Bahia lidera leilão de energia renovável

  • 14 Nov 2015
  • 07:47h

Estado conquistou mais R$ 2,8 bilhões de investimentos em 24 empreendimentos eólico (foto) e solar

A Bahia foi o grande vencedor no leilão de energia de reserva promovido pelo governo federal nesta sexta-feira, 13,  que contratou 1.477,5 megawatts em usinas eólicas e solares. A Bahia conquistou 24 dos 53 empreendimentos distribuídos em nove  estados, demandando cerca de R$ 2,8 bilhões em investimentos, sendo R$ 2,2 bilhões em energia eólica e R$ 687 milhões em energia solar. As usinas solares e eólicas começam a produzir energia em 1º de novembro de 2018. O contrato tem prazo de duração de 20 anos. Entre os vencedores, pelo lado das usinas eólicas, aparecem a EDP Renováveis, com cinco parques em Morro do Chapéu e produção de 140 MW; a Rio Energy com oito usinas, em Morro do Chapéu, e produção de 176 MW; o Consórcio VBD, também em Morro do Chapéu, com 117 MW, e a espanhola Gestamp, com potência de 20 MW em Juazeiro, no Vale do Salitre. O valor do investimento ultrapassa a casa de R$ 2,2 bilhões. Entre os empreendimentos solares em território baiano, destaca-se a norte-americana SunEdison, com quatro parques em Juazeiro, no Vale do São Francisco, com potência de 119,34 MW, representando investimentos de R$ 488 milhões; o Consórcio Remanso, em Remanso, com 30 MW de potência e investimentos de R$ 118,5 milhões; e o Consórcio Vila Renovável, em Bom Jesus da Lapa, potência de 20 MW e investimentos de R$ 79,4 milhões.

 

"A Bahia, mais uma vez, foi a grande beneficiada neste novo  leilão da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), ficando com 90% da potência comercializada. Temos os melhores ventos e temos um sol radiante, mas a determinação do governo da Bahia em organizar a cadeia produtiva das energias eólica e solar continua. E vencer o leilão aumenta ainda mais a nossa responsabilidade em acelerar as licenças ambientais e facilitar a logística", destacou  Jorge Hereda, secretário de Desenvolvimento Econômico.

Deságio

Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela operacionalização da disputa, o preço médio da energia comercializada ficou em R$  249/MWh, com deságio médio de 15,35% sobre os valores estabelecidos inicialmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Foram negociados 89,045 milhões de MWh. No caso dos projetos fotovoltaicos, o preço médio foi de R$ 297,75/MWh, deságio de 21,9% sobre o preço teto de R$$ 381/MWh estabelecido pela Aneel. Já a energia eólica contratada nesta sexta será vendida a um valor médio de R$ 203,46/MWh, com deságio de 4,5% sobre os R$ 213/MWh máximos determinados pela agência reguladora. O valor da energia solar vendida sexta ficou abaixo dos R$  301,79/MW do último leilão de reserva, realizado em agosto passado, a R$  297,75/MWH, deságio de 21,9%. Os 53 projetos contratados   têm capacidade instalada conjunta de 1.477 MW. Os eólicos representam 548,2 MW. Já os empreendimentos solares têm capacidade para injetar 929 MW.