BUSCA PELA CATEGORIA "Agro | Pecuária "

Seagri quer fortalecer agronegócio no corredor da Fiol

  • Redação
  • 25 Jul 2021
  • 10:44h

Pasta começou a idenficar potencialidades no entorno da ferrovia, além do celeiro de grãos do oeste | Foto: Assessoria da Seagri

A Ferrovia de Integração Oeste-Leste – FIOL (EF-334) tem extensão de 1.527 quilômetros e quando concluída irá ligar o Porto Sul (Ilhéus, BA) à Figueirópolis (TO), passando por cidades baianas como Caetité, Tanhaçu e Barreiras, dentre outras.

A Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri) estrutura um plano para fomentar o agronegócio no “corredor” da Ferrovia da Integração Oeste Leste (Fiol). O novo modal – que tem previsão de conclusão do primeiro trecho de cinco anos – vai agilizar e baratear o escoamento da produção.

“Queremos que a produção das regiões próximas à ferrovia seja beneficiada a partir do início das atividades dessa importante obra de infraestrutura”, afirmou o chefe de gabinete da pasta, Alisson Gonçalves.Na quinta-feira, Gonçalves teve reunião com dirigentes da secretaria visando a identificação das áreas que podem ser beneficiadas.

Na área de entorno da ferrovia – que parte de Ilhéus, onde está sendo construído o Porto Sul – até Barreiras, ainda na Bahia, e dessa cidade do Oeste até Figueirópolis (TO) – há produção de soja, o milho e o algodão do Oeste baiano. Mas para a Seagri as possibilidades podem ser maiores, como cana-de-açúcar, o leite e seus derivados, carnes (bovina, suína, de aves e peixes) e frutas.

O trecho da ferrovia até Caetité está sendo concluída pela Bamin,  que investe na exploração de ferro em Caetité. As ligações com Barreiras e deste município a Figueirópolis, onde a Fiol se encontrará com a Ferrovia Norte-Sul, foram incluídas no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para serem concedidas nos próximos anos. 

Colheita do algodão na Bahia este ano deve chegar a mais de 520 toneladas

  • Redação
  • 06 Jul 2021
  • 11:49h

Oeste da Bahia é vital para a agricultura do estado | Foto: Ascom/SEI

O algodão é hoje um dos destaques da matriz produtiva da Bahia. Em 2021, o estado plantou 266.662 hectares e a expectativa de colheita é de 520.363 toneladas. Na Matopiba, região que também engloba as áreas de cerrado do Maranhão, Tocantins e Piauí, além da Bahia, a expectativa é de 587.067.

O secretário da Agricultura do Estado, João Carlos Oliveira da Silva, destaca a representatividade da safra baiana. “O oeste da Bahia é vital para a agricultura do estado. Agora, por ocasião da safra de algodão, a região mostra novamente sua força, aumentando em 2% a produtividade da cultura e com estimativa de colheita total de mais de 520 mil toneladas”.

Para o coordenador da Cooperativa de Produtores de Algodão (Ubahia), Paulo Almeida Schmidt, o desafio atual é ampliar a exportação. “Temos que pegar esse algodão daqui e exportar para o mundo. O nosso concorrente não é o produtor aqui ao lado, nosso concorrente é o Estados Unidos. E o que a gente tem visto é que cada vez que o governo dá um incentivo, nós ficamos mais competitivos contra o mundo e mais algodão conseguimos exportar”.

Paulo Schmidt garante que o algodão é fundamental para a cadeia produtiva do oeste por conta da geração de emprego e renda. “Desde o plantio, dos tratos culturais, beneficiamento, esmagamento do caroço, tudo isso gera uma cadeia e cada etapa da cadeia precisa de muitas pessoas trabalhando”.

Produtividade

O oeste da Bahia possui uma área de produção que ocupa 2,9 milhões de hectares, o que representa 35% do território. A região oferece excelência no processo produtivo devido à dobradinha entre a tecnologia investida e as características agronômicas, com destaque para o clima.

A utilização de sementes, adubos e defensivos, cada vez mais modernos, proporcionam uma boa produtividade, o que significa produzir cada vez mais na mesma área. Todo esse conhecimento tecnológico deve-se aos constantes cursos de aperfeiçoamento e ações que as entidades, cooperativas e associações da região implementam para que a mão de obra seja qualificada.

A região é constituída por 24 municípios, com cerca de 643 487 mil habitantes, numa área de 116 677 quilômetros quadrados. Diversos são os cultivos realizados na região, como soja, café, milho, feijão, arroz, frutas e gado. Segundo o assessor de agronegócios da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Luiz Stahlke, o oeste produz 10 milhões de toneladas de grãos e fibras, onde 50% da soja produzida na região é exportada, o que significa um crescimento anual de 3% a 4%, já viabilizando e justificando a construção de uma ferrovia para o melhoramento da logística dessa produção.

Além disso, a região se destaca na fruticultura, com a maior produção de bananas do país, estimada em 240 mil toneladas, cultivadas em uma área de 9 mil hectares. A integração de áreas de grãos, aves e gado em confinamento tem sido uma alternativa viável na região para a rotação de cultura e preservação do solo. Atualmente, o oeste detém tecnologia que dá para a Bahia a maior produtividade do Brasil de soja e milho e a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo, é o que garante o presidente da Abrapa, Júlio Busato.

Setor rural gerou 113 mil empregos formais no ano

  • Redação
  • 06 Jul 2021
  • 09:08h

Resultado, ressalta a CNA, apenas compensa perdas de 2020, quando houve perda de 1,1 milhão de postos | Foto: Reprodução

O setor rural brasileiro criou 113 mil postos de trabalho nos primeiros cinco meses do ano. Em maio, este saldo ficou em 42.426 vagas, segundo comunicado técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A entidade usou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Segundo a CNA, os resultados até aqui de 2021“apenas recupera a perda, mas é preciso avançar nas novas contratações”. No ano passado, a atividade fechou com perda de 1.144.875 postos de trabalho.

