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Paraná Pesquisas: Com mais de 36% das opções de voto, Bolsonaro aparece na frente de Lula

  • Bahia Notícias
  • 18 Fev 2025
  • 08:53h

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

Uma pesquisa eleitoral divulgada nesta terça-feira (18) pelo Paraná Pesquisas mostrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (36%) está na frente de Lula (33,8%) em um cenário estimulado, em que os candidatos são listados aos entrevistadores.

Já na pesquisa espontânea, em os presidenciáveis não são apresentados, Lula, com 19%, aparece à frente de Bolsonaro (17,6%). Em terceiro lugar nesta modalidade de apuração está o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com apenas 1,3%. 

Na região Nordeste, Lula ainda mantém a dianteira com 47,3%, seguido por Bolsonaro (25,3%). Já na região Sudeste, o ex-presidente bolsonarista lidera a pesquisa com 38,1% das opções, e Lula aparece em segundo com 33,1%. 

Vale destacar, que o ex-presidente Jair Bolsonaro segue inelegível até o ano de 2030, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Num cenário com Michelle Bolsonaro e sem o seu cônjuge, a pesquisa estimulada apontou a liderança de Lula (34,1%) seguido pela ex-primeira-dama com 27,2%. Mais atrás, aparecem Ciro Gomes (9,0%) e Gusttavo Lima (8,7%).

Bolsonaro convoca para manifestação contra Lula em 16 de março, mas não deve pedir impeachment do presidente

  • Por Edu Mota, de Brasília/Bahia Notícias
  • 17 Fev 2025
  • 18:15h

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Enquanto aguarda a apresentação da denúncia formulada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, na qual deve ser acusado de ter liderado uma organização criminosa que atuou para abolir o Estado Democrático de Direito, o ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou vídeo nesta segunda-feira (17) em que convoca apoiadores para manifestações nas ruas no dia 16 de março. 

No vídeo, Bolsonaro afirma que as pautas do protesto são a favor da liberdade de expressão, por maior segurança contra a criminalidade, e com críticas ao aumento do custo de vida com o governo atual. O ex-presidente também incluiu na pauta dos protestos o “Fora Lula 2026” e a “Anistia Já”, em favor dos presos e condenados pelos atos de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. 

“Eu peço a você que vaio participar em outros municípios que procure saber qual é a pauta e quem estará organizando esse momento. Uma boa sorte a todos e até lá, se Deus quiser”, afirmou Bolsonaro.

O ex-presidente Jair Bolsonaro falou da organização em outros municípios pelo fato de que ele mesmo estará presente no ato que está programado para Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento está sendo planejado pelo pastor Silas Malafaia e lideranças políticas do PL. Os filhos do ex-presidente também devem estar presentes neste ato junto com o seu pai.

Organizador da manifestação, o pastor Silas Malafaia disse ser contra o impeachment do presidente Lula. Em entrevista à jornalista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o pastor, um dos principais aliados do ex-presidente, defendeu que as manifestações de 16 de março foquem na anistia aos presos do 8 de janeiro, e não no impeachment.

“Por que impeachment de Lula? Para entrar um [presidente] pior do que ele, que é o [vice-presidente Geraldo] Alckmin? Trocar seis por meia dúzia? Pelo Alckmin, que é pior ainda, que é amicíssimo do [ministro do Supremo Tribunal Federal] Alexandre de Moraes? Eles se merecem! Deixa esse governo ir até o final, já que foram eles que arrumaram tudo isso o que está acontecendo no país de desgraça econômica, de roubalheira, de estatal dando prejuízo. Deixa eles”, disse Malafaia.

Segundo Malafaia, “o presidente Bolsonaro não vai pautar isso”, em referência ao impeachment, que vem sendo defendido por deputados do PL e de oposição, como Nikolas Ferreira (PL-MG), por exemplo. 

Anvisa suspende atendimento de oito clínicas de estética em quatro estados por irregularidades graves

  • Bahia Notícias
  • 17 Fev 2025
  • 16:20h

Foto: Reprodução / Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão imediata do atendimento em oito serviços de estética e embelezamento em Belo Horizonte (3 estabelecimentos), Brasília (1), Goiânia (1) e no estado de São Paulo (3). A decisão foi tomada após vistorias que identificaram “irregularidades graves que não podem ser sanadas a curto prazo ou de maneira simples”. 

As inspeções ocorreram em 31 estabelecimentos, sendo que apenas uma unidade em Goiânia não apresentou problemas.

Nos demais locais, a Anvisa detectou uma série de falhas, como a ausência de boas práticas de funcionamento, falta de procedimentos e protocolos para a segurança dos pacientes, inexistência de prontuários, descarte incorreto de seringas, uso de produtos vencidos, aplicação de cosméticos injetáveis proibidos, além de problemas estruturais, como mofo e infiltração. A agência também constatou a falta de pias e dispensadores de álcool para higiene das mãos, além de falhas na limpeza e esterilização de equipamentos.

