Com menos de 25 anos de emancipação, Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, detém um dos maiores PIBs do estado
- g1 BA
- 08 Jun 2023
- 16:06h
Foto: Divulgação/Secom
Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, tem apenas 23 anos de emancipação política. Apesar de ser tão nova, atualmente o município detém um dos mais altos índices do Produto Interno Bruto estadual, e é um importante polo agrícola nacional.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Luís Eduardo Magalhães ocupa a 7ª posição no ranking econômico das 417 cidades da Bahia, com um Produto Interno Bruto (PIB), de R$ 6,2 bilhões.
O município é o maior exportador do estado, com participação de 16,74% na balança comercial, o que representa US$ 1.281.454 em volume de negócios. Além disso, é um dos maiores produtores de soja (569.904 toneladas), algodão (78.024 toneladas) e milho (133.650 toneladas), conforme dados da safra 2019/2020.
Entenda abaixo a formação administrativa de LEM:
- Distrito criado com a denominação de Mimoso do Oeste, pela Lei Municipal nº 395, de 3 de dezembro de 1997, subordinado ao município de Barreiras;
- Pela Lei Municipal nº 422, de 17 de novembro de 1998, o distrito de Mimoso do Oeste passou a se chamar Luís Eduardo Magalhães;
- Elevado à categoria de município com a continuação do nome denominação de Luís Eduardo Magalhães, pela Lei Estadual nº 7.619, de 30 de março de 2000, desmembrado de Barreiras.
- Quando se separou de Barreiras, LEM era praticamente um ponto de apoio na BR-242, estrada que liga a Bahia ao estado Goiás. A população era de 18 mil habitantes, na época, mas saltou para 92.671 moradores em duas décadas, segundo dados do Censo 2021, último divulgado pelo IBGE.
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Desde o princípio, o lugarejo dava sinais de que poderia se tornar uma potência. O Autoposto Mimoso, que existe até hoje, já foi considerado um dos mais rentáveis do Brasil em vendas de combustíveis. O estabelecimento era a principal parada para caminhoneiros e todos que saíam do centro do país em direção ao Nordeste, já que fica no entroncamento das Brs 020 e 242, duas relevantes rodovias federais. E foi neste ambiente que se deu o desenvolvimento inicial da cidade.
Segundo a prefeitura municipal no fim da década de 70, chegaram os primeiros desbravadores do cerrado baiano, oriundos do sul do Brasil. Eles encontraram muita terra barata disponível para comércio - tão barata quanto um maço de cigarro, conforme contam os mais antigos.
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Os hectares (cada um corresponde a 10 mil metros) eram vendidos, na época, por algo em torno de R$ 20 cada. Mas terra quase de graça não era tudo. Havia o custo e o sacrifício de desmatar o cerrado praticamente virgem, com muito esforço e persistência. Na época, o roçado não contava com a tecnologia que predomina a região atualmente, e o trabalho era manual, totalmente artesanal.
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As primeiras máquinas só chegaram às lavouras há pouco mais de uma década, quando o processo de povoamento ganhou maior força. Com a expansão do cultivo de grãos, nasceram também construtoras, restaurantes, lojas e grandes revendedoras de equipamentos agrícolas, que movimentam mais de R$ 1 bilhão por ano.
Com 72 empresas em pleno funcionamento e uma geração de mais de 2.1 mil empregos diretos, o Centro Industrial do Cerrado se instalou em Luís Eduardo Magalhães. Onde se via descampado e vias de chão batido, agora existem empresas e prédios de alto padrão, em quase toda a cidade.