Em maio, o Nordeste gerou 2.300 vagas. A liderança regional ficou por conta do Sudeste (39.120 postos). O Sul foi a única região com perda líquida de trabalho (1.334). Na divisão por atividade, os destaques foram os cultivos de café, laranja e cana-de-açúcar – com positivos de 13.644, 9.090 r 4148 empregos, respectivamente -, criação bovina (3885), além de Serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita (3759).

Desafios sanitários da pecuária de corte e leite exigem soluções de ação rápida e eficaz, indicam produtores e veterinários

  • Gabriela Favacho
  • 05 Jul 2021
  • 14:27h

(Foto: Divulgação)

O descuido com a sanidade dos bovinos pode ter custo alto para o pecuarista. Afinal, para cada dia de tratamento, perde-se um dia de produção, em média – seja em ganho de peso ou em produção de leite. Por isso, é preciso estar atento a soluções de ação rápida e eficaz, que minimizam as perdas e potencializam a saúde do rebanho, para que os bovinos alcancem seu máximo potencial produtivo, evitando e tratando as mais diversas enfermidades, como pneumonias, mastites, diarreias e pododermatites.

Ricardo Malheiros, da Peregrino Agropecuária, sediada em Morro da Garça (MG), conta que a mastite tem sido um desafio constante em seus 30 anos de atuação na produção de leite. O mesmo problema foi enfrentado pelo veterinário Augusto Barp Menegat, que atua em Gaurama (RS), com a Agropecuária Balde Cheio e a Consultoria Veterinária Feijó. Menegat passou por situações graves de perda de tetos e seca do quarto mamário das vacas. Sozinha, essa infecção pode causar prejuízo de 40% na produção leiteira.

Já o veterinário Juarez Silva, de Luz (MG), destaca uma constante preocupação com as infecções respiratórias. Ele relata que o manejo do problema durava até cinco dias, causando perda imensa na produção. O cenário mudou quando ele conheceu o antibiótico Forcyl®, que exigiu apenas uma dose para solucionar o desafio. O antibiótico Forcyl® da Vetoquinol Saúde Animal, uma das 10 maiores indústrias veterinárias do mundo e que está completando 10 anos de presença no Brasil, é produzido na França, sob controle rígido de qualidade e com características especificas, patenteadas pela empresa, além de ter sido o primeiro produto com esse posicionamento no mercado brasileiro.

"Tivemos uma taxa de cura muito boa. A partir disso, no bezerreiro, a primeira opção para o tratamento de pneumonia é Forcyl®, porque facilita demais o manejo e o resultado é muito bom", destaca Silva. Com alta eficácia já reconhecida por estudos científicos, o medicamento é indicado para o tratamento de infecções respiratórias causadas em bovinos pelas bactérias Pasteurella multocida e Mannheimia haemolytica, sendo uma importante solução para os rebanhos que enfrentam obstáculos ambientais constantes.

Outro produto exclusivo da Vetoquinol Saúde Animal, também produzido na França, é o Tolfedine®, reconhecido como aliado da rápida recuperação dos animais em rebanhos leiteiros. "Uma aplicação de dose única fez a vaca ficar em pé no dia seguinte. Os produtos estão sendo acrescentados na farmácia da fazenda, especialmente para a mastite ambiental, que é bem complicada", pontua Ricardo Malheiros, da Peregrino Agropecuária.

"Forcyl® é o que tem de melhor para mastite ambiental. Associado a Tolfedine®, os quadros de perda de teto e seca do quarto mamário desaparecem", complementa Augusto Barp Menegat. Os pecuaristas avaliam que em um cenário de desafios diários é preciso investir em soluções de ação rápida e eficaz – uma garantia de que as propriedades alcançarão seu máximo potencial de produção e lucratividade, bem como de sustentabilidade.

Antimicrobianos

"Quando um problema de casco surge na fazenda, a dor de cabeça é certa". É o que diz Aleixo Alves, proprietário da Fazenda São Bento de Baixo, em Pontalina (GO). O problema se disseminou no seu rebanho e nenhum medicamento resolveu o problema. Foi então que ele conheceu Acura®, antimicrobiano da Vetoquinol®. "Daí em diante não fiquei mais sem porque resolveu o problema que eu tinha. É um produto que eu uso e indico. O resultado é muito positivo", relata o pecuarista.

Contra infecções desse tipo, Acura® e Acura Max® são soluções definitivas. Ambos são compostos por ceftiofur e atuam em bactérias gram positivas e gram negativas, e podem ser utilizados em infecções respiratórias e no tratamento das mastites, diarreias, metrites e pododermatites. Por sua vez, Acura Max® também possui meloxicam, de ação anti-inflamatória, e é de dose única.

Vitor Beneli, da Maré Agropecuária, de Avaré (SP), enfatiza que as duas soluções compõem sua primeira opção para tratar doenças infecciosas nos bovinos. "Acura® tem formulação inovadora e carência zero para o leite. Já Acura Max® promove a recuperação rápida com baixa carência. Com essa dupla da Vetoquinol® o retorno dos animais à produção é rápido e a lucratividade do rebanho também."

CONTINUE LENDO

Banco do Nordeste disponibiliza R$ 9,5 bi no Plano Safra 2021-2022 para agronegócio sustentável

  • Redação
  • 01 Jul 2021
  • 10:26h

Novidades incluem o Cartão BNB Agro Pecuária, o FNE Agro Conectado, apoio à expansão da produção de milho e incentivo à construção de armazéns | Foto: Reprodução

O Plano Safra 2021-2022 disponibilizará R$ 9,5 bilhões para o agronegócio sustentável da Região Nordeste e para o Norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, área de atuação do Banco do Nordeste, registrando acréscimo de 15% em relação ao orçamento do Plano Safra 2020-2021. Os recursos serão investidos pelo BNB no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf (R$ 4 bilhões), em custeio (R$ 3,60 bilhões), investimento (R$ 1,70 bilhão) e comercialização (R$ 200 milhões).