A Anvisa não divulgou os nomes das unidades interditadas, mas informou que a escolha dos estabelecimentos para vistoria foi baseada em denúncias de usuários e no alto volume de propagandas patrocinadas pelas marcas em mídias tradicionais e redes sociais. A operação, batizada de “Estética com Segurança”, foi realizada em parceria com as vigilâncias sanitárias estaduais e municipais e também incluiu a fiscalização de fornecedores de dispositivos médicos para procedimentos estéticos nas regiões Sul e Centro-Oeste.

A agência ressaltou que processos administrativos sanitários serão abertos para apuração e aplicação de penalidades aos estabelecimentos irregulares. Em seu site, a Anvisa disponibiliza orientações e cuidados que devem ser observados em tratamentos estéticos, reforçando a importância de segurança e responsabilidade nesses procedimentos.

A medida visa proteger a saúde dos consumidores e coibir práticas inadequadas no setor de estética, que tem crescido significativamente nos últimos anos. A Anvisa alerta que os usuários devem sempre verificar a regularidade dos estabelecimentos e a qualificação dos profissionais antes de realizar qualquer procedimento.

Oito em cada dez brasileiros sentem alta no preço dos alimentos, diz Quaest

  • Por Alexandre Novais Garcia | Folhapress
  • 17 Fev 2025
  • 14:40h

Foto: Reprodução/Bahia Notícias

As famílias brasileiras de todas as classes sociais notaram a elevação de preços dos alimentos e das contas de água e energia elétrica, mostra pesquisa Quaest divulgada neste domingo (16).

Oito em cada dez dizem que preço dos alimentos subiu. A percepção é praticamente semelhante entre as classes sociais. Os preços mais baixos foram citados por menos de 10% de todas as faixas de renda. Já a percepção de estabilidade varia entre 11% (classe baixa) e 14% (classe alta).

Avaliações confirmam os números da inflação oficial. Dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apontam que os preços dos itens do grupo de alimentos e bebidas subiram nos últimos cinco meses. A alta acumulada de 5,4% no período supera a inflação de todo o ano de 2024 (4,83%).

Alimentação dentro de casa puxa a sequência de altas. Somente em janeiro, a variação de 1,07% dos produtos consumidos no domicílio foi puxada pelos preços da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%), e do café moído (8,56%).

Problemas climáticos interferiram na alta dos preços. "O índice foi puxado pela alta dos itens alimentícios, que sofreram influência de condições climáticas adversas, em vários períodos do ano e em diferentes localidades do país", afirmou Fernando Gonçalves, gerente responsável pelo IPCA, na divulgação do índice de 2024.

SERVIÇOS ESSENCIAIS

Tarifas de água e eletricidade também pesaram no bolso. O encarecimento dos serviços essenciais foi sentido, principalmente, pelas famílias da classe baixa (69%). O percentual reduz entre as classes média (66%) e alta (64%), conforme a disponibilidade da renda.

Aumento das contas de água e esgoto ocorre há três meses. Os dados do IPCA sinalizam que as tarifas do serviço avançaram 0,97% em janeiro, maior variação mensal para o mês desde 2023 (1,44%).

Contas de luz impediram salto maior do IPCA em janeiro. As tarifas de energia elétrica residencial ficaram 14,4% mais baratas no mês passado. A variação negativa foi ocasionada pelo desconto concedido nas contas para as famílias que tiveram consumo inferior a 350 quilowatts-hora (kWh) em ao menos um mês de 2023.

"Bônus Itaipu" beneficiou 78 milhões de consumidores. A projeção considera o desconto máximo de R$ 49 nas tarifas. O repasse total de R$ 1,3 bilhão foi aprovado em novembro do ano passado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Quaest ouviu 2.000 brasileiros para elaborar a pesquisa. O levantamento "Diferenças Entre Classes Sociais Brasileiras" tem margem de erros maiores do que a amostra completa devido à análise de comportamentos, percepções e opiniões por classe social. As variações oscilam entre 3 pontos percentuais (classe média) e 4 pontoa percentuais (classes baixa e alta).

CRISE NO GOVERNO

A alta no preço dos alimentos impactou a imagem do governo Lula. O presidente chegou a pedir para que os consumidores deixem de comprar produtos que estejam muito caros.

Uma das coisas mais importantes para a gente poder controlar o preço é o próprio povo. Se você vai ao supermercado e desconfia que tal produto está caro, você não compra Presidente Lula, em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia.

Reflexo negativo. A alta dos alimentos é considerada por integrantes do governo um dos principais motivos para a queda de popularidade do presidente Lula, que já demonstrou que esse tema é uma de suas principais preocupações neste ano.

Datafolha mostrou que a aprovação de Lula desabou em dois meses de 35% para 24%. A avaliação alcança um patamar inédito para o petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, passando de 34% a 41%.

Lula leva vantagem na “classe baixa” e Bolsonaro é apoiado por maioria da “classe alta”, aponta Quaest

  • Bahia Notícias
  • 17 Fev 2025
  • 12:25h

Fotos: Marcelo Camargo / EBC

Um estudo realizado pelo Instituto Quaest, com base em entrevistas feitas em 2023 com 2 mil pessoas em todo o país, mostrou como as preferências políticas variam entre diferentes classes de renda. A pesquisa classificou os entrevistados em três grupos: classe baixa, média e alta, de acordo com a renda familiar mensal.

