de agricultura, Lucas Costa, contou sobre o escoamento da produção até os créditos financeiros para produtores rurais. "No início a gente teve alguns problemas com travamento de estradas e deslocamentos de trabalhadores. Entramos em contato com os prefeitos, com os outros órgãos de responsabilidade, a Seinfra do estado, a gente conseguiu sanar esse tipo de problema", disse Lucas. O secretário explicou que houve preocupações em alguns setores, por causa da demanda de deslocamento e também a economia do mercado.

"A cultura do melão, que está em plena safra, precisa de um deslocamento de funcionários muito grande. No início houve um certo pânico, travando as estradas, mas a gente conseguiu sanar. O outro setor que a gente se preocupou muito foi o setor dos laticínios, já que esse é extremamente sensível mercadologicamente falando, porque são produtos perecíveis. Então a gente limpou com o Sindileite, com os próprios produtores ligado a essa cadeia. Já que a maior parte do comércio, que seria com restaurantes e pizzarias, que os grandes laticínios absorvem a parte dessa demanda de produção, não prejudicando os produtores no início da cadeia, que aqui eles tem um mercado maior com relação aos outros mercados, que foram menos abalados com a Covid-19", explicou.

De acordo com o secretário, os caminhoneiros tiveram assistência em relação a postos, restaurantes e também a mecânica, já que os caminhões precisam de manutenção.

"A gente tem que produzir no campo e essa produção tem que chegar à cidade. Essa produção se conectou muito forte com a Seinfra, buscando sempre uma assessoria com relação a postos, a restaurante, inclusive a mecânica, porque os caminhões precisam de manutenção. Hoje, a gente não tem mais relatos com relação a problemas em logística. Também com as importações, a questão marítima está atuando, não temos problemas em relação a isso. Tivemos uma preocupação também com as frutas, mas vale lembrar que a maior produção nossa vem no segundo semestre e a gente não sabe como vai estar até lá", relatou Lucas.

O secretário disse ainda, que no início da pandemia, houve um aumento muito grande na procura de acerola e laranja. Segundo ele, a população entendeu que precisava de produtos com vitamina c, que ajudam na prevenção de gripe.

"A gente quer ver se existe alguma distorção, por exemplo, se o tomate caia no Ceasa e aumente no supermercado. No início, a gente teve um aumento muito grande na laranja e na acerola. Porque? Vitamina c e gripe. A população entendeu que seria importante ter um estoque, depois se acomodou. A gente vê interferem cia no algodão, na queda de preços na bolsa de Nova York, mas como a produção nossa é vendida de forma futura, a maioria dos contratos já estavam fechados. A soja em relação ao campo, a gente vê um preço nominal alto, quando se compara a preço polarizado está menor que o ano passado, mas o preço nominal em real alto. Os produtores não estão reclamando em relação a preço, é uma questão mercadológica ativa", explicou o secretário.

Com relação aos créditos financeiros, o secretário disse que há pedidos para órgãos competentes para que prorroguem os financiamentos, até que a situação da pandemia se normalize.

"Algumas culturas, cadeias, tiveram seu fluxo de caixa abalados, então tiveram seu pagamento comprometido com relação aos financiamentos rurais. A gente sabe da importância e vem pedindo não só ao Ministério da Agricultura, como também ao da Economia e aos bancos, que prorroguem esses financiamentos, por um prazo pelo menos para que volte a normalidade para facilitar com que o produtor pague essas fontes. A gente precisa ter acesso a novos créditos", completou Lucas.

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) abriu um canal de comunicação para que os produtores possam tirar dúvidas, o "Fala Produtor", através do telefone (71) 99980-5994.

