Radical: Rui Costa rompe com o PDT alegando que não se pode 'servir a dois senhores'

  • 22 Jan 2015
  • 10:11h

O governador Rui Costa está adotando uma postura diferente de Wagner, que era mais republicano (Foto: Daniel Simurro | Brumado Urgente)

O PDT está fora do governo Rui Costa e já perdeu a Secretaria de Agricultura, que era comandada por Fernanda Mendonça. A decisão foi tomada na manhã de quarta-feira, 21, pelo governador Rui Costa e coube ao secretário estadual de Relações Institucionais, Josias Gomes, informar ao presidente estadual do PDT, o deputado federal Félix Mendonça Júnior. A decisão de Rui é resposta à carta divulgada, na terça, pelo PDT na qual a  sigla diz que ficaria na administração estadual e com o prefeito ACM Neto (DEM), onde Andrea Mendonça, irmã de Félix, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento. "Fizemos uma reunião e, diante das circunstâncias que se apresentaram, encerramos as relações com Félix Mendonça Júnior. Mas informei aos deputados estaduais da intenção de tê-los na base", disse Gomes. Rui Costa impôs como condição para a permanência do PDT no governo a saída dos pedetistas da administração Neto, na capital.

Josias Gomes disse que Nestor Duarte (Administração Penitenciária) permanece. O novo nome para a Agricultura deve ser indicado pelos cinco deputados estaduais do PDT que permaneceram na base de Rui. Gomes disse ainda que os deputados estaduais definirão o futuro de Alexandre Brust, indicado pelo PDT para a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). O secretário das Relações Institucionais afirmou que Rui Costa quer, diferentemente do ex-governador Jaques Wagner, alianças com quem tenha "um lado só". Félix Júnior admitiu que o PDT saiu enfraquecido do processo. "É claro que o PDT perdeu, porque está fora da base de um governo que ajudou eleger. Mas se não nos querem, o que vou fazer?", indagou o dirigente. O parlamentar disse que não "está jogando dos dois lados" nem tem "dois servos", como afirmam os que discordam da presença do PDT no governo do estado e na prefeitura. Lembrando que 2016 está distante, informou que o posicionamento da direção do partido não foi desleal ao governo. "Nosso acordo foi ajudar a eleger este governo e não foi colocado nada sobre exclusividade (a projetos políticos)". Para Félix Jr., o partido entende que o Estado é uma coisa e o município outra.