Na classe baixa, a maioria dos entrevistados demonstrou maior identificação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Cerca de 28% se declararam “Lulistas/Petistas”, enquanto 11% se posicionaram à esquerda, mas sem vínculo com o PT. A maior parte, 31%, afirmou não ter posicionamento político. Entre os que se identificam com a direita, 14% não são bolsonaristas, e 9% se declararam “Bolsonaristas”.

Na classe média, houve uma divisão mais equilibrada. Enquanto 16% se disseram “Lulistas/Petistas” e 15% se identificaram com a esquerda sem relação ao PT, 32% não têm definição política. Já 22% se posicionaram à direita, mas sem vinculação a Bolsonaro, e 12% se declararam “Bolsonaristas”. Somando os percentuais, Lula e a esquerda têm 31% de apoio, enquanto Bolsonaro e a direita alcançam 34%.

Na classe alta, o apoio a Lula foi menor, com apenas 12% se declarando “Lulistas/Petistas”, enquanto 14% se identificaram como “Bolsonaristas”. A tendência à direita predominou, com 29% dos entrevistados se posicionando nesse espectro, mas sem vinculação a Bolsonaro. Além disso, 27% não têm posicionamento político definido.

A pesquisa também revelou que as principais preocupações variam conforme a classe de renda: enquanto as classes baixa e média temem mais a violência, a classe alta demonstra maior preocupação com a corrupção.

Dados detalhados:

 

Classe baixa

Lulista/Petista: 28%

Não é Lulista/Petista, mas mais à esquerda: 11%

Não tem posicionamento: 31%

Não é Bolsonarista, mas mais à direita: 14%

Bolsonarista: 9%

NS/NR: 6%

Margem de erro: 4 pontos percentuais

Classe média

Lulista/Petista: 16%

Não é Lulista/Petista, mas mais à esquerda: 15%

Não tem posicionamento: 32%

Não é Bolsonarista, mas mais à direita: 22%

Bolsonarista: 12%

NS/NR: 3%

Margem de erro: 3 pontos percentuais

 

Classe alta

Lulista/Petista: 12%

Não é Lulista/Petista, mas mais à esquerda: 16%

Não tem posicionamento: 27%

Não é Bolsonarista, mas mais à direita: 29%

Bolsonarista: 14%

NS/NR: 2%

Margem de erro: 4 pontos percentuais

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Equipe econômica prega cautela após queda de popularidade de Lula

  • Por Idiana Tomazelli | Folhapress
  • 17 Fev 2025
  • 08:40h

Foto: Reprodução/Bahia Notícias

Integrantes da equipe econômica pregam cautela após pesquisa Datafolha mostrar queda acentuada na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O diagnóstico é que é preciso evitar "intervenções desastradas" e medidas contraproducentes, que poderiam piorar as incertezas e impulsionar novamente a taxa de câmbio, na contramão do esforço de combate à inflação —fator decisivo na sensação de bem-estar da população.

A Folha de S.Paulo ouviu técnicos e autoridades das pastas econômicas e do Palácio do Planalto. Os interlocutores reconhecem nos bastidores que os resultados podem gerar algum tipo de pressão política por ações mais contundentes, mas avaliam que seria um problema o governo concluir que precisa dar um "cavalo de pau" para melhorar sua popularidade.

No mercado financeiro, antes da nova pesquisa Datafolha, já havia se instaurado o temor de que, com 2026 no horizonte, o governo Lula passasse a adotar medidas eleitoreiras, sobretudo com elevação de despesas e flexibilização ou drible a limites fiscais.

Técnicos e autoridades da área econômica são enfáticos sobre a ausência de espaço para ampliação de gastos, mesmo após a perda de popularidade apontada pelo levantamento.

Por outro lado, apostam no projeto que amplia a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 como uma forma de reduzir o mal-estar, principalmente na classe média. O projeto está sendo finalizado e deve vir acompanhado de medidas para taxar os mais ricos, para compensar a perda de arrecadação.

Pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (14) mostra que a aprovação de Lula desabou em dois meses, de 35% para 24%, um patamar inédito para o petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, passando de 34% para 41%. Acham o governo regular 32%, ante 29% em dezembro passado, quando o Datafolha havia feito sua mais recente pesquisa sobre o tema.

A piora na avaliação da gestão ocorre em meio à alta de preços dos alimentos, que pesa no bolso dos consumidores, sobretudo os de baixa renda. Os resultados também vêm na esteira da crise do Pix nas primeiras semanas do ano, quando a Receita Federal editou uma norma que buscava aprimorar a fiscalização sobre transações financeiras.

A medida foi usada pela oposição para disseminar a fake news de que o Pix seria taxado. Mesmo com o desmentido, o governo foi forçado a recuar da medida.

Um técnico do governo reconhece que é sofrido ver a piora na trajetória de aprovação da gestão, mas acredita haver consciência dentro do Executivo de que é preciso "segurar a onda" para não produzir mais instabilidade.

