Vulcão capaz de gerar tsunami na Bahia e devastar Salvador pode entrar em erupção segundo cientistas

  • Informações do Correio 24h
  • 16 Set 2021
  • 17:11h

Erupção explosiva é considerada remota, porém real e digna de atenção; veja o vídeo de simulação

Um vulcão capaz de gerar um tsunami e atingir a Bahia, com força para devastar Salvador, entrou em estado de alerta e está preocupando oceanógrafos que atuam no Brasil.

O Cumbre Vieja fica situado nas Ilhas Canárias, no litoral da África, e tem apresentado aumento significativo nos movimentos sísmicos desde sábado (11). As atividades tectônicas, que seguem ocorrendo ao longo desta semana, são um indicativo da proximidade de uma erupção.

Dos quatro níveis de alerta, o risco está no nível 2. Nele, a população é orientada para que fique atenta e vigilante no monitoramento da atividade vulcânica e sísmica. O terceiro é um “alerta máximo” de uma erupção iminente. Já o quarto é quando o evento já está em andamento.

Apesar de a possibilidade de erupção explosiva ser considerada remota, é real e digna de atenção. Um comunicado enviado pela Pevolca (Plano Especial de Proteção Civil e Atenção às Emergências de Risco Vulcânico das Ilhas Canárias) na manhã desta quinta-feira (16) destaca que o processo de tremores é contínuo e pode ter uma rápida evolução a curto prazo.

Ocorrendo uma erupçao explosiva, a onda de choque provocaria a formação de tsunamis que atingiriam todo o Atlântico, do Estados Unidos ao sul do Brasil. As áreas mais atingidas seriam o Caribe, Golfo do México e Nordeste brasileiro, com ondas que poderiam chegar a cinco metros de altura. Um vídeo simula como seria a chegada das ondas ao litoral brasileiro.

Esse vulcão é considerado a chance mais real do Brasil ser atingido por um tsunami, explica o oceanógrafo Carlos Teixeira, professor da Universidade do Ceará (UFC). “Após a erupção, as ondas chegariam ao litoral brasileiro em apenas seis horas. Por isso, a preparação para um tsunami precisa ser feita com bastante antecedência para dar tempo de evacuar toda a população. Se não, o banhista vai estar no Porto da Barra e será surpreendido pela onda gigante”, explica o professor.