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Lula liberou R$ 29,9 bi, 17,6% a mais que Bolsonaro em 2022

  • Bahia Notícias
  • 05 Dez 2023
  • 07:57h

Foto: José Cruz / EBC

No primeiro ano do seu terceiro governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já liberou 17,6% a mais emendas parlamentares do que Jair Bolsonaro (PL) em 2022, quando o ex-chefe do Executivo tentou se reeleger.

A gestão petista empenhou R$ 29,95 bilhões (ou seja, reservou o valor para pagamento posterior) até 29 de novembro, enquanto em todo o ano passado o montante disponibilizado pelo governo federal por indicação de deputados e senadores chegou a R$ 25,46 bilhões. Em 2020, porém, Bolsonaro desembolsou mais recursos ainda. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

A diferença do valor chancelado em 2023, pela gestão petista, é ainda maior: 38,9%. Em 2022, o governo Bolsonaro liberou R$ 25,8 bilhões, enquanto neste ano foram autorizados R$ 35,84 bilhões em emendas. A autorização, no entanto, é uma etapa inicial, e não significa que todo o montante será reservado do orçamento federal e pago.

Os parlamentares podem indicar recursos para onde desejarem, mas cabe ao governo decidir quando fazer o empenho, que é a reserva do valor. Sem esse aval, as verbas não chegam efetivamente aos estados e municípios.

Nos primeiros meses deste ano, houve lentidão por parte do governo ao liberar recursos, o que gerou reclamação de deputados e senadores. À medida que o Planalto ampliou as negociações de apoio com os partidos do chamado Centrão, o empenho de emendas aumentou.

Julho foi o mês com a maior quantidade de recursos dessa natureza liberados – o montante chegou a R$ 11,81 bilhões. Esse cenário coincide com a votação de uma matéria importante para o governo: o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, aprovado na Câmara após três décadas de discussão.

Após ter sofrido alterações no Senado, o texto voltou para nova apreciação dos deputados. Por se tratar de uma PEC, a matéria precisa ser aprovada de forma idêntica nas duas Casas.

De agosto a novembro, o governo tem liberado entre R$ 2,4 bilhões e R$ 2,9 bilhões em emendas parlamentares. Nesse período, em setembro, Lula deu posse na Esplanada a dois nomes do PP e do Republicanos, partidos do Centrão, para melhorar sua base no Congresso — André Fufuca (PP), chefe do Ministério do Esporte, e Sílvio Costa Filho (Republicanos), titular da pasta de Portos e Aeroportos.

 

“BOOM” DE EMENDAS

O segundo ano do governo Bolsonaro foi o que mais somou emendas parlamentares empenhadas desde 2015, início da série histórica do painel do Senado. O aumento se deu devido ao início do chamado “orçamento secreto”, que ganhou tal apelido diante da falta de transparência: era possível saber os valores globais, mas não quem era o autor da indicação.

Em 2020, o governo empenhou para o Parlamento R$ 35,4 bilhões, sendo que, desse montante, R$ 19,7 bilhões eram do orçamento secreto. A farra com dinheiro público gerou “anomalias” – por meio dessa modalidade, parlamentares enviavam recursos para determinadas cidades com objetivo de beneficiar suas propriedades, como é o caso do atual ministro das Comunicações, Juscelino Filho, revelado pelo Estadão no início do ano.

No fim de 2022, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o orçamento secreto é inconstitucional e, com isso, essa prática já não aparece entre as emendas parlamentares. Mas ainda existem os pagamentos de recursos que foram previamente empenhados.

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Bahia e São Paulo lideram fraudes em cotas de gênero nas eleições de 2020; Republicanos foi o partido que mais infringiu norma

  • Bahia Notícias
  • 04 Dez 2023
  • 17:08h

Foto: TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou e confirmou pelo menos 64 casos de fraude às cotas de gênero nas últimas eleições municipais, em 2020. As infrações ocorreram em 17 estados e resultaram na cassação de candidaturas de vereadores e prefeitos de 17 partidos.

Bahia e São Paulo são os estados que registraram mais casos, com oito cada. Em seguida, aparecem Sergipe, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Alagoas, com cinco.

O Republicanos se destaca como a legenda que mais infringiu a norma, com oito casos reconhecidos pelo TSE. Em seguida, vem o Progressistas (PP), com sete; PSB, com seis; e PT e DEM, com cinco. Os dados foram levantados pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias junto ao portal do TSE.

Essas candidaturas, consideradas fictícias, são feitas apenas para preencher a cota mínima de 30% reservada para mulheres. A maioria dos casos apresenta características semelhantes: candidatas com quantidade ínfima de votos, pouca movimentação de recursos de campanha, ausência de participação em atos de campanha, parentesco com candidatos do mesmo partido, entre outras.

Houve, inclusive, ocasiões em que as supostas candidatas se engajaram em campanhas para outros candidatos, mas não para as delas.

As consequências para aqueles que burlam as cotas são graves. O TSE tem adotado punições que envolvem a cassação de todas as candidaturas do partido naquela eleição e, consequentemente, do mandato dos eleitos. A fraude também pode resultar na inelegibilidade das candidatas.

 

Questionado pelo Metrópoles se adotará medidas de prevenção à prática, a Corte informou que, em todos os anos eleitorais, convida a sociedade para apresentar sugestões de melhorias ao processo.

“Conforme estabelece o artigo 105, da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), o TSE tem até 5 de março do ano das eleições para aprovar as resoluções que darão andamento às eleições”, destacou.

REGRAS

A cota para mulheres nas eleições está prevista na legislação desde 1997, data da publicação da Lei das Eleições. O texto estabelece que os partidos devem obedecer a um percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas entre o total de postulantes. A partir de 2009, a regra passou a ser obrigatória.