A lição veio da própria situação sobre o preço dos alimentos. Segundo esse interlocutor, o governo penou para entender que não havia bala de prata para resolver o problema.

No percurso, o próprio Executivo produziu uma série de ruídos em torno do tema, como quando o ministro Rui Costa (Casa Civil) disse que o governo buscaria um "conjunto de intervenções" para baratear os alimentos.

A palavra "intervenção" costuma ser associada a tabelamento e controle de preços, por isso houve reação negativa do mercado. Rui Costa então concedeu entrevista para esclarecer a questão e sugeriu a todos trocar a palavra por "medidas".

O mesmo ministro depois acabou virando alvo de críticas nas redes sociais ao sugerir que a população trocasse a laranja por outra fruta mais barata.

Ainda que não haja uma solução mágica para o problema, a inflação de alimentos é vista como um dos principais percalços para o governo.

Um ministro diz à Folha de S.Paulo, sob reserva, que o problema não está nas políticas econômicas, e expandir gastos como forma de tentar reagir à pesquisa estaria no rol de medidas contraproducentes pelo seu impacto negativo no câmbio e, consequentemente, nos preços.

Além disso, esse interlocutor afirma que o maior impacto da pesquisa será na agenda política, levando o presidente a acelerar e aprofundar a reforma ministerial.

Dentro do governo, o diagnóstico é que o choque de preços tende a se dissipar ao longo do ano, embora alguns itens continuem pressionados, como proteína animal. A própria desaceleração da atividade econômica, em um ambiente de juros mais altos, deve colaborar nesse sentido.

A percepção dos técnicos é que a elevação da Selic ajudará no controle de preços, mas sem elevar fortemente a taxa de desemprego, o que poderia manter a sensação de mal-estar na população.

O governo também aposta na implementação de outras medidas já anunciadas para tentar melhorar sua imagem, como o novo modelo de empréstimo consignado privado, a reformulação do Auxílio-Gás e o próprio projeto de isenção maior do IR.

O ministro Carlos Lupi (Previdência Social) diz à reportagem que a pesquisa Datafolha mostra "uma fotografia do momento", mas a retomada de uma situação de maior normalidade pode favorecer as próximas avaliações.

Segundo ele, a depender do que acontecer nos próximos meses, sobretudo em relação ao cenário externo, a economia pode demandar "pequenos ajustes", mas já há sinais de melhora à frente.

"Tivemos falhas em mostrar para a população o quanto avançamos, e a crise especulativa do dólar no final do ano, as enchentes no Rio Grande do Sul, as guerras, tudo criou um ambiente de desconforto. Estamos começando a voltar à normalidade, dólar caindo, melhor safra agrícola da história e queda da inflação, tudo mudando a nosso favor. Daqui dois ou três meses vamos voltar a crescer, e o presidente Lula vai liderar o bom e ótimo", afirma.

Anvisa acha irregularidades em 30 de 31 clínicas de estética fiscalizadas; 8 são interditadas

  • Por Cláudia Collucci | Folhapress
  • 16 Fev 2025
  • 14:11h

Foto: Ascom/Anvisa

Em operação de fiscalização realizada nesta semana em clínicas de estética de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, foram encontradas irregularidades em 30 dos 31 estabelecimentos vistoriados, mostra balanço divulgado na noite desta sexta (14).
 

Liderada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, a operação interditou oito dos serviços devido a problemas graves. O restante responderá a processo administrativo sanitário e aplicação de multas. A agência não divulgou os nomes dos estabelecimentos.
 

Entre as clínicas interditadas, três estão no estado de São Paulo. Nos 11 serviços inspecionados na capital paulista, em Osasco e Barueri, os agentes encontraram produtos sem registro e manipulados em escala de produção industrial, o que é vedado pela Anvisa.
 

Foram encontrados também diversos produtos para saúde injetáveis manipulados, como os preenchedores dérmicos, o que é proibido, devido ao alto grau de tecnologia e gerenciamento de risco necessários para sua fabricação.

De acordo com o balanço da Anvisa, ao todo, mais de 2.000 ampolas manipuladas foram apreendidas. Entre diversos produtos vencidos, havia toxina botulínica que estava com a validade expirada há dois anos.
 

Uma das clínicas realizava transplantes capilares sem possuir a estrutura mínima para tal atividade. Além disso, foram identificadas ampolas com combinação de produtos, mas sem a devida identificação nos rótulos.
 

Em apenas uma clínica de Osasco (SP), foram encontradas mais de 300 ampolas de produtos injetáveis em condições irregulares, além de nove equipamentos médicos sem calibração --que foram interditados.
 

Nas cinco clínicas vistoriadas no Distrito Federal foram flagrados medicamentos vencidos ou sem registro no Brasil, descarte incorreto de resíduos, falhas de higiene, problemas na estrutura física, toxina botulínica e outros produtos médicos armazenados sem controle de temperatura, além de procedimentos invasivos realizados sem a devida autorização do estabelecimento.
 