O anúncio foi feito nesta terça-feira (29), pelo presidente do BNB, Romildo Rolim, em live transmitida pelo Canal Banco do Nordeste no Youtube. O evento virtual contou com a participação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina, do presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Júnior, do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Piauí e coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Júlio César, e de representantes dos governos estaduais, Federações Estaduais de Agricultura e demais parceiros do setor.

O Plano Safra 2021-2022, que reúne um conjunto de políticas públicas, busca, prioritariamente, fortalecer o Programa ABC, Inovagro e Proirriga, incluindo o financiamento à produção de bioinsumos, de energia renovável, assim como à adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais e agricultura irrigada.

Na abertura do evento, o presidente do BNB, Romildo Rolim, afirmou que “o Banco está cada vez mais integrado às políticas públicas do Governo Federal, tendo, inclusive, superado as metas do Plano Safra, no ciclo 2019-2020, quando investiu R$ 8,1 bilhões, e também no ciclo 2020-2021, quando foram investidos R$ 8,9 bilhões”.

Já a ministra Tereza Cristina enfatizou as metas superadas nas aplicações do Plano Safra, “o que levou à destinação ao Banco do Nordeste de um valor recorde de R$ 9,5 bilhões, reforçando o argumento de que o agricultor da Região quer participar, quer produzir”.

Novidades

Como parceiro do agronegócio sustentável da Região, o Banco do Nordeste divulgou também, no âmbito do novo ciclo do Plano Safra, uma série de inovações para os empreendedores. O Cartão BNB Agro Pecuária, por exemplo, vai permitir mais agilidade nas operações, desburocratizando o processo de crédito por meio da automatização. Sem anuidade, o cartão tem limite de crédito rotativo por 5 anos, e as operações são realizadas no App BNB Agro, possibilitando a aquisição de itens como ração, medicamentos e sais minerais. Ao efetuar o pagamento, um novo limite de custeio é automaticamente disponibilizado, gerando ganhos em segurança e agilidade para o produtor rural.

Outra novidade do Banco do Nordeste para o Plano Safra 2021-2022 é o FNE Agro Conectado, uma linha digital destinada a impulsionar o financiamento de soluções seguras, acessíveis e estáveis de telecomunicações, possibilitando conectar pessoas e “coisas” no meio rural.

Dada a necessidade do país e da Região, o BNB apoia a expansão da área de produção de milho por meio de programas e ações a serem desenvolvidas em parceria com os Estados e as federações de agricultores, inclusive inserindo a estratégia no Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter). No Plano Safra 2020-2021, o Banco financiou R$ 600 milhões para custeio da produção de milho.

Como forma de aumentar a capacidade de estocagem das propriedades rurais, o Banco do Nordeste incluiu como prioridade uma linha de financiamento para armazéns, com prazo de até 15 anos e até 5 anos de carência. Para ter acesso, o produtor rural pode utilizar o aplicativo BNB Agro, que, além de linhas de crédito, disponibiliza cadastro e conta digital, agenda e informações sobre seu financiamento e renovação do custeio para o novo Plano Safra.

Impactos

Segundo levantamento do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), as contratações do Plano Safra 2020-2021 geraram ou ajudaram a manter 778 mil empregos, aumentaram R$ 2,9 bilhões na massa salarial e promoveram incremento de R$ 1,2 bilhão na arrecadação tributária, de R$ 18,2 bilhões no valor bruto da produção e de R$ 10,6 bilhões no valor adicionado à economia.

O Banco do Nordeste é líder do crédito rural em sua área de atuação, participando com 55% de todos os financiamentos rurais. E tem uma carteira ativa no agronegócio com 2,06 milhões de operações, correspondentes a R$ 28,1 bilhões.

Seguro Garantia-Safra é pago a agricultores de Caculé e outros 8 municípios da Bahia

  • Sertão Hoje
  • 24 Jun 2021
  • 13:13h

(Foto: Reprodução)

Por meio da articulação do Governo do Estado, junto ao Comitê Gestor do Programa Garantia-Safra, mais nove municípios baianos, que aderiram às safras verão e inverno 2019/2020, passaram a integrar a folha de pagamento do Programa, ainda neste mês de junho, com a liberação de recursos da ordem de R$ 9 milhões. A ação é resultado do encaminhamento do pedido de reanálise das perdas de safra de municípios que ainda não haviam sido contemplados pelo programa, nas safras verão e inverno 2019/2020. 

Devido à pandemia o pagamento está sendo realizado em parcela única de R$ 850 por família. O seguro irá garantir as condições mínimas para o replantio, e, ao mesmo tempo, movimentar a economia dos municípios atingidos pela estiagem prolongada ou pelo excesso de chuvas.

Dessa vez, foram autorizados os pagamentos para agricultores e agricultoras dos municípios de Andorinha, Caculé, Cansanção, Mairi, Quinjigue, Santa Bárbara, Santaluz, São Domingos e Várzea da Roça. No total, 214.958 agricultores familiares baianos, de 212 municípios, tiveram o pagamento do benefício autorizado, o que representa a liberação total de recursos da ordem de R$182,7 milhões.

A iniciativa integra a estratégia do Governo do Estado, para assegurar o acesso de agricultoras e agricultores familiares baianos às políticas públicas. É executada pela Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf), em parceria com a Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), unidades da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), e outras instituições públicas e organizações sociais. Nas safras verão e inverno 2019/2020, o Estado aportou recursos da ordem de R$ 34,3 milhões.

O programa Garantia-Safra, coordenado pelo MAPA, é composto por contribuições dos agricultores familiares, Estados, Municípios e União. Na Bahia, o Estado assume também o pagamento de 50% do valor devido aos agricultores familiares e às prefeituras municipais.

"O Garantia-Safra vem garantindo o poder de compra às famílias beneficiárias que tiveram suas safras frustradas por escassez hídrica no Semiárido baiano. A aquisição de insumos agrícolas destinados à recomposição de plantios, bem como de alimentos, para a garantia da segurança alimentar das famílias, aquecem a economia nos diversos municípios baianos que aderiram ao programa", destacou Vinícios Videira, gestor da SUAF/SDR.