Outras medidas recentes têm incentivado a inclusão de mulheres em cargos políticos. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que o mesmo percentual, de 30%, do Fundo Especial para Financiamento de Campanha (FEFC), também chamado Fundo Eleitoral, teriam de ser destinados às candidatas mulheres.

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Fim dos combustíveis fósseis é necessário para saúde, diz diretor da OMS na COP28

  • Por Ana Carolina Amaral | Folhapress
  • 04 Dez 2023
  • 09:25h

Foto: OMS

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou à Folha de S.Paulo que espera ver como resultado da COP28, conferência do clima da ONU, "no mínimo, a eliminação dos combustíveis fósseis".

"Seria muito importante para a saúde", ele completou, citando que doenças respiratórias e poluição do ar estão ligadas à exploração de energias fósseis, que também são responsáveis por 75% das emissões de gases-estufa no planeta.

"A relação com a saúde é a forma mais convincente de mostrar às pessoas o impacto das mudanças climáticas", completou, em fala neste domingo (3) nos corredores da COP28, que acontece até o próximo dia 12 em Dubai (Emirados Árabes Unidos).

Pela primeira vez, a cúpula do clima dedicou um dia temático à agenda da saúde, que ocorreu neste domingo, com uma série de debates paralelos às negociações diplomáticas.

Ao deixar o palco de uma mesa com ministros da Saúde de diversos países, Tedros foi rodeado por admiradores, principalmente agentes de saúde e pesquisadores, que pediram fotos e lhe agradeceram pelo trabalho durante a pandemia de Covid-19.

Entre os desafios do período, o diretor da OMS precisou lidar com o negacionismo científico --uma barreira comum à agenda contra o aquecimento global e que chega a atingir as lideranças responsáveis pelo acordo climático.

No último dia 21, o presidente da COP28 e também CEO da petroleira Adnoc, Sultan al-Jaber, afirmou em uma videoconferência, revelada neste domingo pelo The Guardian, que não há ciência por trás da recomendação de eliminar os combustíveis fósseis.

Entretanto, o painel científico do clima da ONU (IPCC, na sigla em inglês) e também a Agência Internacional de Energia apontam em seus relatórios mais recentes o abandono da matriz fóssil como uma condição para manter o aquecimento global próximo de 1,5°C.

Questionado sobre a declaração de Jaber, Tedros respondeu que a necessidade de eliminação dos fósseis "não é só baseada na ciência, como também nos impactos que já são vividos". "Está tudo documentado", completou.

A menção a combustíveis fósseis, porém, ficou de fora de uma declaração política sobre clima e saúde organizada conjuntamente pela presidência da COP28 e a OMS.

Os Emirados Árabes articularam a doação de diversos países e fundações somando US$ 1 bilhão para a iniciativa, que promete aumentar a cooperação internacional para sistemas de saúde mais resilientes ao clima.

 

"Melhorar a capacidade dos sistemas de saúde para antecipar e implementar intervenções de adaptação contra doenças sensíveis ao clima e riscos para a saúde, através do reforço dos serviços de informação sobre saúde climática, vigilância, sistemas de alerta precoce e resposta e uma força de trabalho de saúde preparada para o clima", diz a declaração.

O documento também prevê a incorporação de considerações sobre a saúde nos processos de negociação das COPs, com o objetivo de minimizar os efeitos adversos do clima na saúde pública.

O texto foi assinado por 124 países, incluindo Brasil, China, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Reino Unido.

Segundo estimativas da OMS, o clima deve causar pelo menos 250 mil mortes adicionais por ano entre 2030 e 2050. Dessas, 38 mil devem ser de idosos expostos ao calor extremo, outras 48 mil mortes devem acontecer por diarreia, 60 mil por malária e 95 mil mortes de crianças ligadas a má nutrição.

No último ano, o painel do clima da ONU estimou os impactos da crise climática no aumento de doenças infecciosas, calor e desnutrição, nos deslocamentos forçados de populações e até na saúde mental, por conta de traumas após desastres e pela perda de comunidades e suas culturas.

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2024 terá menos feriados emendados que 2023, com menos possibilidade de viagens

  • Por Natalia Nora | Folhapress
  • 23 Nov 2023
  • 11:24h

Foto: Freepik

Depois de tantos dias de folga nas últimas semanas, pode ser difícil encarar a realidade de que 2024 terá apenas seis feriados nacionais em dias úteis. Entre esses, dois caem em quartas-feiras, impedindo a emenda para viagens ou descansos prolongados.
 

Os chamados feriadões vão acontecer no dia da Confraternização Universal, no Carnaval, na Sexta-feira Santa, no Corpus Christi e na Proclamação da República. Dessas datas, Carnaval e Corpus Christi podem ou não ser prolongadas, a depender de decretos regionais e do local de trabalho de cada um -os pontos facultativos.
 

A diferença em relação a 2023 pode desanimar muitos trabalhadores, mas essa é uma esperança de melhora da economia para o presidente Lula. Em reunião ministerial, ele afirmou que a menor quantidade de feriados em dias úteis no próximo ano vai resultar em uma leve elevação do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil.
 