Um dos locais não possuía alvará sanitário. Em outro, não havia a presença do responsável técnico. Entre outras situações irregulares, havia refrigeradores funcionando em temperatura inadequada, ausência de procedimentos operacionais padronizados e de protocolos para registrar eventos adversos e o uso de fios implantáveis de polidioxanona (PDO) vencidos.
 

Outra situação que chamou a atenção em alguns estabelecimentos foi a ausência de pias para lavagem das mãos nas áreas de procedimentos.
 

Entre nove clínicas de estética fiscalizadas em Goiânia (GO), apenas uma não apresentou irregularidades. Nas demais, foram encontrados produtos vencidos, como cosméticos e remédios injetáveis, além de medicamentos manipulados em nome de funcionários das clínicas, a fim de burlar a fiscalização.
 

Produtos injetáveis estéreis (medicamentos submetidos a processo de esterilização para eliminar contaminantes) foram encontrados com a embalagem violada, aguardando utilização.
 

Resíduos eram descartados de forma incorreta e sem gerenciamento adequado, além de frascos de fenol, substância cujo uso para fins estéticos foi suspenso pela Anvisa em setembro de 2024, devido à falta de comprovação de segurança e eficácia.
 

Um das clínicas não possuía protocolo de segurança dos pacientes, e as equipes descobriram anotações referentes a dois casos de infecção, sendo um deles por micobactéria, após procedimentos realizados na clínica.
 

Esses casos não haviam sido notificados ao sistema de saúde público, contrariando a legislação, que estabelece a notificação compulsória para infecções graves. Uma clínica na capital de Goiás foi interditada.
 

Em um dos seis estabelecimentos vistoriados em Belo Horizonte (MG), capital que teve três serviços interditados, os fiscais flagraram a reutilização de instrumentos para microagulhamento da pele. Esses dispositivos perfuram a pele com agulhas, sob a promessa de estimular a produção de colágeno e melhorar a textura.
 

Durante o processo, geram-se sangue e secreções, o que implica que cada dispositivo deve ser usado uma única vez por paciente, sendo descartado em seguida. A reutilização desses materiais envolve risco de transmissão de infecções e doenças.
 

Também foram encontrados ponteiras de dermoabrasão e fios de polidioxanona (PDO) para lifting sem regularização no Brasil, tintas para tatuagem e injetáveis vencidos, além de uma grande quantidade de produtos manipulados em nome de funcionários da clínica, rótulos de produtos sem procedência ou composição e até mesmo compostos alimentares injetáveis.
 

Os agentes acharam ainda produtos de preenchimento, como ácido hialurônico, já abertos e usados, aguardando novo uso, além de falhas na esterilização dos utensílios, o que também envolve risco de infecção e transmissão de doenças. Também foram encontrados produtos de uso único sendo reprocessados para novo uso, o que é expressamente proibido.
 

Em um estabelecimento, a central de material esterilizado era usada também como depósito, reunindo materiais usados e novos, sujos e limpos, sem separação.
 

A agência informa que a escolha dos estabelecimentos foi motivada por denúncias recebidas de usuários e pelo aumento no número de relatos de eventos adversos graves associados a procedimentos estéticos.

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Fernanda Torres é 'diva pé no chão' em capa da revista The Hollywood Reporter

  • Por Folhapress
  • 16 Fev 2025
  • 12:08h

Foto: Divulgação

Fernanda Torres foi capa da revista americana The Hollywood Reporter, uma das mais importantes publicações de cinema no mundo, neste fim de semana. Sob o título "Fernanda Torres já ganhou", a reportagem fala de seu caminho rumo ao Oscar e do sucesso de "Ainda Estou Aqui" no Brasil.
 

"Todo o Brasil vai sintonizar na noite do Oscar, 'como a chegada à Lua', para ver se ela vence o prêmio de melhor atriz. Mas para a estrela de 'Ainda Estou Aqui', chamar a atenção do mundo para um trauma nacional reprimido por anos é o verdadeiro triunfo", diz a revista ainda na capa.
 

Acompanhada por um ensaio de fotos clicadas por Beau Grealy, a matéria do jornalista Seth Abramovitch abre chamando Torres de "diva pé no chão", descrevendo a chegada da atriz à entrevista, em Los Angeles. "Ela acaba de voltar de Lisboa. Suas últimas memórias da cidade são de janeiro, quando ela surpreendeu apostadores e a si mesma vencendo o Globo de Ouro", afirma o texto.
 

Torres lembrou da noite e citou a emoção que sentiu ao ver atrizes como Kate Winslet, Tilda Swinton e Nicole Kidman, que ela não conhecia pessoalmente, aplaudindo sua vitória. Mas então o sonho foi interrompido pelos incêndios que engoliram a cidade de Los Angeles, diz a publicação.
 

A The Hollywood Reporter ainda chama a atenção para os bons números que "Ainda Estou Aqui" vem fazendo nas bilheterias, tanto no Brasil, quanto lá fora. Por aqui, o filme de Walter Salles acaba de bater cinco milhões de público.
 