Exportações crescem 28% na Bahia em maio; mercado asiático é principal parceiro

  • Redação
  • 11 Jun 2021
  • 18:07h

(Foto: Reprodução)

As exportações baianas atingiram US$ 854 milhões em maio, valor recorde para o mês desde 2014. Em relação a maio de 2020, as exportações cresceram 28%. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

Nos primeiros cinco meses do ano, as vendas externas da Bahia acumulam um valor de US$ 3,48 bilhões, aumento de 13% e valorização de 30% em seus preços médios, todos comparados sobre o mesmo período de 2020.

Já as importações foram de US$ 540,5 milhões, aumentando 47,9% comparadas a igual mês do ano passado. A maior demanda por bens importados acontece em um momento de recomposição de estoques pela indústria, em um ambiente de escassez interna de suprimentos e de alguma reação na atividade econômica.

No acumulado do ano até maio, as compras externas chegaram a US$ 2,97 bilhões, com um aumento de 39,1%. Com exceção dos bens de capital, houve crescimento de todas as categorias de bens importados no ano, com destaque para os combustíveis, com avanço de 101,1%, dos bens de consumo duráveis (+96,4%) e dos bens intermediários (29,6%).

Em meio a um cenário de recuperação econômica dos principais parceiros comerciais do estado, como China, Estados Unidos e Argentina, tiveram destaques no mês as vendas de produtos básicos - em especial, soja, algodão, café e derivados de cacau. Houve também aumento das vendas de derivados de petróleo (80,2%) e de produtos petroquímicos (63%). A alta de preços das commodities e a recuperação da demanda internacional explicam esse movimento.

As exportações do agronegócio no acumulado até maio cresceram 16,3% frente a igual período de 2020 e representaram 46,4% do total exportado pela Bahia. Os produtos do setor mineral, incluindo petróleo, cresceram 10,1% e representaram 35,3% do total.

Assim, 81,7% das exportações baianas no ano são commodities agrícolas ou minerais que estão passando por um ciclo global favorável, em um fenômeno semelhante ao que vimos na década de 2001 a 2010, quando o crescimento da China ativou um super ciclo de alta de matérias-primas.

A China lidera como principal destino as exportações estaduais, com 28,4% de participação e crescimento de 32% ante igual período do ano anterior. A Ásia representou 52,1% do total das exportações estaduais no período, com crescimento de 12%. Outros mercados importantes também registraram crescimento nas compras no período, como Estados Unidos com aumento de 11%, Argentina (26%) e União Europeia (12,4%). Esses mercados também vivem em um contexto de recuperação econômica, resultando numa demanda crescente de diversos produtos da pauta estadual.

Homem é detido transportando 650 kg de agrotóxicos falsificados no sudoeste da BA

  • Informações da PRF
  • 31 Mai 2021
  • 09:08h

(Foto: Divulgação PRF)

Um homem foi detido por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) quando dirigia um caminhão-baú pela BR-116, na região de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, contendo 650 kg de agrotóxicos falsificados. O caso ocorreu no sábado, no KM 830 da rodovia.

Segundo a polícia, o suspeito foi abordado em uma ronda de rotina e relatou que transportava diversas mercadorias que foram embarcadas de São Paulo. Quando foi pedido para apresentar os documentos de porte e nota fiscal da carga, ele apresentou o documento de defensivos agrícolas da cidade mineira de Uberlândia, o que despertou suspeita nos policiais.

Os policiais desconfiaram ainda mais porque, na verificação dos produtos, viram que a escrita de alguns rótulos estava inelegível e outros estavam com caracteres de impressão fora do padrão e em desacordo com a lei que regulamenta rotulagem e armazenamento.

Os agentes, então, entraram em contato com a empresa indicada como produtora do inseticida que estavam em caixas embalagens plásticas, e identificaram que o produto era falsificado.

O homem afirmou ainda que não possui curso para transporte desse tipo de material, além do veículo não ter nenhum elemento que identificasse que ali havia produto perigoso, exigidos pela legislação.

O motorista foi encaminhado à delegacia de Polícia Civil para a adoção dos procedimentos legais e poderá responder pelo crime de produzir, comercializar, transportar, dar destinação a resíduos e embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins.

Produção de leite pode cair em até 20% com infestações da mosca-dos-chifres

  • Gabriela Favacho
  • 28 Mai 2021
  • 13:23h

(Fotos: Reprodução)

A mosca-dos-chifres é um dos parasitas que mais promove prejuízos ao pecuarista, atacando os rebanhos leiteiros e de corte de todo o Brasil. Uma única fêmea da mosca pode promover 40 picadas dolorosas por dia. Esses ataques incessantes prejudicam o bem-estar, produtividade e a saúde das vacas, representando um grave risco para a produção leiteira: sem controle, pode representar perdas de até 20% na produção. "Com base na produção leiteira atual do país, que segundo o IBGE é de 34,9 bilhões de litros de leite, a infestação da mosca-dos-chifres poderia causar a perda de mais de 6 bilhões de litros por ano, prejuízo equivalente a mais R$ 10 bilhões", destaca o médico veterinário Humberto Moura, gerente de produtos de animais de produção da Vetoquinol Saúde Animal, uma das 10 maiores indústrias veterinárias do mundo.

A mosca-dos-chifres, cujo nome científico é Haematobia irritans, é pequena no tamanho (mede entre 2 e 4 milímetros), mas seu impacto negativo pode ser decisivo para o sucesso de uma fazenda leiteira. Disseminada em todo o território nacional, irrita as vacas durante todo o seu ciclo de parasitismo, que varia de 3 a 7 semanas.

"A mosca-dos-chifres causa muito estresse nos animais e prejudica consideravelmente o bem-estar, produtividade e a saúde das vacas em lactação. Além das perdas em produtividade no leite, os bezerros de vacas com infestação são afetados com baixo peso a desmama e pela transmissão de doenças, como a anaplasmose", afirma Humberto Moura.

Para auxiliar o produtor de leite a vencer a mosca-dos-chifres, a Vetoquinol desenvolveu uma nova geração de brinco mosquicida: Fiprotag 210, que possui formulação inovadora com associação exclusiva dos princípios ativos Fipronil e Diazinon, oferece proteção por até 210 dias, com carência zero para produção de leite (e também para o abate), com excelente relação de custo e benefício para os produtores.