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Arroba do bezerro bate recorde e tendência é de novas altas

  • CompreRural
  • 04 Mar 2020
  • 18:33h

O viés de alta no mercado do boi gordo | Foto: Reprodução

O mercado do boi gordo vem apresentando uma maior estabilidade nos seus preços, assumindo patamares acima de R$ 200 por arroba, na média Brasil. Algumas regiões têm negócios de até R$ 206/@, como divulgado no app da Agrobrazil. O mercado de reposição não ficou para trás, afinal não existe boi gordo sem antes se ter bezerro desmamado, e foi nessa atuada que o recorde bateu R$ 275 no preço da arroba do bezerro em RO. A procura pelo animal de reposição está crescendo, pecuaristas de Mato Grosso estão buscando animais em Rondônia, o que aumentou a demanda pela categoria mais jovem no estado, deixando os pecuaristas da cria mais otimistas e com uma folga para negociar melhores preços. Mas e no restante do Brasil, como está a situação? Frigoríficos cedem e arroba a R$ 205 é realidade  Na média, segundo informações da Scot Consultoria, a cotação do bezerro de 7 arrobas está sendo comercializado na média de R$ 1900 no estado de Goiás, sendo a arroba no valor de R$ 271,42 para o bezerro nelore padrão. Quando olhamos para o recorde, registrado no app do Agrobrazil, conforme a imagem abaixo, estamos vendo um aumento na demanda da reposição sendo refletida no patamar de preços que vão sendo negociados na ponta da cadeia do boi gordo, afinal é preciso uma reposição de qualidade para poder se obter melhores margens na venda desse boi para o abate no futuro. Os preços foram de R$ 1650 para o animal em Rolim de Moura, estado de Rondônia. O pecuarista utilizou o app da Agrobrazil, um dos maiores parceiros do produtor para ficar informado quanto ao mercado do boi, para informar sobre o negócio realizado. Os animais tinham peso aproximado de 180 kg ou 6 arrobas, com pagamento a vista e uma média de R$ 275/@.Segundo os consultores, as cotações no mercado de reposição, estão se igualando pelo Brasil, já que a procura tem se tornado grande e os estados de maior demanda, buscam animais até em outros estados vizinhos, tentando obter melhores margens e animais com melhores padrões.

Bahia continua liderando ranking do rebanho de caprinos no país

  • Informações do G1/BA
  • 04 Mar 2020
  • 10:27h

(Foto: Brumado Urgente Conteúdo)

O bom desempenho baiano no cultivo de frutas deixa o estado no segundo lugar do ranking dos grandes produtores do país, mas, além de se destacar nessa atividade, a Bahia tem o maior número de rebanho de caprinos (bodes, cabras e cabritos) e ovinos (ovelhas, carneiros e borregos), com mais de cinco milhões de animais. Os dados são do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados do Censo, das 10 cidades brasileiras que aparecem na lista com maior número do rebanho, seis são baianas, duas pernambucanas e uma piauiense. Dos seis municípios da Bahia, todos ficam no norte do estado. São eles: Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Uauá, Campo Formoso e Remanso. De acordo com diretor de desenvolvimento de agricultura da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) da Bahia, Francisco Assis, a região já é conhecida nacionalmente pela criação desse tipo de rebanho. Além disso, ações para desenvolvimento do rebanho, como melhoramento genético, são realizados na região. "O produtor tem apoio técnico. Existe o projeto Cabra Forte, que leva um trabalho de melhoramento genético dos animais. O pessoal lá aderiu ao programa que se destaca muito na região e vai acontecendo aquela multiplicação, o vizinho que vê e percebe que o do produtor do lado deu certo, então faz também, e daí vai passando [a informação sobre a técnica]", disse Assis. O Cabra Forte dispõe de centros de melhoramento genético que produz crias e matrizes de caprinos e ovinos melhoradas a serem destinadas às associações para distribuição aos pequenos produtores. O programa adquiriu animais das raças dorper, boer e kalahy, originários da África do Sul e que são utilizados como matrizes para multiplicação.

Estudantes criam projeto para produção de biocombustível a partir da árvore quixabeira na Bahia

  • G1/BA
  • 01 Mar 2020
  • 16:50h

(Foto: G1 | BA)