CONFIRA A LISTA DE FERIADOS NACIONAIS EM 2024
 

- 1º de janeiro: Confraternização Universal (segunda-feira)
 

- 29 de março: Sexta-Feira Santa (sexta-feira)
 

- 21 de abril: Tiradentes (domingo)
 

- 1º de maio: Dia do Trabalho (quarta-feira)
 

- 30 de maio: Corpus Christi (quinta-feira)
 

- 7 de setembro: Independência do Brasil (sábado)
 

- 12 de outubro: Dia de Nossa Sra. Aparecida (sábado)
 

- 2 de novembro: Finados (sábado)
 

- 15 de novembro: Proclamação da República (sexta-feira)
 

- 25 de dezembro: Natal (quarta-feira)

Governo Lula desiste de contar com depósitos da Caixa neste ano e adia receitas para 2024

  • Por Idiana Tomazelli | Folhapress
  • 23 Nov 2023
  • 07:52h

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu de contar com R$ 12,6 bilhões em repasses de depósitos judiciais da Caixa Econômica Federal para fechar as contas de 2023 e adiou essa receita para 2024.

A justificativa do Executivo é que a transferência pode não se concretizar ainda neste ano.

O efeito colateral da decisão é conveniente à equipe econômica, uma vez que ajuda no cumprimento da meta de déficit zero no ano que vem -pressionada por frustrações nas medidas de arrecadação extra no Congresso Nacional- sem grande risco de descumprir o objetivo de 2023.

Com a retirada do valor das estimativas do Orçamento de 2023, o governo deve ter um rombo de R$ 177,4 bilhões neste ano, ou R$ 203,4 bilhões aos olhos do Banco Central, órgão responsável pelo cálculo oficial das estatísticas de finanças públicas.

A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) autoriza um rombo de até R$ 213,6 bilhões, o que corresponde a 2% do PIB.

A retirada dos depósitos da Caixa tem potencial para gerar ruído com o TCU (Tribunal de Contas da União).

Os procedimentos para contabilizar novas receitas e despesas no Orçamento seguem uma série de regras e passam por uma fiscalização criteriosa do tribunal, que cobra do Executivo algum grau de segurança e rigor nas estimativas incluídas no Orçamento -uma vez que elas balizam decisões como liberar ou frear gastos.

 

A inclusão das receitas com os depósitos, antes mesmo de a União ter certeza se o dinheiro deveria mesmo ser repassado à União, já era considerada controversa nos bastidores.

Agora, a retirada dos valores deve suscitar questionamentos de por que, em primeiro lugar, o governo decidiu contabilizá-las, apesar dos riscos.

Os valores totais dos depósitos já estão mais próximos dos R$ 15 bilhões, mas a Caixa pediu um prazo até abril de 2024 para concluir a auditoria sobre o tema.

Dos valores já mapeados, R$ 7,7 bilhões são "seguramente de interesse da União", ou seja, são depósitos ligados a ações que envolvem órgãos da União e, por isso, devem ser repassados à conta única do Tesouro.

Outros R$ 7,2 bilhões são considerados "depósitos possivelmente de interesse da União". Os R$ 3,14 bilhões restantes ainda não foram classificados.

Em entrevista coletiva, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que a Receita Federal optou pela retirada do valor diante de obstáculos operacionais para garantir o recebimento ainda em 2023. Ele afirmou ainda que o TCU vem acompanhando o tema em conjunto com o governo federal.

Segundo Ceron, a AGU (Advocacia-Geral da União) emitiu um ofício nesta terça-feira (21) informando que R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões devem, ainda assim, ingressar nos cofres do Tesouro em 2023, o que, se confirmado, ajudará no resultado efetivo das contas.

O secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Paulo Bijos, disse encarar o ingresso e posterior retirada da arrecadação do Orçamento como "um evento natural", demonstrando ceticismo com potenciais ruídos em torno do tema.

"Todas as informações são tranquilas no sentido de que agora, diante de dificuldade operacional, a receita não entraria necessariamente em 2023", afirmou.

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Ludmilla é alvo de ataques racistas nas redes sociais e desabafa: "Exausta é pouco"

  • Bahia Notícias
  • 21 Nov 2023
  • 13:07h

Foto:Instagram/Bahia Notícias

O dia 20 de novembro, que deveria ser de celebração com a data da Consciência Negra, acabou sendo de decepção e ataques para a cantora Ludmilla, que foi alvo de ofensas racistas nas redes sociais. 

Em texto publicado nas redes sociais, a funkeira falou sobre a exaustão em rebater as ofensas de cunho racial que sofre diariamente.

"Mais um dia da Consciência Negra no Brasil, mais um ano em que, na teoria, o mês de novembro faz com que o mundo nos olhe e ouça mais. Acontece que, na prática, veio à tona, nos últimos dias, um recorte do racismo que sofro em minha rotina, principalmente depois que me tornei artista. Um ódio gratuito jogado em mim por perfis racistas “vestidos” de fãs, que nem de longe lembram o público que gosta de música de verdade”, escreveu.

A cantora revelou que a equipe jurídica estava trabalhando para identificar os responsáveis pelas ofensas e para tomar as medidas cabíveis. “Minha equipe jurídica já está em ação para identificar os responsáveis por esta enxurrada de ataques, assim como a equipe da plataforma, que já foi acionada e já excluiu os posts denunciados”.


No desabafo, Ludmilla afirmou ainda que apesar da exaustão, não irá recuar nem deixar de ser quem ela é por causa dos ataques, mas demonstrou a frustração de ter que lutar contra algo que não deveria existir.


“Não dá mais para eu ter que responder por algo que fizeram comigo. Quem tem que falar ou mostrar a cara é quem faz isso, assim, impunemente. Exausta é pouco, mas não vou recuar - continuarei existindo e brilhando, doa a quem doer - e, mais uma vez, deixo aqui registrado: não há o que celebrar no dia 20 de novembro.”

Subsídios na conta de luz podem chegar a R$ 37 bilhões em 2024

  • Por Alexa Salomão | Folhapress
  • 15 Nov 2023
  • 15:31h

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O custo da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que concentra os subsídios da área de energia bancados pela conta de luz, está avaliado em R$ 37,2 bilhões para 2024.
 