Humberto Moura reforça que Fiprotag 210 foi desenvolvido para favorecer a rápida ação e dar proteção prologada, deixando o gado limpo, protegido e pronto para sua vida produtiva. "Com a aplicação de um brinco por animal, na parte central do pavilhão auricular, tem-se o efeito inseticida esperado: a mosca-dos-chifres deixará as vacas em paz, e o produtor ganhará em produtividade com o controle da mosca e com o benefício do descarte zero, o que significa mais dinheiro no bolso".

Sobre a Vetoquinol – Entre as 10 maiores indústrias de saúde animal do mundo, com presença na União Europeia, Américas e região Ásia-Pacífico. Grupo independente, projeta, desenvolve e comercializa medicamentos veterinários e suplementos, destinados à produção animal (bovinos e suínos), a animais de companhia (cães e gatos) e a equinos. Desde sua fundação, em 1933, a Vetoquinol combina inovação com diversificação geográfica. O crescimento do grupo é impulsionado pelo reforço do seu portfólio de produtos associado a aquisições em mercados de alto potencial de crescimento, como a Clarion Biociências, ocorrida em Abril/2019. A Vetoquinol gera 2.372 empregos e está listada na Euronext Paris desde 2006 (símbolo: VETO). A Vetoquinol conta com SAC formado por profissionais da área veterinária para auxílio aos clientes. A ligação é gratuita - 0800 741 1005. Site: www.vetoquinol.com.br

 

Centrais sindicais, MST e trabalhadores da agricultura farão ato em Brasília por auxílio emergencial de R$ 600

  • As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
  • 24 Mai 2021
  • 19:44h

(Foto: Divulgação)

Centrais sindicais, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares) realizam na quarta-feira (26) o ato #600ContraFome. Segundo as entidades, o objetivo da manifestação é defender o aumento no valor do auxílio emergencial para R$ 600 “como forma de frear a fome e a pobreza no Brasil”. A previsão dos organizadores é realizar em encontro no gramado que dá acesso ao Congresso Nacional onde será montado um mosaico com cestas básicas organizadas em formato do número 600. Os alimentos, cerca de 600 cestas básicas, serão doados para uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis. Como mostrou o Painel, os representantes das entidades vão ao Congresso no mesmo dia para entregar a “Agenda Parlamentar das Centrais”, que reúne projetos e posicionamentos do movimento sindical, aos presidentes da Câmara e do Senado.

Mais de 10 milhões de animais devem ser vacinados contra a febre aftosa até o fim de maio

  • Redação
  • 07 Mai 2021
  • 16:28h

Os produtores que não realizarem a vacinação pagarão multa no valor de R$ 53, por animal | Foto: Fernando Vivas/GOVBA

Aproximadamente 10,7 milhões de cabeças de gado devem ser vacinados contra a febre aftosa na Bahia até o fim de maio. O estado já iniciou a campanha. Há 23 anos a região é considerada zona livre da doença e a expectativa é de que, em 2023, seja retirada a vacina por conta da erradicação da doença em território baiano.

Segundo o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Maurício Bacelar, a vacinação é obrigatória para todos os animais e inclui também os bubalinos. “Iremos vacinar todos os bovinos e bubalinos. […] Os animais mais jovens, bezerros, devem ter um cuidado especial, já que são mais vulneráveis. É importante destacar que a campanha só se encerra após a declaração de todo o rebanho. A declaração pode ser feita presencialmente nos escritórios da Adab ou pelo site ”.

A Agência possui 384 escritórios espalhados pelos 27 Territórios de Identidade do estado. Além disso, a vacina de 2 ml pode ser comprada pelos produtores rurais em mais de mil pontos de revendas credenciados pela Adab. A avaliação para retirada da vacinação contra a febre aftosa na Bahia dependerá da realização de auditorias e sorologia dos animais. Os produtores que não realizarem a vacinação pagarão multa no valor de R$ 53, por animal. A Adab ainda está divulgando em seu site oficial (www.adab.ba.gov.br) informações detalhadas sobre a campanha de imunização.

O coordenador do Programa Febre Aftosa da Adab, José Neder, destacou que a parceria com os produtores é fundamental para manter o estado como zona livre da doença. “É muito importante que, ocorrendo qualquer suspeita da doença, o produtor comunique imediatamente a Agência para que possamos fazer o atendimento. É necessário que o produtor fique ainda mais atento ao seu rebanho e, se observar algum animal babando, mancando, salivando, deitado com o pelo arrepiado no rebanho, deve comunicar de imediato à Adab. Esse atendimento será gratuito e é imprescindível para que o estado possa avançar na retirada da vacina em 2023”, explicou.

Aos 48 anos, Embrapa contabiliza entregas e investe em garantir o protagonismo

  • Kátia Marsicano | Ascom | Embrapa
  • 23 Abr 2021
  • 09:33h

(Foto: Divulgação)

Na próxima segunda-feira (26), a Embrapa completa 48 anos, construindo a ciência que se reinventa para estar à frente e alinhada aos desafios, especialmente durante um dos episódios mais desafiadores da história, com a pandemia da covid-19. Na busca pela superação que a pesquisa tem provado ser capaz em todas as áreas e a produtividade de alimentos de qualidade e com sustentabilidade, a Empresa tem direcionado os investimentos no dia a dia, norteada pelos recursos da inteligência estratégica, prospecção, observação de sinais e tendências e avaliação de riscos e oportunidades.   É a agricultura movida a ciência, que usa cérebros e não tratores, como diz o pesquisador Eliseu Alves, um dos fundadores e ex-presidente da Embrapa. Entre dezenas de indicadores, é a responsável por dobrar a produção de café nos últimos vinte anos, e nos últimos quarenta anos: aumento de 509% na produção de grãos com elevação de duas vezes na área plantada; sete vezes a produção de leite; 60 vezes a produção de carne de frango; 100% o rebanho bovino (com diminuição relativa da área de pastagem); 140% a produtividade do setor florestal; 240% a produção de trigo e milho; e 315% a produção de arroz. Esses números mostram por que o Brasil é referência em ciência, tecnologia e inovação e um dos líderes mundiais na produção de alimentos, com exportações para cerca de 170 países. Mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) tem origem no esforço que vem da pesquisa e do campo.