Estudantes de um colégio estadual em Itatim, cidade a cerca de 213 km de Salvador, criaram um projeto para a produção de um biocombustível a partir da árvore quixabeira. O projeto sustentável tem como objetivo combater o aquecimento global. A árvore, comum na região, tem potencial para produzir um etanol e evitar o uso de gasolina, além de outras substâncias que contribuem para o efeito estufa e o desmatamento. O projeto foi desenvolvido pelos estudantes do Colégio Estadual Geovânia Nogueira Nunes, Marinaldo Mendonça e Jessica Oliveira. Eles informaram que o estudo foi moldado a partir da crise que o Brasil enfrentou em 2018, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros e muitos postos ficaram sem combustíveis. Jéssica destaca que o projeto também surgiu com o objetivo de ser uma alternativa para os obstáculos dos biocombustíveis atuais, pois as opções no mercado apresentam desvantagens, como baixa rentabilidade, necessidade de muita água e desmatamento de áreas florestais. Os estudantes revelam que até o momento, o nível de produção do biocombustível criado por eles ainda é pequeno, mas testes de qualidade são realizados para comprovar a eficácia do produto. Eles contam que o projeto ainda está limitado a pequenos produtores para uso próprio, por causa das normas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Entretanto, com apoio de universidades ou de empresas ele pode ser produzido e distribuído em larga escala. Se o projeto for concluído, os jovens pesquisadores afirmam que os benefícios serão inúmeros, e podem contribuir para impedir mudanças climáticas, uma problemática atual. "Nosso biocombustível tem rico potencial energético, não é um recurso finito como os fósseis, não necessita de muito recurso hídrico, promove o reflorestamento e possui impacto zero. Todo o resíduo da produção volta para natureza sem agredi-la, podendo gerar plástico biodegradável e fertilizante para plantas”, concluiu Jéssica Oliveira.

Produtores lesados por grilagem de terras na Bahia reclamam de morosidade do Incra

  • Mário Bittencourt
  • 25 Fev 2020
  • 11:29h

Produtores em protesto contra a grilagem de terras no oeste baiano (Reprodução Tv Bahia)

Produtores rurais que foram lesados por um suposto esquema de grilagem de terras no oeste da Bahia, possivelmente sustentado pela venda de sentenças no judiciário baiano estão, reclamam da morosidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na obtenção de documentos das propriedades. Eles dizem que o órgão federal tem demorado para cancelar o cadastro de georreferenciamento das áreas transferidas para o borracheiro José Valter Dias, de mais de 366 mil hectares (cinco vezes o tamanho da cidade de Salvador), por meio de portaria administrativa do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), editada em 2015.

A transferência das terras causou enormes prejuízos a produtores que ocupavam a área desde a década de 1980 na região de Formosa do Rio Preto. Por conta disso, eles tiveram de pagar uma espécie de pedágio em forma de sacas de soja para permanecer produzindo em suas terras. Estima-se que mais de R$ 1 bilhão tenha sido pago.

Em março de 2019, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anulou a portaria, apontando uma série de irregularidades em sua edição. A partir da decisão do CNJ e de seus desdobramentos, os produtores retomaram a propriedade das terras. Porém, ainda dependem do Incra para que possam regularizar toda a documentação referente às matrículas.

O escândalo em torno das terras veio à tona em 19 de novembro de 2019, com a deflagração da Operação Faroeste, da Polícia Federal, que desvendou um esquema de grilagem e corrupção envolvendo setores do Judiciário baiano. José Valter Dias é citado na operação, assim como pessoas ligadas à holding JJF Investimentos, que se apropriou da área.

Em nota, o Incra declarou que “a disputa judicial em Formosa do Rio Preto não envolve áreas sob a gestão do Incra e a discussão acerca do domínio é tratada pelo Judiciário”. O órgão federal diz que a ele “compete realizar a certificação do georreferenciamento dos imóveis rurais e cumprir as decisões judiciais proferidas em relação ao caso”.

Segundo o Incra, “as certificações de imóveis rurais canceladas anteriormente na área em disputa foram executadas em cumprimento a decisão judicial”.

“Em decorrência da decisão do CNJ, que determinou o cancelamento de diversas matrículas de imóveis rurais em Formosa do Rio Preto, o Incra iniciou o cancelamento das certificações das áreas afetadas pela determinação do CNJ”, afirma o comunicado do órgão federal, que não informou prazo para finalizar o cancelamento das certificações.

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Produtos da agricultura familiar fazem sucesso durante o carnaval de Salvador

  • Fonte: Ascom/ SDR
  • 24 Fev 2020
  • 08:37h

(Foto: Reprodução)

A Bahia está em clima carnavalesco e o bloco da agricultura familiar está fazendo o maior sucesso na avenida. Pela primeira vez, delícias produzidas por agricultores familiares baianos marcam presença no circuito da folia. Nos circuitos Dodô/Barra Ondina e Osmar/Campo Grande tem a Banana Chips da Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan), o doce em massa de umbu e maracujá da caatinga orgânico da Cooperativa de Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), as barrinhas de chocolate com 70% de cacau da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (Coopfesba) e as barrinhas de cereais nutritivas de abacaxi, jaca e umbu da Cooperativa Agroindustrial de Itaberaba (Coopaita).