O valor representa um crescimento nominal de 6,5% em relação ao orçamento de 2023 (R$ 34,9 bilhões) -que já era considerado muito elevado.
 

Do total para o próximo ano, R$ 30,9 bilhões serão bancados por consumidores de energia de todos os portes. Para a baixa tensão, que inclui os consumidores residenciais, a projeção é de uma alta de 1,26% para Norte e Nordeste, e de 1,25% para Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
 

O valor foi colocado para análise em audiência pública pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), e o setor terá de 16 de novembro de 2023 até 15 de janeiro de 2024 para discutir as cifras.
 

"É um custo inacreditável, e vamos para a audiência discutir como reduzir essa conta e conter os aumentos", afirma Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia.
 

 

"A gente sabe que o custo para consumidor não vai ficar nisso porque já estão falando em subsídios para hidrogênio, eólicas offshore e mais uma leva de descontos para geração distribuída."
 

Em dez anos, a CDE já praticamente dobrou de tamanho (em termos nominais). Segundo Barata, Executivo e Legislativo são responsáveis por essa escalada.
 

"Apesar de o ministro [de Minas e Energia, Alexandre Silveira] falar que está preocupado com o aumento da conta de luz, ainda não agiu para deter a alta. O Congresso, por sua vez, tem atuado em sentido oposto, e gerando mais despesas para o consumidor de energia", afirma.
 

Na avaliação do executivo, nesse ritmo, a CDE passará de R$ 40 bilhões em 2025. Os grandes consumidores também vão entrar na discussão.
 

"Não estamos falando de um aumento de R$ 37 bilhões", afirma Paulo Pedrosa, presidente da Abrace Energia, entidade que reúne os maiores consumidores industriais. "Quando a gente inclui os impostos, essa conta para o consumidor sobe para R$ 50 bilhões."
 

Boa parte dos aumentos está sendo produzido por deputados e senadores, ao atenderem no Congresso lobbies de empresas em diferentes setores.
 

Os descontos na transmissão da GD (geração distribuída), em sua maioria projetos solares, por exemplo, tem previsão de aumento de 139% para o ano que vem. Vai ficar em quase R$ 1 bilhão.
 

Grosso modo, quem instala o painel e passa a produzir a sua energia ganha abatimento no uso do fio, que passa a ser pago pelos demais consumidores. "Ou seja, quem ajudava a carregar o piano sobe em cima do piano", diz Pedrosa.
 

O item "fontes incentivadas" está entre os que mais pesam. Considerando descontos para consumidores e geradores, tanto na distribuição quanto na transmissão, o aumento é de 17% -de R$ 9,8 bilhões para R$ 11,5 bilhões.
 

Os parques de energia renováveis são negócios rentáveis e estabelecidos, já não precisam de subsídios, segundo técnicos do setor de energia. Mas esses projetos, muitos mantidos em parceria com as maiores indústrias do país, ainda têm subsídio na transmissão.
 

Crescem também os aportes para investimentos sociais, mas esses não são questionados pelos especialistas. A tarifa social tem previsão de alta de 10%, indo a R$ 584 milhões. O programa Luz para Todos teve aumento de R$ 879 milhões, adicional de 54%.
 

Sempre foi crescente dentro da CDE o gasto para manter geradores e térmicas movidos a combustível fóssil em locais distantes, especialmente em estados da região amazônica, ainda não interligados ao sistema elétrico.
 

O item é chamado de CCC (Conta de Consumo de Combustível). Para o ano que vem, no entanto, está previsto queda neste custo, de 10,5%.

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Claudia Leitte escolhe São Paulo para fazer abertura oficial do Carnaval em 2024

  • Bahia Notícias
  • 10 Nov 2023
  • 17:41h

Foto: Reprodução/ Instagram/Bahia Notícias

Salvador não será a única protagonista do Carnaval de Claudia Leitte em 2024. A cantora, que irá desfilar em três dias de bloco no circuito Barra-Ondina, fará a capital baiana dividir os holofotes com São Paulo, que será palco da abertura oficial da folia para a artista.


Em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (9), na Terra da Garoa, a artista explicou a decisão de ter a cidade como um dos palcos principais da festa. A artista fará um grande show em um hotel de luxo em São Paulo.


"A abertura oficial do meu Carnaval vai ser no Baile do Rosewood. Eu nunca vi tanta gente apaixonada pela nossa música como vejo aqui, desde o fundador. Eles trabalham duro aqui. Tudo é uma celebração", contou a artista animada com o projeto.


O baile faz parte do grande projeto que vem sendo montado pela cantora para celebrar a folia momesca. Com o tema ‘O Carnaval da Minha Vida’, a artista promete levar para os shows e para as apresentações em trio elétrico uma energia de parque de diversões.


"Eu, de cima do trio, vejo uma massa única. está todo mundo igual ali. Ninguém tem vergonha de dançar de um jeito doido. No dia seguinte, está todo mundo lá de novo. Eu vejo acontecer lá de cima, tem roda gigante, montanha russa", disse durante a coletiva.

Claudia Leitte desfila com o Blow Out na sexta de Carnaval no circuito Barra-Ondina, e no domingo e terça-feira com o Largadinho no mesmo circuito.

Petrobras reduz previsão de investimentos para 2023 em quase 20%

  • Por Nicola Pamplona | Folhapress
  • 10 Nov 2023
  • 15:34h

Foto: Reprodução /Bahia Notícias

A Petrobras reduziu em quase 20% sua projeção de investimentos para 2023, alegando que o "cenário desafiador" enfrentado por fornecedores tem dificultado as entregas de equipamentos para exploração e produção de petróleo e gás.
 