"Mais do que um sucesso de bilheteria, porém, 'Ainda Estou Aqui' serviu como uma terapia em grupo para o país de mais de 200 milhões de habitantes, confrontando de forma corajosa traumas nacionais", afirma o jornalista antes de Torres chegar ao tema do longa, que acompanha Eunice Paiva, advogada e ativista que teve o marido, Rubens Paiva, morto pela ditadura militar.
 

"Nós não falamos sobre isso. É algo muito brasileiro, varrer os problemas para baixo do tapete", disse Torres em relação à violência praticada pelo Estado durante a ditadura militar.

STF mantém decisão que descriminaliza porte de maconha para uso pessoal e define limite de 40 gramas

  • Bahia Notícias
  • 16 Fev 2025
  • 10:06h

Foto: Arquivo / Agência Brasil

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta sexta-feira (14), manter a íntegra da decisão da Corte que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e estabeleceu o limite de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes. O julgamento ocorre no plenário virtual, onde são analisados recursos protocolados pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público de São Paulo, que buscam esclarecer o resultado do julgamento concluído em julho do ano passado.

 

Até o momento, oito ministros acompanharam o voto do relator, ministro Gilmar Mendes, que na semana passada votou pela rejeição dos recursos. Além de Mendes, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Cristiano Zanin votaram no mesmo sentido.

 

A deliberação virtual será encerrada às 23h59 desta sexta-feira. A decisão mantém a posição do STF sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal e a definição do limite de 40 gramas como parâmetro para distinguir usuários de traficantes. O caso segue sob análise até o encerramento do julgamento.

Preço do ovo dispara no atacado e preocupa supermercados

  • Por Carlos Villela | Folhapress
  • 16 Fev 2025
  • 08:12h

Foto: Reprodução / Depositphotos

A disparada no preço dos ovos, que tem registrado alta diária no atacado nas regiões produtoras, preocupa supermercados, feirantes e consumidores. A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) diz que a valorização se intensificou desde a segunda quinzena de janeiro.
 

Uma combinação de fatores contribui para o aumento. Muitos consumidores têm recorrido aos ovos de galinha para driblar as carnes mais caras, segundo a associação. Além disso, o período da Quaresma, , que neste ano ocorre entre 5 de março e 17 de abril, tradicionalmente tem uma demanda maior, já que algumas famílias evitam o consumo de carne vermelha.
 

Custos altos com ração também contribuem.
 

"As empresas iniciaram a programação de abastecimento das lojas para atender à demanda sazonal da Quaresma, mas a restrição na oferta e os aumentos sucessivos de preços preocupam os supermercados. Além disso, os consumidores também têm recorrido mais aos ovos de galinha devido à alta dos preços das demais proteínas", afirmou, em nota, o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.
 

O preço dos ovos no atacado, divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP, atingiu o maior patamar diário em termos nominais da série histórica iniciada em maio de 2013.
 

Na cidade capixaba de Santa Maria de Jetibá, a maior produtora de ovos do Brasil, o valor médio alcançou o maior nível da série em termos reais, considerando a inflação.
 

O preço de uma caixa com 30 dúzias de ovos brancos chegou a R$ 233,55, um aumento de 37,9% em relação aos R$ 169,33 registrados em fevereiro de 2024. Já a caixa de ovos vermelhos passou a custar R$ 264,21, um acréscimo de 40,8% em comparação ao mesmo período do ano passado, que era de R$ 187,57.
 

Na Grande São Paulo, o ovo branco 18% de fevereiro de 2024 até agora, de R$ 172,49 para R$ 203,57. O vermelho subiu 14,7%, de R$ 200,25 para R$ 229,78.
 

Na Grande Belo Horizonte, o aumento foi de R$ 173,91 para R$ 212,07 no caso do ovo branco (21,9%) e de R$ 199,81 para R$ 232,21 (16,2%) para o vermelho.
 

A forte alta dos preços no atacado ainda não aparece nos números do varejo que calculam os preços em 12 meses até dezembro. De acordo com o relatório da Abras, nesse período o preço do ovo em supermercados teve uma queda de 4,53% em 12 meses, enquanto outras proteínas registraram aumentos expressivos, como cortes traseiros de carne (20,05%), dianteiros (25,25%) e pernil (20,05%).
 

Entretanto, a forte alta em janeiro superou os maiores valores nominais até então registrados, que haviam sido alcançados em maio de 2023.
 

De acordo com a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), a baixa oferta de ovos no mercado atacadista é um fenômeno sazonal, com séries históricas indicando retração entre dezembro e fevereiro, seguida por recuperação em março.
 

A expectativa é que os preços continuem pressionados até o período da Quaresma. A Ceagesp apontou um leve aumento, de 0,66% para ovos brancos e 0,38% para ovos vermelhos no entreposto de São Paulo.
 

Outro desafio enfrentado pelos consumidores é a mudança nas categorias de peso dos ovos. Segundo a Abras, a portaria nº 1.179 do do Ministério da Agricultura publicada em setembro reduziu o peso médio dos ovos em aproximadamente 10 gramas por unidade.
 