Os produtos estão conquistando os foliões e podem ser encontrados em camarotes em Ondina, e no Campo Grande, e em diversos pontos comerciais da capital baiana, garantindo uma alimentação saudável, antes, durante e depois de o trio passar.

Para não perder o ritmo e repor as energias, além dos produtos que estão no circuito, outras delícias como castanha de caju, nibs, tapioca, palmito, licuri, farinha de copioba, mel e flocão de milho também são opções de alimentos saudáveis, produzidos pela agricultura familiar da Bahia, que  podem ser consumidos durante a folia.

As cooperativas da agricultura familiar participam no Carnaval com apoio do Governo do Estado, por meio do Bahia Produtiva e Pró-Semiárido, projetos executados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio de empréstimo do Banco Mundial.

O assessor do projeto Bahia Produtiva, Guilherme Martins, destacou que o consumidor cada dia mais procura por produtos que tenham valores por trás dos rótulos e exige do mercado a origem e o seu modo de produção: “O carnaval é um ambiente cada vez mais de posicionamento de bandeiras, conceitos e atitudes que a sociedade, aproveitando toda mídia que se constrói em torno dos dias de festa, se mobiliza para difundir. Associar a agricultura familiar nesse contexto é acertado porque alcança e sensibiliza consumidores que em geral ainda não conhecem os produtos, e forma opinião de influenciadores que podem dar mais destaque para o que a agricultura familiar de base sustentável tem capacidade para ofertar. É uma oportunidade de posicionar os produtos em mercados mais competitivos, de ampliar negócios para cooperativas que são apoiadas em ações de gestão e de mercado pelo projeto”.

A atleta de Brasília Adriana Sipriano provou as barrinhas de cereais e destacou a importância de proporcionar aos foliões uma alimentação mais saudável: “As barrinhas de cereais de frutas são deliciosas e estarem disponíveis durante o carnaval é uma forma de todos, principalmente os jovens que comem tantas bobagens, se alimentar melhor”.

Depois de provar o doce de Umbu, a secretária de Desenvolvimento Sustentável do município de Caetité, Cátia Virgínia, elogiou o trabalho da cooperativa e afirmou “Maravilhoso, muito bom! Irei indicar para outras pessoas, trabalharam muito bem”.

 

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Câmara aprova MP do Agro; texto segue para Senado

  • 19 Fev 2020
  • 08:03h

Proposta pode ampliar em R$ 5 bilhões financiamento para agronegócio | Foto: Reprodução

O plenário da Câmara concluiu a votação da Medida Provisória 897/19, conhecida como MP do Agro, na noite dessa terça-feira (18). Com o texto-base aprovado na semana passada, os parlamentares terminaram de apreciar as propostas de alteração à medida. A proposta pode ampliar em R$ 5 bilhões os créditos de financiamento para o agronegócio no Brasil. Com a aprovação, a matéria segue para análise do Senado. Os deputados retiraram do texto a determinação de repasse de, pelo menos, 20% dos recursos dos fundos constitucionais (FNE, FNO e FCO) a bancos privados habilitados para a concessão de créditos segundo as diretrizes desses fundos. Em outro destaque, parlamentares aprovaram a permissão para que os produtos rurais vinculados à Cédula de Produto Rural (CPR) sejam considerados bens de capital essenciais à atividade empresarial do emitente, passíveis de serem objeto de ações judiciais e incluídos em recuperação judicial. Editada em outubro do ano passado, a medida vai permitir que outros agentes financeiros, além dos bancos, também possam financiar a produção agrícola. Ao instituir o Fundo de Aval Fraterno (FAF), a MP pretende dar aos produtores “garantias solidárias” para a renegociação de dívidas e para a construção de estruturas para a armazenagem de cereais.

Crédito

A expectativa do governo é que medida amplie financiamentos e aumente a competição no crédito rural. Pelo projeto de lei de conversão do deputado Pedro Lupion (DEM-PR), não haverá limite para a participação de produtores rurais em um fundo, que contará ainda com cotas dos credores. Segundo Lupion, medida vai “desburocratizar o setor e facilitar o acesso ao crédito”.