Por outro lado, com o desempenho melhor das plataformas já em operação, a empresa ampliou sua projeção de produção de petróleo e gás para este ano, passando, em média, de 2,6 para 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia.
 

As duas mudanças foram anunciadas na noite de quinta-feira (9), logo depois da divulgação do balanço financeiro da companhia para o terceiro trimestre, que trouxe lucro de R$ 26,6 bilhões, queda de 42,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
 

A nova projeção de investimentos para 2026 cai de US$ 16 bilhões para US$ 13 bilhões, "em razão do cenário desafiador enfrentado pelo mercado fornecedor no contexto inflacionário pós-pandemia, que influenciou a capacidade de suprimento da demanda crescente de recursos críticos para a indústria".
 

 

O investimento previsto para a área de exploração e produção em 2023 cai de US$ 13,3 bilhões para US$ 11,2 bilhões.
 

Em teleconferência para detalhar o balanço nesta sexta (10), o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, diz que esse cenário é fruto de preços mais caros, migração de fornecedores para outros segmentos, escassez temporária de insumos e dificuldades de financiamentos.
 

"Com tudo isso, a gente tem precisado redesenhar, ajustar nosso planejamento e ajustar nossa forma de abordar o mercado", afirmou. Ele alegou, porém, que nove das 17 plataformas de petróleo previstas no planejamento atual da empresa já estão em operação ou em construção.
 

Outras três já foram licitadas e três em processo de licitação. Mas há dificuldades também em outros segmentos fornecedores, como sondas de perfuração, e Travassos diz que a empresa tem testado novos formatos de contratação para garantir os equipamentos.
 

A empresa ressalta que, apesar da queda na projeção, o investimento de 2023 será 30% superior ao de 2022. No terceiro trimestre, a empresa investiu US$ 3,1 bilhões, alta de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior.
 

"A estratégia anterior era de desinvestimento e concentração apenas na exploração e produção", disse o diretor Financeiro da companhia, Sérgio Caetano Leite. "Que colocaria em risco o dinheiro dos acionistas, dos donos da companhia, porque a empresa apresentaria menor resiliência para enfrentar o futuro."
 

A gestão indicada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a companhia prometeu ampliar investimentos e retornar a segmentos abandonados por gestões anteriores, como petroquímica e energias renováveis, por exemplo.
 

Um novo plano de investimentos de cinco anos está em debate no conselho de administração e deve ser divulgado no fim de novembro. No momento, a direção da empresa enfrenta resistências para ampliar seus aportes em renováveis.
 

Caetano Leite disse na teleconferência desta quinta que não poderia dar detalhes do plano, que ainda está em avaliação, mas adiantou que deve trazer algum orçamento para fusões e aquisições nos próximos anos.
 

O diretor de Transição Energética, Maurício Tolmasquim, afirmou que a companhia analisa projetos de energias renováveis já em operação e em construção, para antecipar a inclusão de novos segmentos em seu portfólio e o garantir receita com esses negócios mais rapidamente.
 

A estatal vai focar também na produção de combustíveis líquidos renováveis, como diesel e querosene de aviação feitos com matéria prima vegetal. Tolmasquim alegou que o setor aéreo brasileiro terá que cumprir cotas de descarbonização a partir de 2027.
 

"Esse mandato vai abrir demanda enorme e há muito pouca oferta", comentou.
 

Na teleconferência desta quinta, o diretor financeiro da Petrobras reforçou que a queda no lucro do terceiro trimestre foi provocada pelo recuo nas cotações internacionais do petróleo e nos preços dos combustíveis no Brasil.
 

Mas alegou que o desempenho da Petrobras foi melhor do que o de suas concorrentes internacionais, ao registrar uma queda de 22% no Ebitda, indicador que mede a geração de caixa, contra 43% da média mundial do setor.
 

"Ou seja, a Petrobras é mais resiliente ao ambiente externo", defendeu. Ele ressaltou também que o desempenho é melhor do que o do segundo trimestre de 2023, quando petróleo e combustíveis estavam mais baratos. "Apesar de todo o cenário externo adverso, a Petrobras segue crescendo."

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TJ-BA prevê despesa de R$ 1,32 mi com passagens aéreas e R$ 1,11 mi com comida para o ano de 2024

  • Por Camila São José/Bahia Notícias
  • 01 Nov 2023
  • 09:09h

Foto: TJ-BA/Bahia Notícias

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) aprovou o Plano Anual de Contratações (PAC) do Poder Judiciário para o exercício de 2024. O PAC prevê os gastos da Corte com diversos itens, que vão da aquisição de equipamentos eletrônicos, prestação de serviços, investimento em tecnologia a compra de passagens aéreas e alimentos. 

Conforme o decreto publicado nesta segunda-feira (30), o plano, por solicitação das unidades gestoras, “poderá ser revisado ao longo do exercício, desde que devidamente motivado, fundamentado e aprovado pela Presidência deste Tribunal”.

O PAC não detalha quais empresas serão responsáveis pelos contratos, apenas indica a previsão dos valores a serem gastos. 

 

 

PASSAGENS 

De acordo com o PAC, custo com passagens aéreas nacionais e internacionais, consistentes em reserva, marcação, emissão, remarcação ou alteração, cancelamento, reembolso com entrega de bilhetes, no 2º Grau, geridas pela Corregedoria-Geral de Justiça, deverá ser de R$ 410.000,00. O item é listado como de alta prioridade. 