Pelos critérios atuais, um ovo médio pesa entre 38 g e 47 g, enquanto, na regra anterior, deveria ultrapassar 50 g. De acordo com a associação supermercadista, a mudança impacta o custo-benefício do alimento. Procurado, o ministério não respondeu até a publicação deste texto.
 

A portaria também estabeleceu que ovos devem vir com a data de validade carimbada na casca a partir do dia 4 de março.
 

A alta no preço dos ovos não é um problema exclusivo do Brasil. Nos Estados Unidos, o produto enfrenta uma crise, com aumento de 15% em um mês e prateleiras vazias e o temor com novos casos de gripe aviária. A escalada ao longo de 2024 foi um dos principais argumentos do então candidato Donald Trump para criticar a inflação e a condução econômica do governo Joe Biden. No entanto, desde que assumiu a presidência em 20 de janeiro, o republicano ainda não conseguiu conter o avanço.

 

Ministério da Saúde amplia faixa etária para receber vacina contra a dengue

  • Bahia Notícias
  • 15 Fev 2025
  • 16:23h

Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil

O Ministério da Saúde recomendou oficialmente, nesta sexta-feira (14), que as vacinas contra a dengue que estiverem próximas às datas de vencimento poderão ser aplicadas em pessoas com idades fora da faixa etária estipulada para o Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, as remessas poderão ser remanejadas para municípios ainda não contemplados pela vacinação.

 

A recomendação técnica é válida para todos os estados e o Distrito Federal e pretende garantir que todos os imunizantes adquiridos cheguem à população, ampliando a proteção contra a doença. Agora, as doses com um prazo de 2 meses de validade poderão ser remanejadas para municípios ainda não contemplados pela vacinação contra dengue ou ser aplicadas em faixa etária ampliada, contemplando pessoas de 6 anos a 16 anos de idade.

 

Segundo a Agência Brasil, já para as vacinas que completarem 1 mês de validade, a estratégia poderá ser expandida até o limite etário especificado na bula da vacina, abrangendo a faixa etária de 4 anos a 59 anos, 11 meses e 29 dias. O imunizante, no âmbito do SUS, é voltado para aqueles com idade entre 10 anos e 14 anos. 

 

Segundo o Ministério, a expansão do público-alvo deve considerar a disponibilidade de doses e a situação epidemiológica de cada estado e município. Além disso, a pasta deve ser devidamente informada pelas unidades federativas sobre a implementação da estratégia temporária de ampliação da vacinação.

 

Todas as doses administradas devem ser registradas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) para garantir a segunda dose e o monitoramento completo do processo de imunização.

 

Segundo o Ministério da Saúde, em 2024, 6,5 milhões de doses foram enviadas aos estados e municípios, mas apenas 3,8 milhões foram aplicadas. A situação é ainda mais preocupante entre os adolescentes. Aproximadamente 1,3 milhão de jovens que iniciaram o esquema vacinal não retornaram para a segunda dose. As informações são da Agência Brasil. 

STF decide que órgãos públicos não respondem automaticamente a verbas trabalhistas; entenda

  • Bahia Notícias
  • 15 Fev 2025
  • 14:40h

Foto: Antônio Augusto | STF / Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na quarta-feira (13), que órgãos públicos não respondem automaticamente pelo pagamento de verbas trabalhistas de empresas terceirizadas que deixaram de pagar os funcionários.  As informações são da Agência Brasil.

A decisão vale para empresas que prestam serviços para o governo. Além disso, o documento afirma que a responsabilidade de pagamento das verbas trabalhistas por órgãos, ocorre quando há conhecimento pelo poder público sem tomada de providências, devendo ser provadas.

O STF fixou regras para assinatura de contratos com a administração pública como exigência de comprovação de capital social integralizado compatível com o número de empregados da empresa contratada, bem como adotar medidas de comprovação de pagamento dos funcionários da terceirizada.

Presidente do Banco Central diz que instituição precisa ter mais clareza sobre dados da economia

  • Bahia Notícias
  • 15 Fev 2025
  • 12:20h

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ponderou que a instituição necessita ter dados econômicos e inflação analisados de forma mais clara. O dirigente deu essa declaração, em evento a empresários realizado nesta sexta-feira (14), após uma retrospectiva em que os mesmos dados acabaram se apresentando de uma maneira em que "pareciam confirmar uma tendência e, depois, isso não se confirmou".

"Por isso eu disse que é importante que o banco Central tenha o tempo necessário para consumir esses dados e ter clareza se não estamos assistindo simplesmente uma volatilidade que responde esses dados de alta frequência e ter certeza se estamos conseguindo observar uma tendência", analisou..

O presidente do BC também falou, na última quarta-feira (12), que o Brasil passará por momento "desconfortável" no âmbito econômico, de curto prazo. A entidade estima um possível estouro do teto da meta (4,5%), em junho deste ano, conforme o sistema de alvo contínuo em vigor.

Além disso, Galípolo também falou sobre a política de tarifas recíprocas imposta por Donald Trump, nos Estados Unidos, e sobre o que isso afeta ao Brasil. Segundo ele, o Brasil vai ser afetado, mas em menor intensidade, comparado com outros países como o México.

