Advogado pede suspeição de Moraes no caso Bolsonaro e leva invertida

  • Desautorizado pela defesa de Bolsonaro no STF, advogado costuma receber políticos e policiais em seu clube de tiro no Paraná
  • Paulo Cappelli Petrônio Viana/Metrópoles
  • 24 Mar 2024
  • 08:12h

Foto:Reprodução/Metrópoles

advogado Filipe Palmas pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Alexandre de Moraes seja considerado suspeito e se afaste de inquéritos que têm Bolsonaro na mira. Em pedido de habeas corpus preventivo protocolado por Palmas no Supremo, ele argumentou que Moraes não poderia relatar o caso, por ter sido alvo de críticas do ex-presidente.

Contudo, o advogado acabou levando uma invertida tanto do ministro Luiz Fux, que julgou a ação, quanto da defesa do ex-presidente. Isso porque Palmas não estava autorizado por Bolsonaro a representá-lo. O habeas corpus foi impetrado antes dos áudios nos quais Mauro Cid relatou suposta pressão da Polícia Federal para incriminar Bolsonaro.

“Foi protocolizado pedido assinado pelos advogados constituídos do paciente, no qual desautorizam a impetração inicial”, justificou Fux, ao negar o pedido de Filipe Palmas.

Clube de tiro

Filipe Palmas é dono de um clube de tiro em Almirante Tamandaré (PR). No estabelecimento, chamado Savana, o advogado recebe empresários, delegados de polícia e políticos paranaenses, como o deputado estadual Tito Barichello, do União Brasil. Palmas trabalha como assessor parlamentar de Barichello na Assembleia Legislativa do Paraná.

Nas redes sociais, o advogado costuma postar fotos com armas, carros de luxo e viagens. Políticos bolsonaristas como o deputado federal Paulo Bilynskyj, do PL, também posam para fotos com Palmas.

O advogado já foi policial civil e participa de um podcast intitulado “Fala, Atirador”, da Associação CAC Paraná, no qual discute medidas governamentais de restrição ao uso de armas e apresenta dicas para Caçadores, Atiradores, Colecionadores (CACs) de armas.