 

“Despesa de natureza contínua para realização das atribuições regimentais da CGJ”, justifica o tribunal. Segundo a Corte, as passagens serão utilizadas para realização de correições, sindicâncias e fiscalização dos serviços judiciários, “visando assegurar o desempenho legal das atividades da Corregedoria Geral de Justiça”. 

 

Ainda ligado à CGJ, o PAC traz o contrato de prestação de serviço para fornecimento de passagens terrestres nacionais, também consistentes em reserva, marcação, emissão, remarcação ou alteração, cancelamento, reembolso com entrega de bilhetes, no valor de R$ 10.000,00.

 

Referente ao 1º Grau, ainda sob a gestão da CGJ, o plano prevê contrato para aquisição de passagens aéreas no total de R$ 410.000,00 e de passagens terrestres, em R$ 10.000,00.

 

O Plano Anual de Contratações ainda traz a aquisição de passagens ligadas à Secretaria Geral da Presidência do TJ-BA. No decreto publicado nesta segunda, o PAC prevê o custo de R$ 500.000,00 para a aquisição de passagens aéreas de servidores e magistrados - item listado como de alta prioridade. No 1º Grau, o contrato deve ser R$ 150.000,00 e no 2º Grau de R$ 350.000,00.

 

ALIMENTAÇÃO

A Diretoria de Suprimento e Patrimônio (DSP) é responsável pela gestão dos contratos de gêneros alimentícios. O PAC estabelece a quantia de R$ 25.500,00 para aquisição de açúcar através de ata de registro de preços para as unidades judiciárias de Salvador, tanto no setor administrativo quanto no 1º e 2º Grau. A compra irá reabastecer as copas dos prédios do TJ-BA na capital.

 

Além disso, a Corte baiana deverá comprar R$ 9.000,00 de leite para as unidades soteropolitanas. O produto também será adquirido por ata de registro de preços.

 

Para o famoso cafezinho, a despesa planejada pelo TJ-BA para o setor administrativo, 1º e 2º Grau de Salvador, é de R$ 111.600,00. Junto com o produto, a Corte deverá comprar 15 cafeteiras industriais para o setor administrativo na capital e interior, por R$ 36.435,00.

 

O PAC ainda traz a despesa com a aquisição de frutas - assim como os demais itens, por ata de registro de preços. O custo previsto é de R$ 60.000,00, destinado ao reabastecimento da copa do prédio do tribunal no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. 

 

Outro custo ligado à alimentação, conforme o Plano Anual de Contratações, é a contratação de serviços especializados de alimentação para fornecimento de refeições, coffe break e lanches, para as sessões do Pleno, Câmaras e Comissões no prédio do TJ-BA. O valor global do contrato estimado é de R$ 912.000,00.

 

Para armazenamento de alimentos perecíveis, o planejamento aponta para a compra de refrigerador e frigobar através de ata de registro de preços para as unidades judiciárias da capital e interior do estado. Ao todo, o TJ-BA planeja adquirir 200 refrigeradores e frigobar para os setores administrativos, 1º e 2º Grau, no valor de R$ 302.740.

 

PROPAGANDA

Entre os gastos já listados, a Secretaria Geral da Presidência ainda deve contratar agência de propaganda para “prestação de serviços por demanda, consistentes no estudo, planejamento, produção, veiculação, além de publicações de conteúdo em mídias televisivas, radiofônicas e de web, de grande circulação estadual”, por R$ 2.400.000,00.

 

Ao apontar como despesa de alta prioridade, o TJ-BA afirma que a propaganda e publicidade fazem parte do planejamento estratégico da Corte, devendo ser realizada, pelo menos, uma ação institucional utilizando plataformas diversificadas. “Dessa forma é necessário que o TJ tenha um contrato ativo com agência(s) de publicidade”.

 

ODONTOLOGIA

A Diretoria de Suprimento e Patrimônio também incluiu a aquisição de de material médico odontológico no Plano Anual de Contratações. Sem detalhar quais tipos de materiais deverão ser comprados, o decreto traz o valor total de R$ 120.000,00 para os itens destinados ao ressuprimento da Diretoria de Assistência à Saúde. 

 

O material deverá ser adquirido por atas de registro de preços para as unidades judiciárias da capital baiana. 

 

POSICIONAMENTO DO TJ-BA

Em resposta ao Bahia Notícias, o TJ-BA esclarece que o Plano Anual de Contratações “atua como um mecanismo de governança e gestão das aquisições no qual a Instituição registra todas as necessidades de bens, serviços, obras e soluções de tecnologia da informação
planejados para contratação no ano seguinte, cujo propósito é promover a transparência e a eficiência no processo de aquisições, assegurando uma administração eficaz dos recursos e a conformidade com as exigências normativas e legais vigentes”.

 

Sobre a aquisição de passagens aéreas, a Corte explica que a contratação de empresa especializada no agenciamento dos bilhetes está em fase de Estudo Técnico Preliminar, e serão submetidos a um procedimento licitatório por meio de Pregão Eletrônico.

 

“Em suma, o valor global máximo destinado à pretensa contratação é estipulado com base em uma análise criteriosa e proporcional, levando em consideração os padrões de demandas observados em exercícios anteriores. Este procedimento visa a uma alocação adequada dos recursos, garantindo a capacidade de atendimento das demandas identificadas dentro do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia”.

 

Na nota, o tribunal ainda indica que as passagens aéreas permitem aos membros do TJ-BA o deslocamento para garantir o cumprimento das demandas institucionais e a participação em eventos de grande relevância, como cerimônias, conferências, fóruns, cursos e debates promovidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e demais órgãos integrantes do Poder Judiciário.