Sem citar Datafolha, Lula diz querer ser melhor que em 2010

  • Por Nicola Pamplona | Folhapress
  • 15 Fev 2025
  • 10:29h

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Sem citar a pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14), o presidente Lula (PT) exaltou realizações do governo em discurso durante cerimônia de anúncio de investimentos da Vale em Parauapebas (PA).

O mandatário citou o emprego recorde e a oferta de crédito como sinais de que "alguma coisa está acontecendo nesse país" e disse que tem o objetivo de fazer um governo melhor do que em 2010, quando a economia apresentava grande crescimento.

A aprovação do presidente desabou em dois meses, de 35% para 24%, chegando a um patamar inédito para o petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, passando de 34% a 41%.

"Jamais voltaria a disputar a Presidência do Brasil se não tivesse certeza de que seria melhor do que fui em 2010", afirmou. "Eu quero construir um país de trabalhadores bem remunerados, de empreendedores bem sucedidos."

A avaliação registrada na pesquisa é a pior colhida por Lula em sua vida como presidente. Antes, havia atingido 28% de ótimo e bom em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do mensalão, em seu primeiro mandato (2003-06). Já o maior índice de ruim e péssimo fora registrado em dezembro passado (34%).

Seu terceiro mandato, iniciado em 2023, vinha sendo marcado por uma certa estabilidade na avaliação. Na média entre nove levantamentos do Datafolha, sua aprovação era de 36% e a reprovação, de 31%.

Lula reforçou que o governo está lançando um novo programa de crédito consignado, que permitirá a troca de empréstimos mais caros por taxas de juros mais baratos.

"Dinheiro bom é aquele que vai para o povo, aquele que vai para o trabalhador, aquele que vai para o pequeno produtor rural", afirmou. "É pouco dinheiro, mas vai comprar comida, vai comprar sapato, vai levar coisa para a casa dele. É esse dinheiro que gera emprego."

O tombo na popularidade do presidente demonstra o impacto de crises sucessivas pelas quais passa o governo, sendo a mais vistosa delas a do Pix. Ela ocorreu em janeiro, com a divulgação de que o governo iria começar a fiscalizar transações superiores a R$ 5.000 pela modalidade instantânea de transferência bancária.

A inflação de alimentos é um foco constante de preocupação, e o presidente não contribuiu com frases como aquela na qual sugeriu que as pessoas parassem de comprar comida cara. Se na teoria parece lógico, soou como um lavar de mãos, devidamente aproveitado pela mais ágil oposição.

Com a queda de popularidade, Lula intensificou uma agenda de viagens. Esta semana, esteve em Macapá e Belém. Fechou esta sexta em Parauapebas, onde participou de cerimônia de lançamento de investimentos de R$ 70 bilhões da Vale.

Esteve acompanhado de oito ministros e do governador do Pará, Helder Barbalho.

Na segunda (17), o presidente da República estará em Angra dos Reis (RJ) para um evento em que a Petrobras vai celebrar a retomada de contratações na indústria naval brasileira, uma de suas promessas de campanha.

Itamaraty confirma viagem de Lula ao Japão em março

  • Bahia Notícias
  • 15 Fev 2025
  • 09:27h

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará visita de Estado ao Japão nos dias 25 e 26 de março. A viagem, confirmada pelo Itamaraty nesta sexta-feira (14), marca a celebração de 130 anos de relações diplomáticas entre os dois países. 

 

No contexto do Ano do Intercâmbio e da Amizade Brasil-Japão, esta será uma das primeiras viagens internacionais do presidente desde que ele foi liberado plenamente para exercer sua rotina habitual. No fim de janeiro, após novos exames, que detectaram recuperação total depois dos procedimentos a que foi submetido no início de dezembro, para drenar um edema cerebral, devido a um acidente doméstico sofrido em outubro.

 

Segundo a Agência Brasil, na viagem, Lula será acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, e por uma comitiva de ministros, que ainda será definida. Lula e Janja serão recebidos pelo imperador Naruhito e a imperatriz Masako no Palácio Imperial, em Tóquio. O presidente brasileiro também manterá reunião com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba.

 

De acordo com o Itamaraty, no Japão, as visitas de Estado, consideradas as mais relevantes do ponto de vista diplomático, são organizadas apenas uma vez por ano. Esta será a primeira visita de Estado organizada pelo Japão desde 2019.

 

"As relações entre Brasil e Japão são tradicionais e produtivas, sustentadas por laços humanos singulares. O Brasil abriga a maior comunidade nipodescendente fora do Japão, estimada em mais de 2 milhões de pessoas, com atuação expressiva nos setores do agronegócio, da indústria e da cultura, entre outras. Já o Japão abriga a quinta maior comunidade brasileira no exterior, com cerca de 211 mil brasileiros", disse o comunicado do Ministério de Relações Internacionais. 

 

Antes da viagem ao Japão, Lula deve comparecer à posse do presidente eleito do Uruguai, Yamandú Orsi, nodia 1º de março, em Montevidéu.