Criativos desenvolvem projeto para incentivar cultura da inovação

  • Tácila Rubbo
  • 05 Abr 2015
  • 17:03h

Da esq. p/ dir: Andre Piva, Mauro Cavalletti e Pedro Gravena, idealizadores do projeto Grão (Imagem: Divulgação)

Inovação é um termo usado com frequência no mundo da publicidade. É uma das cobranças que pessoas e empresas fazem o tempo todo. Só que, em muitas ocasiões, o aprendizado é caro, difícil de encontrar ou apenas teórico. Então, por onde começar a buscar por isso? Inspirados nesta questão, um grupo de três criativos desenvolveu o Grão Lab, projeto que viabiliza iniciativas que estimulem a cultura da inovação.

O programa foi idealizado pelo chairmancriativo da Lov, Andre Piva, em parceria com o head of digital da JWT, Mauro Cavalletti, e o diretor de criação interativa da FCB, Pedro Gravena. A intenção é promover oficinas acessíveis para todos, priorizando o “fazer” como forma mais eficaz de aprendizado e a conexão como a melhor maneira de desenvolver, transformar e construir novos projetos.


Segundo Piva, os atuais mecanismos que levam à inovação “parecem complicados, demorados, ruim para a economia do país, pior para o mercado de comunicação”. Diante disso, a função do Grão Lab é de simplificar tal acesso. O site da iniciativainforma que a intenção é reunir pessoas com diversos conhecimentos e de várias áreas diferentes com coragem de expor o que pensam e sem medo de compartilhar o que aprendem.


Os workshops e oficinas promovidos pelo trio terão foco na parte prática. “Se você se inscrever em quaisquer das experiências ou exercícios do Grão LAB tem que vir preparado para ser desafiado, colocar a mão na massa e compartilhar o que fez e aprendeu. Isso é o básico para desmistificar e afastar o medo de inovar”, afirma o chairman da Lov.


Dentro dessa perspectiva, os criativos afirmam que, em breve, será lançado um curso mais longo. A novidade pretende que os alunos já terminem as aulas com um projeto real. Piva conta que o Grão Lab é uma rede aberta. “Queremos nos unir a outros empreendedores, empresas e até instituições de ensino para trazer mais coisas interessantes. Desde que nossos dois pilares básicos sejam sempre respeitados: inovação e mais prática-menos teoria”.


Make-a-Thon: Do zero ao feito
O primeiro curso do Grão Lab, de menor duração, será o Make-a-Thon, que levará 20 profissionais para passar quatro dias – de 27 a 30 de abril – na Casa-Galpão, localizada na Vila Mariana, zona oeste da capital paulista. Lá, os organizadores mostrarão os processos e conexões que fazem o sucesso ou o fracasso de uma iniciativa em busca da inovação, por meio da "desconstrução" de cases.


Os cases escolhidos são apenas links, pequenos exemplos que sirvam de inspiração para os participantes entenderem cada processo e, posteriormente, façam sozinhos. “Para você ter uma ideia, mesmo em uma oficina curta, o aluno poderá ajudar a fazer três protótipos de traquitanas. No final, você acaba aprendendo inovação e se divertindo”.


Com dois dias de inscrição, a iniciativa teve mais de 150 interessados. “Mas a ideia não é eliminar ninguém. Somos contra isso”, conta Piva. Ele diz que outras edições poderão ser realizadas a fim de atender toda a demanda de alunos. “Entretanto, limitamos cada Make-a-Thon a 20 participantes, uma quantidade que possibilita atenção individual e mais interação entre as pessoas”.


Para a inscrição, cada um dos interessados deverá enviar um trabalho que "tenha orgulho de ter feito", como ressalta a campanha do Grão Lab. Com base nos materiais recebidos, os responsáveis pelo projeto irão definir os participantes. “Diferentemente do curso de longa duração, não esperamos que dessas 12 horas saia algo surpreendente. Mas certamente a pessoa sairá encorajada a fazer mais, ousar mais. O que é o primeiro grande passo”.