Live para o público externo

Em decorrência da pandemia, os 48 anos  da Embrapa serão lembrados de forma virtual, com transmissão pelo canal da Empresa no YouTube.

Na quarta-feira (28), às 10h, a live "Embrapa 48 anos" será aberta ao público externo. Na ocasião serão lançados o Balanço Social 2020 e diversas soluções tecnológicas, publicações e cursos. Também será anunciada a assinatura de algumas parcerias. 

Parlamentares, parceiros e a ministra Tereza Cristina falarão sobre a importância da Embrapa. Além disso, a Empresa entregará homenagens a seis atores relevantes do setor produtivo, do poder público e do universo da pesquisa.

Agenda

 

Manter foco nas metas

No momento em que a trajetória de quase cinco décadas de ciência agropecuária é marcada por um cenário incerto, o presidente Celso Moretti reforça a importância do foco nas metas. “Será necessário investir mais do que nunca em estratégias sustentáveis que contribuam com a garantia de produção de mais alimentos, usando menos energia e água, para alimentar 8,5 bilhões de pessoas no planeta”, diz.

“No mundo pós-pandemia, para que haja saúde e segurança alimentar para a população dos países, serão necessários novos conceitos na produção de alimentos, baseados na sanidade animal, na saúde humana, na segurança dos alimentos e na sustentabilidade”, destaca. “Estaremos diante de uma realidade nova em termos populacionais, de urbanização, de longevidade e de padrões de consumo – a Embrapa precisa estar pronta para fazer sua parte. Os últimos 48 anos a prepararam para esse protagonismo”, afirma Moretti.

Referindo-se ao VII Plano Diretor da Embrapa (PDE), pela primeira vez definido em metas quantificáveis, o presidente lembra as oito áreas prioritárias da pesquisa e as três na gestão organizacional e estratégica. “Serão ampliados os esforços nas áreas de bioeconomia, inteligência territorial, agricultura digital, mudança do clima, sanidade agropecuária, desenvolvimento territorial com inclusão produtiva, sustentabilidade com competitividade, consumo e agregação de valor aos produtos do agronegócio”, cita. “Na gestão organizacional, nosso foco será ainda mais a modernização, com o aumento da eficiência e a racionalização de custos”.

Entre os compromissos do PDE estão:

  • a ampliação em mais de 10 milhões de hectares das áreas com plantios de sistemas integrados até 2025 (hoje a área estimada com ILPF é de 17 milhões);
  • o aumento em 1 milhão de hectares da área de florestas plantadas com sistemas de produção até 2030;
  • e o aumento em 10% dos benefícios econômicos de produtores que utilizam o Zoneamento de Risco Climático (Zarc) para o plantio.

“Até 2025, queremos dobrar o número de usuários dos aplicativos da Embrapa, e em 20% o benefício econômico gerado por práticas agropecuárias e tecnologias sustentáveis capazes de reduzir os custos de produção”, completa.

Para Moretti, o que pode ser considerado “ousadia” é, na verdade, o reflexo da maturidade alcançada pela Empresa e que justifica os marcos científicos comemorados a cada ano. “São tempos de dificuldades, perdas e adaptações, mas que, ao mesmo tempo, provam o quanto a Empresa se preparou e busca estar cada vez mais apta a promover as entregas que a sociedade demanda da ciência”, completa.

Diversidade de conquistas

Desde a tecnologia que transformou os solos ácidos do Cerrado em uma das regiões mais produtivas do País, a ciência da Embrapa e parceiros acumula uma sucessão de marcos para a agropecuária. O mesmo bioma um dia considerado infértil, graças à pesquisa, hoje tem o potencial de dobrar a área cultivada com trigo no Brasil.  “Temos desenvolvido variedades adaptadas ao Cerrado, com teor de proteína quase duas vezes maior do que o do trigo produzido em outras regiões”, diz Moretti. O Brasil tem 2 milhões de hectares cultivados com o cereal, dos quais 200 mil hectares no Cerrado.

“Às vésperas de completar cinco décadas de pesquisa, outras contribuições merecem destaque, como a economia de base biológica, que representa o futuro e a garantia de sustentabilidade aliada ao desenvolvimento e à geração de emprego e renda”, comenta o presidente. “A fixação biológica de nitrogênio, o Biomaphos (primeiro inoculante nacional para fósforo), o Aprinza (inoculante para fixação biológica de nitrogênio na cana-de-açúcar), o controle biológico da vespa-da-madeira, o óleo essencial de manjericão-de-folha-larga para o controle de pragas, além dos bioinsumos desenvolvidos a partir de resíduos da cadeia de biocombustíveis, fazem parte desse rol de resultados que já chama a atenção de outros países, interessados em compartilhar o conhecimento brasileiro”.

Impactos continuam significativos

Segundo Moretti, a trajetória da pesquisa agropecuária vai além da lista de soluções tecnológicas. “A contabilização dos impactos também é alta”, diz. Um exemplo: em 2020, a fixação biológica de nitrogênio (FBN) foi a responsável por uma economia de R$ 22 bilhões em adubos nitrogenados não gastos. “Sem contar que deixaram de ser emitidas cerca de 150 milhões de toneladas de CO2 equivalente”, resume.

Na área dos sistemas integrados, a pesquisa da Embrapa também se consolidou como referência para os novos rumos do agro, com a adoção da ILPF. “Para compreender o impacto, basta considerar que, se a ILPF for implantada em apenas 15% da área de produção, já seria o suficiente para compensar as emissões de gases de efeito estufa produzidos pelos animais e pela pastagem”, comenta.