O texto prevê vários fundos, chamados de Fundos Garantidores Solidários (FGS), sendo que cada um deles deve ter um mínimo de dois devedores, contribuindo com 4% dos saldos devedores. Igual percentual incidirá para os credores. Caso exista um garantidor da dívida, sua contribuição será de 2% do saldo devedor.

A medida permitirá que o produtor rural desmembre sua propriedade para dar como garantia em operações de crédito. Atualmente, o produtor precisa oferecer todo o imóvel como garantia, que, por vezes, vale mais que o valor do financiamento. O chamado patrimônio de afetação dará maior segurança ao sistema financeiro na concessão de crédito aos produtores rurais, ampliando o acesso aos recursos financeiros e permitindo melhor negociação do financiamento. São preservados os direitos de terceiros, a pequena propriedade rural, as áreas inferiores ao módulo rural e os bens de família.

O fundo poderá ser criado com a participação de dois a 10 produtores. Também podem participar credores e até instituições financeiras. A ideia é que o fundo sirva de garantia subsidiária para o pagamento de dívida, ou seja, depois que as garantias reais ou pessoais do devedor sejam acionadas.

A MP trata também do patrimônio de afetação de propriedades rurais; da Cédula Imobiliária Rural (CIR); de títulos de crédito do agronegócio; e de subvenção econômica para empresas cerealistas em operações de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, equaliza taxas de juros para instituições financeiras privadas.

Garantia

A MP permitirá ao produtor rural desmembrar sua propriedade como forma de dar, como garantia para as operações de crédito, apenas um pedaço de sua propriedade. A partir do desdobramento do patrimônio de afetação, a MP institui a chamada Cédula Imobiliária Rural, que será emitida por proprietários de imóveis rurais e que poderá ser negociada no mercado de títulos e valores mobiliários. A CIR será registrada em entidade autorizada pelo Banco Central.

A medida também permite a utilização de diversos títulos agrícolas para expandir o financiamento do agronegócio. A proposta é buscar o dinheiro no mercado de capitais, usando, entre outros títulos, a Cédula de Produto Rural (CPR).

A MP prevê ainda a subvenção econômica (uma forma de ajuda) para que empresas que produzem cereais possam financiar obras, adquirir máquinas e equipamentos necessários à construção de armazéns e a expandir a capacidade de armazenagem de grãos.

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Donos de granjas de suínos devem ficar atentos a suspeitas de infecção por Senecavírus A

  • Por David Porto | Aconteceu no Vale
  • 18 Fev 2020
  • 16:24h

Minas possui cerca de 1,2 mil granjas de suínos cadastradas no IMA – Foto: Divulgação

Com sintomas semelhantes aos da febre aftosa, a infecção por Senecavírus A tem preocupado produtores de suínos da região do Triângulo Mineiro, intensificando atividades de atendimento do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) a suspeita de doenças vesiculares. Os suínos apresentam lesões na cavidade oral, focinho e cascos, além de dificuldade de locomoção.  Em Minas Gerais o primeiro caso de infecção ocorreu em 2014 na cidade de Uberlândia, ressurgindo em outubro de 2019 em várias granjas do Triângulo Mineiro. Somente em 2020 cerca de 60 granjas foram interditadas, detectando-se a presença de Senecavírus A em algumas delas.   O IMA alerta produtores e veterinários responsáveis de granjas suínas para a importância da rápida notificação de qualquer suspeita da doença. É possível fazer uma notificação ou relatar qualquer informação epidemiológica, neste link ou nos escritórios do IMA distribuídos em todo o estado. De acordo com o coordenador estadual do Programa de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, Natanael Lamas Dias, a infecção por Senecavírus A não causa impactos de saúde pública e nem embargos econômicos, mas só pode ser distinguida da febre aftosa após análises laboratoriais. “A notificação tardia prejudica o sistema de vigilância. Quando há suspeita o IMA é acionado e tem um prazo de 12 horas para ir até a propriedade”, diz.  Após a coleta as amostras são analisadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), localizado em Pedro Leopoldo (MG). Os resultados ficam prontos em cerca de dois dias.