 

Sobre as despesas com os alimentos, a Corte afirma que os valores e os quantitativos previstos no PAC “são baseados na série histórica do consumo do Órgão nos anos anteriores, tanto para a Capital como para o Interior”. 

 

No comunicado, o Tribunal de Justiça reforça que as aquisições serão feitas por meio das atas de registro já existentes, oriundas de procedimentos licitatórios e que, ao longo do ano, ao alcançarem seu prazo final, serão novamente licitadas.

 

Ao listar os itens a serem comprados (açúcar, café, frutas e leite), o TJ-BA indica que em Salvador, atualmente, o fornecimento destes gêneros alimentícios são feitos pelas empresas DGAC Comércio Varejista de Alimentos e Serviços LTDA-ME, com contrato válido até 10 de agosto de 2024, e Comercial Pinto de Cerqueira LTDA, cuja validade do acordo é até 9 de fevereiro de 2024. “[Empresas] contratadas através de licitação”, confirma.

 

“A necessidade da aquisição de tais itens se deve a importância de o Poder Judiciário oferecer aos seus magistrados e servidores condições laborativas adequadas e dignas, especialmente com relação ao oferecimento dos itens em questão nas Sessões das Câmaras e Tribunal Pleno, que julgam extensa quantidade de processos por sessão, o que ocasiona prolongamento do horário de trabalho, sem possibilidade de intervalo para alimentação dos membros presentes”, conclui a nota.

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Enem 2023: Prejudicados por locais de prova vão poder fazer em dezembro

  • Bahia Notícias
  • 31 Out 2023
  • 09:18h

Foto: Arquivo / Agência Brasil

Os candidatos inscritos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, que iriam realizar a prova em locais a mais de 30 km de suas residências, terão o direito de participar da avaliação em outra oportunidade. As datas são 12 e 13 de dezembro, em endereços que ainda não foram informados. A decisão foi comunicada nesta segunda-feira (30), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Desde a divulgação dos locais de prova, na última terça-feira, 24, muitos estudantes fizeram reclamações nas redes sociais. As datas originais do Enem 2023 são 5 e 12 de novembro.

O Inep vai disponibilizar, na Página do Participante (enem.inep.gov.br/participante), uma aba específica para que inscritos peçam para participar do Enem na nova data. Segundo o órgão, o sistema analisará as informações no período de 13 a 17 de novembro (ou seja, o primeiro domingo da data original já terá passado).
Os locais de prova onde cada candidato fará o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 estão no cartão de confirmação, na Página do Participante.

Haddad evita cravar meta zero e diz que pode antecipar medidas de 2024 por ajuste fiscal

  • Por Nathalia Garcia e Lucas Marchesini | Folhapress
  • 30 Out 2023
  • 18:32h

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) evitou, nesta segunda-feira (30), cravar a manutenção da meta de déficit zero em 2024 e disse que pode antecipar medidas de arrecadação de receitas previstas para o próximo ano para perseguir o ajuste fiscal.
 

O chefe da equipe econômica disse que precisará de apoio do Congresso Nacional e do Judiciário para cumprir o objetivo, ainda mais incerto depois de fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que "dificilmente" o governo alcançará essa meta.
 

"O que levei para o presidente foram os cenários possíveis, se tiver de antecipar medidas para 2024, eu encaminho. O meu papel é buscar o equilíbrio fiscal, farei isso enquanto estiver no cargo, não é por pressão do mercado financeiro, acredito que Brasil depois de dez anos precisa voltar a olhar para contas públicas", afirmou.
 

 

Haddad negou descompromisso do presidente com situação fiscal do país e disse que Lula não está sabotando a meta de zerar o déficit em 2024, mas constatando dificuldades por problemas de arrecadação herdados de governos anteriores.
 

"O presidente [Lula] não está sabotando. O que tá acontecendo é que presidente está constatando problemas advindos de decisões que podem ser reformadas, e as que não podem ser reformadas, serem saneadas", disse Haddad.
 

Na sexta-feira (27), a Folha de S.Paulo publicou um editorial intitulado "Lula sabota o país", destacando que o presidente cria problemas e força alta dos juros ao largar a meta de déficit zero.
 

"Não há por parte do presidente [Lula] nenhum descompromisso [com a meta fiscal], pelo contrário, se não estivesse preocupado com situação fiscal não estaria pedindo apoio da equipe econômica para orientação dos líderes [do Congresso Nacional]", afirmou o ministro.
 

As declarações foram dadas por Haddad em entrevista a jornalistas na sede da pasta, em Brasília, depois de encontro com o presidente Lula no Palácio do Planalto. Participou também da coletiva o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, que não se pronunciou.
 

Haddad listou duas medidas tomadas em 2017 e que, segundo ele, estão corroendo a arrecadação federal e provocando a erosão da base fiscal do país.
 

A primeira é uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que tirou o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins. Nesse caso, prosseguiu Haddad, o problema é que a decisão retroagiu, criando créditos tributários para as companhias.
 

O ministro citou o exemplo de uma empresa de cigarros –sem dizer qual– que conseguiu um crédito tributário de PIS/Cofins de R$ 4,8 bilhões. "O consumidor pagou o PIS/Cofins, a empresa recolheu para a Receita, e a Justiça está mandando devolver o tributo não para o consumidor, mas para a empresa que não pagou esse tributo", disse.
 

A segunda medida foi tomada pelo Congresso Nacional e permitiu o abatimento da base de cálculo do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) das subvenções concedidas pelos estados.
 

De acordo com Haddad, houve um salto de R$ 39 bilhões em 2017 para R$ 200 bilhões projetados para 2023 a menos na conta por conta disso, com impactos negativos sobre as parcelas dos fundos de participação dos estados e dos municípios.
 

