Com a campanha nas redes, será 2020 o ano das fakes? Tem clima

  • Levi Vasconcelos
  • 22 Jun 2020
  • 17:18h

(Foto: Reprodução)

Certa vez perguntaram a Paulo Maluf, ex-governador de São Paulo, então deputado: o que o senhor acha do político carregar a pecha de mentiroso? E ele, rindo:

— Quem disser que não mente já está mentindo.

Pois não é que é? A mentira sempre temperou (para o bem e para o mal) o jogo político de forma tão imbricada que parece ter nascido colado. Num olhar mais acurado dá para notar que ela tem hierarquia moral. Vai das que fazem o bem geral da nação, como dizia Monteiro Lobato, passa pelas brincadeiras bem humoradas e deságua na calúnia e na difamação.

Na era pré-internet se xingava quem bem queria com panfletos apócrifos. Hoje, tais incursões indecentes se potencializou nas redes. A questão: uma campanha sem comícios nem visitas em que as ditas redes sociais vão imperar como artigo de primeira necessidade vai virar o paraíso da velha mentira agora com o vistoso nome de fake news?

Lei Félix

A única lei que encara a calúnia e a difamação como instrumento político é a do deputado federal Félix Mendonça Jr. (PDT) – foto, agora usada pela Justiça Eleitoral até nas propagandas. Ela vai estrear numa campanha justamente nesse cenário. E o próprio Félix admite:

— Este ano será um hit para os advogados.

Em tempo: no bate-papo sobre mentiras e calúnias, Félix nos informou que o pai, o ex-deputado Félix Mendonça, está internado desde segunda com Covid. E ele também está isolado, deu positivo. Que eles tenham uma boa sorte.

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