Na evolução do agro, a Empresa também vem contribuindo fortemente com a necessidade de modernização dos recursos para os produtores. A agricultura digital, a rastreabilidade e a logística, associadas aos sistemas produtivos agrícolas, estão entre os temas prioritários da programação. “O universo de inovações e soluções tecnológicas é vasto, mas não há como prescindir da urgência da conectividade à disposição dos produtores rurais”, destaca o presidente. 

“Quase todos os centros de pesquisa têm se dedicado ao desenvolvimento de tecnologias digitais, como sensores que medem a temperatura do animal e avaliam o conforto térmico nos sistemas ILPF, detecção de doenças, recontagem de frutos, medição de características em animais, simulação de fenômenos, previsão de safras, monitoramento de logística e transporte, rastreabilidade e suporte à tomada de decisão nas propriedades, mas o produtor precisa ter condições de acesso”, diz Moretti.     

Ano difícil e muitos avanços

Passados mais de 13 meses desde a declaração de pandemia no País, a Embrapa permanece com mais da metade dos empregados trabalhando remotamente. Para que projetos não fossem inviabilizados, pesquisadores e suas equipes, mesmo com o isolamento social e a necessidade de implantação das escalas de revezamento, criaram formas de preservar o trabalho no campo e nos laboratórios. Experimentos necessitavam de acompanhamento muitas vezes diário, sob o risco de serem perdidos anos de dedicação.

“Graças à solidez da Empresa, o desafio tem sido enfrentado com serenidade neste momento tão novo e incerto”, afirma o presidente. Ele lembra que as pesquisas no campo e nos laboratórios não foram paralisadas. “A pandemia funcionou como um acelerador de futuro, nos obrigando a antecipar iniciativas que estavam sendo estudadas ou iniciadas, como o teletrabalho, o investimento maior em capacitações on-line, as transmissões por internet para conversar com técnicos e produtores, o desenvolvimento de sistemas de planejamento e o monitoramento de safras por satélite”, explica. Foram realizados mais de 40 cursos a distância, oferecidos por 25 UDs, que registraram mais de 400 mil inscrições.

Integração de esforços 

No balanço dos 48 anos, cada área da Embrapa também precisou se adaptar em seu planejamento. “Nosso maior desafio tem sido preparar a Empresa para manter seu protagonismo nos próximos anos, o que implica em ganhos de eficiência operacional, maior transparência e redução da dependência do Tesouro Nacional”, avalia o diretor-executivo de Gestão Institucional, Tiago Ferreira, ressaltando a consolidação fiscal e a pandemia como os dois principais condicionantes.

Segundo ele, a Embrapa será convocada a contribuir com o ajuste das contas públicas e precisará racionalizar o uso de recursos e obter ganhos de eficiência para preservar suas operações. “A transformação digital e os centros de serviços compartilhados são as principais frentes de ação, mas precisamos também explorar as vantagens associadas ao ERP-SAP, uma plataforma organizacional robusta, que contribui com a integração e o compartilhamento de processos administrativos”, explica.

Sobre a pandemia, o diretor diz acreditar no efeito transformador das relações, inclusive de trabalho. “Estão sendo estudadas alternativas para a organização do trabalho, sendo importante ressaltar nossas restrições, em especial a financeira”, comenta. “O fato é que não devemos temer a mudança, porque as transformações trazem desafios que, se encarados adequadamente, representam grandes oportunidades - o Brasil precisa da Embrapa”, conclui.

Dinamismo

Já a diretora-executiva de Inovação e Tecnologia, Adriana Regina Martin, destaca como prioridades a aproximação com o setor produtivo e o maior dinamismo na busca por novos modelos de financiamento de projetos de PD&I para incrementar o orçamento. “Diretoria e Unidades Centrais e Descentralizadas estão engajadas em melhorar esse cenário”, diz.

De acordo com a gestora, no ano passado, dos R$ 168,1 milhões investidos em projetos de PD&I, mais de R$ 32 milhões vieram da iniciativa privada, o que significa um salto de 11,2% em 2019 para 17,3% em 2020. Nesse sentido, Adriana Martin destaca os esforços para que seja atingida a meta de mais 40% dos projetos com parceiros até 2023, em alinhamento aos temas do VII PDE e às megatendências da agricultura brasileira.

Quanto às alternativas de financiamento, ela dá como exemplo a estruturação de fundos privados com grandes players do agronegócio. Cita ainda o trabalho da Secretaria de Inovação e Negócios (SIN), como Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), na busca de novos modelos de negócio para transferir as tecnologias ao setor produtivo e à sociedade, gerando maior valor agregado. “Estão sendo fundamentadas as bases para que a Embrapa seja sócia de empreendimentos para o desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores e o lançamento de ativos, com melhor posicionamento de mercado e visibilidade”, completa.

Aumentar a visibilidade da Empresa no ecossistema de inovação nacional é outra linha de ação relevante para a agenda institucional, como forma de promover o desenvolvimento de novos mercados e o fortalecimento do empreendedorismo. “Quase todos os centros de pesquisa da Embrapa têm parcerias com empresas de base tecnológica digital e iniciativas para impulsionar o mercado de startups”, diz. “São oportunidades para embarcar ativos tecnológicos e pré-tecnológicos da Empresa em soluções digitais, de biotecnologia e de nanotecnologia, dentre outros segmentos possíveis”, conclui.

Entregas mais direcionadas

Ajustes na programação e nos programas, tornando-os mais focados e com entregas claras e escalonadas estão entre as principais metas da área de P&D, uma das mais estratégicas e essenciais da Empresa. De acordo com o diretor Guy de Capdeville, as dificuldades devido às restrições orçamentárias exigem que a Embrapa continue se adaptando para seguir entregando à sociedade as soluções que precisa, em especial aos agricultores.

“Precisamos fortalecer nossa atuação em redes regionais e nacionais, atuando cada vez mais transversalmente e multidisciplinarmente para acelerar nossa capacidade de produzir, entregar e subsidiar o Estado brasileiro no estabelecimento das políticas públicas que farão o País avançar”, diz.