"Os três Poderes precisam estar cientes do que está acontecendo", disse Haddad, destacando que a arrecadação do governo federal vem sofrendo enorme prejuízo, mesmo com a melhora do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
 

Segundo o ministro, Lula pediu para o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) convocar uma reunião com os líderes no Congresso para que seja apresentado o cenário de erosão fiscal aos parlamentares. Haddad também já discutiu as pautas fiscais no STF com o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.
 

Em café com jornalistas no Palácio do Planalto na sexta, o presidente Lula disse que a meta fiscal não precisa ser de déficit zero, como quer Haddad, e que "dificilmente" o governo alcançará esse objetivo –o que provocou disparada das taxas de contratos de juros futuros.
 

Logo após a declaração do presidente, o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator do projeto de diretrizes orçamentárias para 2024, disse à Folha de S.Paulo entender a fala como um comando para que a mudança seja sacramentada no Congresso Nacional.
 

O parlamentar afirmou também que a fala do chefe do Executivo coloca o ministro da Fazenda "num certo constrangimento" na medida em que a autoridade máxima do país admite que a meta traçada para o próximo ano não é factível.
 

Segundo interlocutores do governo ouvidos pela Folha de S.Paulo, a declaração de Lula pegou membros do Executivo de surpresa, inclusive da equipe econômica, com quem não houve qualquer tipo de combinado prévio.
 

A fala do presidente acendeu um alerta porque ocorreu no momento em que a Fazenda tenta negociar maior celeridade na aprovação de medidas cruciais para equilibrar o Orçamento do ano que vem. 

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Bolsonaro ainda tem "esperança” de Ricardo Salles ser candidato pelo PL em 2024

  • Bahia Notícias
  • 30 Out 2023
  • 11:15h

Foto: Reprodução / Brasil de Fato

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e alguns deputados da sigla têm atuado como espécie de “bombeiros” na relação do deputado federal, Ricardo Salles (PL) com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto.

O grupo tenta uma reconciliação do ex-ministro do Meio Ambiente, que quer disputar a Prefeitura de São Paulo, com o presidente nacional do partido. As informações são da coluna de Paulo Capelli, do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

Caso haja bandeira branca entre ambos, Bolsonaro avalia que Salles poderá sair candidato até mesmo pelo PL, sem necessidade de mudar de partido. As chances seriam pequenas, mas existem.

Um dos entusiastas da candidatura de Salles pelo PL é o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança. Conhecido como “Príncipe”, ele mantém ótima relação com o ex-ministro e com Valdemar.

Porém, no momento, o dirigente tem se mostrado favorável a apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Bia Ferreira vence colombiana na final e conquista o ouro no boxe do Pan 2023

  • Bahia Notícias
  • 27 Out 2023
  • 17:24h

Foto: Reprodução / COB

A puglista Beatriz Ferreira conquistou a medalha de ouro do boxe dos Jogos Pan-Americanos 2023, em Santiago, no Chile. A baiana venceu a colombiana Angie Valdes, na final da categoria até 60kg, nesta sexta-feira (27).

 

"É meu último Pan! Fechei com chave de ouro! É meu último ciclo, acho que a gente tem que saber a hora de começar e de terminar. Agora vou atrás da medalha de ouro olímpica. Acho que estou no caminho certo", celebrou.

 

Bia Ferreira venceu Valdes nos três rounds disputados. As parciais foram 3 a 2 no primeiro, enquanto no segundo e terceiro ela não deu chances para adversária ganhando ambos por 5 a 0.

 

Este é o segundo ouro de Bia no Pan. Ela já havia subido no lugar mais alto do pódio na edição de 2019, realizada em Lima, no Peru. A baiana já está garantida na disputa dos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

 

OUTRA BAIANA CONQUISTA A PRATA
Além de Bia Ferreira, o boxe feminino do Brasil ainda comemorou mais uma medalha no Pan. Também nesta sexta, Tatiana Chagaes ficou com a prata na categoria até 54kg. A baiana perdeu a final para a vice-campeã mundial Yeni Arias, também da Colômbia.

 

"É histórico o que aconteceu com o boxe brasileiro", celebrou Tati.

Rebeca Andrade fatura medalha de ouro no salto no Pan 2023

  • Por ge — Santiago
  • 25 Out 2023
  • 09:24h

Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Rebeca Andrade faturou sua primeira medalha de ouro em uma edição de Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile. A brasileira alcançou uma média de 14.983 (15.333 e 14.633), nesta terça-feira, na prova de salto sobre a mesa, e adicionou mais um título à coleção. Agora, a ginasta é campeã olímpica, mundial e pan-americana. Jordan Chiles (14.150), dos Estados Unidos, e Natalia Escalera (13.333), do México, terminaram com a prata e o bronze.

Última atleta a entrar em ação, Rebeca Andrade precisava superar a americana Jordan Chiles, que assumiu a liderança ao marcar 14.150. E logo na tentativa inicial a representante do Brasil desbancou a adversária com um "cheng" irretocável. A ginasta saltou com perfeição e cravou os pés no solo, recebendo a nota de 15.333.

No segundo salto, Rebeca Andrade, já ciente de que havia assumido a liderança, assinalou 14.633 (média de 14.983) e comemorou o resultado. O Brasil não subia ao lugar mais alto do pódio em um Pan desde a edição de 2007, no Rio de Janeiro, com Jade Barbosa.

- Toda medalha é especial. Estar aqui, conseguir um ouro, não tem palavras. Eu fiquei orgulhosa, porque eu fico quando dou um salto. Foi um ouro merecido, sabe? Foi (perfeito). Sempre pode melhorar, mas foi - disse Rebeca.