Destacando o papel da Empresa no contexto do agro, o diretor lembra as cobranças constantes por entregas mais direcionadas pelo setor produtivo. “Detemos um volume de informações e ferramentas que orienta e ajuda nossas UDs a direcionar o avanço científico para atender as inovações que precisamos produzir”, comenta. “E não se trata de obliteração da criatividade, mas sim de dar orientação e pragmatismo. Ciência pode e deve ser lucrativa, principalmente em uma empresa como a Embrapa”.

CONTINUE LENDO

Agronegócio baiano cresce 11,2% no quarto trimestre de 2020

  • Redação
  • 19 Mar 2021
  • 14:41h

Setor teve participação de 22% no PIB estadual global no período, destaque para soja, milho, cana-de-açúcar, cacau e café | Foto: Mateus Pereira/GOVBA

O PIB do agronegócio baiano registrou expansão de 11,2% no quarto trimestre de 2020 na comparação com o mesmo trimestre de 2019. O setor movimentou R$ 17 bilhões no período, com participação de 22% no Produto Interno Bruto do estado no período (R$ 77,7 bilhões). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (19), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)/Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan). Os desstaques foram os cultivos de soja, milho, cana-de-açúcar, cacau e café. “Esta expansão recorde da safra e a expansão do PIB do setor comprovam a eficiência das políticas públicas do Governo do Estado de estímulo à produção agrícola na Bahia”, avalia o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro. No ano, o PIB do agronegócio baiano totalizou crescimento de 5,2% ante retração do conjunto total da economia baiana (-3,4%). Em participação, a economia do agronegócio representou 23,8% do PIB baiano, com valor total de R$ 72,7 bilhões em 2020.

Safra de grãos deve ser recorde em 2021, diz IBGE

  • Vitor Abdala | Agência Brasil
  • 11 Fev 2021
  • 11:02h

Brasil deve produzir 262,2 milhões de toneladas de grãos | Foto: Reprodução

O Brasil deve registrar, em 2021, safra recorde de cereais, leguminosas e oleaginosas, segundo estimativa de janeiro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a previsão, o país deve produzir 262,2 milhões de toneladas, resultado 3,2% superior ao registrado no ano passado.

A previsão de janeiro para este ano é 0,7% superior (ou seja, mais 1,7 milhão de toneladas) à feita pela estimativa de dezembro do ano passado. Já a área colhida deve ser de 66,8 milhões de toneladas, ou seja, 2,1% acima da observada no ano passado.

Entre as principais lavouras, a expectativa é de alta nas produções de soja (7,2%), que deve totalizar 130,3 milhões de toneladas; de milho (0,4%), que deve totalizar 103,7 milhões de toneladas; de feijão (4,1%) e de sorgo (0,1%).

Por outro lado, são esperadas quedas na safra de arroz (-0,6%), que deve chegar a 11 milhões de toneladas; na lavoura de algodão herbáceo (16,5%), que deve totalizar 5,9 milhões de toneladas; e na safra de trigo (-6,5%).

Outros produtos
Além dos cereais, leguminosas e oleaginosas, o IBGE também faz estimativas para outros produtos agrícolas importantes do país. Em 2021, são esperadas altas nas safras de laranja (0,8%), que deve somar 15,9 milhões de toneladas; de uva (13,1%), de banana (3,2%) e de tomate (1,2%).

Por outro lado, o ano deve fechar com quedas na produção de cana-de-açúcar (-1,6%), que deve totalizar 667 milhões de toneladas; café (-27,3%), mandioca e batata-inglesa (ambas com recuo de 0,8%).

Copercampos e representantes de empresas de híbridos de milho debatem problemática da cigarrinha

  • Realidades da Safra
  • 02 Fev 2021
  • 09:35h

(Foto: Portal do Agronegócio)

A equipe técnica da matriz da Copercampos, sob coordenação do Gerente de Assistência Técnica Fabrício Jardim Hennigen, esteve reunida em janeiro, com representantes das empresas parceiras de híbridos de milho, a fim de fazer um levantamento dos danos causados na região de atuação da Copercampos e debater estratégias de manejo para a praga que têm causado grandes prejuízos aos produtores do cereal.

A Cigarrinha do Milho (Dalbulus maidis) ocasiona enfezamento das plantas, por meio de viroses. Além de causar lesões como inseto sugador, é responsável por danos indiretos que geram perdas mais expressivas na cultura, pela transmissão de fitopatógenos como os molicutes, Fitoplasma (Maize bushy stunt phytoplasma) e Espiroplasma (Spiroplasma kunkelii), sendo estes, os agentes causais do enfezamento do milho, e do Raiado Fino (Maize rayado fino-MRFV).

De acordo com Fabrício Jardim Hennigen, o manejo da praga deve ser realizado de forma antecipada, utilizando cultivares de milho com resistência genética ao complexo de enfezamento; Eliminar plantas tigueras ou voluntárias de milho que servem como fonte de inóculo para os enfezamentos e outras doenças; plantas essas que permitem a sobrevivência e multiplicação de pragas como a cigarrinha e percevejos, por exemplo; - Uso de híbridos de milho tolerantes a praga; Iniciar aplicações no início da infestação – geralmente 7 dias após a emergência e reaplicar com intervalo de 7 a 10 dias no caso de reinfestações, utilizando produtos recomendados; - Evitar semeaduras tardias, que concentram cigarrinhas infectantes com molicutes, provenientes de lavouras com plantas adultas presentes nas imediações;  Monitorar a presença de cigarrinhas nas lavouras em todas as safras; Evitar plantio tardio de milho;  Verificar fontes de inóculo nas imediações – evitar semeadura e pulverizar gramíneas próximas e utilizar controle biológico para controle dos ovos, ninfas e adultos da cigarrinha.

“No encontro com os profissionais das empresas, debatemos estratégias para minimizar perdas nas safras futuras. Todas as estratégias de manejo também foram discutidas nesse encontro, bem como seus prós e contras. Temos produtos para manejo desta praga, porém, neste estádio de plantas, não há como aplicar o produto, então, para as próximas safras, teremos que saber trabalhar com esta problemática que é a cigarrinha e realizar a melhor estratégia de manejo para evitar perdas”, ressaltou.